Escondidinho não é só um prato, é um mundo de possibilidades cremosas
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.
2º. Carne desfiada que derrete na boca
Autor: Cozinhando com Pieretti
Essa versão com carne desfiada tem um jeito nordestino de ser que conquista qualquer um. A carne fica tão macia que parece que se desfaz sozinha antes mesmo de chegar na boca. Eu gosto de deixar o molho reduzir bem, quase secar, para o sabor ficar mais concentrado.
Um truque que aprendi: desfio a carne ainda quente, com luvas de silicone claro, porque esfriando ela fica mais firme e difícil de desmanchar. E sempre guardo um pouco do caldo do cozimento para misturar no purê, dá um sabor extra incrível.
3º. Frango que virou favorito da casa
Autor: Menino Prendado
O frango desfiado tem uma leveza que a carne vermelha não tem, e fica perfeito para dias mais quentes ou quando você quer algo menos pesado. Eu costumo refogar com bastante cebola e alho, e um pouquinho de colorau para dar aquela cor bonita.
Confesso que essa é a versão que mais repito aqui em casa. Até minha esposa, que normalmente prefere coisas mais elaboradas, sempre pede quando chega cansada do trabalho. Diz que é a comida que abraça a alma, né?
O salgado intenso da carne seca contrasta de um jeito mágico com a suavidade do purê. Eu dessalgo a carne por pelo menos 4 horas, trocando a água algumas vezes, porque já cometi o erro de deixar salgado demais e quase estraguei o prato todo.
Se quiser explorar mais essa combinação, tem um escondidinho de carne seca simples que mostra várias técnicas diferentes. Cada região do Brasil tem seu jeito próprio de preparar, é fascinante.
A mandioca cozida e amassada cria um purê mais cremoso e sedoso que a batata, quase como um bechamel. E a mandioquinha então, essa sim é minha favorita pessoal, tem um sabor levemente adocicado que combina com tudo.
Para quem nunca experimentou, começa com a mandioca comum que é mais fácil de encontrar. Só não esquece de retirar aquela fibra central depois de cozida, senão fica com pedacinhos desagradáveis no purê.
Esse é daqueles pratos que transformam um almoço domingueiro em celebração. O bacalhau dessalgado e desfiado, misturado com azeitonas e um fio de azeite, fica com um sabor que lembra tradições familiares.
Eu gosto de acrescentar passas para dar um contraste doce, mas sei que tem gente que torce o nariz. É questão de gosto mesmo, experimenta primeiro sem, depois decide se vai arriscar.
A batata doce roxa é minha preferida para essa versão, além da cor linda, tem um sabor mais marcante que a branca. E o frango desfiado completa perfeitamente, criando um prato que nutre sem pesar.
Quem está acostumado com a batata inglesa pode estranhar no começo, mas juro que vale a adaptação. Fica cremoso do mesmo jeito, só que com um gosto mais interessante.
O camarão médio salteado no alho e ervas finas dá um toque sofisticado que impressiona qualquer visita. Eu uso os camarões inteiros por cima do purê para mostrar que é mesmo camarão, não aquela massa misteriosa de alguns restaurantes.
Se for congelado, descongela lentamente na geladeira e seque bem antes de refogar. Camarão soltando água é triste, já aprendi isso com prejuízo no bolso e no sabor.
A calabresa picada e dourada na frigideira libera uma gordura que tempera tudo, até o purê ganha um sabor especial. Eu retiro um pouco dessa gordura antes de montar, senão fica pesado demais.
Essa é outra das minhas favoritas, confesso. O sabor defumado e levemente picante quebra a suavidade do purê de um jeito viciante. Perigo: difícil parar numa porção só.
Cozinhar as batatas junto com a linguiça na pressão é um daqueles truques que eu gostaria de ter aprendido antes. A batata absorve o sabor da linguiça e fica incrível, e você economiza tempo e panelas.
Tiro a linguiça depois do cozimento e douro rapidamente numa frigideira para criar uma casquinha. Parece trabalho a mais, mas faz diferença na textura final.
Essa combinação é puro sabor do Nordeste brasileiro. A mandioca cozida e amassada com manteiga da garoa fica com uma cremosidade que a batata não consegue imitar.
Para a carne moída, eu refogo bem com cebola, alho, pimentão e tomate, deixando quase secar. Assim o sabor fica concentrado e não deixa o purê aguado.
A abóbora cabotiã cozida e amassada dá um purê laranja lindo e super cremoso, quase não precisa de manteiga. O sabor adocicado combina perfeitamente com o frango temperado com ervas.
Escorro bem a abóbora depois de cozida, senão libera água e o purê fica ralo. Já cometi esse erro e tive que engrossar com mais batata, mudando completamente o sabor que eu queria.
Os legumes cortados em cubinhos e refogados com temperos frescos criam um recheio tão saboroso que nem dá saudade da carne. Berinjela, abobrinha e champignons são minha trindade sagrada para essa versão.
Salteio os cogumelos separadamente para não soltarem água e deixarem outros legumes encharcados. Detalhes que fazem diferença no resultado final.
Essa versão com salsicha é sucesso garantido com as crianças e perfeita para quando o orçamento está curto. Eu refogo a salsicha picada com cebola até dourar, dá um sabor mais interessante que só aquecida.
Às vezes acrescento milho verde para dar uma cor e textura diferentes. Os pequenos aprovam e comem sem reclamar, que é o que importa.
O requeijão misturado à carne moída cria uma cremosidade que lembra strogonoff, mas com personalidade própria. Eu uso o requeijão cremoso mesmo, não o de copo que é mais firme.
Misturo só no final, depois que a carne já está pronta e fora do fogo. Se cozinhar muito, o requeijão pode talhar e estragar a textura.
A costela bovina cozida até desmanchar é uma das carnes mais saborosas que existem, e no escondidinho fica divina. O segredo é cozinhar bem lentamente, no fogo baixo, para a gordura derreter e a carne ficar macia.
Uso a costela com os ossos durante o cozimento e retiro depois, o sabor que o osso dá ao caldo não tem igual. Dá mais trabalho, mas compensa cada minuto.
O inhame cozido e amassado dá um purê mais consistente que a batata, mas igualmente cremoso. E faz super bem à saúde, é cheio de propriedades boas que a batata comum não tem.
Com cubos de filé mignon fica uma combinação sofisticada e nutritiva. Descasc o inhame sob água corrente para não ficar com aquela coceira nas mãos, aprendi isso da pior forma possível.
Essa versão com cubos de presunto e queijo muçarela é minha salvação para jantares de última hora. Em 30 minutos está pronto, e com ingredientes que quase sempre tenho na geladeira.
Uso o presunto cozido em cubos grandes para não sumir no purê. E o queijo vai por cima para gratinar, criando aquela casquinha dourada que todo mundo ama.
O purê de banana da terra tem um sabor levemente adocicado que combina incrivelmente bem com carnes. Fica cremoso naturalmente, quase não precisa de manteiga ou leite.
Com carne desfiada e aquele requeijão cremoso, vira uma combinação perfeita. É um daqueles pratos que surpreende quem experimenta pela primeira vez.
O creme de milho caseiro dá um toque doce e cremoso que transforma o frango desfiado. Faço o creme com milho verde batido no liquidificador e cozido com um pouquinho de amido de milho para engrossar.
Essa combinação é mesmo de muito sucesso, como dizem. O milho corta o sabor do frango de um jeito que funciona demais, não sei explicar porquê.
Quem disse que escondidinho tem que ser salgado? Essa versão doce com morango e chocolate é uma sobremesa diferente e deliciosa. A base fica com uma textura de cheesecake, e o morango por cima dá o contraste ácido.
Usei chocolate meio amargo para não ficar doce demais. E os morangos frescos por cima na hora de servir, assim não murcham nem liberam muita água.
E aí, qual dessas versões mais te chamou a atenção? Eu confesso que fico entre o de costela e o de camarão, mas o de banana da terra também tem um lugar especial no meu coração. Se fizer algum, volta aqui para contar como foi, adoro saber qual versão cada pessoa prefere!
Ah, e não esquece que a maioria dos escondidinhos pode ser congelada por até 3 meses. É sempre bom ter uma porção pronta para aqueles dias que não dá tempo de cozinhar, né?
Comentários