Agora que você já pegou o jeito, veja como a quinoa pode virar até coisa que você nem imagina.
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.
2º. Risoto de Quinoa e Espinafre
autor: Mussinha
Eu era totalmente cético com risoto que não era de arroz, pra ser sincero. Até tentar uma versão parecida com essa em casa. O que me conquistou foi a textura que a quinoa consegue ter, ficando cremosa mas ainda com aquele leve crocante que o arroz arbóreo perde se você distrair. O segredo, pelo menos pra mim, foi usar um caldo bem saboroso — de legumes caseiro, se der — e ir adicionando aos poucos, igual faz com o risoto tradicional. O espinafre é a jogada de mestre, porque some no meio do creme e deixa um gostinho ótimo, sem aquele amargor que às vezes a gente tem medo. Vira um prato único perfeito pra um jantar de semana que você quer algo especial sem muito trabalho. Já fiz até para receber visitas e ninguém percebeu que não era arroz, sério.
3º. Salada de Quinoa que Não É Só Folha
autor: Cozinha da Carol
Essa aqui resolve um problema clássico: aquela salada que você faz e, duas horas depois, já está com fome de novo. A quinoa cozida e soltinha dá uma sustância incrível ao prato. A dica que aprendi, quase por acaso, é esperar ela esfriar totalmente antes de misturar com os legumes picados. Se você juntar tudo ainda quente, o pepino e o tomate murcham, perde a graça. Outra coisa: o suco de limão não é só pra temperar, ele realça o sabor de tudo e impede que a cebola roxa fique com aquele ardor muito forte. Faço uma panela no domingo e deixo na geladeira, aí na correria da semana é só pegar uma porção e montar o prato. Dura bem uns 3 dias, fácil. É a minha salada anti-desistência.
Pode parecer bobagem, mas saber cozinhar a quinoa no ponto é o que separa um prato incrível de uma papinha grudenta. Eu já errei muito isso, colocava água demais e ficava uma massa. O truque é lavar bem mesmo, até a água sair cristalina, para tirar a saponina que deixa amargo. E na hora de cozinhar, a proporção é sagrada: para cada xícara de quinoa, duas de água. Deixa levantar fervura, abaixa o fogo e tampa. Em 12, 15 minutos tá pronto — você vê aqueles espirais branquinhos se soltando. Aí, desliga e deixa a panela tampada por mais 5 minutos, ela termina de absorver o vapor e fica soltinha. Parece detalhe, mas faz toda a diferença. É a base para tudo que vem depois.
O tabule tradicional é de trigo, mas a versão com quinoa me pegou de jeito. Acho que porque fica mais leve e digerível, sabe? E a quantidade de hortelã e salsinha não é brincadeira, tem que ser generosa, é o que dá a alma ao prato. Uma vez fiz para um almoço e espremi o limão só na hora de servir, pra ficar com aquele frescor máximo. Fica incrível como acompanhamento de um peixe grelhado ou até dentro de uma folha de alface como um wrap. É daquelas receitas que parece sofisticada, mas é a coisa mais simples do mundo. Só cortar e misturar. Se você acha que não gosta de tabule, talvez seja a hora de dar uma chance para essa versão.
Confesso que fui tentar essa receita mais por curiosidade do que por fé. E me surpreendi como o resultado lembra um quibe de carne na textura — a quinoa dá uma "liga" perfeita. O erro que vejo muita gente cometendo é não deixar a massa descansar na geladeira antes de modelar. Isso é crucial para ela firmar e não desmanchar na hora de assar ou fritar. Fica crocante por fora e úmido por dentro. Serve como prato principal ou até petisco em formato de bolinhas. A Daiane, que é meio cética com substituições, adorou. Disse que não sentiu falta da carne. Agora é coringa aqui em casa para dias sem proteína animal.
Isso aqui é um daqueles conhecimentos que libertam. Comprar farinha de quinoa pronta dói no bolso, e fazer em casa é tão simples que parece mentira. Você só precisa de grãos de quinoa e um liquidificador ou processador potente. Bate até virar um pó bem fininho. A vantagem colossal, além da economia, é que você controla o ponto. Gosto de deixar um pouco mais granulada para usar em massas de bolo, dá uma textura interessante. E para quem precisa ou quer evitar glúten, é um ingrediente versátil pra tudo: panquecas, mingaus, empanados. Só toma cuidado para não bater demais e virar uma pasta, se a quinoa estiver muito úmida. Deixa secar bem antes.
Já tentei várias receitas de hambúrguer vegetariano que viraram uma migalha na frigideira, foi um desastre. Aprendi que a farinha de aveia e o ovo são os salvadores nessa missão, eles dão a liga perfeita. Outro segredo é não fazer o hambúrguer muito grosso, assim ele cozinha por igual e firma bem. Gosto de grelhar numa frigideira antiaderente bem quente com um fio de azeite, e não fico mexendo muito, deixo dourar de um lado pra depois virar. Fica incrível no pão, com as mesmas acompanhamentos de um hambúrguer comum. Até o Titan fica olhando, esperando uma migalha cair. É a prova de que saudável pode — e deve — ser gostoso.
Essa é a transição mais suave para incorporar quinoa no dia a dia. Você simplesmente cozinha junto com o arroz, na mesma panela. A proporção que mais gosto é de 3/4 de xícara de arroz para 1/4 de quinoa. Elas têm tempos de cozimento parecidos, então funciona perfeitamente. O resultado é um arroz visualmente diferente, com pontinhos pretos ou dourados, e nutricionalmente muito mais rico. Ninguém na mesa estranha, só percebem que tem "algo a mais" gostoso. É meu truque para dar um up no arroz do almoço de segunda a sexta sem precisar de receita nova. Só não esquece de lavar a quinoa antes, como sempre.
Farofa é um vício nacional, né. E essa versão com quinoa é uma maneira de deixar ela menos pesada e mais interessante. A quinoa tostada na frigideira com um pouquinho de azeite fica incrivelmente crocante, parece uma farofa de torresmo, mas é vegetal. Joguei uns pedacinhos de cenoura e alho por último pra dar um sabor. O que eu gosto é que ela não fica empapada rapidinho como a farofa de farinha de mandioca, especialmente se você for servir com um feijão mais caldoso. Dura mais tempo com a textura boa. Vira o ponto alto do prato, sério. Experimenta e me diz se não é verdade.
Fazer leite vegetal em casa sempre me pareceu uma tarefa de outro mundo, até tentar com quinoa. É de longe o mais simples. Você só deixa de molho, bate e coa. Não precisa cozinhar antes. O sabor é bem neutro, levemente adocicado, perfeito para vitaminas, mingaus ou tomar puro. Aprendi que a quinoa rende um "leite" bem branquinho e cremoso. E o bagaço que sobra não jogo fora, misturo na massa de pão ou de bolinho. É uma forma de não desperdiçar nada e ainda criar dois alimentos de uma vez. Para quem tem intolerância ou só quer variar, é uma mão na roda. Demora menos de 10 minutos, juro.
Pão caseiro tem um gosto e um cheiro que comprado nunca vai ter. E adicionar quinoa e aveia na massa é um truque para deixar ele mais nutritivo e com uma textura incrível — fica levemente úmido por dentro e com uma casquinha boa. A aveia dá uma ajudinha no crescimento, acho. Faço no final de semana e congelo em fatias. De manhã é só torrar. A diferença de começar o dia com um pão desses, com uma geleia boa, é enorme. Parece coisa de gente organizada, mas é só saber que você merece um café da manhã melhor. E é mais fácil do que parece, o vídeo mostra direitinho.
Abóbora cabotiá com quinoa é uma combinação que parece que nasceram uma para a outra. A abóbora cozida e amassada dá uma doçura e umidade que dispensam ovo em muitas receitas. O tempero com hortelã e canela é a cereja do bolo, cria um perfume incrível. Esse quibe, assado no forno, fica com uma crosta dourada linda e o interior bem cremoso. É um prato lindo de levar para a mesa, colorido e cheiroso. Perfeito para um almoço de domingo diferente ou para impressionar alguém especial sem ter que fazer muita louça depois. A receita é bem tranquila, prometo.
Macarrão de quinoa é daqueles achados para quem busca alternativas sem glúten mas não quer abrir mão de uma boa massa al dente. A textura é diferente do macarrão de trigo, é um pouco mais firme, mas de um jeito bom. Segue qualquer molho, do simples ao bolonhesa. O que eu mais gosto é que ele não vira uma pasta se você cozinhar um minuto a mais, ele mantém a integridade. É fácil de achar em bons supermercados hoje em dia. Se você nunca experimentou, sugiro começar com um molho pesto ou um azeite com alho, para sentir o sabor próprio da massa. Pode ser um novo vício.
Essa receita é a resposta para quando você quer servir um petisco diferente, que não seja batata frita ou salgadinho de pacote, mas que ainda seja uma delícia reconfortante. Os bolinhos são crocantes por fora e macios por dentro, e o creme de manjericão caseiro é o que eleva tudo. Dá um trabalho a mais, sim, mas o resultado compensa cada minuto. Já fiz para um encontro de amigos e sumiram em 10 minutos, com todo mundo perguntando o que era. A quinoa dá uma crosta ótima quando frita. Se quiser uma versão mais leve, pode assar no forno, mas fica um pouco menos crocante. De qualquer forma, é sucesso garantido.
Mingau não é só para criança ou para quando a gente está doente, pode ser um café da manhã poderoso e quentinho no inverno. O de quinoa fica com uma cremosidade que lembra aveia, mas com um sabor próprio. Você pode usar a quinoa em flocos, que cozinha mais rápido, ou a em grãos, batendo um pouco depois de cozida. Gosto de fazer com leite vegetal e adicionar canela e uma fruta picada no final, banana ou maçã funciona muito bem. É uma injeção de energia para começar o dia, e muito mais saciante que um pão com manteiga. Experimenta num dia frio, você vai entender.
Essa é a minha salada salva-vidas quando quero uma refeição completa, gostosa e que não suje metade da cozinha. Cozinho uma peito de frango, desfio e junto com uma porção generosa de quinoa fria e legumes picados. O milho e o pepino dão um crocante ótimo. O segredo é o tempero: um bom azeite, o suco do limão e aquela cebolinha fresca picada na hora. Misturo tudo e está pronto. Levo pro trabalho em um pote e como fria mesmo, fica excelente. É daquelas receitas que você faz uma vez e repete sempre porque resolve o problema do "o que vou almoçar hoje" com saúde e sabor. Prático não tem preço.
E aí, qual dessas ideias te deixou com mais vontade de ir pra cozinha? Tem desde o básico até uns lanches mais elaborados. Se preparar alguma, volta aqui pra contar como foi a experiência, se deu certo, se adaptou alguma coisa. Adoro trocar essas ideias com você.
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