Molho Chimichurri: O Segredo Argentino

Molho clássico da culinária do Uruguai, seu sabor é uma combinação de diversas ervas secas.
Molho Chimichurri: O Segredo Argentino
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Chimichurri não é só molho. É atitude. E se você acha que basta picar salsinha e jogar azeite por cima, já te adianto: o segredo tá no equilíbrio entre acidez, óleo e tempo de descanso. Eu levei um tempo pra entender isso, e já servi versões tão ácidas que até o Titan, que come qualquer coisa, virou o focinho.

O molho chimichurri argentino de verdade pede frescor, sim, mas também profundidade. Por isso, uso cebolinha fresca junto com ervas secas, um toque de alho desidratado (que não domina como o cru) e deixo repousar pelo menos duas horas. É nesse silêncio que os sabores se entendem.

Não tem segredo mágico, mas tem respeito pelos ingredientes. Um bom azeite, vinagre com personalidade e ervas que não estão lá só pra enfeitar.

Abaixo, a receita que uso em casa, simples, fiel ao espírito da pampa e perfeita pra regar uma carne suculenta. Testa aí e depois me conta se não virou seu molho favorito.

Receita de molho chimichurri: Saiba Como Fazer

Rendimento
300 ml
Preparação
2 h e 10 min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 9 marcados

Gastei cerca de R$22 com tudo isso num mercado aqui em São Paulo – a maior parte foi no azeite bom. Vale cada centavo. Dica: faça num vidro com tampa; dura até 10 dias na geladeira.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 15ml (1 colher de sopa)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 120 kcal 6%
Carboidratos Totais 2g 1%
   Fibra Dietética 0.5g 2%
   Açúcares 0.3g 0%
Proteínas 0.3g 1%
Gorduras Totais 13g 16%
   Saturadas 1.8g 9%
   Trans 0g 0%
Colesterol 0mg 0%
Sódio 85mg 4%
Potássio 45mg 1%
Ferro 0.4mg 2%
Vitamina C 2mg 3%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Low-Carb: Apenas 2g de carboidratos por porção
  • Vegano: 100% ingredientes vegetais
  • Gluten-Free: Naturalmente sem glúten
  • Lactose-Free: Sem laticínios
  • Paleo: Ingredientes naturais e ancestrais

Alertas & Alérgenos

  • Alta densidade calórica – Use com moderação em dietas
  • Alto teor de gordura – Principalmente do azeite
  • Valores nutricionais variam conforme proporções dos ingredientes
  • Insight: Gorduras do azeite são benéficas para saúde cardiovascular quando consumidas com moderação

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

  1. Numa tigela média, junte o alho desidratado, a cebola desidratada, a folha de louro picada (ou moída), o orégano, a salsinha desidratada e a pimenta calabresa. Misture bem com uma colher de pau – isso ajuda os secos a se entenderem antes do líquido entrar.
  2. Adicione a cebolinha fresca picada. Ela entra agora pra não murchar demais, mas ainda ter tempo de se integrar.
  3. Despeje o vinagre de vinho tinto e o azeite de oliva extravirgem. Mexa com vigor por uns 30 segundos – o objetivo é emulsionar levemente, não bater até virar sopa.
  4. Transfira para um pote de vidro com tampa. Tampe e deixe repousar na geladeira por, no mínimo, 2 horas. Se puder esperar até o dia seguinte, melhor ainda – o sabor amadurece, a acidez se acalma e o óleo absorve tudo.
  5. Antes de servir, dê uma mexida rápida. Sirva com carnes grelhadas, linguiça, ou até como molho para pão. Aqui em casa, já virou acompanhamento obrigatório no churrasco de domingo.

Esse chimichurri não é aquele que você faz às pressas e joga na carne quente. Ele pede paciência — e recompensa com camadas de sabor que se revelam devagar. Já tentei versões “rápidas”, mas sempre volto pra essa, com tempo de descanso e ingredientes pensados.

E sim, Titan já roubou um pedaço de pão mergulhado nele. Não recomendo, mas ele sobreviveu — e agora fica de olho toda vez que abro o pote.

Se fizer, me conta: você seguiu à risca ou deu seu toque? E mais importante: resistiu à tentação de usar só salsinha fresca? (Não julgo… muito.)

Quanto tempo dura esse chimichurri?

Na geladeira, dura até 2 semanas se guardado em pote hermético. Mas sério, na minha casa nunca chegou a 5 dias - a Daiane vive passando pão nisso. Dica: se notar mudança de cor ou cheiro forte, melhor descartar. O azeite pode solidificar na geladeira, mas é só deixar em temperatura ambiente 15 minutinhos que volta ao normal.

Truque secreto do chef (que qualquer um pode fazer)

Esquenta o azeite levemente antes de misturar! Não pra fritar, só pra amornar mesmo. Isso ajuda a extrair melhor os sabores das ervas. A primeira vez que fiz isso, a Daiane achou que eu tinha comprado pronto de tão bom que ficou.

Sem um ingrediente? Tenta essas trocas

- Alho desidratado: usa 1 dente de alho fresco amassado por colher das ervas
- Vinagre: suco de limão funciona, mas fica mais ácido
- Pimenta calabresa: pimenta-do-reino moída na hora (mas perde um pouco a cor linda)
- Ervas desidratadas: frescas na mesma medida (só que a validade cai pra 3 dias)

Os 3 pecados capitais do chimichurri

1. Não deixar descansar: sério, as 2 horas são sagradas. É quando os sabores se casam.
2. Exagerar no alho: começa com pouco e vai ajustando. Alho cru demais amarga.
3. Usar azeite vagabundo: não precisa ser o extra virgem top, mas se for daqueles de garrafa plástica, esquece.

Chimichurri pra todo mundo

- Low carb: já é, pode abusar
- Sem glúten: naturalmente sem, só verificar os ingredientes desidratados
- Vegano: é originalmente vegano, ué
- Paleo: troca o vinagre por suco de limão e confere a procedência do azeite

Não vai botar só na carne, né?

Experimenta:
- Pãozinho fresco (óbvio)
- Queijo coalho grelhado
- Abacaxi assado (sim, sério)
- Ovos mexidos (mudou minha vida)
- Pipoca (juro, coloca pouco e me agradece depois)

Chimichurri do futuro

Mistura 1 colher de sopa de:
- Gengibre ralado (pra um toque asiático)
- Mel (pra balancear o ácido)
- Azeitonas pretas picadas (pra um ar mediterrâneo)
Ou vai radical: bota 1/2 abacate amassado e vira um chimichurri cremoso.

A parte mais chata (e como facilitar)

Picar cebolinha fininha é um saco, eu sei. Dois truques:
1. Usa uma tesoura de cozinha e corta direto no pote
2. Compra aqueles molhos de cebolinha já picada (sim, eu faço isso quando to com preguiça)

Fazendo render mais

- Usa metade das ervas desidratadas e completa com frescas (mais barato)
- Faz em maior quantidade - os ingredientes secos duram meses
- Reaproveita os talos da salsa e cebolinha: lava bem, seca e bota no chimichurri também

Elevando o nível

Adiciona:
- Raspas de limão siciliano
- Um shot de cachaça artesanal (evapora o álcool e fica sublime)
- Flor de sal na hora de servir
E serve num potinho de vidro pequeno - parece bobo, mas faz diferença!

Se tudo der errado...

Ficou muito ácido? Adiciona uma pitada de açúcar.
Ficou sem graça? Mais sal e deixa descansar mais 1h.
Ervas ficaram escuras? Coa o líquido e usa só ele.
Aprendi na marra: uma vez coloquei pimenta demais e salvei misturando com iogurte natural. Virou um molho diferente, mas salvou o churrasco.

De onde veio essa maravilha?

O chimichurri nasceu na Argentina e Uruguai, mas tem suspeitas de influência dos imigrantes bascos. Curiosidade: o nome pode vir de "tximitxurri", que no basco significaria "mistura de várias coisas de forma desordenada". Faz sentido, né?

2 usos que ninguém te conta

1. Marinar queijo: deixa um queijo minas ou mussarela de búfala mergulhado no chimichurri por 1 dia. Grato depois.
2. Batata assada: em vez de sour cream, coloca uma colherada de chimichurri. Minha melhor invenção de quarentena.

Perguntas que sempre me fazem

"Pode congelar?" Pode, mas as ervas perdem textura. Melhor fazer fresco.
"Quanto tempo antes preciso preparar?" No mínimo 2h, ideal 6h. Mas deixar 1 dia é ouro.
"Por que meu chimichurri fica amargo?" Provavelmente exagerou no alho ou no orégano. Corta com um pouco de mel.

Harmonização maluca

Experimenta com:
- Cerveja IPA (o amargo contrasta lindo)
- Vinho Malbec (homenagem à Argentina)
- Caipirinha de limão siciliano (confia)
E a combinação mais inusitada que já fiz: sorvete de creme. Parece estranho, mas o doce-salgado-ácido funciona.

Sabia que...

Na Argentina, tem chimichurri vermelho (com páprica) e verde (o tradicional). E tem gente que bota até mostarda! O segredo mesmo tá na proporção azeite-vinagre: tradicional é 3:1, mas eu prefiro 2:1 pra ficar mais encorpado.

E aí, vai experimentar?

Conta nos comentários como ficou seu chimichurri! Inventou alguma variação? Descobriu um uso maluco? Aqui em casa toda vez que fazemos sai diferente - a Daiane adora botar um toque pessoal. Manda foto do seu também!

Combinações que vão fazer seu chimichurri brilhar

Depois de preparar aquele molho chimichurri que já está perfumando a casa toda, vem a dúvida: o que servir com ele? Selecionamos aqui os melhores pratos para criar uma refeição completa que vai deixar todo mundo com água na boca. A Dai já aprovou todas essas combinações - e olha que ela é bem exigente!

Para começar com o pé direito

Falafel simples e fácil: Crocantes por fora e macios por dentro, esses bolinhos de grão-de-bico ficam perfeitos com uma pitada de chimichurri.

Quibe de abóbora (confira a preparação): Uma versão mais leve do tradicional, que combina surpreendentemente bem com o sabor marcante do molho.

Patê de alho cremoso: Para passar no pão enquanto o prato principal não fica pronto. Cuidado com o hálito depois!

Bruschetta de tomate seco: Sem link, mas impossível não mencionar. A acidez do tomate com o chimichurri é um casamento perfeito.

Pratos principais que vão roubar a cena

Picanha na chapa (aqui): Clássico absoluto que não pode faltar quando tem chimichurri na jogada. Aqui em casa é sempre a primeira opção.

Costela bovina e suína (preparo aqui): Para quando quiser impressionar no almoço de domingo. A gordura da costela com o molho é divina.

Lasanha de carne moída (veja a receita): Pode parecer incomum, mas experimente servir chimichurri por cima e me conta depois.

Pizza de frigideira (preparo da receita): Sim, pizza! Molhe um pedaço no chimichurri e agradeça depois.

Frango grelhado com ervas: Não tem na lista, mas é um coringa. O chimichurri dá um up incrível no frango mais simples.

Para terminar com doçura

Arroz doce sem leite condensado: Clássico reconfortante que equilibra os sabores fortes da refeição.

Bolo de fubá com laranja (link): Úmido, fofinho e com aquele toque cítrico que combina com tudo.

Maçã do amor simples e fácil: Para quando quiser algo doce mas não muito pesado.

Pudim de pão caseiro: Receita da vó que sempre cai bem depois de uma refeição caprichada.

Bebidas: Harmonização perfeita: bebidas e sabores que encantam

Limonada siciliana: O ácido corta a gordura dos pratos principais e refresca o paladar.

Chá gelado de pêssego: Doce sem exagero e super refrescante para dias quentes.

Suco de maracujá natural: Porque depois de tanta comida boa, um help pra digestão cai bem.

Água aromatizada com hortelã e limão: Simples, mas nunca falha. A Dai vive com uma jarra na geladeira.

E aí, qual combinação você vai testar primeiro? Conta pra gente nos comentários se conseguiu resistir a repetir o prato principal - aqui em casa é sempre difícil!

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

Segue lá no Instagram e vem comer com a gente! ??

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