Fazer queijo em casa parece coisa de profissional, né? Eu também pensava assim até minha primeira tentativa, que quase virou um desastre. Usei coalho demais e o gosto ficou tão amargo que até o Titan, que é louco por comida, fechou a boca quando cheirou. Foi aí que aprendi na prática que paciência é o ingrediente secreto.
Depois de alguns cursos e muita prática, descobri que o segredo do queijo minas frescal caseiro perfeito está nos detalhes: o leite precisa estar na temperatura certa, o coalho na medida exata e aquela espera de 36 horas faz toda diferença. A Daiane, que adora um queijo com goiabada, virou minha maior fã depois que acertei o ponto.
Ver o leite se transformar em queijo é quase mágica. E o sabor caseiro, cremoso na medida, não tem comparação com os industrializados. Quer experimentar essa experiência? Vem comigo que te mostro cada passo lá embaixo. Depois me conta nos comentários se ficou bom quanto o meu!
Receita De Queijo Minas Frescal Caseiro: Saiba Como Fazer
Rendimento
1 queijo de 800g
Preparação
36h
Dificuldade
Fácil
Ingredientes
0 de 3 marcados
Só três ingredientes, mas cada um faz diferença. O coalho eu compro em casas de produtos naturais, sai mais barato. Já tentei usar menos sal uma vez e o queijo ficou sem graça, então mantém as medidas.
Progresso salvo automaticamente
Modo de preparo
Coalhando o leite:
Pega um balde ou panela bem grande, tem que caber os 6 litros de leite e ainda sobrar espaço. Eu uso aquele balde de inox que comprei pra fazer cerveja artesanal.
Coloca todo o leite, o coalho e o sal. Mistura bem com uma colher larga. Cuidado pra não exagerar no coalho, minha primeira vez o queijo ficou amargo que só.
Deixa descansar sossegado por uns 15 a 30 minutos. Você vai ver o leite começar a firmar, ficar com aquela textura de pudim. É mágica pura.
Preparo da massa:
Com o leite já coalhado, passa uma colher cortando em quadradinhos, faz uns cortes cruzados. Mexe devagar.
Espera mais 1 hora inteira. A massa vai decantar, juntar no fundo do recipiente. Eu aproveito pra lavar a louça ou organizar alguma coisa.
Agora coa tudo numa peneira grande. Tira a maior parte do soro possível, isso ajuda demais no próximo passo. O soro eu guardo pra fazer pão, mas isso é outra história.
Enformando e finalizando:
Coloca a massa numa forma de queijo e vai apertando com as mãos pra sair mais soro. A Daiane sempre ajuda nessa parte, ela tem mais paciência que eu.
Deixa enformado por 12 horas no mínimo. O ideal é esperar mesmo, mas já tirei com 1 hora quando a ansiedade falou mais alto.
Tira da forma, põe numa travessa e cobre com um pano de prato limpo.
Leva pra geladeira e deixa de 1 a 3 dias. Vira o queijo todo dia e tira o soro que vai acumulando. No terceiro dia ele tá no ponto perfeito, cremoso mas firme.
Fazer queijo caseiro virou meu hobby terapêutico. A espera de 36 horas parece muito, mas quando você prova aquele queijo fresquinho, cremoso na medida certa, percebe que vale cada minuto. É bem diferente dos industrializados, tem um sabor mais suave e natural.
E aí, topa o desafio? Me conta nos comentários como ficou seu queijo, se teve alguma dificuldade ou se descobriu alguma variação interessante. Adoro trocar ideias sobre essas receitas caseiras que parecem complicadas mas são super possíveis.
Dicas que vão transformar seu queijo caseiro, vai além da receita!
Quanto tempo dura e onde guardar?
Na geladeira, esse queijo fica ótimo por até 10 dias, mas já conservei por um mês seguindo um truque: lavo ele de manhã e à tarde com água filtrada. Parece trabalho, mas vira rotina rapidinho.
O lugar ideal na geladeira é nas prateleiras do meio, nem muito frio, nem muito quente. Evite aquela primeira prateleira perto do congelador, ela é excessivamente fria e pode alterar a textura.
E atenção: não congela! O sabor muda completamente e a textura fica esfarelada. Melhor fazer em quantidade menor e consumir fresco.
Os 3 erros que quase todo mundo comete
O primeiro é exagerar no coalho. Minha primeira tentativa foi um desastre, o queijo ficou tão amargo que até o Titan, que é louco por comida, fechou a boca quando cheirou. Use exatamente 1 colher de sopa para 6 litros.
Outro erro comum é não tirar o soro suficiente. A Daiane sempre me ajuda nessa parte porque ela tem mais paciência para apertar a massa na forma. Quanto mais soro sair, mais firme fica o queijo.
E o terceiro? Ter pressa. Já tentei tirar o queijo da forma com apenas 1 hora quando a ansiedade falou mais alto. Resultado: queijo que desmanchava todo. As 12 horas de espera fazem diferença real.
Por que esses ingredientes específicos?
O leite integral é essencial, a gordura ajuda na textura cremosa. Já testei com semidesnatado e ficou mais seco, menos saboroso. E nada de leite de caixinha ou em pó, eles são esterilizados de forma muito intensa, o que impede que fique coalhado direito.
O coalho líquido eu compro em casas de produtos naturais, sai mais barato que em supermercado. Ele é o responsável por transformar o leite naquela massa sólida que parece mágica.
E o sal? Além do sabor, ele ajuda na conservação. Uma vez usei menos sal e o queijo não só ficou sem graça como estragou mais rápido.
E se não tiver coalho?
Pode substituir por vinagre de maçã! A proporção é 3 colheres de sopa para cada litro de leite. No total, seriam 18 colheres de sopa para os 6 litros.
Funciona bem, mas o sabor fica levemente diferente, mais ácido. É uma boa para emergências, mas eu prefiro o coalho tradicional.
O momento mais crítico: a coalhada
Essa parte parece simples mas é onde mais errei no começo. O leite precisa estar em temperatura ambiente, nem frio, nem quente. Já tentei aquecer achando que ajudava e foi um desastre.
Depois de misturar o coalho, deixa descansar sossegado mesmo. Mexer antes da hora atrapalha o processo. E coloque uma bacia maior embaixo para o líquido cair dentro logo após sair da forma, evita muita bagunça no chão.
Não jogue o soro fora!
O soro é praticamente ouro líquido na cozinha. Uso para fazer pão, fica incrível, com miolo macio e casca crocante. Também dá para fazer requeijão caseiro ou até adicionar em vitaminas.
Quase todo o leite é aproveitado em alguma coisa, o que faz essa receita valer ainda mais a pena. Aqui em casa, o soro nunca vai para o ralo.
5 variações para testar
Queijo com ervas: adicione alecrim, tomilho e orégano na massa antes de enformar. Fica lindo e saboroso.
Versão light: use leite semidesnatado e reduza o sal pela metade. Fica mais suave, mas ainda assim gostoso.
Com pimenta: misture pimenta do reino moída na hora. A Daiane adora assim.
Queijo defumado: depois de pronto, deixe alguns minutos na churrasqueira gourmet do apartamento. O sabor fica incrível.
Com azeite: regue com azeite extra virgem e alecrim antes de servir. Parece de restaurante chique.
Sinais de alerta, quando descartar
Se o queijo inchar, ficar fofo como uma bola, descarte imediatamente. Geralmente está associado a presença de bactérias que podem ter ficado no leite devido a uma ordenha feita com pouco cuidado.
Textura amolecida e cheiro ruim são sinais básicos de que apodreceu. Nem pense em comer.
E se ficar muito amargo, provavelmente exagerou no coalho. Ainda é comestível, mas o sabor não fica agradável.
Cuidados com o clima
Em lugares muito quentes, as 12 horas que a massa fica enformada devem ser na geladeira. Aqui em São Paulo, dependendo do verão, já precisei fazer isso.
O calor acelera o processo e pode deixar o queijo muito ácido. Melhor prevenir do que remediar.
O que fazer durante as 36 horas de espera?
Enquanto o queijo descansa, eu costumo lavar a louça acumulada ou organizar a despensa. A Daiane sempre brinca que fazer queijo é minha desculpa para arrumar a cozinha toda.
Também aproveito para preparar o pão que vai acompanhar o queijo, usando o soro, claro. Ou então dou uma volta com o Titan, que adora nossas caminhadas.
O que servir com esse queijo?
Pão caseiro ainda quente é clássico que nunca falha. Goiabada cascão para a Daiane, que adora essa combinação doce e salgada.
Mel com nozes fica sofisticado. Ou simplesmente azeite e orégano numa travessa bonita.
E para beber? Um suco de uva integral ou, se for final de semana, uma cerveja bem gelada.
Dois segredos que ninguém conta
A lua influencia no coalho! Dias de lua cheia o leite coalha mais rápido. Minha sogra, que mora no litoral, me ensinou isso e realmente percebo diferença.
E o material do recipiente muda tudo. Balde de inox é melhor que plástico, não interfere no sabor e é mais fácil de limpar. Aquele balde de inox que comprei pra fazer cerveja artesanal virou meu preferido para queijos.
Perguntas que sempre recebo
Pode comer antes dos 3 dias? Pode sem nenhum problema! Na verdade, se quiser consumir logo após o término do preparo, fique à vontade. Mas esperar melhora o sabor.
Qual leite usar? Tanto o de garrafa quanto o direto da vaca funcionam. O importante é ser fresco e integral.
Onde comprar coalho? Em supermercados ou lojas de produtos naturais. Se não encontrar, use vinagre de maçã como substituto.
E aí, se animou para fazer seu próprio queijo? Deixa aqui embaixo o relato da sua experiência, se teve alguma dificuldade ou se descobriu alguma variação interessante. Adoro trocar ideias sobre essas receitas caseiras que parecem complicadas mas são super possíveis. E se tiver foto, marca a gente no Instagram @sabornamesaoficial!
O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.
Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.
Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?
Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.
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