Bolo de Fubá com Goiabada e Cobertura

Os truques para um bolo e recheio perfeitos. Um tipo de doce que toda sua família irá amar e seus clientes comprarem muito.
Bolo de Fubá com Goiabada e Cobertura
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Tem coisa mais simples que um bolo de fubá? E mais perfeita que ele com goiabada derretida por cima? Eu já pensei que sim, até que um dia, na pressa, derramei a calda antes da massa assar. Resultado? Um bolo com goiabada no fundo e massa seca em cima. Foi o pior erro da semana.

Aprendi com isso: a goiabada precisa de cuidado, não só de paciência. Ela pesa. E se a massa não estiver no ponto, ela afunda como uma pedra. O segredo? Bater bem os líquidos primeiro, depois ir adicionando os secos aos poucos. E não, não adianta usar o liquidificador em alta velocidade por cinco minutos. Isso vira borracha. Já testei. Não repita meu erro.

Agora, quando a calda escorre devagar, dourada e quente, e o cheiro de fubá toma a cozinha… Daiane aparece, sem café na mão, e só fala: “faz de novo”. E eu faço. Porque esse bolo não é só comida. É o tipo de coisa que a gente lembra quando a vida fica pesada. Se você nunca fez, bora tentar? Me conta depois como foi.

Receita de Bolo de Fubá com Goiabada e Cobertura Fofinho, Simples e Fácil: Saiba Como Fazer

Quantidade
7 porções
Preparação
1h
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

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Para o recheio e cobertura:

Para a massa:

Tudo que você precisa está no mercado da esquina. Gastei menos de R$30 nisso, e ainda sobrou leite condensado pra fazer brigadeiro no fim de semana. Se a lata de milho for de 400ml, use ela como medida, não adianta usar xícara de café, aí o bolo vira um tijolo.

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Modo de preparo

Prepare a goiabada:

  1. Corte a goiabada em cubos pequenos e coloque numa panela. Junte a xícara de água e leve ao fogo médio. Mexa de vez em quando, até derreter por completo. Não precisa ferver, só dissolver. Desligue e deixe esfriar um pouco. Se estiver quente demais quando colocar na massa, ela pode cozinhar antes da hora.

Faça a massa:

  1. Escorra bem o milho, nem uma gota a mais. Coloque no liquidificador com os ovos, o óleo, o leite, o açúcar e o leite condensado. Bata por 2 minutos, até ficar liso. Se ainda tiver grumos de milho, continue batendo. Não é um smoothie, mas também não pode ser uma sopa.
  2. Com o liquidificador ainda ligado, vá adicionando o fubá e a farinha de trigo aos poucos. Não jogue tudo de uma vez. A massa vai engrossar, e você vai sentir a diferença. É isso que dá o corpo certo.
  3. Por último, adicione o fermento e bata só por 10 segundos. Só pra misturar. Se bater mais, a massa vira borracha. Já fiz isso. Não repita.

Monte e asse:

  1. Unte uma forma redonda de buraco no meio com manteiga e farinha. Não pule esse passo. O bolo gruda, e a gente não quer chorar no fim.
  2. Despeje metade da massa na forma. Espalhe a goiabada derretida por cima, bem no centro, sem tentar cobrir tudo. Ela vai descer sozinha.
  3. Despeje o resto da massa por cima. Não mexa. Deixe ela se acomodar. Se tentar espalhar, a goiabada sobe e vira uma camada de doce seco. Já aconteceu.
  4. Asse em forno pré-aquecido a 180°C por 45 a 50 minutos. Faça o teste do palito: se sair limpo, tá pronto. Se ainda estiver úmido, deixe mais 5 minutos. Paciência é o ingrediente que ninguém coloca na lista.

Sirva:

  1. Deixe esfriar na forma por 15 minutos antes de desenformar. Se fizer antes, o bolo pode quebrar. Já viu o que acontece com um bolo quebrado? Ele vira sobremesa de cerveja.
  2. Sirva morno, com um café preto ou só assim, com a mão suja de doce. A goiabada vai estar quase derretida, e o fubá, úmido e cheiroso. É o tipo de bolo que a gente come em silêncio.

Esse bolo não é pra quem quer uma sobremesa leve. É pra quem quer lembrar. Lembra da vó? Do cheiro da cozinha no domingo? Do silêncio depois da primeira mordida? Eu não sei se é isso, mas quando Daiane pega uma fatia e não fala nada, só sorri, eu sei que deu certo.

Se fizer, me conta: você colocou a goiabada no meio ou tentou espalhar por cima? E quantas fatias você comeu antes do café? Não precisa ser perfeito. Só precisa ser seu. Comenta aí, eu quero saber.

Dicas que fazem a diferença: o que ninguém te conta sobre bolo de fubá com goiabada

Quanto tempo dura esse bolo? E se eu quiser congelar?

Na geladeira, bem coberto com plástico filme ou dentro de um pote fechado, ele aguenta até cinco dias. Mas vamos combinar: raramente sobra tanto tempo. Se quiser congelar, envolva em pelo menos três camadas de filme plástico, isso evita o ressecamento e o cheiro de freezer. Pode ficar lá por até quatro meses. Quando for descongelar, deixe na geladeira de um dia para o outro, depois leve ao forno por uns dez minutos pra voltar ao estado quase original. Uma vez congelei um pedaço sem proteção e ele virou um bloco com gosto de… não sei, mas não era bolo.

Por que meu bolo ficou solado? (e como evitar)

Duas razões principais: fermento velho ou bater demais depois de colocar o fermento. Parece bobagem, mas acontece. O fermento perde o poder com o tempo, então se tá há meses na sua dispensa, desconfie. E quanto ao bater demais: depois que você adiciona o fermento, só pode misturar por alguns segundos. Mais do que isso, e as bolhas de ar se rompem, o bolo não cresce direito. Já fiz isso. O resultado foi um disco úmido no centro e crosta dura nas bordas. Daiane chamou de “bolo-fantasma”: parecia alto, mas por dentro era vazio.

Sem leite condensado? Ou quer trocar a goiabada?

Pode substituir o leite condensado por uma lata inteira de açúcar. Funciona, mas perde aquele toque cremoso. Prefiro manter o leite condensado, é o que dá corpo à massa. Quanto à goiabada, tem quem use requeijão cremoso no lugar, ou até uma mistura dos dois. Já experimentei. Fica tipo um pastel de festa junina, e é bom. Outra vez, coloquei pedaços pequenos de goiabada enfarinhados direto na massa, sem derreter antes. A textura muda: vira mais um bolo com pedaços, menos com calda escorrendo. Só cuidado: se os pedaços forem grandes ou não estiverem enfarinhados, afundam todos no fundo. Vira um lago de goiaba.

Truque da forma: untar com manteiga e farinha é obrigatório

Não pule. Mesmo que você tenha forma antiaderente. Esse bolo gruda feio se não estiver bem untado. Eu uso manteiga e farinha de trigo, passo a manteiga por toda a superfície, depois jogo um pouco de farinha e giro a forma até cobrir tudo. Depois disso, descarto o excesso. Evita aquela dor de ver o bolo quebrar na hora de desenformar. Já tentei com óleo e papel-toalha, e foi um desastre. Parte da crosta ficou na forma, e o buraco do meio virou um poço de tristeza.

O que serve com esse bolo? Café, claro… e mais?

Café preto é clássico. Mas se quiser impressionar, sirva com um creme de leite fresco batido com canela. Fica leve e corta a doçura. Também combina com queijo minas fresquinho, o salgado com o doce cria um contraste que funciona. Em casa, às vezes faço uma versão mini em forminhas de cupcake e sirvo num café da tarde com amigos. Daiane adora montar a mesa com guardanapos coloridos, e o Titanzinho fica de olho nos pedaços que caem no chão, mas nem pensar, ele não pode comer.

Posso usar adoçante? E bater à mão?

Adoçante pode, mas prefiro açúcar mascavo ou demerara. Eles têm mais sabor e não deixam aquele gosto artificial. Se for usar adoçante em pó, escolha um que possa ir ao forno, alguns perdem o poder adoçante com o calor. Quanto a bater à mão: dá sim. Não precisa de liquidificador. Bata os líquidos primeiro com um fouet, depois vá acrescentando os secos. O segredo é não parar de mexer. Leva uns dez minutos de braço, mas vale a pena. Uma vez fiz assim quando o liquidificador quebrou, e o bolo cresceu igual.

Se a goiabada afundar, ainda tem jeito?

Tem. Se ela afundar toda no fundo, não jogue fora. Corte o bolo ao meio horizontalmente, passe a goiabada derretida no meio, e cubra com a outra metade. Vira um sanduíche de bolo com goiabada. Também pode fatiar e servir com um molho de creme azedo ou iogurte natural batido com limão. Disfarça e ainda vira uma versão gourmet. Já fiz isso numa visita surpresa, e ninguém percebeu o erro. Até elogiaram.

E se eu te disser que esse bolo pode ser salgado?

Sério. Tira o açúcar, o leite condensado e a goiabada. Coloca queijo ralado, requeijão e umas azeitonas picadas. Vira um bolo de fubá salgado, perfeito pra comer com café da manhã ou como entrada com chimichurri. Uma amiga mineira me ensinou essa versão. Ela usa em eventos religiosos, tipo almoço de igreja. E funciona. Também já vi usando milho verde fresco ralado no lugar da lata, fica mais leve, mais "roça". Vale a adaptação.

Por que usar a lata de milho como medida?

É prático e evita erros. Todo mundo tem lata em casa, e usar a mesma lata dos ingredientes garante proporção certa. Se usar xícara de chá, o volume muda, e o bolo pode ficar seco ou mole. O milho já vem na lata, então faz sentido usar ela como referência. Além disso, o tamanho ideal pra um bolo de família é esse mesmo, nem muito grande, nem pequeno demais. É uma herança das receitas caseiras, onde a precisão vinha da repetição, não do peso.

Sabia que o bolo de fubá é uma releitura do pamonha?

O fubá vem do milho, ingrediente central na alimentação indígena. O bolo de fubá, como conhecemos, surgiu como uma forma de aproveitar o milho moído, transformando em algo assado e doce, acessível. Era feito em fogão a lenha, com panela de ferro. Hoje, com goiabada, virou um clássico das padarias e casas brasileiras. É uma mistura de simplicidade e nostalgia. Tem gente que diz que o verdadeiro bolo de fubá é só com ovo, fubá, leite e açúcar. Mas a versão com goiabada? É amor moderno com raiz antiga. E tem muitas variações boas por aí, vale explorar.

Se chegou até aqui, provavelmente já está com o liquidificador ligado ou planejando fazer no fim de semana. Conta pra mim: seu bolo de fubá é doce ou salgado? Você usou goiabada derretida ou em pedaços? E quantas fatias sumiram antes da família chegar? Deixe um comentário, compartilhe sua experiência, pode ser exatamente o que alguém precisa ler. Ah, e se curtir, marca a gente no Instagram @sabornamesaoficial. Vemos por lá.

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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