Do clássico ao criativo: 18 águas saborizadas para ninguém enjoar
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.
2º. Para a noite que precisa virar calmaria
autor: Tribo Vegana
Morango com capim cidreira é uma daquelas combinações que a gente não pensa de primeira, mas faz todo o sentido. O capim cidreira, ou lemongrass, tem um frescor cítrico e herbáceo que acalma. Junto com a doçura suave do morango, vira uma bebida que parece feita para tomar de noite, depois do jantar. Aprendi com esse vídeo a bater levemente a folha do capim cidreira com um pilão antes de colocar na água. Isso solta os óleos essenciais e o sabor fica muito mais presente, sem precisar de uma penca de folhas.
3º. A jarra que é um centro de mesa
autor: Daisy Limas
A Daisy tem um talento para deixar as coisas bonitas. Essa água com um mix de frutas é tão visual que praticamente decora a cozinha. Morango, abacaxi, carambola... cada um solta cor no seu tempo. Dica de ouro: coloca as frutas cortadas primeiro, depois a água gelada por cima. Se você jogar a água e depois tentar enfiar as frutas, elas flutuam tudo bagunçado. É daquelas receitas que impressiona visita com zero esforço real. Só lembra de trocar a água depois de um dia, porque a fruta começa a perder a graça.
Laranja parece óbvio, mas tem um detalhe. Se você só jogar as fatias, o sabor pode ficar meio tímido. O que eu faço, e o vídeo mostra bem, é espremer um pouco do suco de uma das fatias direto na jarra antes de colocar as outras inteiras. Aí você tem o sabor imediato do suco e o aroma que vai soltando das cascas ao longo do tempo. Usa laranja-pera que é mais doce e tem menos semente. É básico, mas quando é bem feito, é o que mais mata a sede, pra ser sincero.
Abacaxi maduro é naturalmente tão doce que a água fica com gostinho de suco leve. A hortelã aqui é parceira essencial, corta a doçura e dá aquele frescor. Um erro comum é usar o miolo duro do abacaxi. Tira ele, usa só a polpa. O miolo pode deixar um amargor se ficar muito tempo de molho. Essa é a minha escolha para dias de calor absurdo, aquele que a gente só pensa em algo tropical. Deixa na geladeira por pelo menos duas horas antes de servir, o sabor fica redondo.
Esse canal chama de detox, mas tira o foco da modinha e presta atenção no combo: pepino, limão e hortelã. O pepino é o segredo. Ele dá uma nota fresca, quase neutra, que dilui a acidez do limão e deixa tudo incrivelmente refrescante. Parece água de spa. Corte o pepino em rodelas bem finas, quanto mais superfície, mais sabor ele solta. É a melhor opção para quem acha águas com frutas muito doces. A Daiane vive com uma jarra dessa na geladeira no verão.
Gengibre com limão e laranja é meu remédio caseiro para as manhãs preguiçosas. A Tati Ferrer ensina a ralar o gengibre bem fininho, e isso é crucial. Pedaços grandes não soltam sabor direito. O gengibre ralado infunde rápido e dá aquele ardor gostoso. Começa com pouco, porque o gengibre pode dominar fácil. Essa água aquece de um jeito bom, mesmo estando gelada. Está esperando o quê? É perfeita para levar numa garrafinha quando você tem um dia cheio pela frente.
Fazer uma "Sprite" em casa é mais sobre a ideia do que uma cópia fiel. Usar água com gás e suco de limão puro, sem açúcar, dá uma bebida super cítrica e refrescante que mata a vontade de um refri. O pulo do gato é adicionar umas folhas de manjericão ou hortelã. Dá complexidade. Só abre a garrafa de água com gás na hora de misturar, se não perde toda a effervescência. É a pedida para um jantar informal, todo mundo acha divertido.
Diferente do que todo mundo pensa, alecrim não é só para carne assada. Uma raminho fresco na água, com uma fatia de limão, libera um aroma incrível que lembra pinho e terra. É sofisticado. A Vanessa Baad recomenda esfregar levemente o alecrim entre os dedos antes de colocar na jarra, para ativar os óleos. Não deixa o ramo por mais de um dia, senão a água pode ficar com um sabor muito medicinal. Experimenta, é uma experiência sensorial diferente.
Água de maçã é a mais discreta da lista, e talvez por isso a mais versátil. Não interfere no sabor da comida, então é ótima para as refeições. O Fernando Couto sugere usar maçã fuji ou gala, que são mais docinhas. Um toque que ele dá e que faz diferença: coloca um pau de canela junto. Só um, nem precisa ser inteiro. Os dois sabores se conversam num nível muito sutil. É a que menos enjoa no dia a dia, pode apostar.
Se o limão taiti às vezes é forte demais, o siciliano é a resposta. Ele é mais aromático e menos ácido, a casca é mais grossa e cheia de óleos. O vídeo mostra um preparo quase de coquetel, amassando o gengibre e a hortelã no copo. Fazendo isso, você extrai máximo sabor antes de adicionar a água com gás. Parece bobagem, mas esse passo muda tudo. Parece uma bebida de bar chique, só que sem álcool. Muito elegante.
Morango e laranja se complementam de um jeito que parece que foram feitos um para o outro. A acidez da laranja realça o doce do morango, e vice-versa. A sacada do manjericão aqui é genial. Ele dá um toque picante e herbal que impede a combinação de ficar enjoativa. Amassa uma folha ou duas no fundo da jarra. É uma água que tem personalidade, cheia de camadas de sabor. Ideal para um final de tarde com amigos.
Água com canela soa estranho até você experimentar. O pau de canela solta um sabor adocicado e quente, mesmo com a água gelada. É estranhamente viciante. Não usa canela em pó, nunca. Fica uma lama horrível. Deixa o pau de canela de molho por algumas horas, mexe de vez em quando. A água fica com uma cor levemente âmbar e um cheiro que invade a cozinha. Pra mim, é a melhor opção para os dias frios em que você ainda quer se hidratar com algo saboroso.
Essa é para quem já está no mundo das fermentações ou tem curiosidade. A água de kefir é gaseificada naturalmente pelos grãos, então tem uma efervescência suave e um sabor ácido único, quase como uma soda natural. A Elza Reis explica o processo de cultivo, que é simples mas requer um pouquinho de cuidado diário. O resultado é uma bebida probiótica viva, que realmente pode substituir um refrigerante por hábito. É um projeto, não só uma receita.
Partir da água de coco já é trapacear a favor do sabor. Ela já é deliciosa sozinha. Adicionar gengibre, limão siciliano e ervas é elevá-la a um outro patamar. A água de coco tem açúcares naturais e minerais, então a sensação de hidratação é real, daquelas que você sente o corpo agradecendo. Usa água de coco de caixinha boa, ou a natural, claro. É a minha escolha para depois de fazer exercício, parece que repõe tudo que perdi.
O hibisco dá uma cor lindíssima, rosa-rubro, mas o sabor é bem ácido e adstringente, quase como um cranberry. Por isso, a combinação com limão, gengibre e canela é tão acertada. Eles equilibram a acidez. Importante: usa hibisco seco de boa qualidade, e não deixa em infusão por mais de 2 horas em água gelada, ou pode ficar amargo demais. Fica uma bebida linda, ótima para servir em eventos. Todo mundo pergunta o que é.
Capim-limão, ou erva-cidreira, é pura aromaterapia líquida. O vídeo mostra como é fácil, é só amassar as folhas e adicionar água. O sabor é limpo, cítrico e relaxante. Dá para fazer um litro e deixar na geladeira para tomar ao longo do dia. Uma variação que gosto é congelar água com pedacinhos de capim-limão em formas de gelo. Aí você joga esses cubos especiais na água normal e vai aromatizando conforme derretem. Funciona que é uma maravilha.
Bom, com tantas opções, fica difícil a água pura voltar para o cardápio, né? O legal é que você pode ir alternando conforme o humor e o que tem na fruteira. Me conta nos comentários qual você quer experimentar primeiro, ou se tem uma combinação secreta aí na sua casa que não está nessa lista. Trocar essas ideias é o que faz a cozinha ser sempre um lugar de descoberta, mesmo com algo simples como uma jarra de água.
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