16 Receitas de Feijão Carioca E Ótimas Sugestões Com Gostinho de Infância

O feijão está presente na casa de muitos brasileiros, aqui daremos algumas dicas para deixá-lo mais gostoso ainda.
16 Receitas de Feijão Carioca E Ótimas Sugestões Com Gostinho de Infância
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Confesso que queimei mais de um lote de feijão na vida. A pressa era sempre a vilã, até eu aprender um truque num daqueles cursos de técnica brasileira.

O segredo nunca esteve só no tempero. Estava na paciência com a cebola. Deixar ela dourar devagar, quase caramelizar, antes de jogar o alho, faz o caldo ficar com um doce natural que dispensa açúcar. É um detalhe simples, mas que transforma um feijão básico em algo com camadas de sabor. O feijão carioca é perfeito pra isso, ele absorve esses sabores como poucos. E sobre a panela de pressão, sempre coloco uma folha de louro na água desde o início, ela infunde um aroma que depois se casa perfeitamente com o alho.

Juntei 16 maneiras de honrar esse ingrediente nobre, da clássica panela de pressão até preparos que vão te surpreender. Cozinhar feijão virou quase uma terapia, o ritual cheiroso que antecipa uma refeição reconfortante. Quer ver como o passo a passo é direto? É só descer a tela um pouco.

Receita de feijão carioca na panela de pressão simples e fácil: saiba como fazer

Rendimento
Aprox. 6 porções
Preparação
1h 30 min (com molho)
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 9 marcados

Nada de ingrediente exótico aqui, né? Tudo coisa de despensa. A única coisa que peço atenção é na qualidade do feijão. Veja se não tem muitos grãos quebrados ou mofados, isso atrapalha no ponto final. O resto é pura técnica, e a técnica a gente aprende agora.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 125g (1/4 da receita)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 165 kcal 8%
Carboidratos Totais 25.8g 9%
   Fibra Dietética 8.5g 34%
   Açúcares 1.2g 2%
Proteínas 8.7g 17%
Gorduras Totais 4.2g 5%
   Saturadas 0.6g 3%
   Trans 0g 0%
Colesterol 0mg 0%
Sódio 180mg 8%
Potássio 480mg 10%
Ferro 2.1mg 12%
Cálcio 45mg 4%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Vegano: 100% ingredientes vegetais
  • Gluten-Free: Naturalmente sem glúten
  • Alto em Fibras: Excelente para digestão
  • Rico em Ferro: Importante para energia

Alertas & Alérgenos

  • Baixo sódio – Opção segura para hipertensos
  • Insight: Rico em fibras solúveis que ajudam no controle do colesterol
  • Liberação lenta de energia - ideal para refeições principais

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

Preparando o Feijão:

  1. Primeiro, abre o pacote de feijão e espalha numa travessa ou na própria pia limpa. Dá uma olhada rápida pra tirar qualquer pedrinha ou grão que esteja estragado. É raro, mas acontece.
  2. Lava o feijão em água corrente, numa peneira, até a água sair clara. Depois, coloca ele de molho numa tigela com água fria. A água deve cobrir o feijão com uns dois dedos a mais. Deixa aí por 1 hora no mínimo. Isso ajuda a cozinhar mais rápido e ficar mais cremoso por dentro. Se você esquecer e deixar a noite toda, tudo bem também, só troca a água uma vez.
  3. Passada a hora do molho, escorre a água. Leva o feijão para a panela de pressão. Cobre com água fervente – isso é importante, água fria atrasa o processo. A água deve passar uns 3 a 4 centímetros acima do feijão. Joga a folha de louro dentro agora mesmo. Tamp a panela e leva ao fogo alto.
  4. Quando a panela pegar pressão (aquele ruído característico e a válvula subindo), abaixa o fogo para médio-baixo. Conta 25 minutos a partir daí. Sim, 25. Não 30, como muita gente fala. Pra mim, 30 minutos com essa quantidade deixa ele começando a desmanchar, e a gente quer ele inteiro, mas macio. Desliga o fogo depois desse tempo e deixa a pressão sair naturalmente. Não acelera colocando paninho molhado em cima, deixa no tempo dele.

Fazendo o Tempero (o Segredo):

  1. Enquanto o feijão cozinha na pressão ou quando a pressão já tiver saído, pega uma panela média (eu uso uma caçarola funda) e coloca no fogo médio. Adiciona as 2 colheres de óleo.
  2. Quando o óleo estiver quente (joga um pedacinho de cebola, se ficar fazendo barulhinho, tá bom), adiciona a cebola picada. Aqui vem o truque do curso: refoga a cebola sozinha, mexendo de vez em quando, até ela ficar bem macia e transparente. Quase amarelinha. Isso pode levar uns 5 minutos. Não deixa queimar, só murchar e dar uma douradinha nas pontas.
  3. Agora, joga o alho picado por cima da cebola. Mexe rápido por uns 30 segundos, só até o alho soltar aquele cheiro maravilhoso e ficar levemente dourado. Cuidado pra não queimar o alho, senão fica amargo. Se preciso, abaixa um pouco o fogo.
  4. É a hora dos temperos secos. Coloca o cominho e a pimenta do reino direto no óleo, junto com a cebola e o alho. Mexe por mais 15 segundos. Você vai sentir o aroma do cominho subindo. É exatamente isso que a gente quer, o óleo vai ficar aromatizado.

Finalizando e Ajustando o Caldo:

  1. Agora, com a panela do tempero ainda no fogo médio, pega uma concha do feijão já cozido (com bastante caldo) e despeja cuidadosamente na panela do refogado. Cuidado com os respingos. Mexe bem para incorporar todo aquele tempero ao caldo.
  2. Despeja o resto do feijão e todo o caldo da panela de pressão na caçarola. Acrescenta sal a gosto. Começa com uma colher de chá, mexe, prova o caldo e vê se precisa de mais. Lembra que o feijão cozinhou sem sal, então ele precisa disso agora.
  3. Deixa o feijão cozinhando em fogo médio-baixo, sem tampa, por uns 5 a 10 minutos. É aqui que os sabores se casam. Se você gosta do caldo mais ralo, tá pronto. Se prefere ele mais cremoso e grosso, pega o fundo de uma concha ou um amassador de batatas e esmaga alguns grãos de feijão contra a lateral da panela. Mexe depois. O amido que sai dos grãos engrossa o caldo na hora. Faço sempre assim.
  4. Dica final que peguei com minha avó: desliga o fogo e deixa o feijão descansar por uns 5 minutos na panela, só com o calor residual. Ele fica mais saboroso, não sei explicar a ciência, só sei que funciona. Depois é só servir, de preferência com um arroz soltinho. Pronto, feijão perfeito.

Essa é a base, o feijão de todo dia que nunca pode faltar. O que eu mais gosto nesse processo é que, depois que você pega o jeito, vira quase automático. Você não precisa mais pensar, só sentir o cheiro da cebola dourando e saber que tá no caminho certo. E o melhor, rende uma panela cheia que dá pra congelar em potes, aí num dia corrido você só descongela e já tem um acompanhamento de respeito.

E você, tem algum truque próprio pra fazer feijão? Deixa salgando antes ou depois? Usa algum outro tempero secreto? Me conta aqui nos comentários como costuma fazer na sua casa. Adoro descobrir essas pequenas variações que fazem cada panela de feijão ter a cara de quem cozinha.

Quanto tempo dura esse feijão na geladeira?

Na geladeira, esse feijão fica top por até 4 dias - depois disso começa a ficar com cara de triste. Se quiser guardar por mais tempo, bota no congelador que dura até 3 meses (só lembra de deixar esfriar antes de fechar o pote). Uma dica da Daiane: congelar em porções individuais pra não ter que descongelar o pacotão todo.

De olho nas calorias

Uma porção de 125g desse feijão tem aproximadamente 165 calorias, conforme detalhado na tabela nutricional completa abaixo da lista de ingredientes. Mas quem tá contando calorias quando o cheiro tá desse jeito? Sério, parece até crime pensar nisso com esse aroma de alho e cominho enchendo a cozinha.

Tá sem algum ingrediente? Relaxa, tem jeito

• Louro: se não tiver, pode pular. Mas fica menos aromático
• Cominho: experimenta usar coentro em pó ou até curry pra dar um twist diferente
• Alho: em pó resolve na emergência (mas não conta pra ninguém que eu sugeri isso)
• Óleo: bacon picado no lugar do óleo é pecado, mas dos bons

Os 3 pecados capitais do feijão

1. Não deixar de molho: o feijão fica mais duro que coração de ex
2. Colocar sal no início: deixa os grãos duros. Sal só depois de cozido!
3. Excesso de água: feijão aguado é tristeza pura. Melhor ir colocando aos poucos

Hack que mudou minha vida

Cozinha o feijão com um tablete de caldo de legumes (ou bacon) junto com a água. Sério, parece trapaça de tão bom que fica. Outra: quando for refogar, joga uma pitada de bicarbonato junto com o alho - o feijão fica incrivelmente cremoso.

Feijão pra todo mundo

Low carb: reduz a cebola e usa mais temperos secos
Vegano: já é naturalmente, mas pode incrementar com shitake seco no lugar do bacon
Sem glúten: tá safe, pode comer sem medo
Proteico: acrescenta cubos de carne seca na hora do refogado

O que serve com esse feijão?

Arroz branco é clássico, mas vamos inovar:
• Farofa crocante de bacon
• Couve refogada com alho
• Ovo frito (a gema escorrendo no feijão é coisa de outro mundo)
• Uma cerveja bem gelada ou caipirinha de limão pra acompanhar

Feijão maluco (a versão que ninguém espera)

Joga umas fatias de linguiça calabresa no refogado, acrescenta uma colher de pasta de amendoim no final e finaliza com coentro fresco. Parece estranho? Talvez. Mas é bom? Eu juro que sim. A Daiane torceu o nariz quando fiz, mas depois pediu bis.

Sobrou feijão? Transforma!

• Vira tutu (bate no liquidificador com um pouco do caldo)
• Vira sopa (acrescenta água, batata e bate tudo)
• Vira recheio de pastel (deixa o caldo secar mais)
• Vira "hambúrguer" de feijão (mistura com farinha de rosca e ovo)

O ponto crítico: o refogado

Aqui que mora o perigo. O segredo é refogar o alho até ficar douradinho, mas não queimado (já fiz isso e o gosto fica amargo que dói). Quando a cebola começar a ficar transparente, já pode botar o alho. E fica de olho - 30 segundos a mais e já era.

Modo chef Michelin

Troca o óleo por azeite de oliva extra virgem, usa alho negro no lugar do alho comum e finaliza com raspas de laranja. Parece exagero? É. Mas pra ocasião especial vale a pena.

Se tudo der errado...

Feijão duro? Deixa mais tempo na pressão com água quente.
Sem graça? Joga um cubo de caldo de carne e deixa ferver mais um pouco.
Queimou o fundo? Transfere pra outra panela sem mexer o fundo e diz que é "feijão com sabor defumado".

De onde veio esse feijão?

O feijão carioca (que ironicamente é mais paulista que carioca) surgiu nos anos 70 no Instituto Agronômico de Campinas. Virou o queridinho do Brasil por cozinhar rápido e render bastante. E olha que no início os produtores nem queriam plantar porque os grãos eram manchados - hoje é o mais consumido!

2 coisas que ninguém te conta sobre feijão

1. A água do feijão de molho pode ser usada pra regar plantas (é cheia de nutrientes)
2. Se você assoviar enquanto o feijão tá cozinhando, ele não fica duro. Brincadeira... ou não?

Perguntas que sempre me fazem

Precisa deixar de molho? Tecnicamente não, mas fica melhor.
Pode congelar? Pode e deve, fica ótimo.
Por que meu feijão dá gases? Troca a água do cozimento 1-2 vezes reduz isso.
Tem que por bacon? Não é obrigatório, mas... c'mon, é bacon.

Sabia que...

O Brasil é o maior produtor e consumidor de feijão do mundo? E que o feijão carioca representa 70% do que a gente come aqui? Pois é, esse humilde grão manchado domina o país. E tem mais: a combinação arroz com feijão forma uma proteína completa, tão boa quanto carne!

E aí, bora fazer esse feijão?

Depois que fizer, volta aqui pra contar como ficou! Me diz se testou alguma das variações, se deu algum pepino ou se descobriu um truque novo. E se tiver aquela dica secreta de família, compartilha aí nos comentários - prometo que não vou contar pra ninguém (mentira, vou testar na próxima).

Completa a refeição com esse feijão carioca que é pura nostalgia

Depois de preparar aquele feijão que lembra a casa da vó, tá na hora de montar o prato inteiro. Aqui em casa a gente sempre faz essas combinações - a Dai até brinca que virou tradição de domingo. Olha só o que combina demais:

Para começar com o pé direito

Bolinho de feijoada (receita aqui): Já que o tema é feijão, que tal começar com esses crocantes? A gente sempre faz quando tem visita.

Pão com linguiça (preparo da receita): Simples mas que nunca falha, especialmente naqueles dias mais corridos.

Batata recheada: Versátil e sempre cai bem, ainda mais quando tá bem gratinada.

Torradinhas de pão caseiro: Esquentadas na chapa com um fio de azeite - hum, já deu água na boca!

Prato principal: hora do show

Frango assado que surpreende: Clássico que combina com tudo, e com feijão então? Perfeição!

Costela assada que todo mundo elogia: Para quando queremos dar um upgrade no almoço de domingo.

Bife à parmegiana surpreendente: Aquele molho de tomate caseiro faz o feijão brilhar ainda mais.

Bolinho de Feijoada: Se quiser ir full feijão mode, claro! Aqui em casa a gente faz versão light às vezes.

Para fechar com chave de ouro

Pudim de chocolate que surpreende: Porque depois de um prato reconfortante, nada melhor que um docinho.

Mousse de leite ninho que surpreende: Cremoso, leve e a Dai aprova sempre (ela que me ensinou a fazer).

Bolo de milho (preparo da receita): Combina surpreendentemente bem e é ótimo pra acompanhar um café.

Doce de abóbora: Caseiro, simples e aquela pontinha de canela que lembra infância.

Para refrescar

Suco de goiaba (aqui): Doce na medida certa e combina demais com pratos robustos.

Suco de acerola (receita no link): Azedinho e refrescante, ótimo contraste.

Chá gelado (veja a receita): Nos dias mais quentes, cai como uma luva.

Água aromatizada com limão e hortelã: Pra quem prefere algo super leve.

E aí, qual combo você vai testar primeiro? Aqui em casa o favorito é frango assado + feijão + mousse de leite ninho - não tem erro! Conta pra gente nos comentários se achou sua combinação perfeita.

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

Segue lá no Instagram e vem comer com a gente! ??

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