Esta receita não precisa ser a mesma sempre
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.
2º. Fit
Autor: Canal Lumiartes
Fit não significa sem sabor. Só significa sem escondidinho. Essa versão usa só o que o inhame já tem: doçura natural, textura densa, e um pouco de água do cozimento pra dar corpo. Nada de leite, nada de manteiga. Mas você vai notar: o purê não fica seco. Fica… mais verdadeiro. Já fiz assim numa quarta-feira de preguiça. A Daiane comeu sem falar nada, e depois pediu pra fazer de novo. Acho que foi o maior elogio que já recebi.
Se você acha que purê fit é coisa de dieta, essa vai te mostrar que é coisa de sabor.
3º. Com cebolinha
Autor: Receitas sem Blá Blá Blá
Cebolinha no purê? Parece brincadeira. Mas o que ela faz não é só dar cor. É dar ar. Um frescor que corta a densidade do inhame, sem matar o doce. O segredo? Não cozinhe ela. Jogue crua, picadinha, no final. Mexa só um pouco. Se você aquecer, ela vira nada. Já vi isso. Ficou com gosto de alho queimado. Pior que o inhame.
É o tipo de toque que você não nota… até que acaba o prato e fica pensando: “por que isso tá tão bom?”
Tahine com inhame? Isso é o que os chefs fazem quando querem que a criança coma sem perceber. O gergelim traz um amargo suave, quase terroso, que equilibra a doçura do inhame. E a textura? É como se o creme tivesse ganhado um veludo. Mas atenção: use o tahine puro. O industrializado tem açúcar e sal, e estraga tudo.
Eu já fiz pra um sobrinho que só comia arroz. Ele comeu. Sem reclamar. E pediu mais. Talvez tenha sido sorte. Ou talvez o tahine tenha feito magia.
Leite de coco não é só pra doces. Ele é um aliado silencioso. Dá cremosidade sem pesar, e um leve toque de tropical que faz o inhame parecer mais leve. Mas não pode ser o de caixinha. Tem gosto de plástico. Use o de lata, o mais natural. E aqueça junto com o inhame, não coloque frio. Se não, o creme fica com gosto de mistura errada.
Numa noite dessas, o Titan ficou olhando pro prato. Nunca fez isso. Acho que ele sentiu que era diferente. Não melhor. Só… mais calmo.
Salsão no purê? Eu pensei que era só pra salada. Mas quando cozinhei junto com o inhame, descobri que ele dá um sabor de terra, de raiz, que faz o creme parecer mais profundo. Não é forte. É como se o inhame tivesse um irmão mais sério. O segredo? Cozinhe o salsão com o inhame. Não depois. Juntos. E use só os talos. As folhas? Elas amargam. Já tentei. Foi um desastre.
É o tipo de combinação que você não espera… mas que depois de provar, não consegue mais esquecer.
Creme de leite caseiro? É trabalho. Mas é o tipo de trabalho que vale. O purê fica com uma textura que parece feita em restaurante, não por causa do creme, mas por causa da calma. Você não põe o creme direto. Aquece o leite, deixa esfriar, espera. E quando o creme aparece, você o põe com cuidado. Não mexe como se estivesse limpando a panela. É um abraço, não uma batida.
Eu já tentei com creme de caixinha. Ficou com gosto de nada. O caseiro tem alma. E o inhame? Ele agradece.
Batata com inhame? É como juntar dois irmãos que não se entendem. A batata é neutra, fácil. O inhame é forte, doce, teimoso. Quando você os mistura, o inhame não perde o caráter. Ele só fica mais acessível. O segredo? Use metade de cada. E cozinhe juntos. Se você cozinhar separado, o sabor fica desigual. Já fiz assim. Ficou com gosto de duas coisas diferentes. Não de um prato.
Se quiser, use batata inglesa. Ela não dilui o sabor. Só apoia. Como um bom amigo.
Carne moída com purê de inhame? É o tipo de prato que você faz quando quer que a família pare de reclamar. Mas não é só misturar. A carne precisa ser refogada com calma. Cebola, alho, tomate, tudo devagar. E só depois, você põe no purê. Se você colocar a carne quente na batata, o inhame perde a textura. Vira um desastre. Já vi. Ficou com gosto de comida de restaurante barato.
Se quiser, ponha um fio de azeite no final. Só um fio. Não é para temperar. É para lembrar que você não está só fazendo comida. Está fazendo um momento.
Cenoura com inhame? É como juntar dois doces que nunca se falaram. A cenoura é alegre, o inhame é sério. Juntas, elas criam um purê que parece feito de sol. Mas o segredo? Cozinhe juntas. Mesmo tempo. Mesmo fogo. Se você cozinhar separado, o sabor fica desigual. Já fiz assim. Ficou com gosto de duas coisas diferentes. Não de um prato.
Se você está começando a comer inhame, essa é a porta de entrada. Não é escondido. É equilibrado. E o sabor? Ele cresce com você.
Frango com purê de inhame? É o tipo de combinação que você faz quando quer que o jantar pareça um evento. Mas não é só assar o frango e colocar por cima. O frango precisa ser desfiado, suave, sem ossos. E o purê? Tem que ser mais encorpado. Se não, ele afoga. Já vi isso. Ficou com gosto de frango que perdeu a batalha.
Se quiser, ponha um pouquinho de alecrim no frango. Só um pouquinho. Não é obrigatório. Mas faz o prato parecer que foi feito por alguém que se importa.
Queijo no purê de inhame? Parece que alguém queria fazer um aligot, mas esqueceu o queijo certo. Mas o queijo minas padrão? Ele não derrete. Ele se funde. E dá um salgado que equilibra o doce do inhame. O segredo? Não coloque o queijo quente. Espere o purê esfriar um pouco. Se não, ele vira uma pasta. Já fiz. Ficou com gosto de nada.
Se quiser, ponha um fio de azeite por cima. Só um fio. Não é para temperar. É para lembrar que você não está só fazendo comida. Está fazendo um abraço.
E aí, qual dessas vai abrir o apetite? Tem alguma que você já fez e que não está aqui? Me conta nos comentários, adoro descobrir combinações que ninguém conta, mas que funcionam. Cozinhar é isso: tentar, errar, e descobrir que o purê com tahine, na verdade, era o que faltava.
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