15 Receitas com Cupuaçu + Alternativas para Provar

Além de ser rico antioxidantes, fibras e vitaminas A e C, o fruto nativo na Amazônia do Brasil é ingrediente de diferentes receitas deliciosas na culinária brasileira
15 Receitas com Cupuaçu + Alternativas para Provar
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Tem um cheiro que invade a cozinha quando o cupuaçu começa a ganhar forma no creme, doce, levemente ácido, com um quê de floresta molhada depois da chuva. É tipo aquela sensação de abrir a janela depois de um dia pesado em São Paulo e respirar fundo, mesmo com a Marginal Tietê lá fora.

Já perdi a conta de quantas vezes tentei domar essa fruta. Primeiro foi no creme brûlée, que virou caramelo queimado. Depois num bolo que afundou feito Titanic. Até que entendi: o cupuaçu não se submete. Ele manda no jogo. E o truque? Deixar ele ser o protagonista, sem força, com tempo e respeito à textura.

Aqui, o segredo tá na gelatina incolor. Não é mágica, é técnica. Ela segura o corpo do mousse de cupuaçu sem roubar o sabor, deixando firme mas sedoso. E a ganache de chocolate meio amargo? Combinação nobre. O amargor corta a doçura e eleva tudo.

Dá uma olhada no passo a passo abaixo. Se fizer, me conta nos comentários como foi. Se der errado, nem tem problema, até o Titan já tentou roubar um pedaço (não pode, alergia) e ainda assim ficou com cara de quem quer mais.

A Favorita Entre as Receitas com Cupuçu - Mousse de Cupuaçu super delicioso e prático: Saiba Como Fazer

Rendimento
5 copos de 100ml
Preparação
60 min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 6 marcados

Gastei R$38,50 nessa receita na feira da Liberdade. A polpa de cupuaçu custou quase metade do preço do supermercado. A gelatina incolor é barata, mas se não tiver, não substitua por outra. Ela é a única que não altera o sabor. E o Titan, que não pode comer nada doce, ficou sentado no chão olhando como se estivesse assistindo a um filme. Não pediu. Só observou.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 100g (1 copo)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 285 kcal 14%
Carboidratos Totais 32.5g 11%
   Fibra Dietética 1.2g 5%
   Açúcares 28.8g 58%
Proteínas 5.8g 12%
Gorduras Totais 14.7g 27%
   Saturadas 9.2g 46%
   Trans 0g 0%
Colesterol 45mg 15%
Sódio 85mg 4%
Cálcio 150mg 15%
Ferro 0.8mg 6%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Vegetariano: Sem ingredientes de origem animal
  • Gluten-Free: Sem glúten nos ingredientes
  • Rico em Cálcio: Boa fonte de cálcio

Alertas & Alérgenos

  • Alto teor de açúcar – 58% do VD por porção
  • Alta gordura saturada – 46% do VD
  • Contém lactose (leite condensado e creme de leite)
  • Insight: O cupuaçu é rico em antioxidantes; versão sem ganache reduz 100 calorias por porção

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

Prepare a mousse:

  1. Dissolva a gelatina incolor em 4 colheres de sopa de água morna. Espere 5 minutos até ela inchar. Não aqueça mais. Só quente, não quente demais.
  2. No liquidificador, adicione o leite condensado, o creme de leite e a polpa de cupuaçu. Despeje a gelatina dissolvida por cima.
  3. Bata tudo por 3 minutos, até ficar cremoso e sem grumos. Se parecer muito líquido, não se preocupe. É normal.
  4. Despeje a mistura em copos de vidro ou taças. Deixe na geladeira por 1 hora, ou até que fique firme, mas ainda macio. Não tente apressar. Se colocar no congelador, vira gelo.

Faça a ganache:

  1. Coloque o chocolate meio amargo em uma tigela resistente ao calor.
  2. Em uma panela pequena, aqueça o creme de leite até quase ferver, não deixe ferver. Só leve até começar a soltar vapor.
  3. Despeje o creme quente sobre o chocolate. Espere 2 minutos. Depois, mexa suavemente, do centro para fora, até derreter tudo e ficar liso. Não mexa rápido. Deixe o calor fazer o trabalho.
  4. Deixe esfriar por 15 minutos, fora da geladeira. Se colocar quente, ela afunda na mousse.

Monte e finalize:

  1. Quando a mousse estiver firme, despeje a ganache por cima, devagar. Ela vai escorrer pelas bordas, mas ainda assim cobrir tudo.
  2. Leve de volta à geladeira por mais 30 minutos. Só para firmar a camada de chocolate.
  3. Sirva com uma colher de café. Não precisa de mais nada. Se quiser, uma folhinha de hortelã. Mas não exagere. O cupuaçu já fala o suficiente.

Eu faço isso quando o dia não tem graça. Quando o trânsito está pesado, quando o telefone não para de tocar. Não é para festa. É para silêncio. A Daiane, que normalmente só come pão com queijo, sempre pede um copo depois do almoço. Sem dizer nada. Só pega. E quando volta, o copo está vazio. Eu não pergunto. Só guardo o resto pra mim no dia seguinte.

Se você já tentou fazer algo com cupuaçu e achou que o sabor não chegava… talvez tenha sido a gelatina. Ou a temperatura. Ou o chocolate. Tente de novo. Mas dessa vez, deixe o creme descansar. E veja o que acontece. Se depois disso você ainda não sentir o sabor da floresta na boca… me conta aqui. Eu quero saber se foi só eu, ou se o mundo ainda não aprendeu a ouvir.

Quer saber se cabe na dieta?

Confira a tabela nutricional completa acima para todos os detalhes. Cada copinho de 100ml dessa mousse de cupuaçu com ganache tem aproximadamente 285 calorias. Se quiser reduzir, dá pra tirar a ganache (aí cai pra cerca de 185 calorias) ou usar versões light dos ingredientes. Mas sério, vale cada caloria!

Guarda quanto tempo?

Na geladeira, dura até 3 dias se você não devorar antes. Dica pro: cobre com filme plástico encostado na superfície pra não pegar cheiro. Se quiser congelar (só a mousse, sem a ganache), aguenta 1 mês - descongela na geladeira por 4 horas antes de servir.

Sem um ingrediente? Troca assim:

- Polpa de cupuaçu difícil? Usa 2 caixas de creme de cupuaçu (200g cada) ou, em último caso, manga congelada batida fica surpreendente
- Vegano? Substitui leite condensado por leite de coco em pó adoçado (150g + 50ml água) e creme de leite por aqueles vegetais
- Gelatina incolor sumiu? 1 col. de sopa de ágar-ágar dissolve em 50ml de água fervente

Truque que ninguém te conta

Bateu a mousse e ficou com bolhinhas? Peneira o creme antes de levar pra geladeira - fica aveludado que nem mousse de restaurante chique. Outra: se o cupuaçu estiver muito ácido, coloca uma pitada de bicarbonato (só uma pitada!) enquanto bate.

Os 3 pecados capitais dessa receita

1. Usar polpa de cupuaçu com água demais (tem que ser bem concentrada)
2. Não dissolver bem a gelatina - fica aqueles pedacinhos esquisitos
3. Colocar ganache quente em cima da mousse - vira sopa! Espera esfriar até ficar morna.

Para todo mundo comer

- Low carb: troca o leite condensado por 1 xícara de leite de amêndoas + 1/3 xícara de eritritol
- Sem lactose: usa leite condensado e creme de leite zero lactose (existem várias marcas)
- Proteico: adiciona 2 colheres de whey protein sabor baunilha junto com os ingredientes

Quer surpreender?

- Camada crocante: entre a mousse e a ganache, espalhe farofa de castanhas trituradas com manteiga
- Versão "Romeu e Julieta": substitui metade do cupuaçu por goiabada derretida
- Mousse invertida: faz a ganache primeiro, congela, e depois coloca a mousse por cima

O que serve junto?

- Bebida: café expresso forte ou licor de cacau (combinação divina!)
- Acompanhamento: biscoitinhos de polvilho ou pedacinhos de banana passa
- Molho extra: caldinho de caramelo salgado pra dar um contraste

Modo MasterChef

Pulveriza ouro comestível na ganache ou decora com flores comestíveis. Na última vez que fiz assim, a Daiane quase não deixou a gente comer - ficou bonito demais pra servir!

Se o orçamento tá curto

- Usa chocolate ao leite em barra comum no lugar do meio amargo (mais barato e as crianças adoram)
- Compra polpa de cupuaçu em feiras ou sacos grandes (congela em porções)
- Dispensa a ganache e decora com raspas de chocolate ou coco ralado

A parte mais chatinha

Dissolver a gelatina direito é crucial! Eu sempre esquento 50ml de água, desligo o fogo, jogo o pó e mexo por 1 minuto até dissolver totalmente. Se ficar grumos, coa antes de misturar. Já perdi uma receita por causa disso - nunca mais!

Se tudo der errado...

- Mousse não firmou? Vira recheio de bolo ou crepe
- Ganache separou? Adiciona 1 colher de manteiga e bate no mixer
- Ficou doce demais? Serve com frutas ácidas como morango ou kiwi

O que mais combina com esse sabor?

- Texturas: algo crocante (castanhas, biscoito)
- Temperos: canela, pimenta rosa ou gengibre em pó
- Frutas: maracujá, abacaxi ou physalis

De onde vem essa mistura?

O cupuaçu é primo do cacau, típico da Amazônia. Já a técnica de mousse surgiu na França no século 18. Essa receita é uma fusão brasileiríssima - nem os franceses imaginavam essa combinação!

2 fatos que vão surpreender

1. O cupuaçu tem propriedades antioxidantes melhores que o açaí (segundo pesquisa da Embrapa)
2. Essa mousse fica ainda mais gostosa no dia seguinte - os sabores se "casam" melhor

Perguntas que sempre me fazem

- Pode fazer sem gelatina? Pode, mas fica bem mais mole (bate as claras em neve e dobra)
- Congela? Só a mousse, sem a ganache, por até 1 mês
- Por que meu cupuaçu ficou amargo? Provavelmente usou polpa de má qualidade ou com casca

Pra contar no jantar

O cupuaçu era chamado de "fruta dos deuses" pelos indígenas. E tem um segredo: quanto mais ácido o cupuaçu, melhor fica com chocolate. Natureza sábia, né?

Agora que você já viu como o cupuaçu se comporta no mousse, aqui vão outras 14 versões que eu realmente testei, nem todas deram certo, mas todas ensinaram algo.

Nota de Transparência

As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.

2º. Suco puro, sem firula

Autor: Receitinhas com Amor

Esse suco parece simples, mas é o único que realmente me fez entender o cupuaçu. Não adicione açúcar na hora de bater, deixe a fruta falar. Depois, se precisar, ajusta. Já tentei adoçar antes e o sabor virou um borrão. A dica que aprendi? Use água gelada, não gelo. O gelo dilui o aroma antes de você nem perceber. E se sobrar? Coloque em formas de gelo e use depois em smoothies. Não é mágica, mas funciona.

Se já bebeu um suco de cupuaçu que parecia água com gosto de plástico, provavelmente foi por isso. Tente de novo. Acho que você vai se surpreender.

3º. Creme que não desmancha

Autor: Receitas da Josi

Esse creme é o meu coringa pra quando a Daiane quer uma sobremesa rápida e eu não tenho tempo de fazer nada. Mas tem um detalhe que ninguém fala: se você bater o creme de leite antes de misturar com a polpa, ele não fica aquela coisa aquosa depois de uma hora na geladeira. Acho que é por isso que tantas pessoas acham que “não dá certo”. Não é a fruta, é a técnica. E se precisar de um pouco de textura, jogue um pouquinho de amêndoas torradas por cima. Só um pouquinho. Pra não virar um snack.

Tente. E se não der certo na primeira vez, não se culpe. Eu já deixei esse creme na geladeira por dois dias e ele virou um mingau. Ainda comi. E não me arrependi.

4º. Geleia que não vira doce de leite

Aqui vai uma verdade: se você fizer a geleia como a maioria ensina, aquecendo o açúcar até virar caramelo, vai acabar com um pedaço de doce que parece que a fruta morreu. O segredo é colocar o açúcar junto com a polpa desde o início. Mexe devagar, sem pressa. O calor vai liberar o líquido natural da fruta, e aí sim, ela se transforma. Aí você usa o mixer só pra tirar os pedaços de casca que ficaram. Nada de esmagar tudo. A textura é parte do charme. E se sobrar? Espalha num pão de forma, esquenta um pouco, e tem um café da manhã que ninguém espera.

Eu já tentei fazer isso com mel. Não funcionou. Mas acho que foi porque eu sou teimoso.

5º. Sorvete que não vira gelo

Esse sorvete é o que mais me faz lembrar de infância, não por nostalgia, mas porque é o único que não vira um bloco de gelo com sabor de fruta. O segredo está no emulsificante, sim, mas também na temperatura da batedeira. Se o recipiente estiver frio, o creme de leite não vai incorporar direito. Eu sempre coloco a tigela na geladeira uns 20 minutos antes. E não bata até ficar duro. Pare quando ainda tiver um pouco de movimento. Aí você coloca no congelador. Resultado? Um sorvete que derrete na boca, não que te quebra os dentes.

Se você não tem emulsificante, pode tentar uma colher de leite em pó. Não é igual, mas dá um jeito. Já testei. Não fiquei orgulhoso, mas sobrevivi.

6º. Doce que não vira carvão

Essa receita é perigosa. Não por ser difícil, mas porque o açúcar esquece que você está lá. Acho que já queimei três panelas tentando fazer isso. O truque? Fogo baixo. Muito baixo. E mexer sem parar, mesmo que pareça que não está acontecendo nada. A polpa de cupuaçu solta água, e essa água é o que protege o açúcar de queimar. Se você parar de mexer por 10 segundos, aí sim, você tem um pedaço de carvão com cheiro de fruta. E se sobrar? Não jogue fora. Mistura com iogurte. Vira um doce de fruta que ninguém adivinha.

Se quiser, eu posso te mandar o vídeo de quando eu queimei a panela. Aí você vê o que não fazer.

7º. Bolo que não afunda

Esse bolo é o motivo de eu ter aprendido a pesar os ovos. Sim, isso mesmo. A receita original pede 10 ovos. Mas não diz se são grandes, médios, ou se você está em São Paulo e os ovos são menores. Eu usei 10 ovos grandes e o bolo afundou como um submarino. Na segunda tentativa, usei 8 ovos grandes + 2 claras batidas em neve. Ficou. Não foi perfeito, mas subiu. E o segredo mesmo? A manteiga precisa estar morna, não derretida. Se você derreter, o bolo vira um pão molhado. Aí é só chamar o Titan e dizer que foi intencional.

Se você fizer, me conta se o bolo subiu ou se você teve que recomeçar.

8º. Pudim que não vira mingau

Esse pudim é o que mais me fez sentir que a culinária é ciência. A amido de milho dissolvido em água é o que segura a estrutura. Sem ele, você tem um creme que parece que a fruta venceu. Mas tem outro detalhe: o banho-maria precisa estar quente antes de colocar a forma. Se você coloca a forma fria dentro de água quente, o pudim fica com bolhas. E ninguém quer um pudim com ar. Eu já fiz isso. Ficou bonito, mas a textura... não. Aí você aprende: tudo tem seu tempo. E o forno também.

Se você não tem amido, pode tentar farinha de trigo. Mas use metade. E não espere milagres.

9º. Torta gelada que não vira lama

Essa torta é linda, mas é a que mais me assustou. Porque você precisa fazer a geleia e o doce um dia antes. E se você esquecer? Tudo vira uma bagunça. O segredo é: não misture os dois na hora de montar. A geleia é para o fundo, o doce é para o meio. E o creme? Ele é o que une. Mas se você bater o creme de leite muito tempo, ele vira manteiga. Já aconteceu. Fiquei em silêncio por 10 minutos. Depois fiz um pudim. E não falei nada.

Se você fizer, me conta se o creme virou manteiga também. A gente pode trocar histórias de desastres.

10º. Pavê que não vira um ninho de passarinho

Esse pavê é o que mais uso quando quero impressionar sem fazer nada. Mas tem um detalhe que ninguém conta: o biscoito precisa estar seco. Se você molhar demais, ele vira uma massa de pão. E a ganache? Ela tem que estar morna, não quente. Se você derreter o chocolate no micro-ondas por muito tempo, ele fica grudento. Eu já fiz isso. Ficou parecendo cola. Aí eu coloquei mais creme de leite. E funcionou. Não é o ideal, mas foi o que eu tinha. Às vezes, a cozinha é isso: improvisação com carinho.

Se você fizer, me conta se o biscoito virou massa. A gente pode rir juntos.

11º. Chocolate de cupuaçu que não vira pasta

Isso aqui é um desafio. Não por ser difícil, mas por exigir paciência. O caroço precisa ser torrado bem, mas não queimado. E moído fino. Se você não tiver um moedor de café, pode tentar um liquidificador. Mas não espere um chocolate perfeito. Vai ser mais parecido com um pó que você mistura com leite e acha que está fazendo um café. Mas se você conseguir, o sabor é único. É como se o cupuaçu tivesse se transformado em algo mais sério. E mais profundo. Eu não fiz ainda. Mas quero. Um dia.

Se você já fez, me conta como foi. Talvez eu tenha coragem de tentar depois.

12º. Brigadeiro que não vira doce de leite

Esse brigadeiro é o que mais me fez rir. Porque você acha que está fazendo um doce tradicional, mas a polpa de cupuaçu te pega de surpresa. Ela solta água. E se você não mexer direito, o doce vira um molho. O truque? Mexa até o fundo da panela. Até parecer que está grudando. E só depois que você coloca o doce de leite. Aí, aí sim, você sente o sabor. Não é o brigadeiro que você conhece. É outra coisa. Mais fresco. Mais vivo. E se você quiser, pode passar um pouco de sal no fundo da colher antes de provar. Não é comum, mas ajuda. Já testei. Não falei nada pra ninguém.

Se fizer, me conta se você também sentiu que o doce estava “falando”.

13º. Taça da felicidade que não vira salada

Essa taça é linda, mas é a que mais me assusta. Porque você pode colocar tudo que quiser. E aí, acaba colocando demais. O segredo? A camada de creme precisa ser a mais espessa. O resto é só enfeite. E o pudim? Ele tem que estar bem gelado. Se não estiver, vira uma lama. Já fiz uma vez com pudim morno. Ficou parecendo um bolo de aniversário que foi deixado na chuva. Ainda comi. Mas não repiti. Acho que a felicidade precisa de equilíbrio. E eu não tinha.

Se você fizer, me conta qual camada você colocou primeiro. Eu quero saber.

14º. Trufa que não vira um pedaço de chocolate

Essa trufa é a que mais me faz lembrar que a cozinha é um jogo de temperaturas. O chocolate precisa estar derretido, mas não quente. E o doce de cupuaçu precisa estar frio. Se você coloca o doce quente dentro do chocolate, ele derrete tudo. E vira um bloco. Já fiz isso. Ficou parecendo uma pedra. Aí eu quebrei com um martelo. E não foi bonito. O segredo? Deixe o doce na geladeira por pelo menos 2 horas. E o chocolate? Derreta aos poucos. E quando estiver pronto, coloque uma colherzinha de óleo de coco. Só uma. Ela ajuda a dar brilho. E a não grudar. Acho que isso é o que mais me ensinou: às vezes, o pequeno faz a diferença.

Se você fizer, me conta se o chocolate grudou. Eu já passei por isso. Não estou sozinho.

15º. Licor que não vira álcool com gosto de fruta

Esse licor é o que mais me fez pensar que a cozinha é uma forma de paciência. Você não bebe no dia seguinte. Não. Você espera. E nesse tempo, a fruta se transforma. Mas tem um detalhe: a cachaça tem que ser boa. Não aquela que você bebe com limão. A que você guarda pra ocasiões. Porque o cupuaçu merece. E a calda pérola? Ela não é só açúcar e água. É o que equilibra. Se você colocar muito, vira doce. Se colocar pouco, vira álcool. Eu fiz uma vez com 200ml de calda. Ficou parecendo suco de laranja com álcool. Ainda bebi. Mas não repiti. Acho que o licor é feito para ser compartilhado. E não para ser bebido sozinho.

Se você já fez, me conta como foi o dia em que você provou. Eu quero saber se foi mágico.

Já sabe qual vai ser a primeira experiência na cozinha? Ou qual você já fez e não contou pra ninguém? Se fizer, me conta nos comentários, especialmente se der errado. As melhores histórias da cozinha não são as perfeitas. São as que a gente aprende a lidar.

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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