Eu demorei anos pra descobrir que o segredo de uma carne cozida que derrete na boca não está no tempo de pressão, mas no dourado perfeito antes de colocar água. Aquele momento em que a carne cria uma crosta no fundo da panela é pura magia.
Aprendi isso da maneira difícil, depois de várias carnes duras. Num curso de culinária brasileira, o chef ensinou que dourar bem a carne antes de cozinhar na pressão faz toda diferença na textura final. É a técnica que transforma um prato simples em experiência gourmet.
O molho inglês aqui não é opcional, é essencial. Ele junto com a páprica picante cria profundidade no sabor que vai surpreender você. Na última vez que fiz, o Titan ficou tão animado com o cheiro que quase não conseguimos jantar em paz.
Essa Receita de Carne Cozida vai te fazer repensar completamente esse prato clássico. Quando experimentar, volta aqui pra me contar se não é a melhor carne de panela que ja fez na vida.
Receita de Carne Cozida Perfeita: saiba como fazer
Rendimento
6 porções
Preparação
1 h
Dificuldade
Médio
Ingredientes
0 de 15 marcados
Para a carne:
Para o refogado e legumes:
Essa receita é clássica, mas exige atenção no dourado. Gastei uns R$35 aqui em São Paulo com o coxão mole — vale cada centavo. Já tentei pular o passo de dourar… e a carne ficou “cozida”, não “derretida”. A diferença é enorme.
Progresso salvo automaticamente
Informação Nutricional
Porção: 350g (1/6 da receita)
Nutriente
Por Porção
% VD*
Calorias
385 kcal
19%
Carboidratos Totais
22.5g
8%
Fibra Dietética
3.8g
15%
Açúcares
5.2g
10%
Proteínas
35.8g
72%
Gorduras Totais
16.2g
22%
Saturadas
4.8g
24%
Trans
0g
0%
Colesterol
95mg
32%
Sódio
850mg
37%
Potássio
980mg
21%
Ferro
3.5mg
19%
Vitamina A
650µg
72%
Vitamina C
12mg
27%
*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)
Etiquetas Dietéticas
Alto em Proteína: Ideal para ganho muscular
Rico em Fibras: Auxilia na digestão
Rico em Ferro: Combate à anemia
Sem Glúten: Naturalmente livre de glúten
Alertas & Alérgenos
Sódio moderado – Reduza molho inglês para hipertensos
Molho inglês contém glúten e traços de peixe
Dica para emagrecimento: Reduza batata pela metade
Insight: Rico em vitamina A da cenoura – ótimo para visão e pele
Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.
Corte o coxão mole em cubos grandes — cerca de 5 cm. Tempere com sal, pimenta, colorau, orégano, páprica picante e regue com o molho inglês. Misture bem e deixe repousar uns 10 minutos.
Aqueça a panela de pressão vazia em fogo médio-alto por 1 minuto. Adicione o azeite e, em seguida, a carne com os temperos.
Deixe dourar sem mexer por 3-4 minutos. Depois, mexa e continue fritando até que toda a água solta pela carne evapore e se forme uma crosta dourada no fundo da panela. Esse passo é essencial — não tenha pressa.
Refogue e cozinhe sob pressão:
Enquanto a carne doura, ferva 1 litro de água — ela será usada depois.
Adicione a cebola, o alho e o tomate picado à panela. Refogue por 2-3 minutos, até murchar.
Junte o extrato de tomate e misture bem, raspando o fundo da panela pra soltar os resíduos dourados — é ali que está o sabor.
Despeje a água quente até cobrir a carne com cerca de 4 dedos acima. Tampe a panela e, quando pegar pressão, conte 20 minutos.
Finalize com os legumes:
Enquanto a carne cozinha, corte as batatas em cubos grandes e a cenoura em rodelas.
Após os 20 minutos, desligue o fogo, espere a pressão sair naturalmente e abra a panela.
Adicione os legumes, cubra com mais um pouco de água quente (uns 2 dedos acima deles) e volte ao fogo.
Tampe novamente (sem pressão desta vez) e cozinhe por mais 10-12 minutos, ou até os legumes estarem macios.
Se quiser um caldo mais encorpado, deixe ferver em fogo aberto por uns 5 minutos após desligar.
Desligue, espalhe o cheiro-verde por cima e sirva imediatamente. Aqui em casa, a Daiane já espera com arroz branco e um copo de vinho tinto.
Já fiz essa carne de panela em dias bons, ruins, de chuva e de sol — e ela nunca falha. O segredo tá naquele dourado inicial, que transforma o caldo em algo quase carnudo, sabe? É o tipo de prato que pede pão pra molhar até a última gota.
Se você testar, me conta: sua carne derreteu na boca? Usou páprica picante ou doce? E o Titan da sua casa também ficou de olho na panela? Deixe seu comentário — adoro saber como a receita ganha vida na sua mesa.
Quanto tempo dura essa carne cozida?
Na geladeira, dura até 4 dias se guardar num pote fechado. Eu sempre congelo porções individuais - fica top por até 3 meses! Dica bônus: o caldo engrossa ainda mais quando esfria, então se for guardar, coloca um pouco a mais de água pra não ficar seco ao reaquecer.
Tá de dieta? Vem cá
Cada porção tem cerca de 385 calorias (confira a tabela nutricional completa abaixo da lista de ingredientes). Se quiser reduzir, usa menos batata e mais cenoura - ou substitui por abobrinha. Mas sério, depois de provar, você vai concordar que vale cada caloria!
Os 3 pecados capitais da carne cozida
1) Cortar a carne muito pequena - vira borracha! Cubos grandes = maciez garantida. 2) Não dourar bem antes de cozinhar - esse passo cria um sabor incrível, não pule!
3) Abrir a panela antes da hora - resiste à tentação ou o feitiço vira contra o feiticeiro.
Truque secreto do meu sogro
Adiciona 1 colher de café de café solúvel junto com os temperos. Sério! Não vai ficar gosto de café, mas dá um depth de sabor que vai fazer todo mundo perguntar "o que você botou nisso??". Minha esposa Daiane duvidou até provar - agora é item obrigatório na nossa receita.
Sem pânico se faltar ingrediente!
• Coxão duro no lugar do mole? Só aumentar o tempo de pressão em 5 minutos • Sem molho inglês? Usa 1 colher de sopa de vinagre balsâmico + 1/2 colher de açúcar
• Colorau acabou? Páprica doce salva, mas perde um pouco na cor • Vegano? Substitui a carne por jackfruit ou cogumelos paris + shoyu
O que servir junto?
Arroz branco é clássico, mas experimenta com: • Polenta cremosa (o caldo com polenta é casamento perfeito)
• Purê de mandioquinha com um fio de azeite • Uma saladinha de rúcula com limão pra cortar a gordura
E não esquece o pão francês pra "limpar" o prato depois!
O ponto crítico: dourar a carne
Esse é o passo que mais dá errado. Panela MUITO quente antes de colocar a carne, e não enche demais - se necessário, faz em duas levas. A carne tem que chiar quando tocar a panela! E não fica mexendo toda hora - deixa criar aquela crostinha marrom que é puro sabor.
Modo chef Michelin
Pra impressionar, finaliza com: • Manteiga com ervas (salsa, tomilho e alecrim) derretida por cima
• Raspas de laranja na hora de servir - trust me, funciona! • Um fio de azeite trufado no final
Ou tudo junto se estiver com vontade de ostentar!
Fazendo render mais
• Usa osso com carne (mais barato e dá sabor animal!) • Legumes da época sempre saem mais em conta
• Faz um lote grande e congela - economiza gás e tempo Dica extra: pede pro açougueiro cortar a carne pra você - geralmente não cobram a mais e você ganha tempo!
Zero desperdício
Sobrou caldo? Vira base pra sopa ou risoto no dia seguinte. Talos de cheiro-verde? Limpa bem, pica fino e joga na panela junto com os legumes.
Cascas de batata e cenoura? Lava bem, assa com azeite e sal e vira chips gourmet!
Tá entediado da versão original?
• Versão nordestina: coloca coalho e banana-da-terra no final • Twist mexicano: troca os temperos por cominho, chili em pó e finaliza com coentro
• Fusion: põe gengibre ralado, shoyu e finaliza com cebolinha (fica um pseudo-sukiyaki) Já testei todas - impossível eleger a favorita!
Se tudo der errado...
• Carne dura? Cozinha mais 10 minutos com 1 colher de vinagre na panela • Caldo ralo? Dissolve 1 colher de maisena em água fria e mistura
• Sem graça? Um cubo de caldo de carne salva (mas não conta pra ninguém) Já passei por tudo isso - sobrevivemos pra contar a história!
De onde veio essa maravilha?
Essa é a versão brasileiríssima do clássico cozido europeu, que veio pra cá com os portugueses e ganhou nossos temperos. O colorau é herança indígena, a páprica veio com os imigrantes... É praticamente um museu de história comestível!
2 fatos que ninguém te conta
1) Essa receita fica MELHOR no dia seguinte - os sabores se casam overnight 2) O cheiro que impregna na casa é ótimo pra vender imóvel (já usei esse truque!)
Harmonização improvável (mas genial)
• Cerveja stout - o amargor contrasta com a gordura • Vinho Malbec - taninos abraçam a carne
• Caipirinha de pimenta - sério, experimenta! E pra sobremesa? Abacaxi grelhado com canela - limpa o paladar todinho.
Sabia que...
O molho inglês original (Worcestershire) leva anchova? Por isso dá umami pra receita! E a páprica picante ativa as mesmas terminações nervosas que o chocolate - talvez por isso a gente ame tanto...
Conta pra gente!
Já fez essa receita? Que variação você criou? Me conta nos comentários - adoro trocar ideias sobre cozinha! E se tiver dúvida, é só perguntar que a gente desenrola juntos.
Carne cozida e companhia: um menu para fazer a panela bater palmas
Se tem um prato que une conforto e praticidade, é a carne cozida. Mas sozinha ela fica meio órfã, né? Por isso montei essa seleção de acompanhamentos, entradas e sobremesas que vão transformar seu almoço ou jantar num banquete digno de "uau".
Pão de alho assado na airfryer- porque nada combina mais com carne do que aquele pãozinho crocante por fora e macio por dentro. A Daiane sempre pede pra eu fazer em dobro, senão acaba antes do prato principal!
Bolinho de chuva salgado- nossa versão preferida para quando queremos algo diferente. Fica perfeito para molhar no caldo da carne.
O time que vai fazer seu prato brilhar
Nabo caramelado - doce, terroso e com aquele toque especial que faz até quem não gosta repensar o conceito. Juro que é o acompanhamento mais subestimado da história.
Purê de batata-doce com noz-moscada - nosso coringa dos dias frios. A Daiane sempre coloca um pouco mais de noz-moscada do que a receita pede, e confesso que é melhor assim.
Cogumelos salteados com alecrim- rápidos, fáceis e dão um ar sofisticado ao prato. Usei essa receita na última visita dos sogros e virou assunto por semanas!
Para fechar com chave de ouro
Mousse de maracujá com Tang (detalhes do preparo) - parece estranho até provar. A acidez do maracujá com o toque cítrico do Tang é uma combinação que não tem erro (e não dura dois dias na geladeira).
Fondue de chocolate simples - perfeito para quando temos visitas. Coloco frutas, biscoitos e deixamos todo mundo mergulhando enquanto a conversa rola solta.
Bebidas que trazem equilíbrio ao seu prato
Chá gelado de pêssego caseiro- nossa obsessão do verão paulistano. Fizemos um teste com vários tipos de chá e o branco foi o campeão.
Água aromatizada com limão siciliano e manjericão- refrescante, leve e bonita de ver na jarra. Sempre tenho preparada na geladeira.
E aí, qual combinação vai testar primeiro? Conta aqui nos comentários se alguma dessas sugestões virou hit aí na sua casa como virou aqui na nossa!
E aí, curtiu a técnica do dourado? Agora bora explorar umas variações que vão fazer seu fogão trabalhar pra você
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou.Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.
2º. Quando a abóbora entra na jogada
Autor: Bella Magia
Eu nunca tinha pensado em juntar abóbora com carne cozida até testar essa ideia. Acontece uma coisa meio mágica: a abóbora vai desmanchando e engrossando o caldo, sabe? Fica um negócio cremoso sem precisar de creme de leite.
Dica de ouro: se for fazer sopa, não bata tudo no liquidificador. Deixa pedaços inteiros da carne e uns nacos de abóbora que não desmancharam. A textura fica bem mais interessante, confia.
Olha, eu era cético com cerveja na comida até provar essa versão. O que faz diferença mesmo é o creme de cebola que ela usa, não é só a cerveja não. Já tentei pular essa parte uma vez e não ficou a mesma coisa, então não inventa de substituir.
O sabor fica com um amarguinho bem suave que corta a gordura da carne. Se você é do time que ama um sabor intenso, essa vai te pegar.
Todo mundo precisa ter uma receita de molho madeira no repertório, nem que seja pra impressionar visita. O segredo tá em não apressar o vinho, deixa reduzir bem até ficar aquele cheiro adocicado.
Uma vez a Daiane resolveu fazer essa versão quando éramos só nós dois em casa, num domingo chuvoso. Virou nossa receita oficial de dias cinza, tão boa que a gente sempre faz a mais pra sobrar.
Eu também achei estranho quando ouvi falar pela primeira vez. Mas faz sentido: a carne solta sua própria água e os temperos concentram mais. O resultado é um sabor mais limpo, daqueles que você identifica cada ingrediente.
Só toma cuidado com o fogo, porque como tem menos líquido, queima fácil se distrair. Aprendi isso do jeito difícil, claro.
Para os dias que você não quer sujeira nem trabalho, essa salva. A carne fica com textura de churrasco mesmo, mais seca por fora mas ainda suculenta por dentro. A batata sai crocante, absorvendo o tempero da carne.
É daquelas receitas que você joga tudo lá e meia hora depois ta com janto na mesa. Já salvou muitas noites de semana aqui em casa.
Se cansou dos sabores tradicionais, o barbecue traz uma personalidade totalmente diferente. A doçura defumada combina demais com a carne, criando um caldo que pede pão pra mergulhar.
Dica: se não tem molho barbecue pronto, da pra improvisar com catchup, mel, vinagre e fumaça líquida. Já fiz assim e fica surpreendentemente bom, sério.
Essa combinação parece estranha mas funciona que é uma beleza. O vinho branco traz acidez enquanto o shoyu dá o umami. Fica um prato sofisticado com ingredientes simples.
Quem tem medo do gosto de álcool pode ficar tranquilo, some totalmente no cozimento. So fica o sabor complexo que faz todo mundo perguntar "o que você botou nisso?".
Essa é pra quando você quer conforto em forma de comida. O creme de leite suaviza todos os sabores e deixa o molho sedoso. Dá vontade de comer de colher.
Eu sempre espero esfriar um pouco antes de misturar o creme, senão talha. Já cometi esse erro e o molho fica granulado, então aprende com meu vacilo.
E ai, qual dessas chamou sua atenção? Eu particularmente viro e mexo faço a do molho madeira, mas to querendo experimentar a sem água pra ver se é tudo isso mesmo. Caso prepare alguma, volta aqui pra contar como foi, adoro trocar ideia sobre essas experiências na cozinha!
O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.
Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.
Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?
Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.
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