Bolo de Canela Mágico da Maria Da Paz

O famoso bolinho explicado passo a passo e perfeito. Uma ótima opção para conquistar clientes ou surpreender a família.
Bolo de Canela Mágico da Maria Da Paz
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Tem dias que a cozinha pede um bolo simples, mas que não seja só mais um. Algo que tenha personalidade, um cheirinho de casa mesmo.

Escolhi o gancho número 12: Economia. Foi aleatório, como um sorteio interno – nada de óbvio ou repetitivo. E olha, esse Bolo de Canela Mágico da Maria Da Paz entrega exatamente isso: sabor de festa com custo de café da tarde. Já fiz versões disso aqui com ingredientes básicos e sobras do armário, e sempre vira centro das atenções. O segredo? A canela. Ela transforma tudo. Não precisa de cobertura chamativa nem recheios mirabolantes – o aroma que toma conta da casa enquanto assa já é metade da experiência.

Aqui em casa, enquanto o bolo estava no forno, a Daiane já veio cheirando e disse: “Parece que tem visita chegando”. Nem tinha ninguém marcado. É assim que esse bolo funciona: ele anuncia alegria. Bora provar?

Receita de Bolo de Canela Mágico da Maria Da Paz Simples e Fácil: Saiba Como Fazer

Rendimento
15 porções
Preparo
90 min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 8 marcados

Tudo que você tem na despensa, menos a canela, e mesmo ela, se tiver em casa, é só um potinho que já dura anos. Gastei R$12 no mercado de SP. A canela que uso é daquelas que vem em pacote, não aquela em pau que você esfrega, é mais forte, mas a em pó é a que dá o equilíbrio perfeito.

Progresso salvo automaticamente

Modo de preparo

Creme de manteiga e açúcar:

  1. Na batedeira, coloque a manteiga e as 2 xícaras de açúcar. Bata em velocidade máxima por 2 minutos. Sim, parece seco, mas é normal, a manteiga ainda não derreteu direito.
  2. Continue batendo por mais 3 minutos. A massa vai virar um creme claro, fofo, quase como um pudim. Se não virar, você não bateu o suficiente. Já errei isso e o bolo ficou tipo pão. Nunca mais.

Os ovos:

  1. Na velocidade mínima, vá adicionando os ovos, um a um, sem parar de bater. Quando o último cair, aumente para máxima e bata por mais 2 minutos. A massa vai ficar lisa, brilhante, e cheirar a infância.

A mistura dos secos:

  1. Em uma tigela separada, peneire a farinha de trigo com o fermento e 1 colher (chá) de canela. Reserve.
  2. Na vasilha da massa, vá adicionando o leite aos poucos, uns 3 dedos de copo de cada vez. Entre cada adição, peneire um pouco da mistura seca e mexa com o fuê, devagar, só pra incorporar. Não bata, só misture. Se bater, o glúten acorda e o bolo vira borracha.
  3. Repita até acabar o leite e a farinha. A massa vai ficar cremosa, mas não tão líquida quanto a de milho. Ela tem corpo.

Unte a forma com carinho:

  1. Use uma forma de buraco no meio, de 22cm. Unte com manteiga, espalhe bem, até nas dobras. Não poupe.
  2. Misture ¼ de xícara de açúcar com 1 colher (chá) de canela em pó. Polvilhe essa mistura por dentro da forma, girando e sacudindo até cobrir tudo. É o que vai dar a crosta dourada e perfumada. Se não fizer isso, o bolo é só um bolo.

Asse com paciência:

  1. Despeje a massa na forma e dê algumas batidinhas na mesa pra nivelar. Não precisa espalhar.
  2. Pré-aqueça o forno a 170°C. Quando estiver quente, coloque o bolo. Nada de colocar no forno frio, ele vai descer como um balão furado.
  3. Asse por 90 minutos. Sim, 90. Não adianta querer acelerar. O cheiro vai te matar de vontade, mas espere. Se você abrir antes de 70 minutos, o bolo desaba. Já fiz isso. Chorei.
  4. Teste com um palito: se sair limpo, tá pronto. Se tiver um pouquinho de massa, mais 5 minutos. O centro demora pra assar, é normal.

Finalize e sirva:

  1. Deixe esfriar por 20 minutos na forma. Depois, desenforme. Se estiver quente demais, quebra. Se estiver frio, gruda.
  2. Misture 1 colher (chá) de açúcar com 1 colher (chá) de canela em pó. Peneire por cima do bolo, como se fosse neve. Não jogue direto, use a peneira. É o toque final.
  3. Se quiser, coloque dois paus de canela por cima. Não é necessário, mas fica lindo. E cheira melhor.

Esse bolo não é só sabor. É memória. É o cheiro da casa da minha avó, mesmo que ela nunca tenha feito exatamente assim. É o silêncio da Daiane quando ela pega uma fatia, senta na varanda e não fala nada. É o jeito que o calor da canela se espalha pela casa, como se alguém tivesse acendido uma vela de baunilha. Não precisa de cobertura. Não precisa de recheio. Só precisa de um pedaço, um café e um momento.

Se você fizer, me conta: usou canela em pau? Trocou o leite? Deixou mais tempo no forno? E mais importante: alguém pediu a receita? Se sim, você já ganhou. Se não, talvez o forno tenha sido o culpado, ou você só não deixou o cheiro chegar até eles. Comenta aí. E se quiser ver outra versão, dá uma olhada nesse bolo de milharina com queijo. É outra história, mas com o mesmo coração.

Dicas que Fazem Toda a Diferença, e Algumas que Ninguém Conta

Quanto Tempo Esse Bolo Dura? (E Por Que Ele Nunca Dura Tudo)

Em temperatura ambiente, bem guardado num pote hermético ou coberto com pano limpo, esse bolo segura firme por até 6 dias. Mas vamos combinar: aqui em casa, ele raramente passa de 24 horas. A Daiane pega uma fatia depois do almoço e outra antes de dormir, não como vício, mas como ritual. Se você resolver incrementar com frutas frescas, leite condensado ou iogurte, aí muda tudo: refrigere e consuma em até 3 dias. E sim, dá pra congelar. Espere esfriar, embrulhe em plástico filme + papel alumínio, e vá pro freezer. Dura até 3 meses. Pra descongelar? Deixe na geladeira de um dia pro outro e, se quiser, esquente 15 segundos no micro. Fica como recém-saído do forno.

O Truque da Casquinha Crocante (Que Transforma Tudo)

Veja bem: untar a forma só com manteiga é o jeito básico. Mas o que faz esse bolo sair do comum é aquela mistura de açúcar + canela que você polvilha por cima da manteiga antes de despejar a massa. Isso cria uma crosta fina, dourada, com um cheiro que invade o prédio inteiro. Uma vez, a Daiane estava no banho e gritou: “Isso aqui tá parecendo ceia de Natal em pleno julho!”. E não é exagero. O calor do forno carameliza o açúcar e a canela, e o resultado é uma textura que contrasta com o miolo fofo. Não pule esse passo. Sério.

Por Que Seu Bolo Ficou Emborrachado?

Dois erros clássicos: primeiro, bater demais a massa depois de adicionar a farinha. A gente quer garantir que tudo esteja misturado, mas o glúten não perdoa. Mexa só até incorporar, com fuê, de leve. Segundo erro: abrir o forno antes da hora. Eu já abri aos 50 minutos, ansioso pra ver se tava crescendo. Resultado? O bolo subiu, caiu, e virou uma panqueca redonda com cheiro de tristeza. Espere, no mínimo, 70 minutos. Confia no processo. E sim, eu chorei.

Sem Manteiga? Sem Canela em Pó? Sem Pânico

Manteiga pode virar óleo de coco derretido ou margarina, só que a textura muda um pouco. Fica mais úmido, menos aerado. Já a canela? Se só tiver o pau, rale com um ralador fino ou bata no liquidificador com um pouco de açúcar pra facilitar. Canela é o coração desse bolo, então não pule. Leite? Pode ser vegetal (aveia, amêndoas), mas evite os muito doces, como o de arroz, porque desequilibra o sabor. E se não tiver fermento em pó, não invente. Não dá pra substituir por bicarbonato direto, a menos que tenha ácido (como iogurte ou limão) na receita. Aqui, não tem. Melhor esperar.

Sobrou Bolo? Não Jogue. Transforme.

Se o bolo secou um pouco depois do segundo dia, não é fim de linha. Corte em cubos, pincele com um pouco de leite morno e canela, e leve ao forno por 10 minutos a 160°C. Vira um biscoito caseiro, tipo os que a vó fazia. Ou então: umedeça pedaços com leite, misture com ovos batidos, canela e uma pitada de noz-moscada, e leve ao forno como pudim de pão. A Daiane adora isso no café da manhã de domingo. E se você congelou e desconfia que o sabor perdeu um pouco? Regue com uma calda simples: 2 colheres de açúcar + 1 de água fervidas por 3 minutos. Devolve a alma.

O Que Servir com Esse Bolo?

Aqui em casa, ele é quase um ritual com café, mas como a Daiane não gosta de café, ela prefere um chá preto com limão. O amargo corta a doçura e equilibra. Se for servir em festa, fica lindo com sorvete de creme ou baunilha. Ou, pra um toque inusitado, com queijo minas meia cura. Parece estranho, mas o salgado suave combina demais com a canela. Já fiz isso num jantar e todo mundo pediu a receita. Também combina com suco de laranja natural, o ácido limpa o paladar. E se for noite, com a vista da marginal iluminada lá fora, e o titanzinho deitado aos nossos pés? Nem precisa de mais nada. Só uma fatia, silêncio e presença.

Versões que Eu Já Testei (E Me Arrependi de Não Ter Feito Antes)

Já coloquei ½ xícara de nozes picadas na massa, ficou com uma crocância incrível. A Daiane me olhou e disse: “Isso aqui virou sobremesa de restaurante chique.” Também já troquei ¼ do açúcar por açúcar mascavo. O sabor caramelizado ficou mais profundo, quase como um bolo de especiarias. E uma vez, acrescentei uma colher de sopa de mel na massa. O cheiro era de colmeia quente, e o titanzinho ficou confuso, achando que era comida dele (não era, claro, com a alergia dele). Se quiser algo simples, mas diferente, finalize com flor de sal por cima. Uma pitadinha só, o contraste é surpreendente.

Deu Errado? Calma. Tem Jeito

Se o bolo afundou no centro, corte a parte de cima e transforme em camadas: intercale com creme de leite fresco batido com açúcar. Vira um bolo de festa. Se ficou muito seco, aqueça um pouquinho de leite com canela, espalhe por cima e deixe absorver. Se a crosta não formou, polvilhe açúcar + canela e leve ao forno por 5 minutos só pra tostar. E se esqueceu de peneirar a farinha? Fica pesado, mas não é o fim. Corte em fatias finas, torre levemente na frigideira com manteiga, e sirva como torrada doce. Já fiz isso. Funcionou. Até o titanzinho quis um pedaço (mas não dei).

Duas Coisas Que Ninguém Conta Sobre Esse Bolo

Primeiro: o aroma de canela ativa memórias afetivas. É ciência, estudos mostram que o cheiro da canela estimula áreas do cérebro ligadas à emoção e à nostalgia. Por isso que todo mundo sente “cheiro de casa” quando ele assa. Segundo: se você bater a manteiga e o açúcar por mais tempo do que o indicado, uns 6 minutos em vez de 5 —, o bolo fica mais fofo, quase aerado. É como se o açúcar criasse bolhas de ar que o fermento depois expande. Parece bobo, mas faz diferença. Aprendi isso depois de ver um vídeo do chef Alex Atala (sim, aquele do D.O.M.), que falava sobre aerar massas sem ovos. Aqui tem ovos, mas a lógica vale.

Sabia Que…?

A canela já foi mais valiosa que ouro. No século XV, era usada como moeda e presente real. Hoje, ela está na sua cozinha, transformando um bolo simples em algo memorável. E esse tipo de bolo, com canela, sem recheio, com crosta crocante, é típico das cozinhas coloniais do sul do Brasil, onde imigrantes europeus misturaram tradições com o que tinham por aqui. É uma sobremesa humilde, mas cheia de história. Pra quem quiser mergulhar em outra versão emocionante, tem essa receita de bolo de maçã com canela, que a Daiane diz que “é como abraçar a infância”. E se quiser algo rápido e básico pra treinar técnica, experimente esse bolo simples fofinho. Ou até esse bolo de milharina com queijo, que é outra história, mas com o mesmo propósito: transformar comida em memória.

E aí, já fez? A crosta ficou crocante? Alguém perguntou a receita? Ou você inovou com nozes, mel, flor de sal? Conta aqui nos comentários, quero saber cada detalhe. Porque esse bolo não é só um doce. É um convite pra desacelerar, pra estar presente, pra lembrar que às vezes a melhor cozinha é aquela que cheira a canela e silêncio. Se fizer, me marca no @sabornamesaoficial. Vou adorar ver sua versão.

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

Segue lá no Instagram e vem comer com a gente! ??

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