Escondidinho de Carne Moída com Batata ou Mandioca

Simplesmente delicioso e espetacular, toda sua família vai amar.
Escondidinho de Carne Moída com Batata ou Mandioca
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Se você já passou por aquela noite em que a fome bateu, mas não tinha energia pra nada, sabe que o escondidinho é mais que prato. É salvação.

Fiz esse prato centenas de vezes. Já errei o purê, já queimei o queijo, já coloquei leite quente demais e virei pasta de batata. Mas cada erro me ensinou algo: o segredo não está na batata, nem no molho. Está em refogar a cebola até quase desaparecer, e em não ter medo de usar um pouco mais de pimenta. A Daiane já me disse que esse é o único prato que ela não reclama de eu ter feito com o pão na mão.

É simples, mas exige atenção. E quando o queijo doura por cima e o cheiro invade a casa? Não tem volta. Se ainda não fez, bora tentar? O passo a passo está logo abaixo, e se sobrar, me conta se você também acabou comendo metade antes da hora.

Receita de Escondidinho de Carne Moída com Batata ou Mandioca Simples: Saiba como fazer

Rendimento
8 porções
Preparação
1h 10min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 14 marcados

Para o purê:

Para o molho de carne moída:

Para finalizar:

Todos os ingredientes são fáceis de encontrar. Usei uma forma retangular média, nada de especial. Ah, e o Titan ficou rondando a cozinha o tempo todo, então imagina como o cheiro ficou bom.

Progresso salvo automaticamente

Modo de preparo

Refogando a carne moída:

  1. Coloque um fio de azeite numa panela grande e leve ao fogo médio. Junte a cebola e o alho, mexa por uns 3 minutos até murchar. Nao precisa dourar muito, só amaciar mesmo.
  2. Adicione a carne moída, tempere com sal e pimenta do reino. Vá quebrando com a colher de pau e refogue até soltar toda a água e começar a dourar um pouco.
  3. Junte o molho de tomate, as azeitonas, o cheiro verde e o orégano. Mexa bem, abaixe o fogo e deixe cozinhar por uns 15 minutos. O molho tem que encorpar, mas sem secar demais. Prove e ajuste o sal – o molho de tomate já traz sódio, então tome cuidado.
  4. Desligue o fogo e reserve. Esse molho pode esperar enquanto você faz o purê, sem problema.

Purê de batata perfeito:

  1. Cozinhe as batatas em água com um pouco de sal até ficarem bem macias – uns 20 a 25 minutos. Escorra bem, senão o purê fica aguado. Já errei isso antes, vira sopa.
  2. Descasque ainda quente e amasse com um garfo ou amassador de batatas. Evite liquidificador, pode deixar o purê enxarcado.
  3. Em outra panela, derreta a manteiga em fogo baixo. Acrescente as batatas amassadas, mexa, depois vá adicionando o leite aos poucos, sempre misturando. O ponto ideal é cremoso, mas firme.
  4. Tempere com sal e pimenta do reino. Misture bem, prove e ajuste. Se quiser um toque extra, a Daiane sugeriu uma colher de requeijão outro dia – ficou incrível, mas é opcional.

Montagem e gratinação:

  1. Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte uma forma com um fio de azeite – nada exagerado.
  2. Espalhe metade do purê no fundo da forma, pressionando levemente. Coloque todo o molho de carne por cima, espalhe uniforme. Cubra com o restante do purê, distribua bem até esconder a carne toda.
  3. Polvilhe o queijo muçarela e finalize com parmesão ralado. Um fio de azeite por cima ajuda a dourar.
  4. Leve ao forno por 20 a 25 minutos, até o queijo borbulhar e dourar levemente. Cuidado com o tempo – já vi virar carvão por descuido.
  5. Tire do forno, espere uns 5 minutos antes de servir. Assim o corte sai limpo e o sabor se assenta. Acredite, vale a pena esperar.

O escondidinho de carne moída é daqueles pratos que parecem simples, mas quando sai do forno, com o queijo esticando e o cheiro tomando conta da casa, vira evento. Eu já fiz de todas as formas, com mandioca, com batata-doce, com catupiry no meio… mas essa versão clássica nunca falha. É o tipo de comida que alimenta mais que a barriga – principalmente quando feito com atenção nos detalhes, como refogar a cebola direito e não ter medo de tempero.

Se testar, me conta aqui nos comentários como foi. Usou mandioca? Trocou o queijo? Errou o ponto do purê e conseguiu consertar? Quero saber tudo. E se o Titan aparecer na foto, melhor ainda.

Dicas que transformam seu escondidinho de simples em inesquecível

Quanto tempo dura? E como guardar sem perder o charme

Na geladeira, bem tampado em pote de vidro, ele dura até 5 dias. Mas, pra ser sincero, raramente chega ao quarto dia aqui em casa. O que sobra? Congele em porções individuais, em recipientes de silicone ou até em copos de iogurte lavados. Descongele na geladeira overnight e aqueça no forno, não no micro-ondas, o queijo volta a ficar cremoso, e o purê não vira borracha. Se for congelar antes de assar, monte tudo na forma, cubra bem com plástico-filme e leve direto ao congelador. Assa direto do freezer, só aumente 10 minutos no tempo.

Erros que eu já cometi (e você pode evitar)

Já usei batata nova, aquela que parece que vai explodir de água. Resultado? O purê virou sopa. Depois, já refoguei a cebola tão rápido que ela ainda estava crua, o molho ficou amargo. E uma vez, coloquei o queijo muçarela antes de o forno esquentar. Ficou seco, sem dourar. A Daiane me olhou e disse: “Você tá com pressa pra comer ou pra acabar?” A verdade é que o segredo está na paciência: refogue a cebola até sumir, não até dourar. E deixe o forno aquecer de verdade antes de colocar. Não adianta apressar o tempo, o escondidinho tem sua própria cadência.

O passo mais difícil? O purê. E como consertar se der errado

Se ficou aguado, não desespera

Se o purê ficou mole demais, espalhe em uma assadeira e leve ao forno por 5 minutos, só para secar um pouco. Depois, misture com uma colher de farinha de trigo ou amido de milho, só uma, e bem aos poucos. Se ficou seco e duro? A solução é simples: aqueça um pouco de leite, acrescente uma colher de manteiga e vá misturando aos poucos, como se estivesse acariciando. Não force. A textura volta. Já tive que fazer isso duas vezes, e cada vez aprendi mais.

Por que refogar a cebola até quase sumir?

Essa não é só uma dica, é uma filosofia. Quando a cebola é picada miúda e refogada devagar, ela não fica com gosto de cebola. Ela vira fundo. Ela se dissolve no molho e entrega doçura, profundidade, sem pedir atenção. É como o silêncio em uma música, não se ouve, mas falta se não estiver. Já tentei pular esse passo, achando que era só tempo perdido. Foi o pior escondidinho que fiz. A cebola não é um ingrediente, é o alicerce.

Trocas inteligentes que ninguém pede, mas todos aprovam

Se não tem batata, use mandioca cozida e bem escorrida, ela fica mais densa, mas o sabor é incrível. Para quem quer reduzir lactose, troque o leite por água de cozimento da batata, mais um fio de azeite. O queijo? Pode usar provolone ou até um requeijão cremoso misturado à muçarela, fica mais cremoso e menos salgado. E se quiser um toque de fumaça, experimente uma pitada de fumaça líquida no molho. Só uma gota. Já testei, e a Daiane, que detesta coisas “artificiais”, pediu para fazer de novo.

O que combina com esse sabor? (Experiência sensorial)

Esse prato não precisa de muito. Mas se quiser elevar, serve com uma salada de folhas verdes bem frescas, regada com um vinagrete de limão e azeite, o ácido corta a gordura. Um vinho tinto leve, tipo Pinot Noir, também combina. Mas o mais surpreendente? Um suco de laranja natural, gelado. Sim, sério. O azedinho com o doce do purê e o salgado da carne? É um contraste que faz todo mundo parar pra pensar. E pra quem gosta de algo quente, um chá de erva-doce, morno, ajuda a acalmar depois daquela porção generosa.

Variação que ninguém espera: escondidinho de frango e abobrinha

Uma vez, sobrou frango desfiado da churrasqueira e uma abobrinha quase estragada. Decidi testar. Refoguei a abobrinha com alho e cebola, juntei o frango, um pouco de molho de tomate e um fio de creme de leite. Fiz o purê com batata-doce. Ficou tão bom que a Daiane perguntou se eu tinha comprado em algum restaurante. Não. Foi um acidente de cozinha. Experimente. A batata-doce dá um toque de doçura natural, e a abobrinha se dissolve no molho. É escondidinho, mas com alma nova.

Duas ideias que ninguém conta sobre escondidinho

Use o purê como base para um “taco” brasileiro

Esfarele um pedaço do escondidinho já frio, coloque em um pão de hambúrguer, acrescente um pouco de queijo e um fio de molho de pimenta. Leve à airfryer por 3 minutos. Fica crocante por fora, cremoso por dentro. É um lanche que ninguém espera, mas todos pedem.

Transforme as sobras em um pão de queijo gourmet

Se sobrou purê, misture com um pouco de farinha de mandioca, um ovo e queijo ralado. Faça bolinhas e asse em forno médio. Vira um pão de queijo com sabor de escondidinho. A Daiane chamou de “pão de queijo com memória”. Não sei se é poesia ou loucura. Mas foi delicioso.

A origem do escondidinho: de onde veio essa magia?

Essa receita tem raízes no Nordeste, mas não é só de lá. O nome vem da ideia de “esconder” a carne sob o purê, uma forma de disfarçar os cortes mais baratos da carne, que eram usados nas casas de trabalhadores. Com o tempo, virou um prato de festa. Hoje, é símbolo de conforto, de quem sabe que a comida mais simples pode ser a mais carinhosa. Não é só um prato. É um abraço em forma de forno.

Modo gourmet: um detalhe que muda tudo

No lugar do parmesão, use queijo pecorino ralado fino. Ele tem um salgado mais complexo. E antes de levar ao forno, passe um fio de azeite de oliva de boa qualidade por cima, não é só para dourar, é para cheirar. Ainda, no último minuto, polvilhe uma pitada de flocos de sal marinho. Não é para salgar. É para acordar o paladar. Já fiz isso para um jantar com amigos. Um deles pediu a receita. Outro pediu o nome do azeite. Eu só disse: “É o que eu uso no pão”.

Modo economia: fazer bom sem gastar muito

Use carne moída de frango ou de porco, fica mais barata e ainda fica ótima. O molho de tomate pode ser feito com tomates maduros, cozidos com um pouco de água e passados na peneira. A cebola? Se estiver fora de época, use cebolinha verde picada na hora do tempero. E o queijo? Comprou uma barra grande e ralou tudo de uma vez? Congele em porções. Não desperdice. Já fiz isso por anos. A Daiane sempre diz: “O bom não é o que custa caro. É o que você faz com o que tem”.

Perguntas que todo mundo faz, mas ninguém pergunta

“Posso fazer sem cebola?” Pode. Mas vai perder o coração do prato. “Posso usar batata inglesa?” Sim, é a mais comum e funciona. “Posso usar mandioca e batata juntas?” Claro. A mandioca deixa mais encorpado, a batata dá cremosidade. “E se eu não tiver queijo parmesão?” Use queijo prato ralado. Não é o mesmo, mas ainda fica bom. “Posso fazer sem leite?” Sim. Use água de cozimento da batata, mais um fio de azeite. “E se eu quiser mais molho?” Aumente a carne, mas não o molho de tomate. Ele já é intenso. O segredo está no equilíbrio, não na quantidade.

Se você já fez, me conta: qual foi o erro que virou acerto? E qual foi a variação que ninguém imaginava? Eu quero saber. E se o Titan apareceu por perto, mande uma foto, a gente publica no @sabornamesaoficial. Porque esse prato não é só sobre o que está na panela. É sobre quem está na mesa. E quem está na cozinha, mesmo que só olhando.

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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