Molho Tártaro Simples com Cenoura e Maionese

Aprenda a preparar um dos molhos mais suculentos e simples que já viu. Combina com tudo que pode imaginar.
Molho Tártaro Simples com Cenoura e Maionese
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Tem um certo prazer em picar tudo bem miudinho, sabe? O som do facão no cepo, a cor viva da cenoura contra o branco do mármore. É terapia rápida antes mesmo de ligar o fogão.

Já perdi a conta de quantas vezes fiz esse molho tártaro simples com cenoura e maionese aqui em casa. Ele aparece quando o churrasco pede um acompanhamento que não roube a cena, mas que também não fique quieto no canto do prato. A receita é francesa por trás, mas aqui ganhou cara de boteco de esquina, fresca, direta, sem firula. Uso creme fresco porque dá corpo sem pesar, e o toque de mostarda? Não pode faltar. Ela corta a gordura e acorda o sabor. Uma vez a Daiane provou e disse: “Parece que tava faltando isso no seu hambúrguer há anos”. E ela tem bom gosto, então confio.

É daqueles molhos que você faz enquanto a carne grelha, e ainda sobra tempo para dar uma olhada na marginal iluminada lá fora. Vai bem com peixe, frango, salada ou até num pão francês torrado. O segredo está na textura: os pedacinhos precisam ser pequenos, mas perceptíveis. Quando você levar ao paladar, vai entender. Abaixo o passo a passo pra você não errar nada. Faz aí e depois me conta como ficou!

Receita de Molho Tártaro Caseiro Simples com Cenoura e Maionese: Saiba Como Fazer

Rendimento
15 porções
Preparação
10 min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

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O segredo não é a quantidade, é o jeito de picar. Se você rala o pepino ou a cenoura, vira um molho. Se pica, vira um molho. E aí, quando você pega um pedacinho com o garfo, é só isso que você sente: frescor. E é isso que importa.

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Modo de preparo

Pique tudo, mas com cuidado

  1. Pega o pepino, corta ao meio, tira as sementes com a colher, se não fizer isso, o molho fica molhado e desmancha. Depois pica bem miúdo, como se fosse fazer um molho de tomate, mas bem menor.
  2. A cenoura, rala bem fina. Não precisa ser em ralador, pode cortar em fios com a faca. É só pra dar cor, não pra virar salada.
  3. O salsão, pica no mesmo tamanho. Não precisa ser perfeito. Se tiver um pedaço maior, tá bom.
  4. A cebola, só o miolo. Pica até virar quase pó. Se não gostar, pula. Eu já fiz sem e a Daiane não percebeu.
  5. As azeitonas, sem caroço, pica em pedacinhos. Se for preta, vai dar um gosto mais forte, mas também bom.
  6. A salsinha, pica bem. Não amasse. Só corte. O cheiro dela é o que sobe quando você abre o pote.

A base, não é maionese, é a alma

  1. Numa tigela, coloca a maionese. Depois o creme fresco. Mistura com uma colher. Não precisa bater. Só mistura. O creme vai dar leveza, a maionese vai dar corpo. Se você colocar só maionese, vira um bloco.
  2. Coloca o suco de meio limão. Mexe de novo. O limão não é pra acertar o sabor, é pra acordar tudo. Se esquecer, o molho fica dormindo.
  3. Adiciona a mostarda. Uma colher de chá. Se quiser mais, vai. Mas lembra: se passar da conta, o molho vira um remédio. Já fiz assim. Ficou tão forte que o titanzinho fugiu da cozinha.
  4. Prova. Se precisar de sal, coloca. Um pouquinho. A maionese já tem sal, então não exagere. Se for muito, não dá pra comer.

Junta tudo, e não mexa demais

  1. Pega os ingredientes picados e joga tudo na tigela. Nada de bater. Nada de misturar com força. Só mexe com a colher, devagar, como se estivesse acariciando. O objetivo é que cada pedacinho fique envolvido, mas ainda visível.
  2. Se ficar muito líquido, não tem problema. Vai descansar na geladeira uns 20 minutos e o creme absorve o excesso. Se ficar muito grosso, dá uma colher de água gelada. Só uma.
  3. Prova de novo. Se falta alguma coisa, ajusta. Talvez um pouquinho mais de limão. Ou um fio de azeite. Não precisa ser perfeito. Só precisa ser seu.

Reposo e servir

  1. Leva pra geladeira. Não precisa de hora. Só uns 20 minutos. O tempo é pra os sabores se encontrarem. Se você colocar na hora, o limão ainda tá agressivo.
  2. Coloca num pote ou numa tigelinha. Se quiser, espalha um pouco de salsinha por cima. Não é para enfeitar, é para lembrar que tem salsinha ali.
  3. Serve com peixe grelhado, batata frita, hambúrguer ou até com um pão francês torrado. Se alguém pedir pra comer com colher, deixa. Já fiz isso. Foi o melhor molho da semana.

Eu nunca pensei que um molho tão simples pudesse virar um ritual. A Daiane sempre pede pra fazer quando tem peixe, mas eu faço quando não tenho ideia de jantar. Ele aparece no meio da semana, naquela refeição que não tem nada de especial, e vira o centro da mesa. Uma vez, o titanzinho ficou encarando o pote como se fosse um osso. Não deu pra ele, claro. Mas olha, ele me olhava com aquela cara de “você é um traidor”.

Se você já fez molho tártaro e achou que faltava alguma coisa, talvez seja só a cenoura. Ou o salsão. Ou o limão. Ou talvez só o tempo de descanso. Me conta aqui: qual é o seu ingrediente secreto? E… você já comeu esse molho com colher, sem nada por cima? Eu já fiz. E não me arrependo.

Dicas que vão fazer seu molho tártaro virar o centro da mesa, sem nem tentar

Quanto tempo dura? E onde guardar?

Na geladeira, em pote bem fechado, dura até 20 dias. Mas a verdade? Depois de 5 dias, a cenoura perde o brilho, o pepino solta água, e o limão perde o trago. O molho não estraga, ele só fica cansado. A Daiane sempre guarda o nosso em pote de vidro, com um papel toalha por cima antes de tampar. Diz que absorve a umidade. Eu acho que é só jeito dela. Mas funciona. Nunca deixe fora da geladeira por mais de 2 horas. Se tiver peixe fresco perto, o risco de contaminação é real. E ninguém quer um molho que lembre hospital.

O erro que estraga tudo antes de começar

Espremer o pepino. Eu já fiz. Achei que, se tirasse o excesso de água, o molho não ficaria mole. Pus num pano, apertei como se fosse secar roupa… e virou um molho de pasta. Perdi o crocante, o frescor, tudo. O pepino precisa ser picado, não espremido. Outro erro? Usar creme de leite batido. Não bata. Se bater, vira chantili. E aí, o molho vira um pudim de maionese. Já tive que jogar fora duas vezes. A Daiane riu e disse: “você tá tentando fazer um molho ou um bolo de pote?”.

Truque da cebola: o que ninguém conta

Pique a cebola, coloque numa tigela com água gelada e deixe por 10 minutos. Depois, escorra. Isso tira o gosto forte e deixa só o frescor. Se não fizer isso, o molho fica com aquele cheiro que te faz lembrar daquela vez que você comeu cebola crua e não conseguiu beijar ninguém por dois dias. Já fiz isso. Foi um desastre social. A Daiane me avisou. Eu não acreditei. Até ela me dar um beijo na testa e dizer: “isso aqui é um molho, não um sinal de alerta”.

O que combina com esse sabor? (Além do peixe)

Um mundo de texturas que você não esperava

Claro que vai bem com peixe grelhado. Mas também com batata frita quentinha, hambúrguer de frango, ou até um pão francês torrado com um fio de azeite. Já servi com uma salada de alface e cenoura ralada, o molho virou o condimento. E se quiser ousar? Experimente com um ovo poché. A gema derretida mistura com o molho e vira um creme de luxo. A Daiane provou e disse: “isso aqui é que é café da manhã de domingo”. E foi. Foi o melhor que já fiz.

E se eu não tiver creme fresco?

Pode usar creme de leite, mas não bata. Só despeje direto. Se quiser algo mais leve, troque por iogurte natural sem açúcar. Mas atenção: se for grego, é mais espesso. Use menos. Já testei com iogurte e ficou bom, mais ácido, mas com um frescor diferente. Se não tiver limão, use vinagre de maçã. Uma colher de chá. Não mais. Se for vinagre balsâmico, esquece. Vira outro mundo. E não é o mundo que a gente quer.

Posso fazer sem cebola?

Claro. Já fiz. E a Daiane não notou. Mas o molho perde um pouco da profundidade. A cebola dá corpo, mesmo em pequena quantidade. Se não gostar, pule. Mas se quiser um toque de doçura, troque por uma pitada de açúcar. Só uma. Não mais. O molho tártaro não é doce. É equilíbrio. E o equilíbrio é o que faz ele durar.

Por que o limão é obrigatório?

Porque ele não é só acidez. Ele é o que acorda os sabores. A maionese é pesada. O pepino é neutro. A cenoura é doce. O limão é o que puxa tudo pra cima. Sem ele, o molho fica dormindo. Como se tivesse dormido com o celular no ouvido. Já fiz sem. Ficou como se tivesse esquecido de si mesmo. O limão é o despertador. E aí, quando você prova, é como se o molho respirasse.

Como evitar desperdício de ingredientes?

Se sobrar molho, não jogue. Use como recheio de sanduíche, ou misture com um pouco de arroz cozido e faça uma torta fria. Ou ainda: coloque num pote pequeno e leve na marmita. Vai bem com frango grelhado. E se sobrar pepino? Rale, misture com um fio de vinagre e sal, e vira uma salada rápida. A Daiane sempre faz isso. Ela não desperdiça nada. E eu aprendi com ela. O que não se come, se transforma.

Já tentei fazer com maionese light

Foi um erro. A maionese light tem água demais. O molho ficou líquido, sem corpo. A cenoura afundou. O pepino flutuou. Ficou parecendo uma sopa de legumes que se esqueceu do fogo. A Daiane provou, olhou para mim e disse: “você tá tentando fazer um molho ou um experimento de química?”. Aí eu entendi: maionese é gordura. E a gordura é o que segura tudo. Não tem jeito. Se quiser leveza, use creme fresco. Não maionese light.

Versão “tudo errado, mas bom”, molho tártaro com alcaparras

Adicione 2 colheres de sopa de alcaparras picadas. Elas dão um salgado ácido que equilibra o doce da cenoura. Fiz uma vez pra uma visita. Ela disse que lembrava a Grécia. Não sei se é verdade. Mas o molho virou o centro da mesa. E a Daiane, que não gosta de alcaparras, comeu dois pedaços. E disse: “isso aqui… isso aqui é que é bom”.

O que fazer enquanto espera 20 minutos na geladeira?

Desligue o celular. Olhe pela janela. Veja a marginal iluminada. Ouça o som do titanzinho roncando na pia. Não pense em nada. Só fique. O molho tártaro não é feito para ser rápido. É feito para ser lembrado. Já fiz isso uma vez. E naquela pausa, entendi por que a Daiane sempre pede pra fazer. Não é pelo sabor. É pelo silêncio que vem depois.

Sabia que o nome “tártaro” não tem nada a ver com os tártaros?

É uma confusão. O nome vem do francês “tartare”, que quer dizer “cru”. E isso faz sentido: o molho é feito de ingredientes crus. Nenhum é cozido. Nenhum é aquecido. É só mistura. A versão tradicional, com ovo e alcaparras, veio da França. Aqui, ganhou cenoura, salsão, e um toque de São Paulo. E talvez por isso, seja tão bom. Porque não tenta ser algo que não é. É simples. É nosso.

E aí, qual foi o seu primeiro molho tártaro? E qual é o seu ingrediente secreto? Você pula a cebola? Usa alcaparras? Ou só coloca um pouquinho de limão e espera? Conta aqui nos comentários. E se você já comeu esse molho com colher, sem nada por cima… não se envergonhe. Eu já fiz. E não me arrependo.

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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