Escondidinho de Carne Seca Com Batata e Requeijão

O prato perfeito para servir em todas as ocasiões, um sabor insuperável que fará você ganhar muitos pontos.
Escondidinho de Carne Seca Com Batata e Requeijão
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Tem coisa mais reconfortante que um escondidinho saindo do forno, com aquele cheiro de batata amassada e carne seca se misturando no ar? Eu já fiz esse prato em noites de chuva em São Paulo, quando a vista da marginal tietê ficava escura e a cozinha era o único lugar que queria estar.

A primeira vez que tentei com requeijão foi um acidente. O requeijão acabou e eu usei o que tinha na geladeira, e a Daiane, que odeia coisas muito pesadas, provou e só disse: “Faz de novo.” O segredo não é só o requeijão, é a textura: purê bem sequinho, carne bem seca, e o requeijão derretido como um creme que esconde tudo, mas não esconde o sabor.

Se você quer um prato que parece de restaurante, mas que te lembra o almoço de domingo da sua infância, a receita de escondidinho de carne seca com batata e requeijão é a resposta. Nada de pressa, nada de truques. Só tempo, cuidado e um pouco de coragem pra espremer as batatas. Vai no passo a passo abaixo, e depois me conta: você vai fazer com catupiry, ou vai ousar e botar bacon por cima?

Receita de Escondidinho de Carne Seca Com Batata e Requeijão: Saiba Como Fazer

Tem coisa mais reconfortante que um escondidinho saindo do forno, com aquele cheiro de batata amassada e carne seca se misturando no ar? Eu já fiz esse prato em noites de chuva em São Paulo, quando a vista da marginal tietê ficava escura e a cozinha era o único lugar que queria estar.

A primeira vez que tentei com requeijão foi um acidente. O requeijão acabou e eu usei o que tinha na geladeira, e a Daiane, que odeia coisas muito pesadas, provou e só disse: “Faz de novo.” O segredo não é só o requeijão, é a textura: purê bem sequinho, carne bem seca, e o requeijão derretido como um creme que esconde tudo, mas não esconde o sabor.

Se você quer um prato que parece de restaurante, mas que te lembra o almoço de domingo da sua infância, a receita de escondidinho de carne seca com batata e requeijão é a resposta. Nada de pressa, nada de truques. Só tempo, cuidado e um pouco de coragem pra espremer as batatas. Vai no passo a passo abaixo, e depois me conta: você vai fazer com catupiry, ou vai ousar e botar bacon por cima?

Quantidade
6 Porções
Preparação
1h50min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 14 marcados

Para o creme:

Para o recheio:

Tudo que você precisa está no mercado da esquina. Gastei uns R$35 no total, e o mais caro foi a carne seca – mas vale cada centavo. Se a carne for muito salgada, não adianta pular o molho. Já vi gente tentar e o prato virou um salgadinho. Não faça isso.

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Modo de preparo

Cozinhando a carne:

  1. Coloque a carne de molho em água fria e deixe por 12 horas, trocando a água pelo menos duas vezes – isso tira o sal em excesso e deixa ela macia, sem ser dura como couro.
  2. Depois, corte em cubos de uns 2cm e coloque na panela de pressão com meio litro de água. Tampe e cozinhe por 40 minutos, depois é só deixar sair a pressão naturalmente.
  3. Escorra a água e espere a carne esfriar um pouco – se estiver quente, você vai se queimar e ainda vai desfiar errado.
  4. Com as mãos, vá tirando os pedaços de gordura e desfiando bem, bem devagar. O ideal é que fique como um fio soltinho, não em pedaços grandes. Reserve.

Fazendo o recheio:

  1. Numa panela funda, aqueça o azeite em fogo médio. Junte a cebola e o alho, e deixe dourar devagar – não queime, só soltar o cheiro.
  2. Adicione o tomate e cozinhe até sumir a água dele, uns 5 minutos. Vai parecer que tá seco, mas é o que queremos.
  3. Coloque a carne desfiada, a pimenta do reino e a noz-moscada. Misture bem e deixe cozinhar por mais 5 minutos – só pra integrar os sabores.
  4. Adicione a água e deixe ferver um pouco, só pra dar um fundo. Desligue e reserve.

Preparando o creme de batata:

  1. Enquanto a carne descansa, coloque as batatas em uma panela com água e uma pitada de sal. Leve ao fogo e deixe cozinhar até ficar bem mole, tipo amassável com o garfo – uns 20 minutos.
  2. Escorra a água e passe as batatas pelo espremedor. Não use liquidificador, fica grudento e perde a textura.
  3. Adicione a manteiga, o creme de leite e o requeijão. Misture com uma espátula até ficar homogêneo. Prove – se precisar, ajuste a pimenta.

Montando e assando:

  1. Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte uma forma de vidro ou cerâmica com um pouco de manteiga – não precisa de papel.
  2. Espalhe metade do purê no fundo, depois coloque todo o recheio de carne por cima, e termine com o restante do purê, alisando com uma colher.
  3. Leve ao forno por 25 minutos, até dourar levemente em cima. Se quiser mais cor, coloque o gratinador por 2 minutos – mas não exagere, a batata já tá cozida.
  4. Deixe descansar 10 minutos antes de servir. Isso é importante. Se cortar logo, o requeijão escorre e você perde o efeito escondidinho.

Eu já fiz esse escondidinho com catupiry, com queijo mussarela, até com requeijão light – e a verdade é que nenhum deles chegou perto. O segredo não é o ingrediente, é a paciência. Se você correr no molho da carne, ou amassar a batata no liquidificador, você vai ver a diferença. Não é só cozinha, é respeito.

Se você fez e gostou, me conta aqui: você usa requeijão mesmo, ou já tentou outro? E qual foi o seu maior erro ao fazer esse prato? Eu já errei tanto que quase joguei fora uma panela por causa de uma batata mal cozida. Acho que todo mundo tem uma história assim.

Dicas que fazem toda a diferença: do armazenamento ao toque final

Guarde certo, coma depois (sem perder o sabor)

Se sobrar, e olha, aqui em casa isso é raro, porque o Titan até cheira da sala e fica encarando —, guarde bem tampado na geladeira. Dura até três dias sem perder a textura. O segredo? Um papel-filme colado direto na superfície antes de fechar o pote. Evita aquela película seca no topo, que ninguém merece.

Quer congelar? Congele só o recheio de carne seca. O purê, quando descongela, pode ficar meio aguado. Faço porções individuais em potinhos de alumínio, prático pra esquentar no micro-ondas quando bate aquela fome de madrugada. Descongele na geladeira de um dia pro outro, nunca no forno direto. E não volte a congelar depois de descongelado, viu?

Erros que já cometi (e você deve evitar)

Já fiz tudo errado: amassei batata quente demais e virou cola. Refoguei a cebola rápido demais e queimou. Coloquei sal no purê mesmo sabendo que a carne seca já é salgada, e a Daiane provou, olhou pra mim e disse: “Parece que comeu direto do pacote.” Verdade.

O maior erro? Passar o purê no liquidificador. Fica gosmento. Use o espremedor ou garfo. A textura tem que ser solta, arejada, não pesada. Outra: desfiar a carne ainda quente. Você se queima e o resultado é um monte de pedaços grandes. Espere esfriar um pouco, dá pra controlar melhor.

O truque do purê sem graça

Tem dias que o purê simplesmente não tem vida. Sem energia, sem brilho. A Daiane descobriu um hack por acidente: uma colher de requeijão cremoso no final. Não muda a consistência, mas dá um up no sabor que você nem imagina. Parece coisa de mágico.

E outra: use um garfo pra fazer ondinhas no purê antes de assar. Assim, quando gratina, forma uma crosta crocante por cima, mas por dentro continua macio. É pequena mudança, grande efeito.

Sem requeijão? Tudo bem. Sem batata? Também dá.

Se acabou o requeijão, use catupiry ou até leite integral misturado com um pouco de manteiga. O catupiry dá mais corpo, o leite deixa mais leve. Já tentei com iogurte natural, mas cuidado: pode azedar no forno.

Quer trocar a batata? Mandioca cozida e processada no liquidificador funciona bem. Batata-doce também, mas ela é mais úmida, então escorra bem e talvez precise de menos creme de leite. Mandioquinha? Maravilhosa, mais doce, combina com carne seca. Só não use inhame cru, já tentei, e o sabor dominou tudo.

O que serve com isso? Vamos pensar fora da caixa

Claro, farofa de banana combina. Salada verde com limão corta a gordura. Mas já experimentou com abacaxi grelhado? O doce do fruto equilibra o salgado da carne seca de um jeito que parece magia. Funciona muito bem num almoço de domingo, tipo um contraste tropical.

Pra beber, além da cerveja gelada, uma caipirinha de caju vai bem. Ou um vinho tinto encorpado, tipo um Malbec. Se for de manhã ou você não bebe, um suco de acerola com gás e folhas de hortelã refresca sem pesar.

Aqui em casa, às vezes faço um dadinho de tapioca pra acompanhar. Crocante por fora, derretido por dentro, e o Titan fica louco, mas não posso dar nem um pedacinho.

As perguntas que todo mundo faz (e eu já ouvi mil vezes)

Posso usar carne moída? Pode, mas muda totalmente. Carne moída é suculenta, carne seca é intensa, defumada. Se usar moída, prefiro temperar com páprica e um pouco de molho inglês pra dar profundidade.

Sem forno, dá? Dá sim. Finaliza na airfryer por uns 7 minutos, em 180°C. Fica dourado rápido, sem ressecar.

Posso fazer o dia anterior? Melhor ainda. Deixe montado, refrigere, e só asse na hora. O sabor integra mais. Só aumente uns 5 minutos no forno, porque parte está fria.

Sobra? Ótimo. Isso vira outra refeição.

Não jogue nada fora. Restinho de escondidinho vira recheio de pastel, embrulhe na massa, frite, e pronto. Ou faça bolinho: misture com um ovo e um pouco de farinha, enrole e frite. Fica crocante por fora, cremoso por dentro.

Também já usei como recheio de panqueca. Espalhei na massa, rolei, coloquei num refratário com molho de tomate e gratinei. A Daiane até postou no Instagram @sabornamesaoficial dizendo que foi “o melhor erro da semana”.

Modo gourmet: detalhes que elevam

Quer impressionar? Finalize com azeite trufado por cima. Só um fio, mas muda tudo. Outra: use batata asterix, que é mais amarelinha e tem mais sabor. Rale nozes ou castanhas-do-pará e espalhe antes de assar, dá crocância e um aroma incrível.

Fiz uma vez com camadas alternadas, tipo lasanha: purê, carne, queijo, purê, carne... Ficou bonito e todo mundo achou que tinha sido planejado. Na verdade, foi falta de travessa grande.

Duas coisas que ninguém conta sobre esse prato

Primeiro: o nome “escondidinho” não é só marketing. Era um jeito antigo de esticar a carne, pouca carne, muito purê. Escondia a escassez. Hoje, é luxo, mas a origem é humilde.

Segundo: deixar descansar 10 minutos depois do forno não é frescura. O calor se redistribui, o requeijão firma, e o sabor amadurece. Parece pequeno, mas faz diferença. Difícil é esperar, né?

De onde veio essa história toda?

O escondidinho é brasileiro, mas tem parente europeu: o shepherd’s pie inglês. A gente pegou, adaptou com carne seca nordestina, queijo cremoso e mandioca, e virou nosso. A versão com carne seca é do Nordeste, mas ganhou queijo do Sudeste. Uma fusão que funcionou.

Aliás, no Nordeste chamam de “pastel de pau” quando é feito em formas de madeira. Já pensou servir assim numa festa junina? Com bandeirinhas, até o Titan ficaria animado.

Se você chegou até aqui, já tá quase cozinhando. Agora é mão na massa, ou melhor, na batata. Depois volta aqui pra contar: qual substituição você usou? Errou em algo? Salvou com um truque improvisado? Me conta nos comentários. Histórias de cozinha são as melhores, principalmente quando envolvem um prato que alimenta mais que a barriga.

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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