Da salada à sobremesa: descubra o poder secreto da ricota em 17 receitas
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.
2º. Torta Salgada que Aproveita Até o Soro
autor: 13 Minutos Vida nos EUA
Diferente do que todo mundo pensa, o soro que sai da ricota não é lixo. É ouro líquido para a massa. Nessa receita, a dica que pegamos é usar parte desse soro no lugar do leite ou água da massa. O resultado é uma torta mais úmida por dentro, com um sabor mais rico, e você evita o desperdício. Acho que foi uma das primeiras vezes que uma torta salgada minha não ficou com a base seca. Agora faço sempre assim, com qualquer queijo fresco.
É a receita ideal para aquele almoço que precisa alimentar várias pessoas sem muito trabalho, e ainda por cima com um toque caseiro que todo mundo nota.
3º. Patê que Engana Vegetarianos e Carnívoros
autor: Receitas Dona Dirce
Esse patê resolve um problema clássico: o que servir rápido quando alguém vegetariano aparece em casa? A textura é incrivelmente cremosa, quase como um patê de fígado, mas sem carne nenhuma. O segredo está em bater a ricota ainda bem fria, quase gelada, com um fio generoso de azeite. A temperatura faz toda a diferença para emulsionar e ficar aquele creme lisinho. Coloco bastante pimenta-do-reino moída na hora, fica com um toque especial.
Deixo sempre um pote pequeno na geladeira. Virou coringa para sanduíches noturnos e visitas inesperadas.
Fazer ricota em casa parece coisa de chef, mas é mais fácil que fazer arroz, juro. Você só precisa de leite, limão e um pano. A sensação de ver o leite talhar na sua frente é mágica, parece que descobriu um superpoder. A ricota caseira fica mais fresca, menos salgada e muito mais cremosa que a de pacote. É outra liga.
Faço com a Daiane de vez em quando, ela fica com o limão e eu com o leite. Em meia hora tá pronto. Depois que você prova, difícil voltar para a industrializada. É um daqueles processos simples que trazem uma satisfação enorme.
Bolo de ricota é a solução para quem sofre com bolos secos. A gordura e a umidade do queijo mantêm a massa macia por dias. A receita é basicamente um bolo comum, mas você substitui parte da manteiga ou óleo pela ricota amassada. Não fica com gosto de queijo, fica com um sabor neutro e úmido, perfeito para o café da tarde.
Já errei a mão no fermento uma vez e o bolo ficou alto demais, quase fugiu da forma. Mas mesmo assim, ficou gostoso. Esse aqui é a prova de que alguns erros na cozinha ainda dem certo no final.
O contraste salgado-doce é subestimado. A ricota na massa da torta doce equilibra a doçura do recheio, seja de fruta ou de goiabada. Ela impede que a sobremesa fique enjoativa, aquele negócio de comer uma fatia e achar que já foi demais. Fica mais equilibrado, mais interessante.
Particularmente, detesto quando a sobremesa é um soco de açúcar na boca. Essa torta não é assim. É leve, suave, e a textura da massa fica areadinha, sabe? Perfeita para fechar uma refeição mais pesada.
Uma tábua de frios só com embutidos cansa. Colocar um montinho de ricota temperada no meio quebra a monotonia e dá uma opção mais fresca. Amasso ela com garfo, rego com azeite bom, jogo alecrim fresco e pimenta calabresa em flocos. Dez minutos de preparo, e vira a estrela do happy hour.
É incrível como um ingrediente tão simples rouba a cena. As pessoas sempre perguntam o que tem de especial. E a resposta é: quase nada, só um pouco de atenção na hora de temperar.
A armadilha dos cremes lights é ficarem com gosto de "falta alguma coisa". Esse aqui escapa porque a ricota dá corpo e uma sensação cremosa mesmo sem a gordura toda. O truque é bater muito bem no liquidificador, até ficar liso como um iogurte. Se ficar grumos, parece comida de dieta mesmo.
Uso como base para molho de macarrão, para rechear legumes ou até como creme para passar no pão integral. Engana bem a vontade de comer algo mais pesado. Funciona.
O grande medo do tomate recheado é ele murchar, soltar água e virar uma bagunça no forno. A ricota no recheio ajuda a absorver parte da umidade que o tomate solta, mantendo a estrutura. Escolha tomates firmes, nem muito verdes nem muito maduros, e tire só a polpa com cuidado.
É um prato bonito de servir, parece mais trabalhoso do que é. Já fiz para um jantar a dois em casa, fica com uma cara especial sem precisar de ingrediente caro. Qual foi a última vez que você comeu tomate recheado?
Nhoque de ricota é mais amigo do cozinheiro caseiro do que o de batata. A batata segura água de um jeito imprevisível, às vezes o nhoque desmancha, outras vira uma bolinha de gude. A ricota é mais controlável. Você só precisa escorrer bem antes de misturar com a farinha. O resultado é um nhoque leve, macio, que derrete na boca.
É um caminho sem volta. Depois que você faz, a versão só de batata parece pesada. Combina com um molho de manteiga e sálvia, algo simples para valorizar.
Ricota e espinafre foram feitos um para o outro. Um neutraliza a possível amargura do outro, e juntos criam um recheio cremoso e saboroso sem precisar de muito queijo gorduroso. A dica é cozinhar o espinafre e espremer BEM toda a água, com as mãos mesmo. Se ficar água, a torta fica molhada.
Essa é a receita que sempre fazemos quando queremos uma refeição vegetariana completa. Uma fatia grande com uma salada já sustenta. E é tão boa que ninguém sente falta de carne.
Goiabada com ricota na massa da torta é uma jogada de mestre. A doçura intensa da goiabada é cortada pelo fundo levemente salgado da massa. Não é uma sobremesa comum, tem personalidade. Fica linda também, com aquele contraste de cores.
Levei uma para um encontro na casa de uns amigos e foi o maior sucesso. Todo mundo queria a receita, e eu só dizia: é só colocar ricota na massa. Parece truque de mágica. Experimenta e me conta o que acharam.
Abobrinha pura pode ser um desafio para alguns paladares. Recheada com ricota temperada, ela vira uma embarcação de sabor. O recheio cremoso contrasta com a polpa macia da abobrinha assada. Fica tão gostoso que esquece que você está comendo um vegetal.
É um jeito inteligente de incluir mais legumes no dia a dia sem ser na monotonia da salada ou do refogado. Serve como prato principal leve ou acompanhamento especial. Já tentou assim?
Cheesecake de ricota é mais leve que o tradicional de cream cheese. O sabor é menos ácido e a textura é ligeiramente mais aerada, menos densa. É uma versão que agrada quem acha o original pesado demais. E fica incrível com uma calda de frutas vermelhas ou, quem diria, goiabada derretida.
Não tenho certeza se os americanos aprovariam, mas acho que ficou melhor adaptado ao nosso paladar. É um daqueles casos em que a cópia supera o original, pelo menos pra mim.
Recheio de ricota para panqueca é uma benção. Por ser mais seco que um frango desfiado molhado, ele não ensopa a massa. Você pode temperar com o que quiser: ervas finas, um pouco de tomate seco, atum. Vira uma refeição completa e super prática.
A massa da panqueca eu sempre faço com um ovo a mais do que a receita pede, fica mais firme para enrolar. E na hora de fritar, pouco óleo na frigideira antiaderente bem quente. Vira uma solução para jantares em 20 minutos, sabe aqueles dias?
A beleza da quiche de ricota e espinafre é que você nem precisa cozinhar o recheio antes. Mistura tudo cru, joga na forma com a massa e leva ao forno. A magia acontece lá dentro. A ricota fica cremosa, o espinafre cozinha no vapor e o ovo une tudo.
É a receita perfeita para quando você não quer ficar com três panelas no fogão. Limpa rápida, só a tigela de mistura. E o resultado é sempre elegante, parece que você se esforçou muito mais do que realmente se esforçou.
Quer um molho cremoso para o macarrão mas está de olho na gordura? Amasse a ricota com um pouco da água quente do próprio macarrão. Vai virar um creme simples, que gruda na massa e carrega o sabor dos outros temperos. Jogo alho frito, pimenta e muitas ervas por cima.
Não é um molho quatro queijos, claro. É uma opção mais leve, gostosa e que sacia a vontade de um macarrão com "alguma coisa". Às vezes é só disso que a gente precisa. Me conta, você costuma fazer molhos alternativos assim?
Bom, foram muitas ideias, né? A ricota é desse tipo de ingrediente que se esconde no fundo da geladeira até a gente descobrir o que ela pode fazer. Eu duvido que depois dessa lista você ainda vai encarar ela só como uma bolinha branca para salada. Escolhe uma que te chamou mais a atenção e bota a mão na massa. Depois passa aqui nos comentários para contar como ficou, ou se inventou alguma variação própria. Adoro saber dessas coisas.
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