Vai muito além do purê: descubra o que mais essa abóbora versátil pode fazer
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.
2º. Purê que vira base pra tudo
autor: ChefTaico
O purê de abóbora é o ponto de partida pra um monte de coisa boa. O que o ChefTaico mostra vai te dar uma base perfeita. Mas deixa eu te dar um insight: em vez de cozinhar na água, experimenta assar os pedaços no forno com um fio de azeite. O sabor fica mais concentrado, adocicado, e a textura fica mais sequinha, o que é ótimo porque aí você controla a cremosidade na hora de amassar. Esse purê serve como acompanhamento, mas também como recheio de torta, massa de bolinho, é um coringa absoluto.
3º. Caldo com carne seca, o aconchego em forma de sopa
autor: Kdelícia Cozinha Ana Cláudia
Para dias frios ou quando a gente precisa de um abraço de panela, essa combinação é imbatível. A Ana Cláudia acerta em cheio ao juntar o doce da abóbora com o salgado intenso da carne seca. Uma adaptação que descobri é usar o caldo do dessalgue da carne seca para cozinhar a abóbora. Parece loucura, mas dá um fundo de sabor incrível, só toma cuidado com o sal depois. E não bate tudo no liquidificador, deixa uns pedacinhos de abóbora e de carne para dar textura. A reação é sempre a mesma: um suspiro de satisfação depois da primeira colherada.
Esse doce traz uma memória afetiva forte, daquelas de casa de roça. O jeito da Noca é tradicional e funciona. Um erro comum é cozinhar com muito açúcar desde o começo, aí a abóbora pode não amaciar direito e o caldo fica extremamente doce. O segredo é cozinhar a abóbora só com a canela e um pouquinho de água primeiro. Quando ela estiver macia, aí você adiciona o açúcar e deixa o caldo apurar. Fica no ponto perfeito, com o pedaço inteiro e o caldo grudento. Perfeito com queijo minas.
Quer uma sopa cremosa e intensa mas quer deixar o creme de leite de lado? A técnica da Day Flaubert é ótima para isso. A abóbora cabotiá ou moranga, quando bem cozida e batida, já tem uma cremosidade natural incrível. A dica não óbvia é adicionar uma batata inglesa cozida junto na hora de bater. Ela dá corpo e uma textura sedosa, sem interferir no sabor. Fica cremosa de verdade, só com legumes. Um fio de azeite na hora de servir e pimenta do reino moída na hora fazem mágica.
Essa receita resolve aquele problema clássico: chegar em casa cansado e precisar de um acompanhamento rápido, nutritivo e gostoso. O canal Dicas Para seu dia a dia vai direto ao ponto. A chave é cortar a abóbora em cubos bem pequenos, aí ela cozinha rápido no refogado com cebola e alho. Eu gosto de finalizar com um pouco de salsinha picada e uma pitada de cominho em pó — quer dizer, nem sempre tenho cominho, mas quando tem, fica ótimo. Em 15 minutos você tem um pratão que vai bem com arroz, feijão e uma proteína.
Ao contrário do que muitos acreditam, bolo de abóbora não fica com gosto de legume. Fica úmido, levemente adocicado e incrivelmente macio. A receita do Animais da Fazenda é bem caseira. Aprendi que a abóbora cozida e escorrida direitinho é melhor que a crua ralada. E não tenha medo de especiarias: canela e noz-moscada são amigos íntimos da abóbora. Esse bolo sempre provoca aquela pergunta: "o que tem nele que ficou tão bom?". É a umidade secreta da abóbora, simples assim.
Fazer nhoque de abóbora é um aprendizado sobre textura. O passo a passo do TudoGostoso é essencial. O grande desafio é a umidade da abóbora. A dica é assá-la em pedaços no forno, em vez de cozinhar, porque evapora mais água. E depois de fazer o purê, espalha ele em uma assadeira e deixa uns 10 minutos no forno desligado, mas ainda quente, só para secar um pouco. Na hora de incorporar a farinha, vai com calma. A massa tem que ficar maleável, não dura. O resultado é um nhoque leve, de cor linda e que derrete na boca.
Essa é a receita que brilha quando você tem convidados vegetarianos ou quer uma opção principal diferente. Assar a cabotiá inteira, temperada com ervas e azeite, transforma ela em algo especial. A polpa fica cremosa e as bordas caramelizam. A sugestão do vídeo é ótima. Eu gosto de fazer um recheio com castanhas picadas, passas e um pouco de queijo feta, mas só na metade do tempo de forno, para não queimar. Serve direto da travessa, cada um tira seu pedaço. É lindo, saboroso e impressiona sem esforço hercúleo.
Já experimentou pão de abóbora? É uma daquelas ideias que a gente demora pra testar, mas depois não para mais. O pão fica com uma cor dourada linda e uma maciez que dura dias. O Adriano Tavares explica o processo. A abóbora no purê substitui parte da água ou do leite da receita, então o pão fica mais nutritivo. Não seja impaciente na sova, a massa é um pouco mais pegajosa que a do pão comum. Mas o resultado vale cada minuto. Torradinhas desse pão com manteiga são meu café da manhã predileto no fim de semana.
Para um petisco ou até um prato principal leve, esse quibe é genial. A abóbora dá liga e umidade, substituindo a carne com maestria. O canal Presunto Vegetariano tem a fórmula. A dica é deixar o trigo para quibe de molho no suco de limão por um tempinho, além da água. Dá uma acidez que quebra a doçura da abóbora e lembra um pouco o sabor do quibe tradicional de carne. Frite em óleo bem quente para ficar crocante por fora. Serve com homus ou iogurte com hortelã. Nem todo mundo percebe que não tem carne.
Risoto parece complicado, mas com abóbora fica mais perdoador. Ela desfaz e ajuda a criar a cremosidade. Sigo muito essa receita do Presunto Vegetariano. Um erro comum é jogar a abóbora ralada junto com o arroz no início. O certo é refogar cubos de abóbora separadamente até ficarem macios e quase desmanchando, e depois incorporar ao risoto no final, amassando alguns cubos. Aí você tem pedacinhos e creme ao mesmo tempo. Finaliza com queijo parmesão e noz-moscada. É um prato que parece de restaurante, mas é bem caseiro.
Essa sopa é uma refeição completa numa panela só. O Fernando Couto mostra como juntar os dois ingredientes de forma harmoniosa. A adaptação que faço é usar a carcaça e os pedaços menos nobres do frango para fazer um caldo caseiro primeiro. Cozinha o frango, desfia a carne, e usa esse caldo rico para cozinhar a abóbora. Depois é só bater parte e deixar pedaços. A sopa fica com um sabor de "feito em casa" de verdade, nada daqueles caldos industrializados. Mata a fome e aquece nos dias frios de uma vez só.
Se você acha que abóbora é só para comida, esse suco vai mudar sua mente. A combinação com laranja, que a Mara Caprio propõe, é fantástica. A abóbora crua e ralada é super nutritiva e quase não tem sabor forte, mas dá uma cremosidade interessante. Bate com suco de laranja natural, uma fatia de gengibre e gelo. Fica uma bebida vibrante, cheia de vitamina A e C. Perfeita para começar o dia com energia, ou para repor depois de um exercício. É refrescante e não pesa no estômago.
Abóbora em salada é uma daquelas ideias que parecem estranhas até você provar. A Drica na Cozinha tem uma versão ótima. A situação que a favorece é num almoço de domingo com uma massa ou uma carne grelhada mais pesada. O segredo é assar os cubos de abóbora com alecrim e azeite até ficarem macios mas com as bordinhas douradas. Depois, esfria e mistura com folhas, queijo de cabra e uma vinagrete de mel e mostarda. O contraste do quente e doce da abóbora com o frio e ácido da salada é viciante. Pode acreditar.
Isso aqui é uma joia escondida. O pudim de abóbora da Edna Machado tem a textura aveludada do pudim tradicional, mas com um sabor terroso e interessante. Ele evita a monotonia das sobremesas comuns de chocolate ou baunilha. A dica é usar leite condensado, mas equilibrar com um pouco menos de açúcar na calda, porque a abóbora já é doce. E cozinhe em banho-maria bem baixinho, para não formar buracos. Fica lindo desenformado e é uma conversa certa na mesa. "Pudim de quê? De abóbora? Nossa, nunca imaginei!"
Para arrematar com chave de ouro, um suflê. Parece sofisticado, mas o Everson descomplica. A reação que ele sempre provoca é de admiração, porque cresce lindo no forno. O segredo está em bater as claras em neve bem firmes e incorporar com delicadeza ao purê de abóbora temperado. E não, não pode abrir o forno nos primeiros 20 minutos. Deixa ele trabalhar. Sirva na hora, direto do forno, porque ele começa a baixar rapidinho. É a prova final de que a abóbora pode ser muito, muito mais do que a gente pensa.
Viu só quanta coisa? A abóbora é daqueles ingredientes que não cansa. Qual dessas você ficou com mais vontade de tentar primeiro? Eu fico dividido entre o quibe e o suflê. Se fizer alguma, me conta nos comentários como foi a experiência na sua cozinha, adoro saber!
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