Bolo de Laranja Com Calda De Laranja no Liquidificador

Sinta o gostinho da infância com essa maravilhosa delícia para comer todo dia!
Bolo de Laranja Com Calda De Laranja no Liquidificador
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Quantas vezes você já fez um bolo de laranja e ele saiu seco, tipo pão velho? Eu já fiz. E foi triste. Não por causa do sabor, mas porque a calda escorreu pra tudo que é lado e virou uma bagunça na bancada.

Aí eu comecei a testar. Mais suco, menos açúcar, mais raspas, menos óleo. Até que um dia, sem querer, acertei. A massa saiu fofa, a calda ficou encorpada, mas não colante, e o cheiro da laranja invadiu a cozinha como se tivesse acabado de colher. A Daiane, que normalmente foge de frutas, veio até a pia só pra cheirar. Ela não disse nada. Só pegou um pedaço. E depois, outro.

Se você quer um bolo que não parece feito de fórmula, que tem gosto de verdade e que a gente não precisa justificar pra ninguém, aqui está. A calda não é só cobertura, é o segredo. E o ponto? Não tem mistério, só paciência. Vem ver o passo a passo, né?

Receita de Bolo de Laranja Com Calda De Laranja Simples, Fofinho E Fácil: Saiba Como Fazer

Rendimento
1 bolo
Preparo
60 min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 11 marcados

Para a massa:

Para a calda:

Todos os ingredientes são simples, mas juntos viram coisa boa. Já fiz com laranja pera, baiana, até limão siciliano num dia de loucura – funciona, mas o equilíbrio muda. Prefiro a pera.

Progresso salvo automaticamente

Modo de preparo

Massa cremosa no liquidificador

  1. Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte uma forma com buraco no meio – usei a minha de 24cm – com um fio de óleo e farinha. Nada de manteiga derretida, ela pode fazer o fundo queimar.
  2. No liquidificador, bata os ovos, o suco de laranja, o óleo e o açúcar por uns 30 segundos. Só até ficar bem misturado, viu? Não precisa virar espuma.
  3. Transfira essa mistura pra uma tigela grande. Peneire a farinha aos poucos, mexendo com um fouet. Isso evita bolotas e deixa a massa mais leve – já errei sem peneirar e o bolo saiu com pedacinhos secos.
  4. Rale a casca da laranja direto na massa. Um pouquinho já dá aquele aroma bom. Depois, incorpore o fermento com uma colher de pau, delicadamente. Mistura demais aqui e ele perde o poder de crescer.

Assando com paciência

  1. Despeje a massa na forma e alise com a colher. Leve ao forno por 40 a 45 minutos. O tempo varia conforme o forno, então faça o teste do palito depois dos 40. Se sair limpo, tá pronto.
  2. Deixe descansar por uns 10 minutos antes de desenformar. Assim ele não quebra e segura a umidade.

Calda que não escorre

  1. Enquanto o bolo assa, prepare a calda: numa panela pequena, junte o suco de laranja e o açúcar.
  2. Leve ao fogo médio e mexa até dissolver o açúcar. Deixe cozinhar por uns 5 minutos, até encorpar levemente. Não precisa engrossar muito, porque quando esfria, ela fica na consistência certa.
  3. Retire do fogo e deixe esfriar um pouco – uns 10 minutos bastam. Quando o bolo estiver desenformado, despeje a calda por cima, aos poucos, com uma colher. Ela vai penetrar naturalmente.

O segredo desse bolo não é só a simplicidade, é o timing. Calda fria, bolo morno, e você já sabe: raspas de casca fazem toda diferença. Uma vez, distraído, raspei metade da casca branca junto e o bolo ficou com um fundo amargo. Desde então, só a parte laranja. Já vi gente pular a calda, mas pera aí – é ela que mantém o miolo úmido no dia seguinte. Vale o trabalho extra. Faz, experimenta e depois me conta nos comentários como foi. Quero saber se o cheiro invadiu sua casa igual à minha.

Dicas que vão do básico ao inesperado, pra você não só fazer, mas dominar esse bolo de laranja com calda

Quanto tempo dura e como guardar pra não virar pão seco?

Na geladeira, em pote fechado, ele fica perfeito por até 5 dias. A calda ajuda, ela mantém a umidade. Mas o melhor é comer até o terceiro dia, quando o sabor da laranja ainda é vivo, não escondido. Se for congelar, faça sem a calda. Envolve bem em filme, sem ar. Dura até 2 meses. Quando for usar, descongele na geladeira, depois aqueça levemente no forno por 10 minutos e só então regue com a calda quente. Já tentei congelar com calda e virou um bolo molhado, mas sem brilho. A Daiane disse: “parece que a laranja chorou”. Não foi elogio.

Onde todo mundo erra (e eu já errei mais de uma vez)

Erro número um: usar laranja de supermercado que parece de plástico. Se a casca tá dura, sem cheiro, o suco vai ser aguado. Já fiz com uma dessas e o bolo saiu sem identidade. A Daiane cheirou, olhou pra mim e disse: “você comprou laranja ou uma bola de tênis?”. Desde então, só compro da feira da Vila Madalena. Se não tiver, vá até a fruteira mais próxima e peça para cheirar antes de comprar.

Erro dois: peneirar a farinha depois de misturar tudo. Já fiz isso. Ficou com pedacinhos secos, como se tivesse farinha de biscoito dentro. A peneira não é opcional. É o que garante a leveza. E outro erro: esquecer de untar a forma só com óleo e farinha. Manteiga derretida? Ela queima no fundo. Já vi bolo com fundo escuro, tipo carvão. A Daiane comeu e disse: “é um bolo que foi ao forno e voltou do inferno”.

Por que cada ingrediente está aqui? (não é só sabor, é equilíbrio)

Os ovos em temperatura ambiente? Eles se misturam melhor, não formam grumos. Se você colocar frios, a massa fica pesada. O suco de laranja natural? Se for industrializado, a calda vira doce de laranja. Nada de conservantes. O óleo de girassol? É neutro. Se usar de coco, o bolo fica com cheiro de pirulito. Já tentei. Não foi bom.

Açúcar cristal? Ele derrete mais devagar e dá um brilho suave na massa. Refinado funciona, mas o cristal tem mais personalidade. As raspas? São o coração. A parte branca amarga tudo. Já fiz com metade da casca branca junto, o bolo ficou com um fundo amargo que ninguém quis comer. Desde então, só a parte laranja. E o fermento? É o último. Mistura demais e ele perde o poder. A massa não cresce. Fica plano. Como um sonho que não se realizou.

O passo mais difícil, e como consertar se der errado

Desenformar sem quebrar. Esse bolo é fofinho, mas frágil. Se você tentar tirar quente demais, ele desmancha. Se esperar muito, gruda. O segredo é esperar 10 minutos. Só isso. E não use forças. Gire suavemente a forma. Se grudar nas bordas, passe uma faca fina ao redor, com cuidado. Se já quebrou? Não se desespere. Coloque os pedaços num pirex, regue com a calda e leve ao forno por 15 minutos. Vira um pudim de bolo. A Daiane comeu e disse: “é um bolo que se reinventou”. Achei que era elogio. Ela sorriu. Então acho que era.

Truque que ninguém conta: a calda quente no bolo morno

Se você colocar a calda fria no bolo quente, ela escorre pra fora e vira bagunça. Se colocar quente no bolo frio, ela não penetra. O ponto ideal? Calda morna, bolo morno. Deixe a calda esfriar uns 10 minutos depois de fazer. E o bolo? Desenforme, deixe 5 minutos na forma, depois passe para o prato. Agora, só então, regue. A calda vai entrar como se tivesse sido feita pra isso. Já fiz isso numa tarde de chuva aqui em SP. O cheiro invadiu o apartamento. O Titan ficou na porta, olhando. Eu sei que ele não pode comer, mas ele estava feliz.

O que combina com esse sabor? (além do café)

Claro que café é o clássico. Mas se quiser surpreender, experimente com um chá de camomila gelado. A suavidade corta a acidez da laranja e deixa o sabor mais suave. Também combina com um vinho doce, tipo Moscatel. Fiz numa noite de outono, com luz de velas, e a Daiane disse: “isso aqui é como se a gente estivesse em uma pousada no litoral”. Ela morou lá até os 15 anos. Às vezes, os sabores lembram mais do que a gente pensa.

Versão que ninguém espera: bolo de laranja com limão siciliano e crumble de amêndoas

Substitua a laranja por limão siciliano. A acidez é mais intensa, então aumente o açúcar da massa em 2 colheres. E na calda, acrescente uma pitada de sal marinho. Depois de regar, espalhe por cima uma mistura de amêndoas torradas, açúcar e manteiga, só um pouquinho. Torra no forno por 10 minutos. Ficou lindo. A Daiane pediu para fazer de novo. Sempre que ela pede de novo, é porque funcionou.

Como reaproveitar sem desperdiçar

Se sobrar bolo seco? Não jogue fora. Corte em cubos, coloque numa forma, regue com leite e um pouco de açúcar, e leve ao forno por 15 minutos. Vira um pão de laranja assado. Sirva com queijo. Já fiz isso numa manhã de domingo. O Titan ficou encarando o pirex como se fosse um brinquedo novo. Não deixe ele perto da cozinha.

E as raspas de laranja que sobraram? Seque no forno bem baixo por 30 minutos. Guarde em pote. Use como tempero em saladas, ou no chá. Elas têm óleo essencial. É o mesmo cheiro que invadiu a cozinha. É o mesmo cheiro que a Daiane ama.

E se eu te disser que dá pra fazer sem forno?

Sério. Misture tudo no liquidificador, como a receita manda. Despeje numa forma de bolo que caiba numa panela grande. Coloque água na panela até metade da forma. Tampe bem. Leve ao fogo baixo por 50 minutos. É como um bolo de pote, mas com laranja. Já fiz numa noite de falta de luz. A Daiane disse: “é um bolo que nasceu de um apagão”. Achei que era elogio. Ela sorriu. Então acho que era.

Outro inusitado: use a calda como base para um sorbet. Congele a calda em forma de gelo, depois bata no liquidificador. Vira um sorvete de laranja. Serve com bolo. Fiz numa festa. Todo mundo achou que era doce de confeitaria. Não falei que era só calda.

Perguntas que você talvez esteja se fazendo

Posso usar laranja baiana? Pode. Mas ela é mais doce e menos ácida. A calda vai ficar mais doce. Ajuste o açúcar. Prefiro a pera, mas a baiana é bonita.

Posso trocar o óleo por manteiga? Não. Manteiga tem água. Vai deixar o bolo pesado. E pode queimar no fundo. Já tentei. Ficou com gosto de fritura.

E se a calda ficar muito líquida? Volte ao fogo por mais 2 minutos. Ela vai encorpar. Se ficar muito grossa? Acrescente uma colher de suco de laranja. Misture. Pronto.

Posso fazer sem fermento? Não. Ele é o que faz o bolo crescer. Sem ele, fica plano. Como um sonho que não se realizou.

Por que a forma tem que ter buraco? Porque o calor circula melhor. Se for redonda sem buraco, o centro demora pra assar. Fica cru por dentro. Já vi isso. Foi triste.

Modo gourmet: um detalhe que transforma

Em vez de só regar a calda, use uma pincelinha de silicone e pinte a superfície do bolo com ela. Depois, polvilhe um pouquinho de açúcar de confeiteiro. Fica com um brilho suave, como se tivesse sido feito por um confeiteiro. A Daiane já disse: “isso aqui parece que a gente se importa”. E é isso que importa.

Se der errado, conserta assim

Se o bolo quebrou? Não se desespere. Coloque os pedaços num pirex, regue com a calda e leve ao forno por 15 minutos. Vira um pudim de bolo. A Daiane comeu e disse: “é um bolo que se reinventou”. Achei que era elogio. Ela sorriu. Então acho que era.

Se a calda não penetrou? Aqueça um pouco mais e regue de novo. Se o bolo estiver muito seco, regue com um pouco de leite morno antes da calda. Ele vai absorver.

Se a massa tiver grumos? Não jogue fora. Misture com um pouco de creme de leite e leve ao forno. Vira um creme de laranja. Sirva com frutas. É só uma forma diferente de amar.

Uma curiosidade que pouca gente sabe

Bolo de laranja com calda não é só uma ideia brasileira. É uma herança da culinária mediterrânea, onde o suco de frutas cítricas é usado pra manter os bolos úmidos. Aqui, virou um ritual. A Daiane me contou que a mãe dela fazia assim, no litoral. Ela disse que o cheiro da laranja era o mesmo que sentia quando era criança, andando pelas ruas de Santos. A gente não faz só comida. A gente faz memória.

Se quiser ver como chefs profissionais fazem variações, dá pra ver no Instagram @sabornamesaoficial. Temos um post com 12 variações. A do limão siciliano é a mais pedida.

Se você chegou até aqui, já sabe que isso não é só uma receita. É um convite pra prestar atenção. Pra cheirar a laranja. Pra esperar os 10 minutos. Pra não apressar. Pra não ter medo de errar, e sim de não tentar.

Se deu certo, compartilha aqui pra gente comemorar! Se não deu, conta também pra gente aprender juntos. Eu já fiz um que virou um pudim. A Daiane comeu tudo e disse que era “um bolo que se reinventou”. Acho que foi o maior elogio que já recebi.

Se quiser ver mais receitas que vêm da vida real, não da internet —, visite o site. Temos outras combinações que ninguém espera, mas que todos amam. E se tiver um truque seu, tipo usar o suco da casca que sobrou, me manda. Vou testar na próxima.

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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