Se você curtiu o futomaki básico, espera até ver essas 14 variações que vão explodir sua criatividade na cozinha
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.
2º. O califórnia que todo mundo pede
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O califórnia é aquele futomaki que nunca decepciona, principalmente pra quem tá começando. A combinação de kani, pepino e manga é praticamente infalível. O que aprendi depois de fazer algumas vezes é que a manga tem que estar no ponto exato, nem muito verde nem muito madura.
Uma dica que mudou tudo pra mim: passa uma finíssima camada de maionese na alga antes de colocar o arroz. Parece besteira, mas ajuda a grudar tudo melhor e dá um sabor extra. E na hora de cortar, molha a faca em água com um pouquinho de vinagre entre uma fatia e outra.
3º. Com tamagoyaki caseiro
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Fazer tamagoyaki em casa era meu calo por muito tempo. Ou queimava por fora e cru por dentro, ou virava uma borracha. A técnica da frigideira quadrada realmente faz diferença, mas se você não tiver uma, dá pra adaptar na redonda, só vai ficar menos uniforme.
O segredo que ninguém conta: bate o ovo com um garfo, não com fouet. Parece contra intuitivo, mas fica mais aerado. E o açúcar tem que ser dissolvido completamente antes de ir pro fogo. Quando acertei isso, nossa, mudou completamente.
Essa versão com cogumelos é uma das minhas descobertas recentes. O shitake desidratado tem um sabor tão intenso que dispensa outros temperos. Só tem que lembrar de hidratar com antecedência, deixo de molho na água morna por pelo menos meia hora.
A vagem holandesa eu cozinho no vapor pra manter a crocância. E a abóbora fukube é difícil de achar, então substituo por abobrinha mesmo às vezes. Fica diferente, mas ainda assim gostoso. É bom pra variar quando cansa dos recheios tradicionais.
Essa combinação com ameixa em conserva foi a que mais me surpreendeu. O azedinho corta a gordura do cream cheese e do ovo de um jeito incrível. Mas tem que ser a ameixa japonesa mesmo, a fresca não funciona pela textura e sabor diferentes.
Uma coisa importante: tira o caroço com cuidado pra não desfazer a ameixa. E corta em tirinhas finas pra distribuir melhor pelo rolo. Fica lindo com as cores do pepino e do aspargo, parece aqueles sushis artísticos.
O atum picante é meu preferido quando quero algo com mais personalidade. Testei com gochujang e com chipotle, os dois funcionam, mas dão resultados bem diferentes. O coreano é mais adocicado, o mexicano mais defumado.
Se for usar atum fresco, congela por pelo menos 24 horas antes de consumir cru. É mais seguro. E na hora de temperar, deixa marinar por uns 15 minutinhos só, senão o limão do molho cozinha o peixe e muda a textura.
Abacate no futomaki é uma daquelas combinações que a gente não imagina que vai gostar até experimentar. A cremosidade contrasta muito bem com a textura do arroz e dos outros ingredientes crocantes. Mas tem que ser abacate na medida certa, nem muito duro nem passado.
Eu gosto de regar com um pouquinho de shoyu e gergelim antes de enrolar. E sempre coloco por último, já na hora de fechar o rolo, pra não escurecer. Fica lindo com a cor verde vibrante contrastando com o arroz branco.
Essa versão com carne é perfeita pra apresentar futomaki pra quem tem resistência a comida japonesa. Usei filé mignon cortado bem fininho e marinado rapidinho no shoyu e gengibre. Fica suave e não sobrepõe os outros sabores.
O importante é fritar bem rápido em fogo alto pra selar por fora e manter suculento por dentro. E deixar escorrer bem o excesso de óleo antes de enrolar. Combinou surpreendentemente bem com o kani e o ovo, criando um sabor bem brasileiro-japonês.
Nunca mais joguei fora pele de salmão depois dessa receita. Frita bem crocante com sal e pimenta, fica igual aqueles torresmos de peixe que servem como aperitivo em alguns restaurantes. No futomaki, dá uma textura incrível, crocante por dentro e macio por fora.
Dica importante: seca bem a pele com papel toalha antes de fritar, senão espirra óleo pra todo lado. E tira toda a gordura que fica grudada na parte de trás. Fica tão bom que as vezes faço só a pele frita como acompanhamento.
Esse é o futomaki que eu faço quando quero impressionar, ou quando to com muita fome. Coloco basicamente tudo que tem na geladeira, mas com cuidado pra não exagerar num só sabor. O pepino japonês é essencial pela crocância, e o gengibre em conserva dá aquele toque refrescante.
O segredo pra não virar uma bagunça na hora de enrolar é distribuir os ingredientes em camadas, não tudo misturado. E pressionar com firmeza, mas sem apertar demais senão o recheio escapa pelas pontas. Demora pra pegar o jeito, mas quando pega, não tem erro.
O cream cheese é polêmico no mundo do sushi, mas eu adoro. Deixa tudo mais cremoso e suaviza sabores muito fortes. Uso o sem tempero mesmo, aquele mais neutro, em tirinhas finas pra derreter levemente com o calor do arroz.
Cuidado na hora de pressionar o rolo, se apertar demais, o cream cheese vaza tudo e vira uma bagunça. E sempre deixo na geladeira por pelo menos meia hora antes de cortar, ajuda a firmar. Combina demais com salmão defumado.
Essa é pra quando quero fazer uma refeição completa de frutos do mar. Uso lula em anéis bem finos, camarão médio e as vezes até pedacinhos de polvo. Cada um cozinha num tempo diferente, então tem que preparar separadamente.
A lula cozinha em segundos, passa do ponto e vira borracha. O polvo eu cozinho na pressão por uns 20 minutos pra ficar macio. E tudo bem geladinho antes de enrolar. Fica aquele sabor do mar que não precisa de muito tempero, só um limão siciliano por cima.
E ai, qual desses futomakis você vai tentar primeiro? Cada um tem sua personalidade, desde os mais tradicionais até os mais ousados. Se fizer algum, volta aqui pra contar como foi sua experiência, adoro trocar ideias sobre combinações diferentes de recheios!
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