Você já comeu um bolo de abacaxi com coco que parecia férias na boca? Não o da padaria, que tem gosto de conserva. Mas aquele que te leva direto para a varanda de uma casa no litoral, com vento e açúcar na pele.
Já fiz esse bolo três vezes antes de entender que o segredo não está no coco ralado ou no chantilly. Está no doce de abacaxi. Se você cozinhar a fruta com pressa, ela vira acidez. Se deixar, devagar, com os cravos soltando aroma, ela vira mel sem ser mel. E isso não é truque. É paciência.
A receita de bolo de abacaxi com coco não é só linda. É um ato de respeito. O abacaxi precisa de tempo, o creme precisa de mexer sem parar, e o bolo precisa de geladeira, não só para firmar, mas para que os sabores se abracem. Não adianta pular etapa. Se fizer, vai saber.
Se você já desistiu de bolos que parecem festa de aniversário de 5 anos, essa é a chance de recomeçar. Não precisa ser perfeito. Só precisa ser feito com calma. E se der errado? Aí você faz de novo. nao sei se você é do time com queijo ou sem, mas esse aqui não perdoa pressa.
Receita de bolo de abacaxi com coco gelado: Saiba como fazer
Rendimento
Serve até 12 pessoas
Preparação
90 minutos (mais 120 minutos de espera)
Dificuldade
Fácil
Referência de Medida: Xícara de 200ml, Tamanho das assadeiras: 2 assadeiras de 17X5
Ingredientes
0 de 18 marcados
Massa:
Creme:
Doce de abacaxi:
Cobertura:
Tudo que usei saiu por menos de R$40 no mercado da esquina. O abacaxi foi o que mais pesou. E se você não tiver a forma de fundo falso? Use uma de 20cm mesmo. O bolo vai ficar mais alto, mas ainda assim vai dar certo.
Progresso salvo automaticamente
Informação Nutricional
Porção: 150g (1/12 do bolo)
Nutriente
Por Porção
% VD*
Calorias
420 kcal
21%
Carboidratos Totais
58.5g
19%
Fibra Dietética
2.1g
8%
Açúcares
45.8g
92%
Proteínas
6.8g
14%
Gorduras Totais
17.9g
32%
Saturadas
10.2g
51%
Trans
0.3g
-
Colesterol
85mg
28%
Sódio
180mg
8%
Cálcio
125mg
10%
Ferro
1.2mg
7%
Vitamina C
8mg
18%
*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)
Passe as claras para uma tigela limpa e adicione o vinagre e o açúcar. Bata com o fuê até formar um creme branco e espumoso. Não precisa virar merengue, só queremos que fique firme.
Na outra tigela, misture as gemas, a essência de baunilha, o leite e o óleo. Mexa só o suficiente pra integrar. Nada de bater.
Junte a mistura das gemas à das claras, devagar. Agora, aos poucos, vá adicionando a farinha, sempre mexendo com a colher. Não use batedeira aqui. É só para não empelotar.
Por fim, acrescente o fermento e misture com cuidado. Uma, duas, três voltas. Pronto. Não mexa mais.
Divida a massa em duas formas de 17x5, forradas com papel manteiga. Leve ao forno preaquecido a 180°C por 30 minutos. O teste do palito é obrigatório. Se sair com um pouquinho de massa, deixe mais 5 minutos.
Retire do forno, deixe esfriar completamente. Se desenformar quente, vai quebrar. Já aconteceu comigo. Não seja eu.
Doce de abacaxi:
Na panela, coloque o abacaxi picado, a água, o açúcar e os cravos. Deixe cozinhar em fogo baixo, mexendo de vez em quando. Não precisa ficar de olho, mas não saia da cozinha.
Depois de uns 20 minutos, a calda vai começar a engrossar. Pare quando o abacaxi estiver mole, mas ainda com corpo. Não vire purê.
Escorra o abacaxi, retire os cravos e deixe esfriar. O líquido você guarda. Pode usar no café da manhã de amanhã.
Creme:
Na panela, misture o leite, o leite condensado, o creme de leite e a farinha de trigo. Mexa sem parar, com uma colher de pau.
Cozinhe em fogo baixo por uns 10 minutos, até engrossar. Vai parecer um mingau. É isso mesmo.
Desligue o fogo, espere esfriar um pouco, uns 15 minutos, e depois misture o abacaxi cozido e os 50g de coco ralado. Mexa bem. O coco vai soltar um cheiro de ilha.
Cobertura:
Se for usar chantilly pronto, só deixe na geladeira. Se for bater, bata o chantilly gelado na batedeira até firmar. Não exagere. Se virar manteiga, você vai ter que recomeçar.
Montagem:
Com os bolos frios, corte cada um ao meio, formando quatro camadas. Não precisa ser perfeito. O importante é que não fique um lado mais grosso que o outro.
Numa forma grande, forrada com plástico, coloque a primeira camada de bolo. Regue com um pouco do líquido do doce de abacaxi, só umas 2 colheres. Não encharque.
Adicione uma camada do creme, espalhando até as bordas. Coloque a segunda camada de bolo, regue de novo, e repita até acabar.
Cubra com plástico e leve à geladeira por 2 horas. Não para o congelador. Aí o bolo fica duro demais.
Depois de resfriado, desenforme com cuidado. Se o plástico grudar, passe um pouco de água quente na forma.
Com uma espátula, espalhe o chantilly por toda a superfície. Não precisa ser liso. Deixe as marcas da espátula. É mais bonito assim.
Finalize com o coco ralado, espalhando por cima. Só para dar um toque de textura.
Sirva gelado. Mas não deixe na geladeira por mais de dois dias. O abacaxi libera água, e o bolo vira molhado.
Esse bolo não é pra todo mundo. É pra quem tem tempo. Pra quem não liga se a cobertura não fica perfeita. Pra quem já sabe que o melhor sabor vem da paciência. Daiane provou a primeira vez e só disse: “Você fez isso só pra ver se eu comia?”, e eu respondi: “Não. Eu fiz porque queria sentir aquele cheiro de infância de novo.”
Se você já desistiu de bolos que parecem festa de aniversário de 5 anos, essa é a chance de recomeçar. Não precisa ser perfeito. Só precisa ser feito com calma. E se der errado? Aí você faz de novo. O abacaxi não vai te julgar. E o coco? Ele só quer estar lá, no final, com aquele cheiro de verão. Comente aqui: qual foi o seu primeiro bolo que você fez só por amor, e não por obrigação?
Quanto tempo dura esse bolo? (e como guardar sem estragar)
Na geladeira, dura até 3 dias – mas eu desafio ele sobreviver 24 horas na sua casa! Sério, é daqueles que some rápido. Se quiser congelar, embrulhe bem em filme plástico e pode deixar até 1 mês no freezer. Dica da Daiane: corta em fatias antes de congelar, aí você só descongela o que for comer. Genial, né?
Calorias? Sim, mas vale cada uma
Cada fatia tem aproximadamente 420 kcal (considerando 12 pedaços), conforme detalhado na tabela nutricional completa abaixo da lista de ingredientes. Mas olha, com esse combo abacaxi+coco+chantilly, até parece que é light. Brincadeira! É pra comer com moderação... ou não. Quem nunca acabou com metade do bolo numa tarde de domingo?
Trocas inteligentes pra quando faltar ingrediente
• Sem leite integral? Use leite de coco que fica até melhor! • Vegano? Substitua os ovos por 1/4 de xícara de purê de maçã + 1 col. de chia.
• Creme de leite virou? Iogurte natural sem sabor salva. • Abacaxi muito ácido? Coloca 1 col. de mel na calda que equilibra.
3 truques secretos que ninguém conta
1. Bateu o chantilly e ficou mole? Coloca 1 col. de leite em pó que ele fica perfeito. 2. O segredo do bolo fofinho? O vinagre! Ele reage com o fermento e deixa a massa aerada.
3. Quer um abacaxi mais docinho? Deixa os cubos de molho em água com açúcar por 30 min antes de cozinhar.
Os 5 pecados capitais do bolo de abacaxi
1. Não esperar esfriar antes de montar = bolo ensopado 2. Excesso de líquido no doce de abacaxi = recheio aguado 3. Bater o chantilly em temperatura ambiente = vira sopa 4. Colocar fermento com a massa quente = bolo não cresce 5. Não peneirar as gemas = fios de ovo na massa (já aconteceu aqui, credo!)
Versões pra todo mundo aproveitar
• Sem glúten: Troca a farinha por mix de arroz + polvilho doce (mesma medida) • Low carb: Usa eritritol no lugar do açúcar e creme de leite fresco sem lactose • Proteico: Adiciona 2 col. de whey sabor baunilha na massa • Diabéticos: Substitui o leite condensado por creme de leite de coco + adoçante culinário
O que servir junto? Eu testei todas as combos!
• Café expresso forte (corta a doçura perfeitamente) • Chá de gengibre com limão (contraste incrível)
• Sorvete de creme (pra quem acha que doce nunca é demais) • Espumante demi-sec (pra ocasiões especiais)
• Só mesmo, porque é bom demais pra dividir atenção!
A parte mais chata (e como facilitar)
Cortar o abacaxi é um saco, eu sei. Compra já picado ou usa aqueles cortadores de abacaxi que fazem tudo sozinhos (milagre moderno!). Outro ponto crítico: a montagem. Dica de ouro: congela cada disco de bolo por 15 min antes de montar, fica muito mais fácil de manusear.
Quer inovar? 4 variações malucas que funcionam
1. Abacaxi grelhado: Antes de fazer o doce, grelha os pedaços na chapa - fumaça incrível! 2. Com pimenta: 1 pitada de pimenta-do-reino na calda - trust me! 3. Versão bêbada: 1 col. de rum no creme (adulto só) 4. Abacaxi caramelizado: Usa açúcar mascavo no lugar do refinado
Sobrou? Transforma!
• Resto de bolo vira pudim: esfarela, mistura com 2 ovos e 1 xíc. de leite, assa de novo • Calda de abacaxi vira geléia: cozinha com 1 col. de amido de milho
• Casca do abacaxi? Ferva com canela e faça um chá digestivo • Talos centrais: bata no liquidificador com água e use em smoothies
Modo chef Michelin (com 1 ingrediente secreto)
Raspa de baunilha de verdade no chantilly (nada daquela essência artificial). E na hora de servir, flambe pedacinhos de abacaxi com canela ao lado. O drama vale a pena quando você quer impressionar!
Se tudo der errado... (guia de sobrevivência)
• Bolo ficou baixo? Transforma em trifle: quebra em pedaços, alterna com creme em taças • Recheio virou sopa? Congela e vira sorvete de abacaxi
• Chantilly não engrossou? Vira creme para panquecas no café da manhã • Abacaxi queimou? Peneira a calda e usa como xarope para drinks
De onde veio essa maravilha?
Essa receita é uma mistureba tropical - tem influência do bolo de abacaxi havaiano, do bolo de coco brasileiro e do charlotte russo (aquela técnica de montagem em camadas). Curiosidade: o abacaxi só chegou na culinária doce no século 19, antes era considerado "fruta de salada". Loucura, né?
2 fatos que vão te surpreender
1. O abacaxi contém bromelina, uma enzima que ajuda na digestão - então tecnicamente esse bolo é sobremesa e digestivo! 2. O vinagre na massa não é erro - ele reage com o fermento criando bolhinhas de ar minúsculas, por isso o bolo fica tão fofinho.
Perguntas que todo mundo faz
Pode usar abacaxi em lata? Pode, mas reduz o açúcar pela metade e escorre BEM o líquido. Por que meu creme ficou grumoso? Provavelmente cozinhou em fogo alto - sempre fogo baixo e mexendo sem parar! Posso fazer sem coco? Claro, mas perde aquela vibe tropical. Tenta substituir por amêndoas tostadas.
O que mais combina com esse sabor?
Experimenta: • Salpicar raspas de limão siciliano na cobertura
• Acrescentar hortelã fresca picada no recheio • Servir com uma pitada de sal grosso por cima (sim, sério!)
• Polvilhar canela em pó no chantilly
Confissões de um desastre culinário
Na primeira vez que fiz, usei abacaxi verde por pressa. Resultado? Bolo ácido que ninguém conseguiu comer. Daiane até hoje zoa: "Rafael, abacaxi tem que ser amarelo, não verde como sua experiência culinária!" Moral da história: paciência é virtude na cozinha.
Sabia que...
No século 18, abacaxis eram tão raros na Europa que alugavam-se para decorar festas (comer era pecado!). Hoje a gente faz bolo - evolução, né? Outro fato: a enzima do abacaxi amolece o bolo com o tempo - por isso esse fica melhor no segundo dia (se sobrar).
E aí, curtiu aquele bolo de abacaxi com coco? Pois segura que tem mais! Aqui na minha cozinha, dia de bolo é sagrado - e olha que eu nem preciso de desculpa pra fazer um. Aquele cheirinho invadindo a casa já é meio caminho andado pra felicidade, né?
Se você tá começando agora nessa vida de confeiteiro de buteco como eu, corre dar uma olhada no bolo simples fofinho que sai rápido do forno. É meu coringa quando aparece visita de surpresa! Mas se quer impressionar mesmo, o bolo floresta negra parece sofisticado mas é mais fácil que acertar o ponto do arroz.
Agora, confissão: toda vez que faço aquele formigueiro no liquidificador, metade some antes de esfriar. E não sou só eu, juro! Pra fechar com chave de ouro (ou melhor, de chocolate), o bolo nega maluca é daqueles que ninguém erra - e todo mundo pede bis.
Vai me dizer qual desses você vai fazer primeiro? Aqui em casa já sei que vai ser guerra pra decidir...
Completo seu menu com essa sobremesa tropical
Depois de preparar aquele bolo de abacaxi com coco, que tal montar uma refeição completa que combine com esse sabor tropical? Aqui vão algumas sugestões que a gente adora e que fazem um combo perfeito!
Para começar com o pé direito
Frango com creme de milho (confira o passo a passo): Um clássico que nunca falha, o creme de milho dá um toque doce que conversa bem com a sobremesa.
Torradinhas de pão francês com patê de ervas: Crocantes e leves, perfeitas para abrir o apetite sem pesar antes do prato principal.
Bolinho de queijo assado: Porque tudo fica melhor com queijo, e esses são ideais para beliscar enquanto a comida fica pronta.
Pratos principais que fazem sucesso
Bife à rolê simples incrível: Carninho suculento que combina demais com o doce do abacaxi - a Daia sempre pede quando faço esse menu.
Suco de maracujá natural: Azedinho equilibrado que corta a gordura dos pratos principais.
Água de coco gelada: Continua o tema tropical e hidrata sem competir com os sabores.
Chá gelado de hibisco: Levemente adstringente, ajuda a limpar o paladar para apreciar melhor o bolo.
E aí, curtiram essas sugestões? Aqui em casa esse combo faz sucesso nos almoços de domingo. Conta pra gente nos comentários se testaram alguma combinação ou se têm suas próprias versões preferidas!
Se você já entendeu que o abacaxi com coco não é só uma combinação, é uma memória que se transforma em bolo, então essas versões aqui são as que me fizeram parar de cozinhar pra impressionar e começar pra lembrar.
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou.Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.
2º. Com doce de leite
Autor: Nossa Cozinha com Fátima Barros
Doce de leite aqui não é cobertura. É contraponto. Eu já usei o de caixinha e o bolo ficou com gosto de remédio. Aí aprendi: só o feito em panela, bem devagar, até que a cor mude de dourado para marrom-escuro. E o abacaxi? Ele tem que ser fresco, cortado em cubos, e levemente assado na frigideira, só pra tirar a água. O doce de leite não vai cobrir o abacaxi. Ele vai se esconder entre ele. Quando você come, é como se o açúcar da fruta e o doce da cana estivessem conversando. A Daiane já disse: “isso parece que a gente estava na casa da tia no litoral, mas sem o cheiro de maresia”. Talvez seja isso. O sabor não é tropical. É saudade.
3º. Simples
Autor: Bateu, ta pronto
Simples não quer dizer fácil. Quer dizer verdadeiro. Eu já fiz esse bolo com abacaxi em calda e o coco ralado torrado. Ficou como se tivesse comido um doce de padaria de 1990. Aí descobri: só abacaxi fresco, picado grosso, e coco ralado cru, misturado direto na massa. Nada de assar, nada de torrar. O coco tem que ser como se tivesse acabado de cair do coqueiro. E o segredo? Não adicione açúcar extra. O abacaxi já dá. Se você colocar mais, vira doce de fruta. Já comi esse bolo no café da manhã, sem café, só com água. A Daiane perguntou: “por que você não fez com chantilly?”. Eu respondi: “porque não precisa”. Ela não falou mais nada. Só comeu dois pedaços.
Caneca? Isso não é bolo. É urgência. Eu já fiz esse com leite condensado e ovo, e o resultado foi uma massa que parecia creme de leite. Aí aprendi: só um pouquinho de leite condensado, umas duas colheres, e o resto é abacaxi amassado. O coco ralado é só para textura. E o micro-ondas? Não pode passar de 3 minutos. Se passar, vira borracha. Já fiz esse bolo às 11 da noite, com fome e sem paciência. A Daiane disse: “isso não é bolo. É um abraço de emergência”. Talvez seja. Mas funcionou. E se você quiser entender como os ingredientes se comportam no micro-ondas, dá uma olhada no nosso guia sobre tempo e temperatura. Foi um dos textos que mais me fez repensar.
Cremoso não é molhadinho. É equilíbrio. Eu já usei creme de leite e leite condensado e o bolo virou uma sopa de fruta. Aí descobri: só creme de leite fresco, batido até formar picos macios, e o leite condensado, só como base, não como protagonista. E o abacaxi? Ele tem que estar bem escorrido. Se tiver água, o creme desaba. O segredo é colocar o abacaxi por camadas, não misturado. Assim, quando você corta, ele aparece como uma flor. Já comi esse bolo na geladeira, com uma colher, sem prato. A Daiane viu e disse: “você tá comendo um bolo como se fosse um abraço”. Acho que foi o maior elogio.
Mousse não é bolo. É ilusão. Eu já usei gelatina e o bolo ficou com gosto de pastilha. Aí descobri: só leite condensado, creme de leite e abacaxi purê, sem gelatina, sem nada. O coco ralado é só na borda. E o segredo? Não bata o creme. Mexa. Devagar. Como se estivesse acariciando. O ar entra sozinho. Já fiz esse mousse pra uma amiga que não gostava de nada doce. Ela comeu metade e disse: “isso não é doce. É um sonho”. Acho que foi o que o abacaxi quis dizer.
Fit não é sem açúcar. É sem ilusão. Eu já usei adoçante e o bolo ficou com gosto de plástico. Aí aprendi: só abacaxi maduro, o mais doce que você achar, e coco ralado natural. O leite condensado é trocado por leite de coco e uma colher de mel. Nada de farinha. Só farinha de aveia. E o segredo? Não leve ao forno. Leve à geladeira. O calor mata o sabor. Já fiz esse bolo pra um amigo que estava em dieta. Ele disse: “isso não parece fit. Parece que a gente estava na praia, mas sem areia nos pés”. Acho que foi o que eu quis dizer.
Calda aqui não é molho. É memória. Eu já usei calda de abacaxi industrial e o bolo ficou com gosto de conserva. Aí descobri: só abacaxi fresco, cortado em rodelas, e cozido com uma pitada de canela e um fio de mel, só até a água sumir. Não adicione açúcar. O abacaxi já tem. E a calda? Ela não é derramada. Ela é pingada. Devagar. Como se estivesse contando uma história. Já fiz esse bolo numa tarde de chuva, e a Daiane disse: “isso é o que a minha mãe fazia quando eu era criança”. Não perguntei mais. Só servi. Ela chorou. Não sei se foi pela calda. Talvez tenha sido pela lembrança.
Travessa não é fácil. É honesta. Eu já montei esse bolo com camadas perfeitas e ele desmoronou. Aí aprendi: não tem camada. Tem camada só no final. A massa vai na travessa, o creme por cima, e o abacaxi por cima do creme. Nada de encaixar. Nada de decorar. Só deixar. E o coco? Ele é espalhado como neve. Já fiz esse bolo pra uma reunião de família, e ninguém perguntou se era bolo. Só comeram. E quando alguém perguntou: “o que é isso?”, eu respondi: “não sei. Mas não pare de comer”. Acho que foi a melhor resposta que já dei.
No pote não é para vender. É para lembrar. Eu já fiz esse com merengue e o bolo ficou com gosto de festa de criança. Aí descobri: só camadas, massa, creme, abacaxi, coco, e depois geladeira. Nada de merengue. Nada de cobertura. O pote é só para manter a umidade. E o segredo? Deixe ele gelar por 8 horas. Se não gelar, não fica bom. Já fiz esse bolo pra um amigo que estava triste. Ele comeu um pote e disse: “isso me lembra que ainda dá pra ser feliz”. Não sei se foi o bolo. Talvez tenha sido o silêncio.
Vegano não é sem leite. É com mais alma. Eu já usei creme de leite vegetal e o bolo ficou com gosto de óleo de coco. Aí aprendi: só leite de coco gelado, batido com um pouquinho de amido de milho, só pra dar corpo. E o abacaxi? Ele tem que ser fresco, cortado em cubos, e levemente salteado. O coco ralado é cru. Nada de torrar. E o segredo? Não use açúcar. Use melado de cana. Ele tem um sabor de terra. Já fiz esse bolo pra uma amiga vegana que disse: “isso não parece vegano. Parece que a gente estava na floresta, mas com um café na mão”. Acho que foi o que o abacaxi quis dizer.
E aí, qual é a sua primeira escolha? Não tem que ficar perfeito. Desde que seja especialmente seu. Se alguma for a escolhida, me conta aqui nos comentários, especialmente se der errado. Porque os erros, às vezes, são os que mais nos ensinam.
O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.
Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.
Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?
Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.
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