Eu sempre achei que fazer molho tarê em casa era coisa de restaurante japonês fino, daqueles que cobram R$50 num temaki. Até o dia que, numa tentativa desesperada de impressionar a Daiane com um jantar oriental, descobri que a versão caseira não só é fácil como supera qualquer uma de pacotinho. A verdade é que com apenas três ingredientes principais, shoyu, açúcar e um toque de maizena, você cria um molho tarê que transforma até o frango mais simples numa experiência de sabor incrível.
Depois de testar várias proporções (algumas resultaram em caldo salgado demais, outras em doce grudento), cheguei na medida perfeita: 2 partes de shoyu para 1 de açúcar. O segredo está no amido de milho, ele dá aquela consistência cremosa que gruda direitinho na comida. Minha esposa, que normalmente torce o nariz para minhas experiências culinárias, agora pede esse molho até na salada. O Titan fica doido quando faço, deve ser o cheiro do shoyu que deixa ele alerta na cozinha.
Preparei esse passo a passo pensando em quem, como eu, já comprou molho pronto e se arrependeu. São apenas 7 minutos do seu tempo para um resultado que dura um mês na geladeira. Quero saber se você também vai se surpreender com a simplicidade, conta nos comentários como ficou seu tarê caseiro!
Incrível Receita De Molho tarê Japonês Agridoce Original: Saiba Como Fazer
Rendimento
300 ml
Preparo
7 min
Dificuldade
Fácil
Ingredientes
0 de 4 marcados
Essa receita sai por menos de R$10 e rende bastante. O amido de milho é aquela coisa que a gente sempre tem no armário, né? A Daiane até brincou que eu tava virando o rei dos molhos caseiros depois que acertei essa receita.
Progresso salvo automaticamente
Modo de preparo
Fazendo a base doce e salgada:
Pega uma panela média e coloca os 300ml de shoyu. Leva ao fogo médio e deixa começar a ferver, mexendo de vez em quando.
Adiciona o açúcar e mexe sem parar até dissolver totalmente. Vai ficar com um cheiro incrível, meio adocicado e salgado ao mesmo tempo. Deixa ferver mais um minutinho.
O truque do amido:
Enquanto isso, num copo ou tigelinha, dissolve o amido de milho na água. Mexe bem até ficar lisinho, sem gruminhos.
Despeja essa mistura na panela com o shoyu e açúcar, sempre mexendo. Vai engrossando na hora, quase como mágica.
Continua mexendo por mais 1-2 minutos até ficar com aquela consistência cremosa, parecendo uma maionese mais líquida. Se preferir mais grosso, é só deixar um pouco mais no fogo.
Finalizando:
Tira do fogo e deixa esfriar completamente. Essa parte é importante porque o molho fica mais consistente quando esfria.
Depois de frio, guarda num pote fechado na geladeira. Dura fácil um mês, mas duvido que vá ficar tanto tempo assim sem usar.
Serve quente ou frio, fica bom dos dois jeitos. Eu particularmente gosto de esquentar um pouco na hora de usar em frango ou carne.
Não é que fazer tarê caseiro é bem mais simples do que parece? A primeira vez que tentei, achei que ia dar tudo errado, mas o resultado surpreendeu até a Daiane, que é bem crítica com minhas invenções na cozinha. Hoje em dia nem penso em comprar pronto, a versão caseira tem muito mais sabor.
E aí, já fez seu tarê em casa? Se testar essa receita, me conta nos comentários como ficou e se descobriu alguma variação interessante. Às vezes o simples é o que funciona melhor, né? E se tiver dúvida sobre a consistência, é só perguntar!
Vai fazer o tarê? Essas dicas vão transformar sua experiência!
Quanto tempo dura? A gente testou!
Na nossa geladeira, esse tarê caseiro durou um mês inteiro sem perder o sabor. Mas confesso que a Daiane usou tanto que acabou em duas semanas.
O segredo é guardar num pote de vidro bem fechado, sempre no frio. Já tentei deixar fora uma vez e em dois dias começou a mudar o cheiro, aprendi a lição.
Os 3 erros que quase estragam o tarê
Já queimei o fundo da panela por descuido, o açúcar gruda fácil. Agora sempre uso fogo médio-baixo e mexo sem parar.
Outro clássico: dissolver o amido de milho direto na panela. Isso cria aqueles gruminhos horrorosos que ninguém merece. Sempre dissolvo primeiro na água fria, como mandou a receita.
E o pior? Tentar adiantar processo. O molho precisa esfriar completamente para atingir a textura certa. Se você provar quente e achar que ficou ralo, calma! Ele engrossa naturalmente no resfriamento.
Sem algum ingrediente? Dá pra improvisar!
Acabou o shoyu? Use molho inglês, fica diferente mas ainda assim gostoso. Já testei numa emergência e salvou o jantar.
Prefere menos sódio? Shoyu light funciona perfeitamente. A Daiane até prefere assim.
O açúcar cristal pode ser substituído por mascavo ou demerara para um sabor mais caramelizado. Só toma cuidado que escurece mais o molho.
E se faltar amido de milho, dá pra usar farinha de trigo, mas aí tem que cozinhar um pouco mais para perder o gosto cru.
Para diferentes dietas
Versão sem glúten: é só usar shoyu sem glúten (tem várias marcas boas no mercado) e verificar se o amido de milho é puro.
Low carb: troque o açúcar por eritritol ou xilitol na mesma medida. Já fiz para uns amigos e ficou surpreendentemente bom.
Vegano? Essa receita já é naturalmente vegana, nenhum ingrediente de origem animal.
Hack que mudou minha vida com tarê
Faço o dobro da receita e congelo metade? Não, não pode congelar, mas descubri que dá para fazer uma pasta concentrada.
Em vez de usar 100ml de água, uso só 50ml para dissolver o amido. O molho fica super grosso, quase uma pasta. Daí quando vou usar, é só diluir com um pouquinho de água quente na hora. Dura os mesmos 30 dias e ocupa menos espaço na geladeira.
A parte que mais dá medo (e como vencer)
Todo mundo teme a hora de adicionar a mistura de amido. Parece que vai empelotar tudo, né?
O truque é: fogo médio-baixo e mexer constantemente em movimento de oito. Quando despejar a mistura, não para de mexer por pelo menos um minuto.
Se mesmo assim formar algum gruminho, não entra em pânico. Passe por uma peneira fina antes de esfriar, ninguém vai perceber.
5 variações para não enjoar nunca
Com gengibre: rale 1 colher de chá de gengibre fresco na hora de ferver o shoyu. Fica picante e aromático.
Com alho: esprema 2 dentes na base do molho. Combina demais com frango grelhado.
Apimentado: adicione 1 colher de chá de flocos de pimenta seca. A Daiane não curte muito, mas eu amo.
Com limão: suco de meio limão tahiti no final, depois de desligar o fogo. Dá um frescor incrível.
Shoyu mais barato funciona sim, testei vários e a diferença não é tão grande assim no resultado final.
Compre açúcar a granel, sai bem mais em conta. E o amido de milho dura séculos no armário.
Fazendo as contas: esse pote de 300ml sai por menos de R$8, enquanto o similar pronto custa pelo menos R$15. Economia garantida.
Como impressionar os amigos
Use shoyu artesanal ou envelhecido, faz diferença no sabor.
Finalize com gergelim torado por cima do molho na hora de servir.
Ou adicione um pouco de saquê mirin (encontra em lojas especializadas) para um sabor mais autêntico.
Sirva numa molheira de cerâmica, presentation matters, né?
Dois usos que ninguém imagina
Como base para caramelizar castanhas: misture com nozes ou castanhas e leve ao forno baixo até ficar brilhante.
E o mais inusitado: pingue algumas gotas em sorvete de baunilha. Parece loucura, mas o contraste salgado-doce é genial. A Daiane fez cara de nojo quando sugeri, mas experimentou e aprovou.
Perguntas que sempre recebo
Pode congelar? Já tentei e deu ruim, o amido se separa e vira uma textura esquisita. Melhor não.
Por que meu molho ficou muito salgado? Provavelmente o shoyu era muito forte. Na próxima, use metade shoyu e metade água na base.
Está muito grosso, como conserto? Só adicionar água quente aos poucos até chegar na consistência que quer.
Formou uma película em cima? Isso é normal! Só mexer antes de usar.
De onde veio essa maravilha?
O tarê tradicional japonês é bem mais complexo, leva mirin, dashi e outros ingredientes. Essa versão simplificada que mostrei aqui é uma adaptação ocidental que mantém a essência mas facilita muito a vida.
Segundo o chef Namiko Chen do Just One Cookbook, o tarê autêntico leva horas para preparar. Nossa versão de 7 minutos é uma mão na roda para o dia a dia.
E aí, se animou para fazer seu próprio tarê caseiro? Conta nos comentários sua opinião sobre a experiência, já salvou algum jornal de emergência com essa receita? Tem alguma variação secreta que só você conhece? Adoraria saber!
O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.
Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.
Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?
Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.
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