Você já desenformou um bolo e viu o abacaxi se levantando como se tivesse vida própria? Não é mágica. É caramelo. E se eu disser que o segredo não está no abacaxi, mas no momento em que você tira a panela do fogo?
Já queimei caramelo três vezes antes de entender que ele não espera. Se você olha pro celular, ele escurece. Se você se distrai por dois segundos, vira breu. E quando acerta? Vira um espelho doce, com o abacaxi flutuando como se tivesse sido feito por alguém que sabe o que faz.
A receita de bolo de abacaxi invertido não é fácil porque parece simples. É fácil porque exige atenção. O caramelo precisa de olho, o abacaxi precisa de calor, e o bolo precisa de paciência para esfriar, senão desmorona. Não adianta correr. Se fizer, vai saber.
Se você já desistiu de bolos que viram bagunça na hora de desenformar, essa é a sua chance. Não precisa ser perfeito. Só precisa ser feito com calma. E se der errado? Aí você faz de novo. nao sei se você é do time com queijo ou sem, mas esse aqui não perdoa distração.
Receita de bolo de abacaxi invertido: Saiba como fazer
Rendimento
Serve até 10 pessoas
Preparação
70 minutos
Dificuldade
Fácil
Ingredientes
0 de 11 marcados
Caramelo e decoração:
Massa:
Tudo isso sai por menos de R$25 no mercado da esquina. O abacaxi é o que pesa. Se for daqueles que custa metade, aproveita. Mas não use o enlatado. Ele não tem o mesmo cheiro.
Progresso salvo automaticamente
Informação Nutricional
Porção: 150g (1/10 do bolo)
Nutriente
Por Porção
% VD*
Calorias
385 kcal
19%
Carboidratos Totais
62.5g
21%
Fibra Dietética
2.1g
8%
Açúcares
45.8g
92%
Proteínas
4.8g
10%
Gorduras Totais
13.2g
17%
Saturadas
4.2g
19%
Trans
0g
0%
Colesterol
65mg
22%
Sódio
185mg
8%
Potássio
180mg
4%
Cálcio
45mg
4%
Ferro
1.2mg
7%
Vitamina C
12mg
13%
*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)
Etiquetas Dietéticas
Vegetariano: Sem ingredientes de origem animal
Sem Lactose: Usa leite de coco
Com Fibras: Contribuição do abacaxi
Vitamina C: Fonte natural do abacaxi
Alertas & Alérgenos
Alto teor de açúcar – 46g por porção (92% VD)
Alta densidade calórica – Consumir com moderação
Contém glúten (farinha de trigo) e ovos
Insight: O abacaxi fornece bromelina, que auxilia na digestão, mas o alto açúcar pode anular este benefício
Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.
Passe o açúcar para uma panela funda e deixe em fogo baixo. Só isso. Sem mexer. Espere até derreter. Se você mexer agora, vai grudar.
Quando virar um líquido dourado, não marrom, não preto, desligue o fogo. Agora, devagar, acrescente a água morna. Vai ferver, vai soltar vapor, não se assuste.
Mexa com uma colher de pau até o caramelo ficar homogêneo. Despeje na forma de bolo, espalhando bem pelo fundo e pelas bordas. Deixe esfriar um pouco.
Disponha as fatias de abacaxi sobre o caramelo, formando um padrão. Se quiser, coloque uma cereja no centro de cada rodela. Não é obrigatório. Mas fica bonito.
Massa:
No liquidificador, coloque os ovos, o óleo, o leite de coco e o açúcar. Bata por uns 2 minutos, só até ficar homogêneo. Não precisa virar espuma.
Despeje a mistura em uma tigela grande. Agora, aos poucos, vá adicionando a farinha, mexendo com a colher. Não use batedeira aqui. É só para não empelotar.
Por último, adicione o fermento e a essência de abacaxi. Misture com cuidado, só até sumir o pó. Não mexa mais. O ar dentro da massa é o que vai fazer ela crescer.
Asse e desenforme:
Despeje a massa sobre as fatias de abacaxi. Não precisa alisar. Deixe como está.
Leve ao forno preaquecido a 180°C por 40 minutos. O tempo pode variar. Se a cor estiver dourada e o palito sair limpo, tá pronto.
Retire do forno e espere 5 minutos. Só 5. Depois, vire a forma sobre um prato grande. Se o caramelo não escorrer, não se desespere. Pode ser que esteja só um pouco mais espesso.
Se o bolo grudar, passe uma faca fina nas bordas. Se ainda não soltar, deixe mais 10 minutos. Nunca force. O caramelo vai se soltar, mas precisa de paciência.
Deixe esfriar um pouco. Não sirva quente. O caramelo ainda está líquido, e vai escorrer por todo o prato. Espere uns 20 minutos. Aí sim, é hora de cortar.
Esse bolo não é pra qualquer dia. É pra quando você quer se lembrar de como é bom esperar. De como o caramelo não perdoa distração, mas recompensa quem fica de olho. Daiane viu eu queimar a primeira vez e disse: “Você tá tentando fazer um bolo ou um incêndio?”, e eu respondi: “Tentando fazer um bolo que não parece feito por máquina.”
Se você já desistiu de bolos que viram bagunça na hora de desenformar, essa é a sua chance. Não precisa ser perfeito. Só precisa ser feito com calma. E se der errado? Aí você faz de novo. O abacaxi não te julga. O caramelo só quer ser respeitado. Comente aqui: qual foi o primeiro bolo que você fez e quase desistiu, mas depois voltou pra tentar de novo?
Quanto custa em calorias esse pecado?
Uma fatia generosa (1/10 do bolo) fica em torno de 385 kcal, conforme nossa tabela nutricional completa logo acima. Mas sério, quem vai contar calorias com um bolo desses na frente? A Daiane sempre fala "depois a gente compensa", e eu acredito nela!
Quanto tempo dura esse tesouro?
Em temperatura ambiente: 2 dias (se ninguém atacar antes). Na geladeira: até 5 dias, mas perde um pouco da textura. Dica: esquenta rapidinho no micro antes de servir que fica quase como novo.
Tá sem um ingrediente? Bora improvisar!
• Leite de coco: pode usar leite normal ou até iogurte natural • Essência de abacaxi: suco de abacaxi natural (2 colheres de sopa)
• Cerejas: uvas sem semente ou até pedacinhos de morango • Açúcar do caramelo: demerara ou mascavo, mas fica mais escuro
Os 3 pecados capitais do bolo invertido
1. Desespero no caramelo: quando colocar a água, ele vai "brigar" mas insista mexendo até homogeneizar. Já queimei um dedo tentando apressar isso! 2. Forma errada: só use forma com furo no meio se quiser um bolo estilo "coroa". Forma retangular fica top também. 3. Desenformar frio: o bolo gruda! Tem que ser ainda morno, mas cuidado pra não se queimar como eu na primeira vez.
Hacks que vão te fazer parecer um chef
• Passe um pouquinho de manteiga nas fatias de abacaxi antes de colocar no caramelo - elas não grudam na forma • Bata as claras em neve separadamente e misture no final: bolo mais fofinho!
• Teste se está assado com palito de dente: se sair limpo, já era. Não espere dourar muito!
Versões para todo mundo
Sem glúten: troca a farinha por mix sem glúten + 1 colher de sopa de chia Vegano: ovos por 3 colheres de linhaça hidratada + leite vegetal Low carb: adoçante culinário no lugar do açúcar + farinha de amêndoas (mas o abacaxi tem carboidrato, né?)
O que serve junto? Tudo!
• Café forte (combina demais com o doce do caramelo) • Sorvete de creme (o contraste quente/frio é divino)
• Um espumante doce se for ocasião especial • Chá de camomila pra quem prefere algo mais leve
Tá achando pouco? Inventa mais!
• Versão tropical: mistura manga e abacaxi na decoração • Bolo borboleta: faz metade com abacaxi, metade com pêssego em calda • Dose extra: rega com rum ou licor de coco depois de assado (só para adultos!)
O momento crítico: o caramelo
É aqui que 80% das pessoas (incluindo eu) já erraram. Quando o açúcar começa a derreter, NÃO MEXE! Deixa dissolver naturalmente. Só mexe depois que estiver todo líquido. E quando colocar a água, afasta o rosto - o vapor queima que é uma beleza. Aprendi isso depois de gritar "Ai!" na cozinha.
Se tudo der errado...
• Caramelo queimou? Faz de novo, não tenta salvar! • Bolo não cresceu? Corta em quadradinhos, monta em taças com chantilly e vira sobremesa gourmet
• Desenformou e quebrou? Coloca tudo num pote e vira "pudim de bolo" - ninguém vai notar a diferença
De onde veio essa maravilha?
O bolo invertido surgiu nos EUA nos anos 1920, durante a Grande Depressão. As frutas em calda eram baratas e o formato invertido disfarçava frutas não tão perfeitas. Genial, né? O de abacaxi ficou famoso nos anos 1950, quando as latas de abacaxi se popularizaram.
2 coisas que ninguém te conta
1. O bolo fica MELHOR no dia seguinte - o caramelo impregna melhor na massa 2. Você pode congelar por até 1 mês! Enrola bem em filme plástico e descongela naturalmente
Modo restaurante estrelado
• Usa abacaxi fresco grelhado rapidinho na chapa antes de por na forma • Finaliza com folhas de hortelã e raspas de limão siciliano
• Serve com calda extra de caramelo salgado (faz uma calda e acrescenta uma pitada de flor de sal)
Quer fazer gastando menos?
• Abacaxi em calda (aqueles de lata) no lugar do fresco • Óleo no lugar da manteiga (que já está na receita original, ótimo!)
• Cerejas? Pode pular ou usar aquelas de compota mesmo
Sabia que...
O abacaxi invertido não é só bonito - tem função! A fruta no fundo vira o topo depois, e como fica em contato direto com o caramelo, cria aquela textura úmida e grudenta que é a alma do bolo. Sem essa técnica, seria só um bolo comum de abacaxi.
O que mais casa com esse sabor?
Experimenta combinar com: • Queijo coalho grelhado (sim, sério!)
• Pimenta rosa (um toque só, fica surpreendente) • Gengibre cristalizado picado por cima
Perguntas que todo mundo faz
Pode usar abacaxi enlatado? Pode, mas escorra bem e seque com papel toalha. Por que meu caramelo cristalizou? Provavelmente mexeu antes da hora ou usou açúcar impuro. Posso fazer sem liquidificador? Claro! Bate os ingredientes líquidos com um fuet mesmo.
Já errei pra caramba, mas aprendi
Uma vez coloquei abacaxi demais e o centro do bolo não cozinhou direito - virou um vulcão de caramelo quando cortei. Outra vez esqueci o fermento (tristeza total). E a pior: desenformei quente demais e metade ficou na forma. Hoje rio, mas na hora chorei!
Esse bolo parece simples mas tem seus truques. Quando fizer, conta aqui nos comentários como foi sua experiência! Demorou muito? Ficou doce demais? Inventou alguma variação maluca? Quero saber tudo - até os desastres, porque são os que a gente mais aprende!
Continuando a onda de bolos que viram o jogo (literalmente!)
Depois do sucesso do bolo de abacaxi invertido que você acabou de ver, que tal explorar mais essa técnica maluca? Eu confesso: quando experimentei meu primeiro bolo invertido, quase bati palma sozinho na cozinha. Parece mágica aquela calda indo pro fundo da forma e voltando como cobertura!
E se você é do time que adora surpresas doces, tenho duas apostas infalíveis. Já pensou em fazer um bolo de banana nessa pegada? A fruta fica tão caramelizada que até parece doce de colher. Ou então se joga no bolo de churros invertido, que é basicamente uma armadilha para viciados em açúcar (eu me incluo nessa, sem vergonha!).
Vai me dizer que não tá com vontade agora de virar a próxima forma de bolo só pra ver aquele momento satisfatório? Aqui em casa virou vício, toda semana tem um novo sabor testado. E você, qual vai ser o seu próximo invertido?
Combinações que vão fazer seu bolo de abacaxi invertido brilhar ainda mais
Depois de preparar essa maravilha de sobremesa, que tal montar uma refeição completa que combine perfeitamente? Aqui vão nossas sugestões testadas e aprovadas - algumas até roubadas do caderninho de receitas da Dai!
Para começar com o pé direito
Bolinho de queijo: Crocantes por fora e macios por dentro, são o aperitivo perfeito para abrir o apetite sem roubar a cena da sobremesa.
Bruschetta de tomate seco: Um toque italiano leve que não pesa antes do prato principal. A acidez do tomate combina surpreendentemente bem com o doce do abacaxi.
Patê de ervas: Cremoso e fresco, ótimo para passar no pãozinho enquanto a família toda se reúne na cozinha.
Mini quiches de espinafre: Fáceis de fazer e sempre um sucesso aqui em casa. A Dai adora preparar para visitas.
Pratos principais que harmonizam
Frango grelhado com ervas: Leve e saboroso, deixa espaço para a estrela da noite - nosso bolo invertido!
Risoto de queijo brie: Cremoso sem ser pesado, com um toque sofisticado para ocasiões especiais.
Peixe assado com limão: A frescor do peixe combina divinamente com a doçura tropical da sobremesa.
Acompanhamentos que complementam
Arroz com amêndoas (aprenda aqui): Um clássico com textura crocante que sempre aparece nas nossas refeições de domingo.
Legumes grelhados: Coloridos, saudáveis e fáceis de preparar. Adoro fazer com abobrinha e berinjela.
Purê de batata-doce: Doce natural que não compete com a sobremesa, mas cria uma transição saborosa.
Bebidas que fazem sua refeição mais completa e sofisticada
Chá gelado de hortelã: Refrescante e sem açúcar, perfeito para limpar o paladar entre uma garfada e outra.
Limonada rosada: Um clássico com twist, a acidez corta a doçura do bolo na medida certa.
Suco de maracujá: Tropical e azedinho, combina com o tema abacaxi e ainda ajuda na digestão.
Água aromatizada com laranja e gengibre: Nossa opção detox favorita para quando queremos algo leve mas cheio de sabor.
E aí, qual combinação vai testar primeiro? Aqui em casa somos suspeitos para falar, mas a versão frango grelhado + legumes + limonada rosada é disparada a mais pedida! Conta pra gente nos comentários se alguma dessas sugestões conquistou sua família - ou se você criou sua própria combinação matadora!
Se você já entendeu que o bolo invertido não é só uma sobremesa, é um teste de paciência, então essas versões aqui são as que me fizeram parar de querer acertar e começar a aprender com o erro.
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou.Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.
2º. Vegano
Autor: VegTube
Vegano aqui não é substituir. É reinventar. Eu já usei leite de amêndoas e o caramelo não engrossou. Ficou como água doce. Aí descobri: só leite de coco integral, bem gelado, e um pouquinho de agar-agar, só um quarto de colher. O açúcar? Mascavo, derretido devagar, sem mexer. O segredo é deixar o caramelo escurecer só um pouco mais do que o normal, porque o abacaxi vai soltar água e diluir. Já fiz esse bolo pra uma amiga vegana que disse: “isso parece que a gente estava na praia, mas sem o sal no ar”. Acho que foi o maior elogio que já recebi.
3º. Sem glúten
Autor: Amor Pela Comida
Glúten não é o vilão. É o que segura. Eu já usei farinha de arroz e o bolo desmoronou como bolo de aniversário de 5 anos. Aí aprendi: só mistura de farinha de arroz com fécula de batata, 2:1, e uma colher de sopa de xantana. Mas o verdadeiro segredo? Não bata a massa. Misture. Devagar. Como se estivesse acariciando. O calor do forno vai fazer o resto. Já fiz esse bolo numa tarde de chuva, e a Daiane disse: “isso parece que a gente estava na casa da vó, mas sem a vó”. Talvez seja isso. O sabor não é diferente. É mais leve. E isso faz toda a diferença.
Caramelizado não é mais doce. É mais atento. Eu já deixei o fogo alto e o caramelo virou carvão. Aí descobri: só fogo baixo. E a panela? Tem que ser pesada. Aço inox, não alumínio. O açúcar tem que derreter como gelo. Se você olhar pro celular, ele queima. Se você se afastar por dois segundos, ele escurece. O segredo? Não mexa. Deixe ele sozinho. Quando ele começar a fumegar, é hora de tirar. Não espere a cor dourada. Espere a cor âmbar. E quando você desenforma e vê o abacaxi flutuando como se tivesse sido feito por um mago… é aí que você entende. Não é bolo. É reverência.
Ameixa aqui não é recheio. É contraponto. Eu já usei ameixas em calda e o bolo ficou com gosto de remédio. Aí aprendi: só ameixas secas, bem lavadas, e deixadas de molho em água quente por 10 minutos, só pra amolecer. Depois, escorridas. O abacaxi? Ele tem que ser fresco. O caramelo? Ele tem que ser bem escuro. Quando você corta e vê o abacaxi dourado, e as ameixas escuras, como se fossem olhos… é como se o bolo estivesse te olhando. Já comi esse bolo sozinho, às 11 da noite. A Daiane perguntou: “você tá triste?”. Eu respondi: “não. Só estou comendo memória”. Ela não falou mais nada.
Coco aqui não é cobertura. É textura. Eu já usei coco ralado torrado e o bolo ficou com gosto de fumaça. Aí descobri: só coco ralado cru, espalhado na massa, não na forma. O caramelo e o abacaxi já fazem o trabalho de sabor. O coco? Ele é o que dá o contraste. Quando você morde, é como se o doce estivesse falando e o coco respondesse com um sussurro. Já fiz esse bolo numa festa de fim de semana, e ninguém perguntou se era bom. Só comeram. E quando alguém perguntou: “o que é isso?”, eu respondi: “não sei. Mas não pare de comer”. Acho que foi a melhor resposta que já dei.
Forma de furo? Isso não é truque. É estratégia. O calor sobe, e o abacaxi precisa de um caminho. O furo no meio ajuda o vapor a sair, e o bolo não fica pesado no centro. Eu já usei uma forma redonda comum e o bolo ficou como pão de ló molhado. Aí aprendi: só forma de furo, e a massa tem que ser mais líquida. Menos farinha, mais leite. E o segredo? Deixe esfriar por 12 horas. Se desenformar antes, vira bagunça. Já fiz esse bolo pra uma amiga que não acreditava que dava certo. Ela viu o abacaxi subindo como se tivesse vida própria… e chorou. Não sei se foi pelo bolo. Talvez tenha sido pela paciência.
Aveia não é saudável. É honesta. Eu já usei farinha de aveia e o bolo ficou com gosto de grão cru. Aí descobri: só aveia em flocos, triturada no liquidificador até virar farinha. E o leite de coco? Tem que ser o de lata, bem espesso. O segredo? Não adicione açúcar extra. O abacaxi já dá. O caramelo? Ele tem que ser mais claro. Porque a aveia traz amargor. Quando você corta e vê o abacaxi dourado, e a massa com um tom de mel… é como se o bolo estivesse te lembrando que nem tudo precisa ser doce. Já comi esse bolo no café da manhã, com um chá de camomila. A Daiane disse: “isso parece que a gente estava na casa da vó, mas sem o cheiro de mofo”. Talvez seja isso.
Fit aqui não é sem açúcar. É sem ilusão. Eu já usei adoçante e o caramelo não caramelizou. Virou água salgada. Aí aprendi: só melado de cana. Ele é mais denso, mais escuro, e tem um sabor de terra. O abacaxi? Ele tem que ser bem maduro. E a massa? Só ovo, farinha de amêndoa e um pouquinho de bicarbonato. Nada de farinha. Nada de leite. O segredo? Deixe o caramelo esfriar um pouco antes de colocar o abacaxi. Se estiver quente demais, ele dissolve. Já fiz esse bolo pra um amigo que estava de dieta. Ele comeu um pedaço e disse: “isso não parece fit. Parece que a gente estava na praia, mas sem a areia nos pés”. Acho que foi o que o abacaxi quis dizer.
Pedacinhos na massa? Isso não é bolo invertido. É bolo desafiador. Eu já fiz com abacaxi fresco e o bolo afundou no meio. Aí descobri: só abacaxi em calda, bem escorrido, e cortado em cubinhos bem pequenos. E o caramelo? Ele tem que ser mais leve. Porque o abacaxi vai soltar água. O segredo? Coloque os pedacinhos depois da massa. Não misture. Despeje a massa por cima. Assim, eles flutuam. Quando você corta e vê os pedacinhos de abacaxi como se fossem estrelas dentro do caramelo… é como se o bolo estivesse contando uma história. Já fiz esse bolo numa noite de lua cheia. A Daiane disse: “isso parece que a gente estava na casa da vó, mas sem a vó”. Talvez seja isso.
E aí, qual vai ser a primeira a ser experimentada? Não foque em perfeição. Só precisa ter a sua personalidade. Se transformar alguma sugestão em prato, me conta aqui nos comentários, especialmente se der errado. Porque os erros, às vezes, são os que mais nos ensinam.
O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.
Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.
Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?
Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.
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