Se você pensa que panela elétrica é só para arroz, eu te entendo, eu também achei isso. Até que um dia, sem querer, fiz algo que me deixou sem palavras.
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.
2º. Arroz branco que não vira papinha, e o truque que ninguém conta
Autor: Receitinhas com Amor
Todo mundo faz arroz branco na panela, mas quase ninguém coloca uma pitada de sal no azeite antes de refogar o alho. Acho que foi um erro meu, ou talvez não. Ficou com um sabor mais profundo, mais redondo. Não é só tempero. É como se o azeite tivesse aprendido a falar. E se você quiser que o arroz fique mais soltinho, não ligue a panela imediatamente depois de colocar a água. Deixa descansar 10 minutos. Só isso. Aí sim, ela faz o trabalho dela. Eu já fiz com água quente, água fria, até com gelo… e essa pausa antes de ligar é a única que nunca falhou. Se quiser ver como eu faço o arroz integral com cenoura ralada, dá uma olhada aqui: sabornamesa.com.br/arroz-na-panela.
Tem alguém aí que já tentou colocar sal no azeite antes? Me conta se funcionou, ou se você achou que eu estava louco.
3º. Risoto que não exige mexer, e como eu aprendi a confiar na panela
Autor: Receitas da Josi
Eu sempre acreditei que risoto precisava de alguém ali, mexendo, suando, com o braço cansado. Até que um dia, cansado de ficar na cozinha enquanto a Daiane assistia TV, eu deixei a panela fazer sozinha. Achei que ia virar purê. Mas não. Ficou cremoso, com aquele ponto certo. O segredo? Não coloque o caldo de uma vez. Coloque em três partes, com intervalo. E deixe a panela fechar a porta. Ela mantém o vapor, e o vapor faz o arroz liberar o amido. Nenhum movimento. Só paciência. E no final, o queijo e a manteiga? Só depois de desligar. Senão vira sopa. Acho que isso é o que a gente esquece: às vezes, deixar a comida sozinha é o ato mais carinhoso que a gente pode fazer.
Deixar o feijão de molho é bom. Mas eu nunca usei vinagre. Até que uma vez, por distração, coloquei vinagre de maçã no lugar do limão. Pensei que tinha estragado tudo. Mas o feijão ficou mais suave, menos gaseoso, e com um gosto de terra limpa. Acho que o vinagre ajuda a quebrar os açúcares que causam inchaço. Não é mágica, mas funciona. E se você quiser acelerar o cozimento, coloque uma folha de louro e uma pitada de bicarbonato, só uma. Depois disso, a panela faz o resto. A Daiane comeu e não disse nada. Mas depois ela pediu para fazer de novo. Isso já é resposta.
Eu sempre coloquei o macarrão direto na panela com o molho. Achava que era mais prático. Mas ele virava uma massa grudenta, tipo cola. Até que um dia, cozinhei o macarrão separado, só com água e sal. Deixei escorrer, e só depois joguei no molho quente. Ficou perfeito. Não é mais rápido, mas é mais certo. E o molho? Tem que estar quase seco quando você coloca o macarrão. Assim, ele absorve, não afoga. Acho que isso vale pra qualquer massa. Se quiser ver como faço o molho de tomate com manjericão fresco, dá uma olhada aqui: sabornamesa.com.br/macarrao-na-panela.
Eu já fiz pudim na panela e ele saiu com bolhas, tipo um bolo de pão. Achei que tinha perdido o dia. Depois descobri: a água do banho-maria tem que estar quente, não fria. Se colocar água gelada, a panela demora mais para aquecer, e o pudim coze por fora antes de dentro. Aí vira um desastre. Mas se você colocar água quase fervendo, só não ferve, tá?, ele assa igualzinho ao forno. E a calda? Não precisa ferver. Só derreter o açúcar. Aí ela fica mais clara, mais leve. A Daiane comeu e disse: “Isso parece que foi feito em restaurante.” Eu não disse que foi. Só sorri.
Todo mundo acha que pipoca na panela elétrica é fácil. Mas se você deixar a tampa aberta, ela explode. Literalmente. Um dia, eu deixei um pouquinho aberta, só pra ver se ia sair. E acabou com o teto da cozinha cheio de pipoca. Aí aprendi: só abra a tampa quando o som das estouradas começar a diminuir. E coloque uma toalha de prato por cima da tampa. Só para segurar o vapor. Não é mágica, mas é eficaz. E se quiser, coloque um fio de óleo de coco antes dos grãos. Fica com um cheiro de cinema, sem precisar de sal grosso. O Titan adora. Ele fica sentado, olhando, como se soubesse que é só pra ele.
Eu já tentei fazer costela em 2 horas. Depois em 4. Depois em 6. Nenhuma funcionou. A carne ficava dura, com gosto de fumaça. Até que uma noite, cansado de tentar, eu coloquei tudo na panela e fui dormir. Deixei ligada por 8 horas. Na manhã seguinte, a costela estava quase se desfazendo. Não precisou de pressão. Só de tempo. E o tempero? Só sal, pimenta e um pouco de cebola. Nada mais. Acho que o segredo é deixar a panela trabalhar sozinha, sem querer acelerar. Às vezes, a gente quer controlar tudo. Mas a comida, às vezes, só quer que a gente deixe ela ser.
Eu sempre usei queijo prato e mussarela. Tinha medo de algo mais forte. Mas uma vez, por curiosidade, coloquei um queijo amarelo de cura. Só um pouco. Ficou com um sabor de terra, de vinho, de algo que eu não conseguia nomear. E não grudou. Nem um pouco. O segredo? Não deixe ferver. A panela elétrica mantém a temperatura certa. Se você deixar ferver, o queijo vira borracha. Mas se você deixar aquecer devagar, ele vira seda. E se quiser, coloque uma colher de cerveja escura. Só uma. Faz o fondue ficar mais complexo. A Daiane não acreditou. Mas comeu três vezes seguidas.
Eu sempre abria a panela pra ver se o bolo estava pronto. Achei que era preciso. Até que um dia, depois da quinta tentativa, ele caiu como um saco de areia. Foi quando aprendi: não abra. Nada. Nem um pouquinho. A panela elétrica é como um forno de pão. Ela precisa de calor constante. Se abrir, o vapor sai, e o bolo desaba. A dica? Deixe por 50 minutos. Se quiser, coloque um palito na metade do tempo. Se sair limpo, tá pronto. Se não, espere mais 10. Não olhe. Não toque. Só confie. E se quiser ver como faço a cobertura de chocolate com sal marinho, dá uma olhada aqui: sabornamesa.com.br/bolo-na-panela.
Eu já tentei fazer picanha na panela e ela saiu cinza. Achei que era impossível. Mas descobri: a panela precisa estar quente antes de colocar a carne. Muito quente. E a carne? Tem que estar em temperatura ambiente. Se colocar fria, ela vai cozinhar por dentro antes de selar por fora. Aí vira um pedaço de borracha. Aí, depois de selar, eu coloco um pouco de manteiga, alecrim e um dente de alho. E deixo. Só isso. Não mexo. Não vira. Só espero. E quando sai? Tem aquela crosta, aquela suculência. Não é churrasco, mas é perto. A Daiane disse: “Isso é o que eu queria que o churrasco fosse.” Eu não respondi. Só servi mais um pedaço.
Eu sempre coloquei o leite condensado no começo. Achei que ajudava a doçura. Mas o arroz ficava mole, sem textura. Até que uma vez, por distração, coloquei só no final. E aí aconteceu: o arroz continuou firme, e o doce veio por cima, como um abraço. A dica? Cozinhe o arroz com leite normal, canela e um pouco de água. Só depois, quando estiver quase seco, coloque o leite condensado e o creme de leite. Mexa devagar. E se quiser, deixe na panela por mais 15 minutos depois de desligar. Aí o sabor se junta. A Daiane disse que era o arroz doce da infância. Eu não disse que era. Só chorei um pouco.
Eu sempre lavava o arroz japonês como se fosse brasileiro. Até que um dia, vi que o grão ficava esbranquiçado, como se tivesse sido esfregado. Aí entendi: não é só lavar. É enxaguar até a água sair quase limpa. E o molho? Deixa por uma hora, mas não mais. Se deixar mais, ele vira farinha. A água tem que ser fria. Nada de quente. E depois de cozinhar, deixe descansar 10 minutos com a tampa fechada. Aí ele fica grudento, mas não colado. Tipo o que a gente quer. Não é só comida. É equilíbrio. E se quiser ver como faço o molho de soja com gengibre, dá uma olhada aqui: sabornamesa.com.br/arroz-japones.
Eu já tentei fazer pudim e bolo juntos. Achei que era possível. Mas o pudim ficou com gosto de chocolate. O bolo, com gosto de caramelo. Foi um desastre. Aí aprendi: uma coisa de cada vez. A panela não é um forno multiuso. Ela é um amigo silencioso. Ela precisa de atenção, não de pressa. E se você quer fazer dois pratos, faça um depois do outro. Com calma. Porque cozinhar não é competição. É conversa. E às vezes, o melhor prato é o que você faz quando não está tentando impressionar ninguém.
Então, qual vai ser a primeira a ser testada? Seja qual for, me conta nos comentários, se funcionou, se deu errado, se o seu cachorro tentou roubar a pipoca. Eu adoro saber como essas coisas viram memórias na sua casa.
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