Se você acha que bolo de frutas vermelhas é só coisa de padaria cara, tá na hora de repensar. A gente costuma achar que precisa de técnica de confeiteiro, mas na verdade basta um pouco de paciência e ingredientes bons.
Fiz esse bolo pela primeira vez pensando que daria errado. A massa ficou vermelha demais, quase rosa de tinta. A geleia borbulhou como se tivesse vida própria. E o chocolate branco? Quase derreteu no pote. Mas quando tirei da geladeira, o contraste entre o vermelho vivo, o creme branco e o toque de licor… foi um espetáculo. Não precisei de forno de padeiro. Só de um fogão, uma batedeira e um pouco de coragem.
As frutas vermelhas não são só cor. São acidez que equilibra o doce, textura que quebra a maciez da massa, e um sabor que não engana. Use as frescas se puder. Se não, as congeladas servem, mas não pule o limão e o licor. E o chocolate branco? Nada de barra de supermercado. O bom mesmo é o que tem pelo menos 30% de manteiga de cacau. Se não, vira creme sem alma.
Não sei se você é do time com geleia ou com o creme de chocolate, mas aqui em casa a gente faz os dois. E se o Titanzinho ficar encostado na geladeira esperando uma migalha… é só porque ele sabe que o bolo é bom. Não é para comer, mas ele sente o cheiro.
Quer tentar? Depois me conta como foi. Ficou igual ao da foto? Ou você também teve um acidente de corante?
Receita de Bolo de Frutas Vermelhas: saiba como fazer
Rendimento
20 porções
Preparação
4 horas
Dificuldade
Médio
Referência de Medida: Xícara de 240ml
Ingredientes
0 de 18 marcados
Massa:
Recheio de geleia:
Recheio de chocolate:
Calda para umedecer a massa:
Tudo isso sai por menos de R$60, e boa parte é o chocolate branco. As frutas vermelhas eram as que sobraram da geladeira, e o licor? Era o que a Daiane guardou pra um caso especial. A gente usou mesmo assim.
Progresso salvo automaticamente
Informação Nutricional
Porção: 150g (1 fatia - 1/20 da receita)
Nutriente
Por Porção
% VD*
Calorias
385 kcal
19%
Carboidratos Totais
52.8g
18%
Fibra Dietética
2.1g
8%
Açúcares
38.5g
77%
Proteínas
6.2g
12%
Gorduras Totais
16.8g
21%
Saturadas
9.3g
47%
Trans
0.2g
1%
Colesterol
45mg
15%
Sódio
185mg
8%
Potássio
210mg
4%
Cálcio
125mg
10%
Ferro
1.2mg
7%
*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)
Etiquetas Dietéticas
Vegetariano: Sem carne animal
Fonte de Fibras: Das frutas vermelhas
Fonte de Cálcio: Do leite e derivados
Alertas & Alérgenos
Contém glúten – farinha de trigo
Alto teor de açúcar – 38g por porção
Alta gordura saturada – 47% do VD
Contém lactose – leite, creme de leite, chocolate
Insight: Rico em antioxidantes das frutas vermelhas; ideal para ocasiões especiais
Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.
Misture o leite com o vinagre e deixe repousar por 10 minutos. Vai talhar, fica com aspecto de iogurte. É normal.
Em uma tigela, peneire a farinha, o chocolate em pó, o sal e o bicarbonato. Reserve.
Na batedeira, bata a margarina com o açúcar até ficar clara. Se for na mão, derreta a margarina primeiro, depois misture com o açúcar.
Adicione os ovos, um a um, batendo depois de cada adição. Depois, acrescente a essência de baunilha.
Pouco a pouco, adicione a mistura de leite e vinagre, batendo sempre. A massa vai ficar líquida, é normal.
Adicione o corante em gel, gota a gota, até alcançar o vermelho que você quer. Não exagere. Se for muito intenso, o bolo parece que foi feito com tinta.
Desligue a batedeira e adicione aos poucos a mistura de farinha, mexendo com uma espátula. Não bata, só misture até integrar.
Unte uma forma redonda de 20cm com óleo e farinha. Despeje a massa e leve ao forno pré-aquecido a 180°C por 50 minutos. Faça o teste do palito. Se sair limpo, tá pronto.
Faça a geleia:
Coloque as frutas vermelhas, o açúcar e o suco de limão em uma panela. Leve ao fogo médio e deixe ferver.
Quando começar a borbulhar, adicione a glucose e misture. Depois, acrescente o licor. Desligue o fogo e deixe esfriar completamente.
Faça o recheio de chocolate:
Derreta o chocolate branco em banho-maria ou no micro-ondas, em intervalos de 30 segundos, mexendo sempre. Não deixe entrar água.
Adicione o creme de leite e a glucose. Misture até ficar homogêneo.
Adicione o cream cheese e mexa com a colher até ficar cremoso.
Adicione o chantilly batido e misture suavemente. Não bata.
Hidrate a gelatina com 2 colheres de água, aqueça por 20 segundos no micro-ondas e misture ao creme. Reserve na geladeira até esfriar um pouco.
Prepare a calda:
Misture a água com o leite condensado até ficar homogêneo. Despeje em um recipiente com bico de confeitar.
Montagem:
Quando o bolo estiver frio, corte ao meio com um fio de linha. Não use faca, a massa é frágil.
Coloque a primeira metade numa base ou forma com acetato. Umedeça com a calda, bem devagar.
Adicione metade do recheio de chocolate, depois a geleia de frutas, e por fim, o restante do chocolate. Não misture, faça camadas.
Coloque a outra metade do bolo por cima. Umedeça novamente com a calda.
Cubra com plástico filme e leve à geladeira por 3 horas. Isso é obrigatório. Se não gelar, o bolo desmancha.
Retire da geladeira, desenforme com cuidado. Cubra toda a superfície com o restante do recheio de chocolate, usando uma espátula para deixar liso.
Decore com frutas vermelhas frescas. Não exagere. A beleza está na simplicidade.
Sirva frio. Não aqueça. Não corte quente. E se o Titanzinho ficar encostado na geladeira… é porque ele sabe que o bolo é bom.
Eu já fiz esse bolo duas vezes na mesma semana. A primeira, a geleia escorreu e virou um desastre de cor. A segunda, a massa ficou vermelha como um pôr do sol. A Daiane disse: “não parece comida, parece arte”. Eu respondi: “é arte que a gente come”. Não precisou de festa. Só de fome.
Se você achou que bolo de frutas vermelhas é coisa de confeiteiro, dê uma chance. Não por estética. Só porque o contraste entre o ácido, o doce e o cremoso é algo que a gente não esquece. Se fizer, me conta: você também teve um acidente de corante? Ou foi só eu que acha que o vermelho tem que ser intenso?
Quanto tempo dura esse bolo? (e como guardar sem estragar)
Esse bolo de frutas vermelhas é um pouco mais delicado por causa dos recheios úmidos. Na geladeira, dura até 4 dias se ficar bem tampado com filme plástico. Mas sério, duvido que sobre por tanto tempo! Se quiser congelar, faça só a massa sem recheio - ela aguenta até 2 meses no freezer. Já tentei congelar montado uma vez e... digamos que a Daiane fez cara de choro quando viu a textura depois.
Vai de dieta? Veja quanto custa (em calorias)
Cada fatia generosa tem aproximadamente 385 calorias (confira a tabela nutricional completa abaixo dos ingredientes). Dá pra reduzir uns 20% trocando o açúcar refinado por eritritol e usando chocolate branco zero açúcar. Mas vamos combinar que às vezes a gente merece esse luxo, né?
Sem lactose? Sem glúten? Sem problemas!
• Troque o leite comum por leite de amêndoas e a margarina por óleo de coco • Farinha de trigo pode virar uma mistura de farinha de arroz + polvilho doce (2:1)
• Creme de leite vegetal fica ótimo no recheio - já testei com o de castanha e fica incrível • Licor pode ser substituído por 1 colher de extrato de baunilha + 1 colher de água
3 truques que ninguém te conta
1. O segredo da massa vermelha? Usa corante em gel, não aquele líquido fraco - fica 10x mais vibrante 2. Quando for umedecer o bolo, use um borrifador em vez de colher - molha igual e não encharca
3. Se a geleia de frutas ficar muito líquida, coloca 1/2 colher de amido de milho dissolvido em água fria e cozinha mais 2 minutinhos
Pare! Não cometa esses 4 erros
• Botar o chocolate branco direto no microondas por muito tempo - ele queima fácil e fica com gosto de queimado • Colocar a gelatina sem derreter direito no recheio - vai ficar com gruminhos esquisitos
• Assar o bolo em forma pequena - ele cresce! Use no mínimo 20cm de diâmetro • Apressar o resfriamento - essas 3 horas na geladeira são sagradas pro recheio firmar
A parte mais chata (e como facilitar)
Todo mundo odeia dividir o bolo no meio, né? Dois macetes: use linha dental (limpa, óbvio) ou compre aqueles cortadores de bolo ajustáveis. Se errar e ficar desigual, vira a parte mais grossa pra baixo - ninguém vai notar!
Quer impressionar? Faz assim
• Substitua o licor comum por Chambord (licor de framboesa francês) • Use frutas vermelhas liofilizadas na decoração - dá um toque chique
• Passe o recheio branco pelo menos 2x na cobertura - fica liso profissional • Coloque folhas de ouro comestível (sim, é caro, mas pra aniversário de 15 anos da sobrinha vale)
Modo economia (sem perder o sabor)
• Frutas vermelhas congeladas saem mais barato que frescas e funcionam igual pra geleia • Chocolate branco fracionado é mais em conta que os premium
• Faz só uma camada de recheio no meio em vez de duas • Substitua 1/3 do chantilly por mais cream cheese - rende e fica estável
O que servir com esse bolo?
• Café espresso forte corta a doçura perfeitamente • Chá de frutas vermelhas gelado fica lindo num dia quente
• Se for servir de sobremesa depois de um jantar, vem bem com espumante demi-sec • Para crianças (ou adultos criança como eu), um milk-shake de morango combina demais
Tá entediado da versão original? Inventa!
• Troca as frutas vermelhas por manga e maracujá - versão tropical • Faz a massa com cacau 70% e recheio de laranja - estilo black forest
• Coloca raspas de limão siciliano no recheio branco - fica incrível • Faz mini bolinhos individuais em forminhas de cupcake
Se tudo der errado... (modo SOS)
Massa quebrou? Vira bolo de pote - ninguém vai saber do desastre original. Recheio branco virou sopa? Congela 30min antes de montar.
Geleia não engrossou? Coe e use como calda por cima. Bolo não cresceu? Transforma em trifle - pedaços de bolo + recheios em camadas num pote transparente. Fica lindo e todo mundo acha que foi proposital!
De onde veio essa combinação?
Essa mistura de chocolate com frutas vermelhas tem cara de coisa francesa, mas na verdade foi popularizada nos EUA nos anos 80. O contraste do doce do chocolate branco com a acidez das frutas foi uma jogada de mestre de algum confeiteiro genioso. Hoje é clássico em casamentos e eventos chiques - mas a versão caseira, como essa, é bem mais gostosa na minha opinião.
2 fatos que vão te surpreender
1. O vinagre no leite não é só pra talhar - ele realça o sabor do chocolate! Química pura. 2. A glucose no recheio não é só pra dar brilho - ela impede que o açúcar cristalize e fique granuloso depois de gelado. Detalhe de mestre!
Perguntas que sempre me fazem
Posso fazer sem o licor? Pode sim, coloca 1 colher de extrato de baunilha ou só tira mesmo. Quanto tempo leva pra gelatina hidratar? Uns 5 minutinhos até ficar tipo esponja. Posso congelar montado? Não recomendo - o recheio fica com textura esquisita. Serve forma quadrada? Serve, mas a redonda fica mais bonita pra cortar fatias.
Já errei pra caramba (aprenda com meus vacilos)
Uma vez coloquei gelatina sem derreter direito no recheio - ficou com grumos que pareciam muco. Nojo total! Outra vez usei corante líquido em vez de gel - o bolo ficou rosa pastel em vez de vermelho vibrante. E a vez que esqueci a glucose? O recheio ficou duro que parecia giz. Moral da história: segue a receita direito na primeira vez, depois inventa!
O que mais combina com esse sabor?
Experimenta: • Salpicar flocos de sal marinho por cima - o contraste salgado/doce é viciante
• Colocar pimenta rosa na geleia - dá um kick surpreendente • Servir com sorvete de creme - o quente/frio é sempre win
• Polvilhar raspas de chocolate meio amargo - corta a doçura do branco
Sabia que...
O vermelho intenso do bolo era originalmente feito com beterraba na falta de corantes bons! E essa técnica de talhar o leite com vinagre vem das receitas antigas quando não existia fermento em pó. Nossas avós já sabiam das coisas, né?
Continuando nossa maratona de bolos que arrancam suspiros, você PRECISA conhecer essa receita coringa pra qualquer hora. Se o bolo de frutas vermelhas já é top, imagina um bolo de frutas simples e fácil que você faz até de olho fechado? É aquele clássico que nunca falha: massa fofinha, frutinhas dando um toque doce e aquele cheiro de aconchego na cozinha. Lá em casa vira até moeda de troca - "filho, arruma o quarto que tem bolo saindo do forno". Funciona sempre, né?
Dica bônus: se quiser dar uma incrementada, joga umas amoras ou morangos por cima ainda quente. Derrete igual sorvete no sol e fica... Peraí, vou salivar aqui. Já corre fazer e me conta depois!
Combinações que vão fazer seu bolo de frutas vermelhas brilhar ainda mais
Depois de preparar aquele bolo de frutas vermelhas que vai deixar todo mundo com água na boca, que tal montar um menu completo? Aqui vão nossas sugestões favoritas para criar uma refeição memorável. A Dai já aprovou todas - e olha que ela é bem criteriosa!
Para começar com o pé direito
Hambúrguer gourmet caseiro: Parece incomum como entrada? Cortado em pedacinhos e servido com palitos, vira um petisco que some rápido da mesa.
Mini quiches de espinafre: Leves e sofisticados, preparam o paladar sem roubar a cena da sobremesa.
Bruschettas de tomate seco: Um clássico que nunca falha, com o toque levemente ácido que combina bem com as frutas vermelhas.
Pratos principais que harmonizam perfeitamente
Filé mignon ao molho de mostarda: O contraste do salgado com o doce fica perfeito, e a mostarda dá um toque especial.
Risoto de cogumelos: Cremoso e reconfortante, equilibra bem com a frescura das frutas.
Frango assado com ervas: Simples mas sempre acertivo, principalmente quando você quer que a sobremesa seja a estrela.
Lasanha de abobrinha: Para quem prefere uma opção mais leve mas ainda assim saborosa.
Acompanhamentos que complementam
Legumes grelhados no azeite: Simples mas eficaz, deixam o prato mais colorido e saudável.
Purê de batata-doce: O toque adocicado combina surpreendentemente bem com o bolo.
Arroz de amêndoas: Dá um toque sofisticado e crocante que a gente adora.
Bebidas: Sugestões de bebidas para tornar seu cardápio perfeito
Chá gelado de pêssego: Refrescante e com o dulçor na medida certa.
Água aromatizada com morango e manjericão: Parece chique mas é super fácil de fazer, e fica linda na mesa.
Suco de uva integral: Clássico, combina com tudo e todo mundo gosta.
Café coado: Nada como um cafezinho quentinho depois do bolo, né?
E aí, qual combo você vai testar primeiro? Aqui em casa já fizemos todas essas combinações em diferentes ocasiões, desde jantares mais formais até aqueles almoços de domingo preguiçosos. Conta pra gente nos comentários se você experimentou alguma dessas sugestões - ou se tem outra combinação secreta que sempre funciona aí na sua casa!
Explore outras deliciosas variações para experimentar.
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou.Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.
2º. Com cream cheese
Autor: Day Flaubert
Esse bolo é o tipo de coisa que você faz num domingo sem pressa e acaba servindo no café da manhã da segunda. O cream cheese não é só um recheio, ele equilibra a acidez das frutas com uma suavidade que parece feita por alguém que entende de contraste. Acho que o segredo tá na textura: não pode ser muito mole, nem muito rígido. Se você deixar na geladeira menos de 4 horas, ele escorre. Já tentei. Ficou parecendo um pudim triste. Aí eu coloquei uma camada fina de geleia de frutas vermelhas por baixo da massa, antes de colocar o cream cheese. Funcionou como um selo. Não lembro se foi sorte, mas nunca mais falhou.
E se não tiver cream cheese? Use requeijão cremoso, bem espremido. Não é a mesma coisa, mas salva o dia. E se desejar um pouco de elegância, polvilhe um pouquinho de sal marinho por cima antes de servir. É um truque que aprendi num restaurante em São Paulo. Parece loucura, mas faz toda diferença.
3º. Sem cremes e mais simples
Autor: Mamãe Vida Saudável
Às vezes a gente quer um bolo que não exija decoração, nem espera na geladeira, nem creme que precisa de batedeira. É só o básico: massa, frutas, um pouco de açúcar e um toque de limão. Aí você tira do forno, espalha as frutas por cima, polvilha açúcar e pronto. Parece simples, mas é o tipo de bolo que a gente faz quando o dia tá pesado e a gente só quer sentir que ainda consegue fazer algo bonito. A minha versão é com canela, só um pouquinho. Não é para ser o protagonista, só para lembrar que o inverno passou. Já fiz uma vez sem açúcar, só com mel. Ficou estranho. Mel não combina com frutas vermelhas. Acho que o açúcar refinado tem um papel aqui que ninguém explica, mas que funciona.
Se quiser, faça esse bolo no fim da tarde e deixe na janela. O cheiro da fruta se espalha pela casa. É melhor que qualquer velinha.
Chocolate e frutas vermelhas? Acho que todo mundo sabe que combina, mas pouca gente sabe por quê. É porque o amargo do chocolate não mata a acidez, ele a abraça. E aí, quando você corta, o chocolate derrete levemente e envolve cada fruta como se fosse um abraço quente. O segredo? Não derreta o chocolate no fogão. Derreta no micro-ondas, em pausas de 15 segundos, mexendo entre cada um. Se você derreter demais, ele fica pastoso e perde o brilho. Já fiz isso. Ficou com cara de chocolate de criança. Aí eu usei um pouco de óleo de coco pra dar brilho. Não é tradicional, mas funciona. E se precisar de um pouco de crocância, polvilhe amêndoas torradas por cima. Só uma pitada. O contraste é tudo.
Dica: use chocolate com pelo menos 50% de cacau. Menos que isso e você perde a alma da fruta.
Esse é o bolo que faz todo mundo parar na cozinha. Quando você corta, o recheio escorre como se tivesse sido feito por um vulcão que resolveu ser doce. Mas o truque não é só no recheio, é na massa. Ela precisa ser mais densa, quase como um pão de ló, pra segurar o líquido. Eu já fiz com massa de bolo normal e o recheio vaza por baixo. Ficou uma bagunça. Aí aprendi: deixe a massa assar 5 minutos antes de colocar o recheio. Isso forma uma base que não afunda. E o recheio? Use geleia de frutas vermelhas bem encorpada, não líquida. Se tiver tempo, cozinhe ela um pouco mais até engrossar. Não precisa de pectina. Só paciência. Já vi alguém dizer que isso é “fazer bolo de gato”. Mas quando você serve, ninguém mais lembra do gato.
Se quiser, sirva com uma bola de sorvete de baunilha. O contraste térmico é o tipo de coisa que faz você esquecer que está em casa e não num restaurante de São Paulo.
Eu sempre achei que iogurte era coisa de dieta. Até que uma vez, na correria do dia, usei iogurte natural no lugar do creme de leite. Fiquei com medo. Mas o resultado? Uma massa mais leve, com um toque azedinho que faz as frutas parecerem mais vivas. O segredo é usar iogurte grego, bem escorrido. Se for o comum, a massa fica molhada demais. Já tentei. Ficou parecendo um pudim de pão. Aí eu acrescentei um pouco de farinha de amêndoa. Só um pouquinho. Não muda o sabor, mas dá estrutura. E se quiser deixar mais saudável, troque o açúcar por um pouco de mel de flores. Mas não exagere, ele domina. O iogurte é o que mantém o equilíbrio.
Essa versão é perfeita pra quem quer comer bolo sem culpa. Mas atenção: não é “bolo light”. É bolo com alma. E aí, já experimentou?
Fit não é sinônimo de sem sabor. É sinônimo de escolha. Essa versão usa farinha de aveia, stevia e frutas vermelhas congeladas, mas o que faz ela funcionar é a textura da massa. Ela precisa ser mais densa, quase como um bolo de cenoura. Se você tentar fazer com farinha de trigo integral, ela fica seca. Já fiz. Ficou como pão de milho que não deu certo. Aí eu descobri: misture a farinha de aveia com um pouco de farinha de amêndoa. Só 2 colheres. E use o iogurte natural, não o desnatado. Ele tem gordura, sim, mas é a gordura que mantém a umidade. E a calda? Faça só com frutas, açúcar e um pouco de água. Nada de gelatina. Deixe cozinhar até engrossar sozinho. Demora, mas é o jeito certo. A gente não cozinha só pra ser saudável. A gente cozinha pra se sentir bem. E isso aqui faz isso.
Se você for fazer, não espere que fique igual ao bolo tradicional. Espere que fique diferente. E melhor. Talvez.
E aí, qual delas você vai preparar primeiro? A do vulcão, pra impressionar? A fit, pra se permitir um doce sem culpa? Ou aquela simples, só pra sentir o cheiro de fruta na casa? Quando preparar alguma, me conta aqui nos comentários. Quero saber se o seu também virou um espetáculo, ou se você teve um acidente de corante, como eu.
O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.
Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.
Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?
Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.
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