Salada Sunomono ou Pepino Japonês Agridoce

Aprenda a fazer em casa a entrada típica dos restaurantes japoneses. Super leve e com um sabor único.
Salada Sunomono ou Pepino Japonês Agridoce
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Eu quase fui expulso da cozinha da Daiane por causa de um pepino. Tentei fazer essa salada japonesa pela primeira vez e exagerei no vinagre, ficou intragável. Ela riu tanto que até o Titan saiu de fininho, e olha que bulldog francês nem liga pra comida ácida.

Depois de estudar a técnica em cursos de culinária oriental, descobri que o segredo tá no equilíbrio entre o sal que desidrata e o açúcar que suaviza. O vinagre de arroz é nobre mesmo, não é frescura, ele tem acidez mais delicada que não domina o sabor do pepino. Quando você acerta o ponto, o sunomono ou pepino japonês agridoce vira uma explosão de frescor.

Hoje faço toda semana, especialmente no calor. É aquele acompanhamento que salva qualquer jantar mais pesado. Quer aprender a fazer sem passar pelo meu constrangimento inicial? O passo a passo tá aqui embaixo, é mais simples do que parece e o resultado vai te surpreender.

Receita De Sunomono ou Pepino Japonês Agridoce: Saiba Como Fazer

Rendimento
2 porções
Preparo
30 min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

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Essa salada sai por uns R$5 no máximo. O vinagre de arroz é o que mais pesa no custo, mas dura bastante. Já tentei com vinagre branco comum e fica muito ácido, então vale o investimento.

Progresso salvo automaticamente

Modo de preparo

Fazendo o molho:

  1. Pega uma panelinha pequena e coloca o vinagre de arroz com o açúcar. Leva em fogo baixo e fica mexendo até dissolver tudo.
  2. Quando começar a formar umas bolhinhas na borda, desliga. Não precisa ferver muito, só aquecer mesmo. Deixa esfriar completamente enquanto você cuida do pepino.

Se o açúcar não dissolver totalmente, tranquilo. O importante é que a maioria derreta. Já me preocupei com isso no começo e era bobagem.

Preparando o pepino:

  1. Corta o pepino em fatias bem fininhas. Pode ser com faca mesmo, mas se tiver um fatiador ajuda bastante. Quanto mais fino, mais crocante fica.
  2. Coloca num recipiente e joga o sal por cima. Mexe bem com as mãos, fazendo massagem mesmo. Vai ver que ele começa a soltar água quase na hora.
  3. Deixa descansar por 15 minutos. Esse tempo é importante pra tirar o excesso de água e deixar mais crocante.
  4. Lava bem em água corrente pra tirar todo o sal. Escorre numa peneira e aperta com as mãos pra sair mais água ainda.
  5. Coloca num bowl com papel toalha e dá mais uma mexida. O papel absorve a umidade que sobrou.

Montando e servindo:

  1. Coloca o pepino no prato que vai servir, joga o molho frio por cima e finaliza com o gergelim.
  2. Leva pra geladeira por pelo menos uma hora antes de servir. Fica bem melhor geladinho, a textura fica mais crocante também.

Se quiser fazer com antecedência, deixa até um dia na geladeira. Só coloca o gergelim na hora de servir pra não amolecer.

Essa salada virou meu salva-vidas nos jantares de última hora. É leve, refrescante e combina com praticamente qualquer prato principal. A Daiane que não era muito fã de pepino agora pede sempre que faço um yakisoba ou algo mais pesado.

E aí, curtiu o sunomono? Já tinha experimentado antes? Se fez em casa, conta aqui nos comentários como ficou o seu! Também vale dar uma olhada no molho tarê agridoce e no arroz japonês gohan pra completar sua refeição oriental.

Vai fazer o Sunomono? Essas dicas vão transformar sua experiência!

Quanto tempo dura e como guardar direito

Essa salada aguenta bem na geladeira, coloca num pote de vidro fechadinho, garantindo que o pepino fique totalmente mergulhado no caldo. Dura até 7 dias tranquilo, mas aqui em casa nunca passa de 3 porque a Daiane adora e vai comendo como petisco.

Já tentei congelar uma vez, pra ver se dava pra fazer em maior quantidade... não dá certo, o pepino vira uma geleia mole quando descongela. Melhor fazer fresco mesmo.

Os 3 erros que quase todo mundo comete (eu incluído)

Olha, já errei tanto essa receita que poderia dar aula do que não fazer. O primeiro grande erro é não lavar bem o pepino depois de salgar. Se ficar salgado, já era, fica intragável.

O segundo: usar vinagre comum sem ajustar. Já fiz com vinagre branco e nossa, parecia que estava comendo limão puro. E o terceiro erro, que a Daiane sempre me cobra: não deixar tempo suficiente na geladeira. Uma horinha no mínimo, sério, faz diferença na crocância.

Trocas inteligentes para quando falta ingrediente

Se não achou vinagre de arroz, dá pra usar o de maçã, mas coloca só 2 colheres em vez de 3 e acrescenta uma colher de água. Fica bom também, só fica um pouquinho mais adocicado.

Pepino japonês não tem? O comum resolve, mas tira as sementes com uma colher antes de fatiar. E sobre o gergelim, o branco funciona perfeitamente, só que o preto dá um visual mais elegante, eu sempre misturo os dois quando tenho.

Versões para diferentes dietas

Para low carb: troca o açúcar por eritritol ou outro adoçante que aguente calor. Fica quase igual, só testa a quantidade porque alguns adoçantes são mais doces.

Se quiser sem glúten: já é naturalmente sem glúten, mas confere o vinagre, alguns de maçã podem ter malte de cevada. E para veganos: já é vegana por natureza, então pode comemorar!

Hacks que ninguém te conta

Pega essa dica de ouro: depois de lavar o pepino salgado, enrola numa toalha de papel e dá uma apertada. Sai ainda mais água e fica super crocante. A Daiane ri porque eu faço com uma certa raiva, mas funciona demais.

Outra: se não tem fatiador, usa o ralador de queijo do lado que fatiaria o queijo. Fica perfeito, sério. E se quiser acelerar o resfriamento do molho, coloca a panelinha em um bowl com água gelada, em 5 minutos tá frio.

A parte mais crítica: o ponto do molho

O segredo tá em não ferver o vinagre com açúcar, só esquentar até formar bolhinhas nas bordas e desligar. Se ferver muito, o vinagre evapora e fica mais concentrado, aí o ácido domina tudo.

E não se preocupe se não dissolver todo o açúcar, o que importa é a maioria derreter. Depois que esfriar, ele se dissolve naturalmente. Já me estressei com isso à toa no começo.

Quer inovar? Tenta essas variações

Adiciona cenoura ralada junto com o pepino, fica lindo e acrescenta um docinho natural. Ou então coloca aquela massa transparente japonesa, o harussame, que fica uma textura incrível.

Minha favorita: umas fatias bem finas de gengibre no molho. Dá um kick que combina demais. E se quiser proteína, kani kama desfiado é clássico, a Daiane ama dessa forma.

O que servir junto? Combinações que funcionam

Esse sunomono é perfeito para limpar o paladar entre um prato e outro. Fica incrível com arroz japonês gohan e peixes grelhados, ou como entrada antes de um yakisoba.

Também adoro servir com o molho tarê agridoce para quem gosta de sabores mais complexos. E para beber, um chá verde gelado ou até uma cerveja leve, corta a gordura de pratos mais pesados.

Modo economia: como fazer gastando menos

O vinagre de arroz é o que mais pesa no bolso, mas dura meses na despensa. Compra o maior que encontrar, sai mais em conta a longo prazo.

Pepino comum é mais barato que o japonês e funciona quase igual, só tira as sementes. E o gergelim? Compra a granel, é bem mais barato que os potinhos. Aqui em SP encontro em casas de produtos orientais por metade do preço.

Como deixar chique para convidados

Usa um aro de montagem para servir, fica com cara de restaurante fino. Finaliza com cebolinha picada bem fina e um fio de óleo de gergelim torrado na hora.

Outro toque: decora o prato com algumas folhas de shiso se encontrar, ou então com aquelas florinhas comestíveis. A última vez que fiz assim, a Daiane tirou foto para o Instagram antes de deixar eu servir.

Dois usos que ninguém imagina

Já experimentou colocar no sanduíche? No lugar de picles, fica incrível, especialmente em burgers com carne mais gordurosa. O ácido corta a gordura perfeitamente.

E aqui em casa descobrimos por acidente: serve como "tira-gosto" saudável. Deixamos um potinho na geladeira e vamos beliscando durante o dia. É melhor que ficar comendo biscoito, e a Daiane aprova total.

De onde vem essa receita?

Sunomono significa literalmente "coisa de vinagre" em japonês. É um dos acompanhamentos mais tradicionais no Japão, servido para limpar o paladar entre diferentes pratos.

Interessante que cada região tem sua variação, algumas usam algas, outras incluem frutos do mar. A versão com pepino é das mais populares porque é barata e fácil de fazer. Segundo o chef Namiko Chen do Just One Cookbook, a técnica de salgar antes é crucial para a textura perfeita.

Perguntas que sempre me fazem

Pode fazer com antecedência? Pode, sim, até 24 horas antes. Só deixa o gergelim para colocar na hora de servir.

Por que o meu ficou aguado? Provavelmente não deixou tempo suficiente com o sal, ou não apertou bem para tirar a água. Ou então não lavou direito o sal depois.

Dá para usar outros vegetais? Dá, sim! Cenoura, rabanete e até cebola roxa ficam ótimos. Só ajusta o tempo de salgado, vegetais mais duros precisam de mais tempo.

E aí, curtiu essas dicas? Já fez sunomono em casa? Conta aqui nos comentários o que achou da experiência, eu leio todos pessoalmente! E se tiver alguma dica diferente que funciona na sua casa, compartilha com a gente.

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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