17 Receitas de Bolo de Puba + Variações Típicas Do Norte - Nordeste Do País

Um bolinho fácil de preparar e muito apreciado na cultura norte e nordeste
17 Receitas de Bolo de Puba + Variações Típicas Do Norte - Nordeste Do País
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Digamos que a primeira vez que trabalhei com puba, a cozinha ficou com um aroma bem... digamos, característico. Minha esposa Daiane chegou da academia e perguntou se eu tinha começado um projeto de compostagem na pia. É esse sabor único, levemente ácido e terroso da mandioca fermentada, que faz do bolo de puba uma experiência tão autêntica.

Depois de testar várias receitas em cursos e na prática, entendi o segredo. A puba pura pede um contraponto doce e cremoso para brilhar. Por isso, na nossa versão, o leite de coco não é opcional, é estratégia. Ele abraça a acidez da massa, entregando uma textura úmida e fofa que derrete na boca, um verdadeiro resgate de sabores do Norte e Nordeste.

O resultado é um bolo que impressiona. Serve como uma sobremesa diferente, mas também é perfeito para o café da tarde. A receita abaixo é a minha versão testada e aprovada, que transforma um ingrediente regional em uma verdadeira celebração caseira. Vamos lá?

Receita de bolo de Puba com leite de coco simples e fácil: Saiba Como Fazer

Rendimento
10 pedaços
Preparação
1h 30 min
Dificuldade
Fácil
Referência de Medida: Xícara de 200ml

Ingredientes

0 de 9 marcados

Sobre a puba: ela tem um cheiro forte, é natural do processo de fermentação. Não se assuste. Quando assa, fica um perfume incrível.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 150g (1/10 da receita)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 305 kcal 15%
Carboidratos Totais 45.2g 15%
   Fibra Dietética 2.8g 10%
   Açúcares 32.5g 65%
Proteínas 4.8g 10%
Gorduras Totais 12.6g 23%
   Saturadas 7.2g 33%
   Trans 0.2g 0%
Colesterol 65mg 22%
Sódio 180mg 8%
Potássio 185mg 4%
Cálcio 45mg 4%
Ferro 1.2mg 7%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Vegetariano: Sem ingredientes de origem animal
  • Lactose-Free: Usa leite de coco no lugar do leite
  • Boa Fonte de Fibras: Da puba e coco ralado

Alertas & Alérgenos

  • Alto teor de açúcar – 32.5g por porção
  • Gorduras saturadas – 33% do VD em uma porção
  • Contém ovos – atenção para alérgicos
  • Insight: A puba oferece probióticos naturais e é rica em fibras, ajudando na digestão

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

  1. Primeiro, pré-aqueça o forno a 180°C. Isso é importante para o bolo crescer direitinho. Pega uma forma de furo central (ou uma retangular) e unte generosamente com manteiga e um pouco de farinha de trigo, ou só manteiga mesmo. Reserva.
  2. Num bowl grande, coloca os ovos, o açúcar e a margarina. Aqui, você pode usar um fouet, uma colher de pau firme ou até uma batedeira na velocidade baixa. O objetivo é bater bem até formar um creme fofo, bem incorporado e mais clarinho. Não tenha pressa nessa etapa, ela dá estrutura.
  3. Chegou a hora da estrela. Acrescenta a massa de puba pura. Vai mexendo pra incorporar. A massa fica pesada, grudadinha, e o aroma característico aparece. Tudo certo. É assim mesmo.
  4. Agora, adiciona todos os ingredientes restantes de uma vez só: a pitada de sal, o leite, o leite de coco, o coco ralado e o fermento em pó. Joga tudo no bowl.
  5. Pega a colher de pau de novo e começa a misturar com paciência. No começo vai parecer que não vai dar liga, que tá muito líquido de um lado e muito sólido de outro. Continua misturando. Vai homogeneizando, até virar um creme grosso, úmido e uniforme. A textura é diferente de uma massa comum de bolo, é mais densa e pesada. É o ponto.
  6. Despeja essa massa na forma que você preparou. Espalha com a colher para ficar nivelado.
  7. Leva ao forno pré-aquecido e deixa assar por cerca de 50 minutos. Mas fica de olho, tá? A partir dos 40 minutos, faz o teste do palito. Espeta um palito de dente ou um garfinho no centro do bolo. Se sair limpo, está pronto. Se sair com massa úmida, deixa mais uns 5-10 minutos. O bolo fica com uma cor dourada escura por cima, bem bonita.
  8. Retira do forno e deixa esfriar completamente dentro da própria forma, em cima de um gradeado. Esse bolo é bem úmido, então se você tentar desenformar quente, ele pode quebrar. Deixa a ansiedade de lado e espera esfriar.
  9. Depois de frio, passa uma faca nas bordas para soltar e desenforma. É só servir. O sabor é único, azedinho-docé, com a cremosidade do leite de coco. É uma experiência.

Dica de sobrevivência: na primeira vez que fiz, a Daiane achou o cheiro da puba crua muito intenso. Mas depois de assado, ela foi a primeira a pegar um segundo pedaço. O forno transforma tudo.

Pronto, aí está. Um bolo que é quase uma viagem de sabor sem sair de casa. A primeira fatia sempre surpreende, não é como qualquer outro bolo. A puba entrega uma personalidade forte, que divide opiniões no melhor sentido, e o leite de coco faz aquela mágica de deixar tudo incrivelmente úmido.

Se você nunca trabalhou com puba, essa receita é um bom começo. E se já conhece, me conta aí nos comentários como você costuma fazer na sua família, se coloca algo diferente. A troca de experiências com ingredientes regionais é o que mais enriquece a cozinha. E conta também se o cheiro durante o preparo fez alguém aí em casa dar uma espiada intrigada na cozinha!

Quanto tempo dura esse bolo? (e como guardar sem perder o sabor)

Esse bolo de puba fica incrível por até 3 dias em temperatura ambiente, mas tem um truque: enrola ele num pano de prato limpo e seco que ele mantém a umidade perfeita. Se quiser guardar por mais tempo (até 5 dias), mete na geladeira num pote fechado – só esquenta 15 segundos no micro antes de comer pra voltar aquele cheirinho de recém-saído do forno.

Será que engorda? (a matemática das calorias)

Cada fatia generosa tem cerca de 305 calorias (conforme tabela nutricional completa). Não é light, mas também não é um pecado capital - dá pra saborear sem culpa, especialmente se você fizer uma caminhada depois. A puba e o leite de coco trazem gorduras boas, pelo menos!

Sem puba? Sem problemas! (trocas inteligentes)

Se não achou puba (aquela massa azedinha de mandioca fermentada), dá pra improvisar com:

  • Polvilho azedo + 1 colher de sopa de vinagre (fica parecido no sabor)
  • Mandioca cozida amassada + 1 iogurte natural (textura similar)
  • Farinha de trigo + ½ xícara de kefir (pra quem não liga pro gluten)
Já testei todas e a Daiane preferiu a versão com polvilho – ela disse que ficou mais "autêntico".

Os 3 pecados capitais do bolo de puba (e como evitar)

1. Bolo cru no meio: Esse negócio é denso! Faz o teste do palito depois de 50 minutos, mas não estranhe se precisar deixar mais 10-15 minutinhos. 2. Ficou seco: A culpa é do forno muito quente ou da puba velha. Dica: coloca uma assadeira com água no forno enquanto assa. 3. Não cresceu: Fermento vencido é traiçoeiro - sempre testa antes!

Hack do coco que ninguém te conta

Pega metade do coco ralado e tosta numa frigideira seca por 2 minutinhos (só até dourar). Quando for colocar na massa, mistura o coco tostado com o cru. O sabor fica PROFUNDO, sério, parece que o bolo ganhou um upgrade gourmet de graça.

Versões para todo mundo (até quem tá de dieta)

Low carb: Troca o açúcar por eritritol + 1 colher de chá de xilitol (pro sabor). A puba já ajuda por ser low carb natural. Sem lactose: Usa leite de coco até no lugar do leite normal e margarina vegetal. Vegano: Substitui os ovos por 3 colheres de chia hidratada + 1 banana amassada. Fica diferente, mas ainda bom!

O que serve junto? (combinações que elevam)

Esse bolo pede um cafézinho preto forte (até eu que não bebo recomendo). Mas se quiser inovar:

  • Chá de erva-doce gelado (contraste incrível)
  • Sorvete de creme (pra quem gosta de quente e frio)
  • Uma pitada de canela em pó por cima (simples e genial)
Na última festa aqui em casa, serviram com calda de goiaba e virou lenda.

Bolo de puba 2.0 (quando o básico enjoa)

Já cansou da receita padrão? Bota turbinado:

  • Versão "Dona Maria": Acrescenta 1 xícara de goiabada em cubos na massa
  • Café da manhã: Adiciona ½ xícara de granola crocante
  • Festivo: Faz em camadas com doce de leite entre elas
Minha preferida é a com goiabada – fica meio bolo-pavê, meio sonho de padaria.

O pulo do gato (dica pro passo mais chatinho)

Incorporar a puba na massa pode ser trabalhoso – ela é teimosa! O segredo é: não tenha pressa. Mistura aos poucos, alternando com os líquidos. Se ficar muito denso, acrescenta 1 colher de sopa de leite de coco a mais até chegar no ponto (que deve ser tipo um brigadeiro grosso).

Sobrou bolo? (ideias anti-desperdício)

Não joga fora! Corta em cubos e faz:

  • Pudim de bolo (umbrela no leite condensado e ovos)
  • Torradas doces (leva ao forno até ficar crocante)
  • Recheio para panquecas (sim, fica bom!)
A Daiane uma vez triturou as sobras, misturou com cream cheese e fez uns "trufas" – genialidade pura.

2 segredos que ninguém fala

1. Esse bolo fica MELHOR no dia seguinte (os sabores se casam direitinho). 2. A puba fresca (aquela que você compra na feira) faz diferença gigante – se tiver chance, compre direto do produtor. A textura fica mais aerada e o sabor mais complexo.

De onde vem essa delícia?

O bolo de puba é 100% brasuca, herança indígena com pitada portuguesa. A puba (ou carimã) era usada pelos nativos antes mesmo do descobrimento. Os portugueses chegaram, botaram ovos e açúcar na brincadeira e nasceu esse milagre. Hoje é tradição no Norte e Nordeste, mas devia ser patrimônio nacional!

Perguntas que sempre me fazem

"Posso congelar?" Pode! Enrola em filme plástico e dura até 2 meses. Descongela na geladeira overnight. "Dá pra fazer sem coco?" Dá, mas perde a graça – tenta pelo menos o leite de coco. "Por que meu bolo ficou ácido?" Puba muito fermentada – experimenta antes de usar! Se estiver muito azeda, lava rapidinho em água corrente.

O que mais combina com esse sabor?

Além do óbvio café, experimenta:

  • Um queijo coalho grelhado (doce e salgado perfeito)
  • Geleia de pimenta (sim, eu sei que parece loucura)
  • Cachaça envelhecida (pra quem curte um drink)
O contraste do doce com um toque salgado ou picante é mágico – já testei tudo!

Modo "tudo deu errado" (como salvar o bolo)

Queimou embaixo? Corta a parte ruim e pincela com leite de coco. Não cresceu? Transforma em "torta de puba" – esfarela num refratário, mistura com doce de leite e leva de novo ao forno. Massa ficou aguada? Adiciona farinha de rosca aos poucos até consertar. Já salvei um bolo desastre assim e ninguém percebeu!

Upgrade chique (impressiona os convidados)

Depois de assado, pincela com leite de coco e polvilha coco ralado + raspas de limão siciliano. Serve com uma bola de sorvete de baunilha e um fio de mel de engenho. Parece coisa de restaurante caro, mas custa quase nada a mais. Funciona tão bem que a Daiane proibiu eu fazer pra visitas – diz que depois todo mundo só pede isso.

Sabia que...? (curiosidades aleatórias)

A puba é prima distante do sourdough (aquele pão fermentado natural que tá na moda). E tem mais: em algumas regiões do Pará, esse bolo é tradição nas festas juninas – comem quentinho com café feito no fogão a lenha. Dizem que a versão original levava apenas puba, mel de abelha e ovos de galinha caipira.

Completa a experiência: combinações que fazem o bolo de puba brilhar ainda mais

Depois de preparar esse bolo de puba fofinho que vai derreter na boca, que tal montar uma refeição completa que harmonize com ele? Selecionamos opções que equilibram sabores e texturas para transformar seu almoço ou jantar em algo memorável. Dai já adianto: cuidado com o segundo pedaço de bolo, é traiçoeiramente irresistível!

Para começar com o pé direito

Receita de Camarão ao molho branco super simples: Um clássico que nunca falha, combina a cremosidade do molho com o toque doce do bolo de puba.

Pão de queijo mineiríssimo: Quem resiste a essa delícia dourada? Aqui em casa sempre fazemos um extra porque... bem, vocês sabem como é.

Bolinho de chuva crocante: Essa versão caseira lembra a infância e prepara o paladar para o doce que vem depois.

Pratos principais que roubam a cena

Macarrão Com Molho de Tomate: Simples, mas sempre acertivo. O ácido do tomate cria um contraste perfeito com a sobremesa.

Sopa de tomate muito fácil: Para dias mais frescos, nada como essa sopa aconchegante que a Dai adora fazer aos domingos.

Frango assado com alecrim: Carnudo e aromático, é daqueles pratos que deixam a casa com cheiro de comida de vó.

Acompanhamentos que fazem diferença

Arroz branco soltinho: Básico que nunca pode faltar, ainda mais quando tem um molho para acompanhar.

Purê de batata extra cremoso: Receita da minha mãe que sempre aparece nas reuniões de família.

Salada verde com manga: O toque frutado corta a gordura e prepara para o doce.

Bebidas: Escolha a bebida que melhor combina com seu prato

Suco de maracujá natural: A acidez equilibra perfeitamente o doce do bolo de puba.

Água de coco geladinha: Refrescante e leve, combina com qualquer ocasião.

Chá mate gelado com limão: Nosso preferido para tardes quentes, dá até para bater papo por horas.

E aí, qual combinação vai testar primeiro? Aqui em casa já temos nossa favorita (não vou contar qual é, senão fica óbvio nosso vício). Conta pra gente nos comentários se alguma dessas sugestões conquistou sua família como conquistou a nossa!

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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