16 Receitas de Entrevero + Formas Diferentes de Preparo E de Sabores

O prato mais tradicional do Sul do Brasil ganha diversas representações nessas receitas.
16 Receitas de Entrevero + Formas Diferentes de Preparo E de Sabores
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Transforme aqueles 3 ingredientes esquecidos na geladeira no prato mais comentado da sua semana.

Foi exatamente isso que aconteceu aqui no apartamento quando resolvi testar uma versão do entrevero gaúcho. Tinha acém, mandioca e aquela linguiça que sempre sobra. Minha Daiane duvidou que daria certo, mas quando o cheiro começou a subir, até o Titan veio correndo pra cozinha, e olha que ele é enjoado com comida.

O segredo do entrevero está na técnica de cozimento em pressão, algo que aprendi num curso de culinária brasileira. A mandioca absorve todo o sabor do açafrão e das pimentas, criando um caldo que é simplesmente divino. Eu sempre dou uma dica extra: deixe o acém em pedaços generosos, porque ele desfia perfeitamente depois da panela de pressão.

Se você quer impressionar na próxima refeição sem complicação, essa receita de entrevero vai te surpreender. É um daqueles pratos que parecem complexos, mas na verdade são bem simples de fazer.

Receita de Entrevero: Saiba Como Fazer

Rendimento
1 porção média, 500g
Preparo
40 min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

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Essa receita é daquelas que salvam o dia, usei ingredientes que quase sempre tenho em casa. O acém fica incrivelmente macio na pressão, e a mandioca absorve todo o sabor. Se não tiver açafrão fresco, pode usar o em pó mesmo, mas o fresco dá um colorido especial.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 250g (1/2 da receita)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 425 kcal 21%
Carboidratos Totais 35.2g 12%
   Fibra Dietética 3.5g 14%
   Açúcares 4.8g 10%
Proteínas 28.5g 57%
Gorduras Totais 20.3g 37%
   Saturadas 6.2g 31%
   Trans 0g 0%
Colesterol 85mg 28%
Sódio 980mg 43%
Potássio 680mg 15%
Ferro 3.8mg 21%
Cálcio 45mg 4%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Rico em Ferro: Acém é excelente fonte de ferro heme
  • Alto em Proteína: Ideal para recuperação muscular
  • Sem Glúten: Ingredientes naturalmente sem glúten
  • Energia Sustentada: Combinação proteína + carboidrato complexo

Alertas & Alérgenos

  • Alto sódio – Reduza sal para hipertensos
  • Gordura moderada – Acém tem gordura natural
  • Insight: Mandioca adiciona carboidratos complexos para energia prolongada
  • Valores sem linguiça; adicionar aumenta calorias e gordura em ~20%

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

  1. Pega uma panela de pressão e coloca o óleo, o acém, a cebola picada, o alho amassado, o açafrão ralado, a pimenta do reino, a páprica e a pimenta calabresa. Mistura tudo muito bem, eu gosto de deixar o acém bem envolvido nos temperos.
  2. Deixa fritar por uns 10 minutos em fogo médio, mexendo de vez em quando. Você vai ver a carne começando a dourar e o cheiro já fica absurdamente bom. A Daiane sempre reclama que fico cheirando a panela nessa parte, mas é irresistível, né?
  3. Agrega o sal, o tomate picado, o molho de tomate e os 100ml de água. Mexe mais uma vez pra incorporar tudo.
  4. Tampa a panela e leva pra pressão. Quando pegar pressão, conta 10 minutinhos, não mais que isso, senão a carne desfia demais. Eu já errei uma vez deixando 15 minutos e virou uma pasta, então fica esperto.
  5. Passado o tempo, tira a panela do fogo e espera sair toda a pressão antes de abrir. Cuidado com o vapor, sempre.
  6. Agora é a hora de colocar a mandioca cozida em pedaços e o cheiro verde. Se você quiser botar linguiça, é agora também, eu corto em rodelas e jogo junto. Mistura com cuidado pra não quebrar a mandioca toda.
  7. Deixa no fogo mais uns 2 minutinhos só pra esquentar a mandioca e incorporar os sabores. Se quiser, pode colocar uns pedacinhos de cebola crua por cima na hora de servir, dá um crocante legal.
  8. Pronto! Pode servir com arroz branco ou puro mesmo. Eu garanto: vai todo mundo pedir bis.

Essa receita de entrevero virou coringa aqui em casa, sério mesmo. É daquelas que você faz quando não quer pensar muito, mas quer comer bem. Quando preparei pela primeira vez, a Daiane estranhou a combinação, mas depois ficou viciada, agora toda semana tem.

E aí, já tentou fazer entrevero desse jeito? Conta pra gente nos comentários como ficou o seu, ou se fez alguma adaptação. Adoro saber das experiências de vocês na cozinha!

Quanto custa em calorias esse entrevero?

Uma porção de 250g tem aproximadamente 425 kcal – conforme detalhado na tabela nutricional completa abaixo dos ingredientes. O valor pode aumentar se adicionar linguiça, mas a combinação de acém com mandioca garante uma refeição balanceada com proteína de qualidade e energia sustentada. Perfeito para dividir ou guardar para outra refeição!

Quanto tempo dura essa maravilha?

Na geladeira, dura até 3 dias se guardar num pote fechado. Eu congelo porções individuais e fica top por 1 mês. Só esquentar na frigideira com um fio de óleo pra ficar crocante de novo.

Se faltar ingrediente, bora improvisar!

• Sem acém? Use patinho ou alcatra (corta em cubos menores pra não ficar duro)
• Mandioca dura? Batata baroa ou inhape são ótimos substitutos
• Açafrão em pó vale se não tiver fresco (1 colher de chá)
• Molho de tomate caseiro? Bota 1 tomate extra e umas gotas de limão

Os 3 pecados capitais do entrevero

1. Mandioca muito mole: cozinhe só até ficar al dente antes de misturar, senão vira purê
2. Carne borrachuda: se não fritar bem antes da pressão, fica dura que nem sola de sapato
3. Excesso de água: 100ml é o suficiente, senão vira sopa (a menos que você queira sopa, aí tudo bem)

Truque secreto da panela de pressão

Depois dos 10 minutos de pressão, desligue o fogo e deixe a panela perder pressão naturalmente. A carne fica ainda mais macia! A Daiane me ensinou isso depois do nosso primeiro entrevero "made in micro-ondas" (não pergunte).

O que serve junto?

• Farofa de banana da terra (combina demais com o doce da mandioca)
• Vinho tinto se quiser ficar chique (um Malbec argentino cai bem)
• Cerveja gelada pra quem prefere algo mais casual
• Arroz branco simples pra quem não quer inventar moda

Versão "mad max" do entrevero

Joga um ovo frito por cima, bacon crocante e até queijo coalho grelhado. Vira um prato único monstro! Já fiz assim pra um almoço de domingo e todo mundo pediu bis.

O ponto crítico: a mandioca

O segredo é cozinhar a mandioca separadamente até ficar quase no ponto (um garfo deve atravessar com leve resistência). Quando for misturar com o resto, ela termina de cozinhar sem desmanchar. Já errei isso e virei o rei do entrevero pastoso!

Modo "conta no vermelho"

• Usa só metade da carne e dobra a mandioca
• Linguiça pode ser substituída por bacon mais barato (ou até cortar totalmente)
• Molho de tomate caseiro: refogue 2 tomates com alho e cebola até desmanchar
• Cheiro verde da feira dura mais que o do mercado (e é mais barato)

Up gourmet (pra impressionar)

• Finaliza com azeite trufado e páprica defumada
• Usa costela bovina no lugar do acém (cozinha por 20min na pressão)
• Decora com microfolhas ou flores comestíveis
• Serve em panela de ferro fundido pra manter aquecido

SOS: salvando o entrevero desastre

Ficou salgado? Acrescente mais mandioca ou uma batata crua descascada (ela absorve o sal)
Secou demais? Adiciona 1/4 xícara de caldo de carne ou água quente e mexe devagar
Queimou o fundo? NÃO MEXA! Transfira o que tá em cima pra outra panela e descarte a parte queimada

De onde veio esse negócio?

O entrevero é 100% brasileiro, nascido nas cozinhas de fazenda do sul. O nome vem da "bagunça" de ingredientes - carne, mandioca, temperos tudo misturado. Dizem que os tropeiros inventaram pra aproveitar o que tinham nas viagens. Bem estilo "junta tudo e reza".

2 fatos que ninguém conta

1. A mandioca era chamada de "pão dos pobres" no Brasil colonial - fazia o papel que o arroz tem hoje
2. O açafrão não é só cor: ele ajuda a conservar a carne (os antigos já sabiam das coisas!)

Perguntas que sempre me fazem

Posso fazer sem panela de pressão? Pode, mas cozinhe a carne por 1h antes em fogo baixo com água cobrindo.
Congela bem? Demais! Só a mandioca pode ficar um pouco farinhenta - pra evitar, esquenta no vapor depois.
Vale a pena dobrar a receita? Sempre! O trabalho é quase o mesmo e você tem comida pronta pra semana.

O que mais combina com esse sabor?

Experimenta servir com:
• Picles de cebola roxa (corta o gorduroso da carne)
• Molho de pimenta caseiro (aquece o prato sem dominar)
• Abacate em cubos (contraste cremoso incrível)
• Farofa de castanhas (dá crocância e nobreza)

Confissões de quem já errou

Uma vez coloquei MAIS água achando que ia secar... virou ensopado. Outra vez esqueci o sal e tive que salgar depois (ficou desigual). Moral da história: segue a receita na primeira vez, depois inventa!

O que ouvir enquanto cozinha?

• "Cuitelinho" - Paulo Vanzolini (pra entrar no clima caipira)
• "Asa Branca" - Luiz Gonzaga (clássico que nunca falha)
• Qualquer pagode anos 90 (tempo de cozimento perfeito pra 3 músicas)

E aí, bora fazer?

Esse entrevero é daqueles pratos que enganam: parece simples, mas quando acerta o ponto, vira favorito. Me conta nos comentários como ficou o seu! Mandou foto no Instagram? Marca a gente @sabornamesaoficial pra gente ver seu talento.

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Nota de Transparência

As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.

2º. Quando o disco de arado vira o herói da cozinha

autor: Receitas Canal Raiz

Eu demorei pra cair na real sobre o disco de arado, achava que era só modinha. Que engano! A diferença no cozimento é absurda, o calor se espalha de um jeito que nenhuma panela comum consegue imitar.

O segredo que ninguém conta: comece pelas carnes mais gordurosas. Elas soltam a própria gordura e você nem precisa adicionar óleo. A linguiça sempre vai primeiro na minha panela, quer dizer, no meu disco.

3º. Pinhão: o toque sulista que conquista

autor: Cozinhando com a Dete

Experimentei pinhão no entrevero numa viagem pro Sul e foi amor à primeira mordida. Ele tem essa textura única, meio amanteigada, que absorve o caldo todo sem desmanchar.

Dica preciosa: cozinhe o pinhão separadamente antes de jogar no entrevero. Se colocar cru, ele rouba todo o caldo e fica borrachudo. Já cometi esse erro, claro.

4º. Pão no molho: a combinação perfeita

Essa versão transforma o entrevero num lanche de respeito. O pão fica com a crosta crocante por fora e todo embebido no caldo por dentro, perigo de querer comer só o pão e esquecer o resto.

Usei pão italiano daqueles redondos e funcionou que foi uma beleza. Só cuidado pra não deixar muito tempo senão vira sopa.

5º. Carnes variadas: para quem não consegue decidir

Essa receita resolve aquele problema de ter sobras de diferentes carnes na geladeira. Juntou tudo e transformou num prato único. O coração de galinha é a surpresa, fica macio e saboroso, nem parece que é miúdo.

Minha sugestão: corte as carnes mais duras em pedaços menores e as mais macias em pedaços maiores. Assim tudo fica no ponto ao mesmo tempo.

6º. Arroz que vira prato principal

Fazer o arroz separado parece trabalho extra, mas na verdade é um golpe de mestre. Você controla o ponto de cada coisa, o arroz soltinho e o entrevero no seu tempo.

Quando mistura na hora de servir, o arroz absorve o caldo mas mantém a textura. Se cozinhar tudo junto vira mingau, aprendi isso na prática.

7º. Frigideira salvadora para dias corridos

Quem disse que precisa de disco de arado pra fazer entrevero? Essa versão na frigideira é minha salvação nos dias mais apertados. E fica tão gostoso quanto, pra ser sincero.

O truque é usar uma frigideira grande e não lotar demais. Se amontoar tudo, vira vapor instead de fritar. Espaço é importante aqui.

8º. Banha de porco: o segredo esquecido

Voltei a usar banha por causa dessa receita e que diferença! Dá um sabor que óleo nenhum consegue imitar, além de deixar tudo mais crocante.

Comprei numa feira aqui perto e dura meses na geladeira. Só esquenta o que vai usar, porque derreter e solidificar de novo estraga o sabor.

9º. Mix de temperos: para personalizar do seu jeito

Essa combinação de temperos é daquelas que você anota e usa em tudo. O tomilho com manjerona é uma dupla que eu nunca tinha testado no entrevero, virou meu novo queridinho.

Faço um potinho com essa mistura e dura semanas. Só não coloco sal junto porque aí não controlo a quantidade.

10º. Básico que nada, simplesmente essencial

Às vezes menos é mais, e essa receita prova isso. Com só cebola, alho e sal, o sabor das carnes e legumes brilha de verdade.

Perfeita pra quando você tem ingredientes de qualidade e não quer mascarar o gosto natural. Fiz pra uns amigos que são puristas e todo mundo aprovou.

11º. Cachaça: o truque dos experts

Já usei vinho, cerveja, mas cachaça foi novidade pra mim. E olha que funcionou melhor que todos, ela amacia a carne de um jeito surpreendente.

Usei uma prata comum, nada daquelas caras. O álsome evapora e fica só o sabor, que é bem suave na verdade.

12º. Maionese: a cremosidade inesperada

Maionese no entrevero? Confesso que fiz cara feia quando ouvi falar. Mas testei e é genial, dá uma cremosidade que nem creme de leite consegue.

Só não exagera, uma colher é suficiente. E mexe bem pra incorporar, senão fica pedaços brancos.

13º. Molho de tomate caseiro: vale cada minuto

Fazer o molho de tomate em casa mudou meu entrevero pra sempre. O sabor é tão diferente do de lata que parece outro prato.

Demora um pouco mais, mas eu faço um balde e congelo em porções. Aí sempre tenho pronto.

14º. Brócolis: o verde que conquista

Brócolis no entrevero foi ideia da Daiane, ela queria algo mais nutritivo. E acertou em cheio! Ele segura bem o caldo sem virar papa.

Corte em pedaços médios e jogue no final, porque cozinha rápido. Se colocar cedo demais, some.

15º. Shoyu: o toque oriental que funciona

Shoyu no entrevero parece estranho, mas faz todo sentido. Ele realça o sabor das carnes sem dominar o prato, diferente do sal comum.

Usei o shoyu light e ficou perfeito. E cuidado com o sal extra, quase sempre nem precisa.

16º. Pimentão verde: a acidez que faltava

O pimentão verde é meu preferido justamente por esse toque azedinho. Corta a gordura das carnes e dá um frescor incrível.

Tire as sementes bem, porque elas amargam. E não cozinhe demais, senão perde a graça.

E aí, qual dessas vai ser sua próxima experiência? Eu tô entre a versão com pinhão e a com cachaça, mas confesso que fiquei curioso com a maionese. Se testar alguma, me conta nos comentários como foi, adoro trocar ideia sobre essas descobertas culinárias!

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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