Conheça outras receitas incríveis para variar o sabor.
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.
2º. Com arroz e linguiça
Autor: Receitas de pai
Se você acha que arroz com linguiça já é o suficiente, espera até ver o pinhão entrando nessa dança. Não é só um ingrediente extra, é o que transforma o prato de simples em memorável. O segredo? Adicionar o pinhão cozido no meio do refogado, não no final. Ele absorve o óleo da linguiça, solta um cheiro que lembra floresta úmida, e fica com uma textura que parece que foi feito por alguém que conhece o interior do Paraná.
Eu já tentei colocar tudo junto no início e virou uma massa pastosa. Aprendi na marra: cada coisa no seu tempo. E se quiser um toque que ninguém espera, jogue um pouco de alecrim seco no final. Não é tradicional, mas funciona. Já experimentou? Me conta.
3º. Batata recheada
Autor: Georgia Leite
Quem disse que vegetariano precisa abrir mão de sabor? Essa batata recheada com pinhão é a prova do contrário. O pinhão, triturado e misturado com aveia e caldo, vira um creme que lembra um risoto, mas com mais corpo. É o tipo de coisa que você serve e depois ouve: “Isso tem carne?”
Minha dica: não deixe o creme muito úmido. Se for muito molhado, a batata vira um saco de água. E se quiser um toque crocante, salpique um pouquinho de farinha de amêndoas antes de levar ao forno. Não é tradicional, mas eu faço assim, e o Titan fica encostado na porta da cozinha, esperando a próxima fatia.
Croquete de pinhão? Sim. E é mais surpreendente do que parece. A textura da semente, quando bem triturada, dá um equilíbrio entre o macio e o levemente granulado, quase como se fosse um purê com personalidade. O que mais me encanta é que, mesmo sendo frito, não pesa. Não fica gorduroso. Fica… inteligente.
Eu sempre coloco um pouco de cebola caramelizada na massa. Não é na receita original, mas faz toda diferença. E se você for fazer para crianças, pique o pinhão bem miúdo, eles não percebem que é pinhão, só sabem que é gostoso. Já aconteceu comigo.
Entrevero é um prato que parece complicado, mas é só uma questão de paciência. O pinhão aqui não é apenas um acompanhamento, ele é o fio que une as carnes. Cada camada que você coloca na panela, ele vai absorvendo o suco, o fumo, o tempero. E quando você prova, não é só carne, não é só legume. É algo que parece ter sido feito por alguém que viveu naquele lugar.
Se você não tem tacho, use uma panela de fundo grosso e deixe cozinhar devagar. Não apresse. Se fizer rápido, o pinhão perde a alma. E se sobrar? Ainda melhor. No dia seguinte, vira recheio de empada. Eu já fiz.
Farofa é quase um ritual. E quando o pinhão entra nela, vira algo que você não esquece. O segredo não é só o refogado de calabresa e bacon, é o momento em que você coloca o pinhão ainda quente. Ele solta um vapor que mistura com o cheiro da farinha e cria uma nuvem de aroma que faz todo mundo parar de falar e olhar.
Eu sempre coloco o ovo cozido por cima, e não misturo. Deixa ele ali, inteiro, como um sinal de que aquilo foi feito com cuidado. E se você for fazer para um churrasco, prepare o dobro. Sempre falta. Acho que é o sabor que nos faz querer mais.
Lasanha vegana não precisa ser chata. Essa aqui é a prova. O molho de pinhão, feito com tomate, alho e um toque de orégano, é tão denso que você nem sente falta da carne. E a abobrinha? Ela não é só uma substituição, é o que traz leveza. O contraste entre o macio da massa e o firme do pinhão é o que faz essa receita se destacar.
Se você nunca fez lasanha sem queijo, comece por essa. E se quiser um toque extra, espalhe um pouco de noz-moscada ralada entre as camadas. Não é obrigatório, mas faz toda diferença. Já tentei sem? Não. E acho que nem vou.
Moqueca com pinhão? Pode parecer estranho, mas é uma combinação que faz sentido. O pinhão absorve o dendê, o leite de coco, e vira um contraponto terroso ao peixe macio. O truque está na panela de barro, ela não só mantém o calor, como também suaviza os sabores. O pinhão não grita. Ele canta.
Se você não tem panela de barro, use uma de ferro fundido. Mas não troque o dendê. Ele é o que liga tudo. E se fizer, não se esqueça de deixar descansar 10 minutos antes de servir. É nesse tempo que os sabores se encontram. Eu aprendi isso com um pescador em Florianópolis. Talvez tenha sido sorte… ou talvez seja só o jeito das coisas.
Nhoque de pinhão é um daqueles pratos que parecem de restaurante, mas você faz em casa com o que tem na despensa. A massa fica mais densa, mais encorpada, como se tivesse mais alma. O pinhão, triturado, vira o coração da massa. E quando você o selada na frigideira com azeite, ele ganha uma crosta que é só dele.
Eu sempre faço com molho de tomate caseiro e manjericão. Mas se você quiser ousar, experimente um molho de castanha-do-pará. Não é comum, mas combina. E se sobrar? Ainda melhor. No dia seguinte, vira salada morna. Já fiz. E não me arrependi.
Patê de pinhão é o tipo de coisa que você serve em uma reunião e todos perguntam: “O que é isso?”. É cremoso, tem um sabor que lembra nozes, mas mais suave. E o melhor? Não precisa de nada além de um pão fresco. Nada de queijo, nada de azeitona. Só isso.
Minha dica: use o pinhão ainda morno. Se esfriar demais, ele perde a fluidez. E se quiser um toque mais profundo, acrescente um fio de vinagre balsâmico. Não é tradicional, mas faz o creme ganhar uma camada que você não espera. Já experimentei? Sim. E fiquei com vontade de comer tudo de uma vez.
Risoto de pinhão e carne seca? Isso é o que acontece quando você mistura tradição com coragem. A carne seca desfiada dá sal, o pinhão dá doçura e o arroz… o arroz só faz o papel de fundo. Mas é um fundo que se transforma. O caldo vai sendo incorporado, e o pinhão vai soltando seu sabor lentamente, como se estivesse contando uma história.
Se você fizer, não use caldo industrial. Faça com água, cebola e um pedaço de pele de frango. É mais demorado, mas vale. E se fizer para alguém especial? Sirva com um vinho tinto leve. Não é obrigatório, mas faz toda diferença. Já fiz assim. E a pessoa não parou de comer por 15 minutos.
Suflê é um dos pratos que mais me assustam. Mas esse de pinhão? Ele me ensinou que o segredo não é a técnica, é a textura. O pinhão, em duas formas, cria um equilíbrio que poucos conseguem: o triturado dá corpo, o fatiado dá surpresa. Quando você come, sente o macio e depois o levemente resistente, como se o prato estivesse falando com você.
Se fizer, não abra o forno antes dos 25 minutos. Já tentei. E o suflê desceu como um sonho quebrado. Depois disso, aprendi. E se desejar um toque de cor, salpique um pouco de pimentão vermelho picado por cima. Não é na receita, mas fica lindo.
Canjica com pinhão? Sim. E é a sobremesa mais brasileira que você já provou. Não é só doce. É quente, é terroso, é um pouco de terra, um pouco de leite, um pouco de memória. O pinhão triturado vira o coração do doce, não é só um ingrediente, é o que dá alma.
Minha dica: não use leite condensado em excesso. Ele esconde o pinhão. E se desejar um pouco de inverno, polvilhe canela por cima. Mas não misture. Deixe ela ali, como um sopro de frio. Já fiz assim. E a Daiane, que não gosta de doce, pediu para guardar a próxima porção. Isso é dizer muito.
E aí, qual receita merece ser a primeira? O pinhão é um ingrediente que não pede perfeição, ele pede respeito. E se você fizer uma dessas, me conta como foi. Porque, no fim, cozinhar não é só sobre sabor. É sobre lembrar que a gente tem raízes, e que elas podem virar algo tão bom quanto isso.
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