Se você acha que bolo de fruta só funciona com laranja ou maçã, vai ver que a mexerica tem um jeito todo seu de se comportar no forno, e não é só sabor, é quase um truque.
Já tentei fazer esse bolo com as cascas. Ficou amargo. Depois, usei só os gomos sem tirar o miolo. Ficou borrachudo. A terceira vez, tirei tudo que não era doce, bati tudo no liquidificador e deixei a massa descansar cinco minutos antes de levar ao forno. Foi aí que entendi: a mexerica não quer ser só um ingrediente. Ela quer ser o centro.
Não é só colocar fruta na massa. É respeitar o equilíbrio. O açúcar aqui não é para esconder a acidez. É para deixar ela brilhar. E o óleo? Ele ajuda a manter a umidade que o suco da fruta solta. Nada de substituir por manteiga. Não vai dar certo.
Se você já tentou e achou que mexerica não combina com bolo, talvez só tenha feito errado. Dá uma olhada no passo a passo abaixo. E depois me conta: seu bolo ficou doce, ou você quase chupou a forma inteira?
Tudo que você precisa está no mercado da esquina. A chave é a mexerica, se ela não der suco na mão quando você espremer, o bolo vai ser só um pedaço de farinha com cheiro de limão. E não é isso que a gente quer.
Progresso salvo automaticamente
Informação Nutricional
Porção: 70g (1/15 da receita)
Nutriente
Por Porção
% VD*
Calorias
215 kcal
11%
Carboidratos Totais
32.5g
11%
Fibra Dietética
1.2g
5%
Açúcares
18.8g
38%
Proteínas
3.2g
6%
Gorduras Totais
8.3g
11%
Saturadas
1.1g
6%
Trans
0g
0%
Colesterol
50mg
17%
Sódio
85mg
4%
Potássio
95mg
2%
Cálcio
25mg
2%
Ferro
1.2mg
7%
Vitamina C
8mg
9%
*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)
Etiquetas Dietéticas
Vegetariano: Sem ingredientes de origem animal
Lactose-Free: Sem laticínios
Rico em Vitamina C: Benefícios da mexerica
Alertas & Alérgenos
Contém glúten – farinha de trigo
Alto teor de açúcar – 38% do VD por porção
Insight: Reduzir açúcar para 1 xícara diminui 45 calorias por porção
Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.
Pré-aqueça o forno a 180°C. Enquanto ele esquenta, pegue quatro mexericas, corte ao meio e retire todas as sementes e o miolo branco, isso é essencial. Se deixar, o bolo fica amargo, e ninguém quer um bolo que parece que você mastigou um limão.
A quinta mexerica, descasque e separe os gomos inteiros. Vai usar depois para decorar. Não os corte. Deixe eles inteiros, como se fossem pequenos pedaços de sol.
Bata a massa:
No liquidificador, bata os ovos por 20 segundos só para quebrar, não precisa mais que isso. Se bater demais, o cheiro fica forte e não sai.
Adicione o açúcar, as quatro mexericas (sem sementes nem miolo) e o óleo. Bata bem, uns 2 minutos, até virar uma mistura espessa, mas ainda fluida. Se parecer muito grossa, dá uma pausa, mexe com a colher e depois bate de novo. Às vezes o liquidificador só quer fazer as coisas do jeito dele.
Despeje essa mistura numa tigela grande. Vá adicionando a farinha de trigo aos poucos, mexendo com uma colher ou fouet, não use batedeira. A ideia é que a farinha entre sem formar grumos. Se você for rápido demais, vai acabar com uma massa que parece massa de bolo de aniversário de 1998.
Por último, adicione a colher de sopa de fermento. Misture só o suficiente para distribuir. Nada de bater. Se mexer demais, o fermento some. Já vi isso acontecer. O bolo ficou plano como uma panela.
Asse e decore:
Unte uma forma com óleo e uma leve camada de farinha. Não pule essa parte. O bolo gruda se você não fizer direito.
Despeje a massa na forma. Não bata, não agite. Deixe ela se acomodar sozinha.
Leve ao forno por 30 minutos. Mas não confie só no tempo. Quando começar a cheirar aquele cheiro de bolo de fruta, doce, cítrico, quase como se estivesse no quintal de alguém, aí é hora de testar. Enfie um palito no centro. Se sair limpo, tá pronto. Se sair com massa grudada, espere mais 5 minutos. E olha de novo.
Quando tirar do forno, deixe esfriar na forma por 10 minutos. Depois, desenforme. Espalhe o coco ralado por cima, e arrume os gomos de mexerica como quiser. Não precisa ser perfeito. A beleza desse bolo está no jeito que ele parece ter sido feito com pressa, mas com carinho.
Se você já tentou esse bolo e achou que mexerica não combina com bolo, provavelmente só não fez direito. Eu também achei. Na ocasião em que fiz pela primeira vez, tirei tudo, até a casca. Ficou sem sabor. A segunda, usei só os gomos. Ficou borrachudo. Só na terceira entendi: a fruta não quer ser um ingrediente. Ela quer ser a estrela. E o bolo? É só o palco.
Se o seu bolo saiu do forno e você quase limpou a forma com a colher, então você entendeu. Se não entendeu, faz de novo. E conta aqui nos comentários porque quero saber: quando foi que se deu conta de que esse bolinho não era só um bolo? Pode ser quando alguém pediu a receita. Ou quem sabe, quando o Titan, meu amigão, ficou só de olho como se tivesse entendido tudo.
Quanto tempo dura esse bolo? (e como guardar sem perder o sabor)
Esse bolo fica incrível por até 3 dias em temperatura ambiente, mas tem um truque: enrola ele num pano de prato limpo e seco que ele mantém o fofura. Se quiser guardar por mais tempo, pode congelar por até 1 mês - eu corto em fatias antes e vou descongelando conforme a vontade bate. A Daiane adora esquentar 15 segundos no micro antes de comer, fica quase como saído do forno!
Será que engorda? Vamos às contas
Cada fatia (considerando 15 porções) tem aproximadamente 215 calorias, conforme nossa tabela nutricional completa. Não é light, mas também não é um pecado capital - ainda mais considerando que a mexerica traz vitamina C e fibras. Dica: reduzindo o açúcar para 1 xícara, cai para uns 170 calorias sem perder muito no sabor.
Sem trigo? Sem açúcar? Sem óleo? Bora adaptar!
• Farinha de trigo: pode trocar por farinha de arroz + 1 colher de sopa de amido de milho (fica sem glúten e super leve) • Açúcar: experimentei com mel e ficou ótimo (usa 1 xícara só) ou então adoçante para forno e fogão
• Óleo: iogurte natural ou até abacate amassado funcionam, mas a textura muda um pouco - fica mais densinho • Ovos: linhaça hidratada (1 colher de sopa + 3 colheres de água por ovo) pra versão vegana
Os 3 pecados capitais do bolo de mexerica
1. Não tirar o talo branco das mexericas - isso amarga o bolo inteiro, sério! 2. Exagerar no tempo de liquidificador - 20 segundos nos ovos é sagrado, mais que isso pode deixar o bolo borrachudo
3. Abrir o forno antes dos 25 minutos - o choque térmico faz o bolo murchar. Resista à tentação!
O segredo que ninguém conta
Pega as cascas das mexericas que você descartou, corta em tirinhas finas e carameliza com 1 colher de açúcar. Depois de assar o bolo, joga essas casquinhas por cima junto com o coco ralado. Fica um contraste de texturas incrível - crocante por fora, molhadinho por dentro. A primeira vez que fiz isso a Daiane quase me abraçou de tanto que gostou!
Combinações que elevam o bolo à loucura
• Chá de camomila com mel - clássico que realça o cítrico • Sorvete de creme - o contraste quente/frio é divino
• Um fio de calda de gengibre - dá um kick picante surpreendente • Café forte sem açúcar - pra quem gosta de contrastes ousados
Versão "mad scientist" do bolo
Já experimentei adicionar 1 colher de chá de pimenta rosa moída na massa - parece loucura, mas o leve ardor combina demais com o doce. Outra variação top é substituir metade da farinha por amêndoas moídas e acrescentar raspas de limão siciliano. Fica gourmet sem esforço!
A parte mais chatinha (e como facilitar)
Tirar os talos brancos das mexericas pode ser trabalhoso, né? Achamos um macete: depois de cortar as frutas ao meio, usa uma colher de chá para raspar o miolo. Sai tudo de uma vez! E se tiver preguiça total, pode bater as mexericas com casca mesmo (desde que estejam bem lavadas), o sabor fica mais intenso e amargo - tem gente que prefere assim.
Como impressionar visitas com 1 detalhe
Em vez de coco ralado comum, usa flocos de coco torrados com uma pitadinha de sal rosa. E na hora de servir, polvilha açúcar de confeiteiro por cima usando um stencil com desenhos - comprei um de folhas por 5 reais e todo mundo acha que fiquei horas decorando. Shhh, segredo!
Fazendo o bolo render (até no bolso)
Quando as mexericas estão em promoção no sacolão, eu compro um monte, tiro os gomos e congelo em potes - daí faço esse bolo o ano todo. Outra dica é usar óleo de soja em vez de canola (diferença de preço brutal e quase não muda o sabor). E o coco ralado? Compra a granel que sai pela metade do preço!
Socorro, deu tudo errado!
• Bolo ficou cru no meio? Corta a parte assada, faz camadas com chantilly e vira um "pudim de bolo" • Massa virou uma pedra? Umedece um pano, enrola o bolo e microondas por 30 segundos
• Esqueceu o fermento? Transforma em panquecas: coloca porções na frigideira antiaderente Já passei por todas essas situações - a Daiane ri até hoje do meu "bolo-panqueca" emergencial!
De onde veio essa ideia maluca?
Essa receita é uma adaptação de um bolo português chamado "bolo de tangerina", que tradicionalmente leva açúcar mascavo e aguardente. No Brasil, a gente suavizou os ingredientes e acrescentou o coco - combinação tipicamente tropical que faz todo sentido. Curiosidade: no Algarve, eles servem esse bolo com uma calda de laranja amarga que é de morrer!
2 coisas que ninguém te conta sobre esse bolo
1. A acidez da mexerica reage com o fermento, então o bolo cresce MESMO sem bicarbonato 2. Se deixar a massa descansar 15 minutos antes de assar, as fibras da fruta hidratam e o bolo fica ainda mais úmido
O que mais combina com esse sabor?
• Queijos: ricota fresca ou queijo minas light cortam a doçura • Ervas: hortelã ou manjericão doce dão frescor
• Bebidas alcoólicas: espumante brut ou licor de laranja • Especiarias: cardamomo ou anis estrelado na massa
Testei com alecrim uma vez e... bom, melhor nem comentar o resultado!
Perguntas que sempre me fazem
Pode usar laranja? Pode, mas o sabor fica menos marcante - compensa com raspas da casca Forma de alumínio ou de silicone? Alumínio doura melhor a base, mas a de silicone não precisa untar Por que meu bolo murchou? Ou foi fermento velho, ou você abriu o forno cedo demais Congela bem? Melhor bolo para congelar! Fica ótimo até 1 mês
Sabia que...
As tangerinas (ou mexericas) têm mais de 20 variedades no Brasil? A poncã é a melhor para bolos porque é mais doce e suculenta. E tem mais: na China, esse tipo de fruta é símbolo de prosperidade - talvez por isso sempre que faço esse bolo parece que sobra energia boa na cozinha!
Agora é com você!
Já fez esse bolo? Inventou alguma variação maluca? Conta aqui nos comentários como foi sua experiência - e se tiver dúvidas, é só perguntar! Ah, e segue a gente no @sabornamesaoficial pra ver mais receitas com histórias (e dicas reais de quem erra bastante na cozinha).
Continuando a farra dos bolos (porque um só nunca é suficiente)
Se tem uma coisa que aprendi na cozinha é que bolo chama bolo. Acabou de fazer aquele bolo de mexerica e já tá pensando na próxima fornada? Normalíssimo! Eu mesmo vivo assim. Pra te ajudar nessa missão deliciosa, separei algumas receitas que são puro abraço de açúcar. Bora?
Primeiro, o clássico que nunca falha: bolo simples fofinho e rápido (minha salvação quando a visita bate em casa de surpresa). Mas se você tá a fim de algo mais temático, que tal um bolo de Natal com chantilly que até o Papai Noel largaria o trenó pra experimentar?
Agora, confissão: sou completamente apaixonado por bolo de oncinha. Não só pelo visual (que é demais!), mas pela textura que derrete na boca. E pra fechar com chave de ouro - ou melhor, de massa -, não pode faltar o bolo de pêssego, que na minha humilde opinião é um dos sabores mais subestimados do universo bolístico. Já experimentou?
Ah, e se você é do time que prefere bolos fora da caixinha, dá uma olhada nesse bolo de polvilho - textura única garantida! Agora me conta: qual vai ser o próximo na sua lista de tentadoras?
Completa a experiência: um menu que combina perfeitamente com seu bolo de mexerica
Agora que você já tem essa maravilha de bolo de mexerica assando no forno (ou já devorando ele, sem julgamentos!), que tal montar uma refeição completa que vai deixar todo mundo babando? Selecionamos aqui algumas combinações que amamos - e que vão fazer seu almoço ou jantar ficar ainda mais especial.
Para começar com o pé direito
Bolinho de bacalhau irresistível: Crocante por fora, macio por dentro e com aquele sabor que lembra almoço de domingo na casa da vó.
Bruschetta de tomate seco: Simples, mas sempre um sucesso. O ácido do tomate combina demais com o doce cítrico da sobremesa.
Coxinha de frango (veja os detalhes): Clássico que nunca falha. A Dai sempre pede quando fazemos um jantar mais elaborado.
Prato principal: o rei da mesa
Frango assado com limão: O toque cítrico faz uma ponte linda com a sobremesa. E o melhor? Rendimento garantido para a família toda.
Risoto de camarão (descubra os detalhes): Um pouco mais sofisticado, mas juro que vale o esforço. O cremoso do risoto contrasta perfeitamente com o bolo.
Peixe grelhado com ervas: Leve e saboroso, não compete com a sobremesa e deixa todo mundo com espaço para repetir o bolo.
Acompanhamentos que fazem a diferença
Arroz com amêndoas tradicional: Dá um toque especial ao arroz branco tradicional. As amêndoas trazem uma crocância que amamos.
Legumes grelhados: Saudável, colorido e combina com tudo. Aqui em casa é presença garantida 3x por semana.
Purê de batata-doce: Doce natural que não compete com a sobremesa, mas complementa muito bem pratos mais salgados.
Bebidas: Sugestões de bebidas que casam perfeitamente com seu prato
Chá gelado de pêssego: Refrescante e com aquele toque frutado que conversa bem com o bolo cítrico.
Limonada suíça: Ácida e doce na medida certa. Dai sempre faz uma jarra inteira porque eu acabo tomando quase tudo.
Água aromatizada com laranja e hortelã: Opção leve e super refrescante para quem quer algo sem açúcar antes da sobremesa.
E aí, curtiu as sugestões? Aqui em casa testamos todas essas combinações (algumas várias vezes, confesso) e sempre dão certo. Se você experimentar alguma, conta pra gente nos comentários qual foi a preferida da sua família! E se tiver outra combinação infalível, compartilha com a gente - sempre estamos em busca de novas ideias para nossas refeições.
Sua nova obsessão culinária espera por você
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou.Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.
2º. Com casca
Autor: Maria Receita do dia
Eu já joguei casca de mexerica no lixo por anos. Até que vi esse vídeo e pensei: “vamos tentar, mesmo que dê errado”. Achei que ia ser amargo. Mas não. O segredo é usar só a parte amarela, a branca, aquela que parece papel, você tira com cuidado. E não bate no liquidificador. Raspa, bem devagar, com um ralador fino. Aí, quando assa, ela solta um óleo que dá um cheiro de limão de verdade, de quintal antigo. Fiz uma vez e a minha esposa me olhou e disse: “isso cheira como quando a gente era criança e espremia as cascas na mão pra fazer um perfume”. Eu não tinha essa memória. Mas senti. E não joguei mais nada fora desde então.
3º. Sem lactose
Autor: Jazete Paulista
Essa versão é pra quando você quer que todo mundo coma, mesmo quem não tolera lactose. Mas não é só isso. O segredo aqui não é o leite de aveia, é o óleo de coco. Ele substitui a manteiga e ainda deixa o bolo com um leve sabor de noz. E o que ninguém conta? A fruta solta mais suco quando a massa é mais fria. Então, se você deixar a massa na geladeira por 15 minutos antes de assar, ela fica mais úmida. Já fiz sem isso. Ficou seco. Aí, na segunda vez, deixei gelar. Ficou tipo um bolo que foi banhado em suco de mexerica. A minha esposa, que não gosta de bolo sem lactose, pediu para fazer de novo. Disse que parecia um doce de infância. Talvez tenha sido.
Coco e mexerica? Parece contradição. Mas não é. O coco ralado seco, por cima, depois de assado, dá um contraste que você não espera. Mas o que realmente muda tudo é o leite de coco na massa. Não o de caixinha. O da lata, o mais grosso. Ele deixa o bolo com um fundo de sabor de praia. E o melhor: ele não deixa o bolo pesado. É leve, como se a fruta tivesse ganhado um abraço de sal. Já tentei com coco ralado dentro da massa. Ficou tipo um bolo de areia. Aí, na segunda vez, usei só por cima. Ficou perfeito. A minha esposa disse: “isso é como se a mexerica estivesse dançando com o mar”. Não sei se ela tá certa. Mas eu senti.
Calda? Sim. Mas não a que você pensa. Não é só açúcar e suco. É suco fervido com um pouco de canela em pau, só um pedaço, e depois, quando esfria, você peneira. Aí, quando o bolo sai do forno, ainda quente, você pinta com essa calda. Ela não escorre. Ela entra. Como se a fruta estivesse voltando pra casa. Já tentei sem canela. Ficou só doce. Com canela, fica com um gosto de inverno, de janela aberta, de casa cheia de gente. A minha esposa, que não gosta de calda, pediu para colocar mais. Disse que era como se o bolo estivesse sussurrando. Acho que ela tá falando de mim.
Glacê? Eu sempre detestei. Acho que é porque sempre vi aquele glacê branco, duro, que parece plástico. Mas essa versão… ela é diferente. Usa açúcar de confeiteiro, suco de mexerica e um pouquinho de água. Não é para cobrir. É para pincelar. E não espere que fique branco. Fica translúcido, tipo uma película de gelo. E quando você morde, o crocante é tão leve que parece que a fruta está saindo da massa. Já tentei com açúcar refinado. Ficou cristalizado. Aí, na segunda vez, usei demerara. Ficou mais suave. A minha esposa disse: “isso não é glacê. É um abraço de açúcar”. Acho que ela tá certa.
Essa aqui é a que eu mais demorei pra tentar. Porque achei que vegano era só substituir. Mas não. É reinventar. O caramelo não é feito com açúcar refinado. É feito com açúcar de coco. E ele não derrete. Ele se transforma. Vira um xarope escuro, com um cheiro de fumaça. E a mexerica? Ela não perde o ácido. Ela se equilibra. E a hortelã? Não é opcional. É obrigatória. Coloque uma folha por cima, só uma, antes de servir. Ela dá um frescor que você não sente, você sente na alma. Já fiz sem hortelã. Ficou bom. Mas com ela? Ficou como se o bolo tivesse respirado. A minha esposa disse: “isso é o que eu imagino que um bolo de floresta seria”. Eu não sei o que é um bolo de floresta. Mas acho que agora sei.
E aí, qual receita desperta mais sua curiosidade? Não importa. Cada uma tem um jeito de te lembrar que comida boa não precisa de muito. Só de respeito. Se alguma te inspirar, me conta aqui: qual pedaço te fez parar no meio da fatia?
O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.
Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.
Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?
Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.
Adicionar comentário