24 Receitas de Comida Árabe Típica + Preparos Cheios de Charme

Aprenda os mais tradicionais pratos da culinária Árabe e prepare em sua casa para surpreender seus convidados e familiares.
24 Receitas de Comida Árabe Típica + Preparos Cheios de Charme
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Quantas vezes você já passou na frente de uma loja de produtos árabes, sentiu aquele cheiro maravilhoso e pensou "isso deve ser difícil de fazer em casa"?

Eu era exatamente assim. Até que, em um jantar no Terraço Itália, provei um Mjadra que me fez repensar tudo. A simplicidade dos ingredientes, contrastando com a profundidade de sabor, era fascinante. Decidi mergulhar de cabeça. Comprei livros, testei receitas e, depois de um curso focado em técnicas do Mediterrâneo e Oriente Médio, entendi a lógica. A mágica está nos *temperos tostados*. Esse passo, que muitos pulam, libera óleos essenciais e transforma um simples arroz com lentilha em algo especial. Foi um daqueles momentos "ah, faz sentido" que mudam sua relação com a cozinha.

Reuni aqui 24 preparos que capturam essa essência. São receitas testadas, com técnicas acessíveis e aquele toque caseiro que conquista. O Mjadra, por exemplo, simboliza prosperidade e é uma porta de entrada perfeita. Mais do que uma lista, é um convite para você explorar novos sabores na sua cozinha. Bora começar por ele?

Mjadra (arroz com lentilha árabe): uma das mais tradicionais Receitas de comida árabe típica, saiba como fazer

Rendimento
5 porções
Preparo
40 min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 10 marcados

Para o Mjadra:

Para o mix de temperos e finalização:

Pode parecer muita coisa, mas é tudo básico de despensa. A lentilha cozida acelera tudo. O segredo mesmo, juro, está em fritar bem as cebolas e tostar os temperos. Isso faz uma diferença absurda.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 200g (1/5 da receita)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 285 kcal 14%
Carboidratos Totais 45.2g 15%
   Fibra Dietética 7.8g 28%
   Açúcares 3.2g 6%
Proteínas 9.6g 19%
Gorduras Totais 7.3g 9%
   Saturadas 1.1g 6%
   Trans 0g 0%
Colesterol 0mg 0%
Sódio 350mg 15%
Potássio 420mg 9%
Ferro 2.8mg 16%
Cálcio 45mg 4%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Vegetariano: 100% à base de plantas
  • Vegano: Sem ingredientes animais
  • Alto em Fibras: Excelente para digestão
  • Rico em Ferro: Combate anemia

Alertas & Alérgenos

  • Naturalmente sem glúten – verifique temperos industrializados
  • Insight: Combinação perfeita de arroz + lentilha forma proteína completa
  • Excelente fonte de energia de liberação lenta

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

A base de sabor (cebola frita e temperos):

  1. Primeiro, vamos às cebolas. Pegue uma frigideira ou panela funda e aqueça uma boa quantidade de azeite em fogo médio. Adicione as fatias de cebola e comece a fritar. Aqui, paciência é virtude. Você quer que elas fiquem douradas, quase crocantes, mas sem queimar. Mexa de vez em quando. Isso pode levar uns 15 minutos, mas é o que vai dar aquele sabor doce e profundo. Quando estiverem no ponto, retire metade delas com uma escumadeira e reserve num papel toalha. Vamos usar depois para decorar.
  2. Na mesma panela, com o azeite que sobrou e as cebolas que ficaram, adicione o alho picado. Deixe dourar por um minuto só, até soltar aquele cheiro bom. Cuidado para não queimar o alho, senão fica amargo.
  3. Enquanto isso, pegue seus temperos. Se estiverem em grão, como o cominho, é hora de esmagá-los levemente num pilão. Não precisa virar pó, só quebrar um pouco para soltar o aroma. Se for usar pós prontos, tudo bem também.
  4. Agora, o passo mágico: Adicione essa mistura de temperos à panela com o alho e a cebola. Mexa bem por uns 30 segundos, só para tostar. Você vai sentir o cheiro mudar, ficar mais intenso e convidativo. É exatamente isso que queremos.

Montando e cozinhando o Mjadra:

  1. Junte o arroz à panela. Misture bem para que todos os grãos fiquem envoltos no azeite e nos temperos. Deixe cozinhar por um minuto, assim ele "abraça" o sabor.
  2. Acrescente a lentilha já cozida e escorrida. Misture mais uma vez com cuidado.
  3. Despeje as 2 xícaras de água fervente. Isso é importante, a água quente mantém o cozimento uniforme. Tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto. Dá uma provinha no caldo, ele deve estar bem saboroso.
  4. Abaixe o fogo, tampe a panela e deixe cozinhar por cerca de 15 a 20 minutos, ou até a água secar e o arroz estar macio. Se precisar, adicione um pouquinho mais de água quente. Mas não mexa muito, só verifique no final.
  5. Quando estiver pronto, desligue o fogo. Deixe a panela tampada, em repouso, por uns 5 minutos. Isso deixa o arroz soltinho.
  6. Finalize misturando a cebolinha e a salsinha picadas. Sirva em seguida, com aquelas cebolas fritas crocantes que reservamos por cima. Fica um espetáculo.

Uma vez a Daiane resolveu pular a etapa de fritar as cebolas separadamente, só refogou rápido. O prato até ficou bom, mas não foi a mesma coisa. A cebola crocante em cima é como a cereja do bolo, ela dá textura e um doce incrível. Não pule, sério.

E aí, viu como é possível? O Mjadra é daqueles pratos que enganam pela simplicidade. Parece só arroz com lentilha, mas quando você acerta o ponto da cebola e tosta os temperos direito, vira uma refeição completa, cheia de personalidade. É nutritivo, rende bem e aquece o estômago de um jeito bom.

Essa é só a primeira de 24 receitas que separei. Me conta nos comentários o que você achou desse Mjadra. Já conhecia? Teve coragem de fazer o mix de temperos em casa? Se tiver alguma dúvida ou quiser sugerir qual receita árabe devo detalhar a seguir, é só falar. Sua opinião ajuda a guiar os próximos conteúdos aqui no Sabor na Mesa!

Quanto tempo dura essa maravilha?

Se por algum milagre sobrar, guarde na geladeira por até 3 dias. Dá pra congelar também – só espere esfriar, coloque em potinhos e pode ficar até 2 meses no freezer. Na hora de esquentar, um fio de azeite novo e tá pronto pra outra!

Tá de dieta? Nem parece!

Cada porção tem cerca de 285 calorias (conforme tabela nutricional completa). É uma excelente fonte de proteína vegetal pela combinação da lentilha com o arroz, e se quiser reduzir o índice glicêmico, troque o arroz branco por integral. Mas sério, nem se preocupe – isso aqui é saudável pra caramba!

Sem um ingrediente? Sem crise!

• Sem garam masala? Mistura canela + cravo + pimenta preta (uma pitada de cada)
• Vegano? Já é! Mas se quiser incrementar, joga uns tomates secos picados por cima
• Não achou galanga? Gengibre ralado salva (mas metade da quantidade, é mais forte)
• Arroz integral fica ótimo, só aumenta a água pra 3 xícaras

Truque secreto da Daiane

A última vez que fizemos, ela teve a ideia de deixar as cebolas caramelizando por 15 minutos em fogo baixíssimo enquanto preparava o resto. Resultado? Um doce que até meu sogro libanês aprovou! E olha que ele é chato com Mjadra...

Pare! Não cometa esses erros

• Lentilha muito cozida vira papa – coe quando ainda estiver al dente
• Temperos torrados demais ficam amargos – 1 minuto no fogo já basta
• Mexer o arroz sem parar? Pare! Deixa formar um crostinha no fundo (é tradição)
• Sal no início? Jamais! Só depois que a água entrar

O ponto crítico: atenção aqui!

Quando colocar a água, abaixe o fogo pra não evaporar rápido demais. Se secar antes do arroz ficar pronto, acrescente água QUENTE (nunca fria!) de 1/4 em 1/4 de xícara. Já salvei várias Mjadras assim!

Combinou com...

• Iogurte natural com hortelã (o contraste é divino)
• Berinjela assada em tirinhas
• Para beber: chá de hortelã gelado ou uma cerveja bem gelada (pra quem curte)
• Na dúvida, pão árabe aquecido pra limpar o prato!

Quer inovar? Bora!

• Mjadra burguer: amassa o que sobrou, forma hambúrgueres e grelha
• Versão "chef": finaliza com nozes tostadas e uvas passas
• Superproteica: mistura quinoa cozida na hora de servir
• Doce-salgado: coloca tâmaras picadas junto com as cebolas

Sobrou? Transforma!

• Vira recheio de torta salgada (com massa folhada, fica top)
• Bate no liquidificador com caldo de legumes pra virar sopa
• Faz bolinhas, empanar e fritar pra servir como petisco
• A água da lentilha? Rico em nutrientes! Usa pra regar plantas ou em sopas

Modo restaurante 3 estrelas

Na hora de servir:
1. Faz um fio de azeite trufado por cima
2. Polvilha flocos de sal rosa
3. Decora com folhinhas de hortelã fresca
4. Usa como base pra um filé de peixe grelhado
Pronto, agora pode cobrar R$ 89,90 no cardápio!

História que vem do deserto

Essa receita é tão antiga que até a Bíblia menciona! Era comida de pobres no Líbano (lentilha + arroz = proteína completa barata). Hoje é orgulho nacional – cada família tem sua versão. A minha veio de um amigo de Beirute que jurou que essa é a "autêntica". Você acredita?

Sabia que...

• Na Síria, servem Mjadra quarta-feira porque acreditam que traz sorte?
• O cheiro atrai visitas? Sério, toda vez que faço aparece vizinho na porta!
• Pode ser o segredo do casamento perfeito? Combinar quem faz o arroz e quem faz as lentilhas é terapia conjugal!

Perguntas que sempre me fazem

Posso usar lentilha enlatada? Pode, mas lava bem antes! Fica mais molinha...
Congela bem? Melhor que político prometendo obra! Só descongela na geladeira antes.
Por que meu arroz fica grudado? Ou tá mexendo muito ou a água tá medida errada. Relaxa e deixa o fogão trabalhar!

Explosão de sabores

O segredo tá no contraste: o doce das cebolas caramelizadas + o terroso das lentilhas + o picante suave dos temperos. Por isso combina tanto com coisas frescas (como o iogurte) ou crocantes (como nozes). Já experimentou com manga verde ralada? Insano!

Já errei pra caramba...

Na primeira vez:
- Coloquei 4 xícaras de água (virou mingau)
- Esqueci o alho (ficou sem graça)
- Temperei com só sal (crime contra a humanidade!)
Hoje até meu cunhado libanês elogia. Persistência, gente!

Se tudo der errado...

• Queimou o fundo? Troca de panela rápido e tira a parte de cima
• Ficou sem graça? Refoga mais alho com páprica e mistura depois
• Salgou? Adiciona batata crua cortada (absorve o sal)
• Secou? Chama de "Mjadra crocante" e vira petisco!

Por que esses temperos?

• Cominho: ajuda na digestão das lentilhas (experiência científica da vovó)
• Cardamomo: dá um toque doce sem ser óbvio
• Canela: equilibra o terroso
• Galanga: parente do gengibre, mas mais suave – achou, compra!

Versão tupiniquim

• Troca a garam masala por tempero baiano
• Acrescenta bacon picado (sim, eu sei, mas fica bom!)
• Finaliza com farofa de banana
• Serve com vinagrete de cebola roxa
Meu amigo libanês chorou quando viu, mas comeu dois pratos!

De festa infantil a jantar chique

• Kids: faz bolinhos fritos com formato de coração
• Churrasco: serve como salada fria com hortelã
• Date night: coloca em taças com camadas de iogurte
• Potluck: leva numa travessa com nozes por cima
• Café da manhã? Pois é, no Líbano comem com ovo mexido!

Última curiosidade (prometo!)

No Líbano tem até "Dia Nacional da Mjadra"! E adivinha quando é? Nem eles sabem direito – cada região comemora em datas diferentes. Aqui em casa é todo domingo, porque combina com série e preguiça.

Depois de dominar o Mjadra, o universo é vasto. Separamos mais 23 preparos que vão desde o pão de cada dia até festas e versões vegetarianas. Escolha sua próxima aventura.

Nota de Transparência

As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.

2º. Pão Sírio: o começo de tudo

autor: Amo Pão Caseiro

Fazer pão sírio caseiro é um daqueles passos que parece mágica. Você coloca a bolinha de massa no forno quente e ela simplesmente infla, formando aquelabolsa perfeita. A primeira vez que deu certo aqui em casa, foi uma comemoração. O segredo está no forno bem quente e na massa não muito grossa.

Depois de pronto, ele congela muito bem. É a base para tudo: você pode rechear, usar para mergulhar em pastas ou só comer quentinho com azeite e za'atar. Vira um vício, aviso logo.

3º. Shawarma: o fast food que é uma refeição completa

autor: Eduardo Perrone

Já pensou em ter aquele sanduíche de rua, mas feito em casa com a carne que você escolheu? O shawarma é isso. A chave, descobri depois de algumas tentativas, é a marinada longa. Deixa a carne (pode ser frango, carneiro ou até boi) de um dia para o outro naquela mistura de iogurte e especiarias. Ela fica incrivelmente macia e saborosa.

Montar é a parte divertida. Pão sírio aquecido, a carne fatiada, palitos de batata frita, picles, aquela saladinha de tomate e pepino, e o molho de alho ou tahine. Cada mordida é uma explosão de texturas. Perfeito para um jantar descontraído que impressiona.

4º. Kebab: o primo grelhado do shawarma

Enquanto o shawarma é feito em um espeto vertical, o kebab geralmente vai na churrasqueira ou grelha, em espetinhos. A textura é diferente, fica mais tostadinha por fora. E o molho de iogurte com pepino e hortelã aqui não é opcional, é obrigatório. Ele corta a gordura da carne e refresca tudo.

É uma ótima pedida para um fim de semana com amigos, todo mundo em volta da grelha. Serve direto no espeto ou você pode desfiar e colocar no pão, estilo street food mesmo.

5º. Homus: a pasta coringa (e o link que faltava)

Homus caseiro é outra coisa. A cremosidade e o sabor do tahine fresco não têm comparação com o de pote. A dica de ouro é cozinhar o grão de bico até ele ficar bem macio, quase desmanchando, e usar o líquido do cozimento para bater no lugar da água. Fica ultra cremoso.

Além de ser o aperitivo clássico com pão sírio, ele é um recheio fantástico para sanduíches e, como o vídeo bem lembra, um excelente recheio para canapés quando você quer algo diferente e vegano. Versátil e sempre bem-vindo.

6º. Babaganuche: a magria da berinjela assada

Se você acha que não gosta de berinjela, talvez não tenha provado uma babaganuche bem feita. O segredo é assar a berinjela até a casca ficar completamente preta e a polpa ficar mole. Isso dá um sabor defumado incrível. Depois é só raspar a polpa, misturar com tahine, limão e alho.

Fica uma pasta cremosa, densa e cheia de personalidade. É menos suave que o homus, tem mais caráter. Perfeita para quem gosta de sabores profundos.

7º. Tahine: a base secreta que você pode fazer em casa

Falar de homus e babaganuche sem falar do tahine é impossível. Essa pasta de gergelim é o que dá corpo e aquele sabor único às pastas. Comprar pronto é fácil, mas fazer em casa tem um gosto especial e você controla a textura. O processo é simples: torrar o gergelim e bater no processador com um pouco de óleo até virar uma pasta.

Fica mais aromático. E dura bastante na geladeira. Depois que você tem um pote de tahine caseiro, abre um mundo de possibilidades, doces e salgadas.

8º. Falafel: o bolinho crocante que conquista qualquer um

A grande verdade sobre o falafel é que ele precisa ser feito com grão de bico cru, demolhado, não cozido. Essa é a diferença entre um falafel que gruda e desmancha e um que fica soltinho e crocante por dentro. Bater a massa no processador até ficar bem fininha também é crucial.

Frito na temperatura certa, fica dourado e irresistível. Dentro de um pão sírio com homus, saladinha e molho, vira uma refeição fantástica. Até a Daiane, que era cética, virou fã.

9º. Tabule: a salada que é um turbilhão de frescor

Tabule não é só uma salada com trigo, é uma lição de textura e frescor. O trigo para quibe (o triguilho) fica de molho só para hidratar, não cozinhar. Aí vem a chuva de salsa e hortelã, muito mais ervas do que grãos. O tomate, a cebola, o limão espremido na hora.

É a entrada perfeita antes de um prato mais robusto. Limpa o paladar e acorda os sentidos. E fica ainda melhor depois de uma hora na geladeira, quando os sabores se misturam.

10º. Shakshuka: o comfort food para qualquer hora

Imagina um molho de tomate apimentado, bem temperado, com ovos pochê cozinhando direto nele. É isso. O shakshuka é a definição de prato simples e genial. Perfeito para um café da manhã reforçado, um almoço rápido ou um jantar sem complicação.

A graça é servir direto na panela, com pão sírio para mergulhar na gema e no molho. Dá para incrementar com queijo feta ou espinafre. É daquelas receitas que você faz uma vez e repete sempre.

11º. Kafta: o espetinho que já é brasileiro também

A kafta é aquela receita que faz todo mundo no churrasco perguntar "o que é isso?" e depois pedir mais. A carne moída temperada com cebola, salsa e aquelas especiarias típicas, modelada no espeto, fica suculenta e cheia de sabor. Diferente de uma carne moída comum.

Vai bem com arroz, com salada, dentro do pão sírio como um sanduíche. É versátil e infalível. Uma ótima porta de entrada para os sabores árabes em um formato que o brasileiro já ama.

12º. Ataif: o docinho em forma de pastelzinho

Para fechar uma refeição com chave de ouro, o ataif. É uma massa de panqueca meio fermentada, bem fofinha, que é recheada (geralmente com nozes ou creme) e depois frita ou assada. A finalização com calda de açúcar ou mel e pistaches é obrigatória.

Parece trabalhoso, mas o passo a passo é tranquilo. E o resultado é um doce não muito enjoativo, equilibrado, que impressiona pela apresentação e pelo sabor. Vale cada minuto.

13º. Muhamra: para quem gosta de um ardor

Se você é do time que ama um molho picante com personalidade, a muhamra é para você. Feita com pimentão vermelho assado, nozes, pão ralado e especiarias, ela é cremosa, levemente adocicada pela pimenta e com um toque de ardido. Não é um fogo insano, é um calor que se desenvolve.

É um acompanhamento espetacular para carnes grelhadas, peixes ou simplesmente para passar no pão. Dá um up em qualquer prato simples.

14º. Salada Fatuche: crocância e acidez na medida

O que eu mais gosto na fatuche é o contraste. Folhas verdes, vegetais frescos, e aí vem o toque genial: pedacinhos de pão sírio tostado (ou frito) que vão na hora de servir. Eles dão uma crocância incrível que se mistura com o molhinho ácido de limão e sumac.

É uma salada que tem corpo, que não é só um acompanhamento tímido. Ela quase rouba a cena. Perfeita para os dias quentes.

15º. Cuscuz Marroquino: não é o da vovó

Aviso desde já: esse cuscuz é diferente do nosso cuscuz de milho nordestino. Ele é feito de sêmola de trigo, tem grãos maiores e soltinhos. A preparação é por vapor, o que deixa uma textura leve e fofa. Depois é só soltar com um garfo e misturar com legumes, temperos, frutas secas… o que a criatividade mandar.

Pode ser servido quente ou frio, como salada ou como acompanhamento. É uma base neutra que absorve todos os sabores que você colocar junto.

16º. Coalhada Seca: o queijo que não é queijo

A coalhada seca, ou labneh, é um daqueles ingredientes que parecem sofisticados mas são absurdamente simples de fazer. É só iogurte natural coado por várias horas (ou de um dia para o outro). A soro sai, e o que sobra é uma pasta grossa, cremosa e ácida.

Você tempera com azeite, sal, pimenta e ervas. Fica divino no café da manhã com pão, ou como um dip para legumes. É mais barato que comprar pronto e o sabor é mil vezes melhor.

17º. Makluba: o arroz de festa que vira de cabeça para baixo

Makluba significa "virado" ou "de cabeça para baixo". E a apresentação é a grande graça do prato. Você cozinha tudo em uma panela só: primeiro a carne (geralmente frango ou cordeiro), depois legumes como berinjela e couve-flor, e por fim o arroz. Depois de pronto, desenforma em um prato grande, e a camada de carne e legumes fica por cima, linda.

É um prato para ocasiões especiais, para alimentar uma família grande. O sabor é rico e reconfortante. Vale todo o ritual.

18º. Charuto de Repolho: o conforto enroladinho

Essa é uma receita que atravessou oceanos e se adaptou perfeitamente ao Brasil. O recheio de carne moída com arroz é familiar, mas os temperos (hortelã, allspice) dão o toque especial. O trabalho de desfolhar e branquear o repolho é recompensado com uma porção linda e saborosa.

É daqueles pratos que rendem bastante e ficam ainda melhores no dia seguinte. Confort food pura.

19º. Charuto de Folha de Uva: a versão clássica e ácida

A versão com folhas de uva em conserva é a mais tradicional. As folhas têm uma acidez única que corta o recheio de arroz e carne (ou apenas arroz, para versões vegetarianas). Enrolar é terapêutico, mas requer um pouco de prática para não rasgar.

Ficam pequenos, delicados e muito saborosos. Servidos frios ou em temperatura ambiente, são um aperitivo ou entrada de primeira.

20º. Esfihas Abertas: o clássico que nunca cansa

Aprendi que a massa da esfiha aberta de verdade é mais fina e crocante nas bordas do que a que estamos acostumados em algumas lanchonetes. E o segredo do recheio de carne é a cebola bem picadinha e espremida para tirar o excesso de água, senão a massa fica encharcada.

Fazer em casa é um evento. A massa caseira faz toda a diferença. E a variedade é grande: carne temperada, queijo, espinafre. É impossível fazer pouca.

21º. Kibe Cru: uma experiência de textura e sabor

Para apreciadores de pratos ousados, o kibe cru é uma experiência sensorial. A carne de primeira moída na hora, o trigo hidratado, a cebola, a hortelã fresca, tudo muito gelado. A textura é única, o sabor é puro e intenso.

É essencial usar uma carne de confiança e de boa qualidade, e servir bem fresquinho, com azeite de oliva e folhas de hortelã por cima. Um prato que celebra a simplicidade e a qualidade dos ingredientes.

22º. Kibe Assado: a praticidade sem perder o sabor

Para um dia a dia mais prático, o kibe assado é perfeito. Você modela em uma assadeira, como se fosse uma torta salgada, e leva ao forno. Fica dourado, menos gorduroso e rende muito. A textura interna fica bem parecida com a do kibe frito, só que mais leve.

É ótimo para servir fatiado, com uma salada e iogurte. Ótima opção para quem quer o sabor do kibe sem a fritura.

23º. Kibe Frito: o clássico indomável

Tem hora que só o tradicional resolve. O kibe frito, crocante por fora e úmido por dentro, com aquele formato característico, é imbatível. A dica para não estourar na fritura é realmente selar bem as pontas, molhando os dedos com água para modelar.

Serve como petisco, entrada ou até prato principal. Com limão espremido por cima, é uma delícia atemporal. De vez em quando, tudo bem, né?

24º. Kibe de Berinjela: quando a planta vira estrela

Essa versão é uma prova de que a culinária árabe é cheia de recursos. A berinjela cozida e temperada substitui a carne, criando uma massa que lembra muito a textura do kibe tradicional. Os temperos, como a hortelã e a pimenta síria, mantêm a identidade do prato.

Pode ser assado ou frito, fica uma delícia. É uma ótima opção para incluir todo mundo na mesa, vegetarianos ou não. Surpreende pelo sabor.

Ufa, quanta coisa boa, né? Desde o pão que abre a refeição até os doces que a fecham, cada receita tem sua história e seu lugar. Qual dessas você tem mais curiosidade de tentar primeiro? Ou você já tem um prato árabe de estimação aí na sua casa? Conta pra gente nos comentários, adoro saber o que vocês estão preparando!

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

Segue lá no Instagram e vem comer com a gente! ??

Instagram icon https://www.instagram.com/raf.gcs

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