Tem gente que acha feijão branco coisa simples. Só água, grão e panela. Mas se você já comeu um sem gosto, duro por dentro e mole por fora, sabe que não é bem assim. O meu primeiro tentou ser sofisticado. Pimenta do reino, açafrão, bacon. Tudo certo. Só esqueci de dessalgar a carne seca direito. Ficou salgado como mar velho.
Aprendi na marra: cada ingrediente tem seu momento. O alho não pode queimar. A cebola precisa murchar devagar. E o feijão? Tem que ser cozido com calma, depois de bem refogado. Quando acertei, foi tipo luz no fim do túnel. O caldo encorpou, a abóbora derreteu junto e as linguiças soltaram aquele cheiro que faz o titanzinho aparecer do nada.
Receita de feijão branco que uso hoje nasceu desses erros. Não é só comida. É equilíbrio. Carne seca dá profundidade, paio traz doçura, calabresa puxa o picante. O toque de páprica e açafrão não é por cor. É pra lembrar que tempero bom não some, ele conversa com o grão.
Daiane diz que esse aqui é dos bons quando pega na travessa e leva pra sala sem nem pedir. Isso é elogio máximo. Se quiser fazer algo que pareça feito por quem entende, dá uma olhada no passo a passo abaixo. Depois me conta: qual foi o maior erro que você já deu num feijão?
Feijoada Diferente (fabada): uma das melhores receitas de feijão branco: Saiba como fazer
Rendimento
20 porções
Preparação
60 minutos
Dificuldade
Fácil
Ingredientes
0 de 14 marcados
Para o refogado:
Para o cozimento:
Tudo que está aqui é comum. Mas a carne seca, se não for bem dessalgada, estraga tudo. Já fiz assim uma vez. Ficou tão salgado que o Titan não encostou. Foi a única vez que ele saiu da cozinha.
Progresso salvo automaticamente
Informação Nutricional
Porção: 300g (1/20 da receita)
Nutriente
Por Porção
% VD*
Calorias
385 kcal
19%
Carboidratos Totais
32.5g
11%
Fibra Dietética
8.2g
29%
Açúcares
3.1g
6%
Proteínas
28.4g
57%
Gorduras Totais
16.8g
21%
Saturadas
6.2g
31%
Trans
0.1g
0%
Colesterol
45mg
15%
Sódio
980mg
43%
Potássio
890mg
19%
Ferro
4.8mg
27%
Cálcio
85mg
7%
*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)
Etiquetas Dietéticas
Alto em Fibras: 8g por porção
Alto em Proteína: 28g por porção
Rico em Ferro: 27% do VD
Sem Glúten: Naturalmente sem glúten
Alertas & Alérgenos
Alto sódio – Reduza sal para hipertensos
Gorduras saturadas – Principalmente do bacon e linguiças
Insight: A abóbora adocicada equilibra o salgado das carnes; feijão branco é menos calórico que o preto
Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.
Em uma frigideira grande, aqueça um fio de azeite com uma colher de manteiga. Quando começar a borbulhar, adicione a carne seca e frite até selar bem, sem queimar. Isso leva uns 5 minutos.
Depois, coloque o bacon e deixe soltar a gordura. Quando a pele começar a dourar, junte a calabresa e o paio. Mexa devagar, só pra untar tudo.
Quando as carnes estiverem douradas, adicione a cebola e o alho. Ainda com fogo médio, deixe murchar, sem queimar. Se secar, coloque mais um pouco de azeite.
Quando a cebola ficar transparente, junte a páprica, o açafrão, a salsa, a pimenta e o orégano. Misture bem, só por 30 segundos. O cheiro vai subir. É aí que você sabe que está no caminho certo.
Adicione o feijão e mexa por 2 minutos. Ele não vai cozinhar ainda, só vai absorver os sabores.
Cozimento:
Transfira tudo para uma panela de pressão. Cubra com água quente, até 3 dedos acima dos ingredientes. Adicione a cebolinha e o coentro.
Feche a panela e deixe cozinhar por 30 minutos após pegar pressão. Não abra antes disso. Se abrir cedo, o feijão fica duro por dentro.
Quando terminar, abra com cuidado. Se o caldo estiver muito ralo, adicione mais água quente. Coloque a abóbora e deixe cozinhar por mais 10 a 15 minutos, sem pressão, até que ela desmanche levemente.
Prove. Se precisar de sal, coloque agora. O sal deve vir no final. Sempre.
Finalização:
Desligue o fogo e deixe descansar por 10 minutos. O feijão continua cozinhando, e o caldo engrossa sozinho.
Sirva quente. Não precisa de arroz. Mas se quiser, é só um detalhe. O importante é o cheiro que sobra na cozinha.
Esse feijão não é pra ser comido rápido. É pra ser sentido. Quando a abóbora começa a se desfazer no caldo, e o cheiro da carne seca mistura com o açafrão… aí você entende. Não é só comida. É tempo. Tempo que a gente não tem, mas que a cozinha nos dá. A primeira vez que fiz direito, a Daiane não disse nada. Só pegou uma tigela, sentou no chão da cozinha e comeu até acabar. Depois, só levantou e foi lavar a louça. Foi o maior elogio que já recebi.
Se você já fez um feijão que ficou salgado demais, ou duro, ou sem gosto… eu já fiz. Tudo. E ainda faço. Mas cada erro ensina. Se você tentar essa, me conta: qual foi o seu pior feijão? E o que você aprendeu com ele? Comenta aí. A gente troca histórias.
Quanto tempo dura essa fabada?
Essa feijoada diferente fica perfeita por até 3 dias na geladeira – e olha que eu já arrisquei 5 dias uma vez (sobrevivi pra contar a história). Se quiser congelar, dura até 3 meses, mas a abóbora pode ficar mais molenga. Dica quente: congele em porções individuais pra facilitar a vida.
Tá de dieta? Vem cá...
Cada porção tem aproximadamente 385 calorias (confira a tabela nutricional completa acima). Mas sério, quem conta caloria com um prato desses? Se quiser reduzir, tira o bacon (mas aí perde 70% da graça, né?).
Se faltar ingrediente, bora improvisar!
Feijão branco > pode ser carioca ou até feijão fradinho (muda o sabor, mas fica bom)
Carne seca > costela de porco ou até lombo
Abóbora cabotiá > abóbora moranga ou batata doce (fica mais doce)
Páprica picante > pimenta calabresa moída ou até um pouquinho de molho de pimenta
Os 3 pecados capitais da fabada
1. Colocar água demais - vira sopa. Melhor ir acrescentando aos poucos. 2. Cozinhar a abóbora junto desde o início - vira purê. Ela entra só no final! 3. Não selar as carnes direito - aquele dourado faz TODA a diferença no sabor.
Truque secreto do chef (que qualquer um faz)
Depois de cozinhar na pressão, deixe a panela descansar por 10 minutos com o fogo desligado antes de abrir. O feijão fica mais cremoso sem virar papa. Aprendi isso depois de fazer um feijão "pavê" (só faltava colocar biscoito).
O que servir com essa belezinha?
Arroz branco é clássico, mas experimenta com: - Farofa de banana (contraste doce/salgado é incrível)
- Couve refogada com alho (pra dar aquela refrescada) - Pãozinho crocante pra "lambuzar"
Bebida? Cerveja gelada ou caipirinha de limão. Sério, combinação perfeita!
Fabada maluca: versão pra impressionar
Quer dar um upgrade? Coloca: - 2 colheres de vinho branco no refogado
- Um pedaço de osso de presunto (se achar) - No final, jogue um pouco de pimenta biquinho picada por cima
Daiane quase casou de novo comigo quando fiz assim (brincadeira... ou não).
A parte mais chatinha (e como facilitar)
Selar todas as carnes pode ser trabalhoso. Dica: faça em etapas: 1. Comece pela carne seca (ela demora mais)
2. Depois o bacon 3. Por último as linguiças
Não tente fazer tudo junto senão algumas partes queimam e outras ficam cruas. Já passei por isso e não foi bonito.
Se tudo der errado, salva assim:
- Ficou salgado? Bota uma batata crua descascada e deixa absorver o sal - Feijão duro? Mais 10 minutinhos na pressão com água quente - Virou sopa? Tira um pouco do caldo, bate no liquidificador e volta pra panela pra engrossar - Sem tempo pra carne seca? Usa aquelas já dessalgadas prontas (eu sei, não é o ideal mas resolve)
Sobrou? Transforma!
- Vira recheio de pastel (bota no meio da massa, fecha e frita) - Faz um "feijão tropeiro" misturando com farinha de mandioca e ovo mexido
- Bate no liquidificador com um pouco mais de caldo pra virar uma sopa cremosa Já usei até como molho para macarrão numa emergência doméstica. Funcionou!
Modo restaurante 3 estrelas (sem gastar 3 estrelas)
Na hora de servir: - Regue com um fio de azeite extra virgem por cima
- Polvilhe cebolinha fresca bem picadinha - Coloque uns gomos de laranja sem pele ao redor do prato (corte em "meia-lua")
Parece que veio direto de um bistrô espanhol. Mentira, veio da sua cozinha!
De onde veio essa mistura?
A fabada original é asturiana (norte da Espanha), mas essa versão é uma adaptação brasileiríssima. A original leva chouriço, morcela e toucinho - ingredientes difíceis aqui. Nossa versão com calabresa e carne seca é o que eu chamo de "jeitinho brasileiro" de fazer comida internacional. E olha, ficou tão bom que até espanhol aprovaria!
2 coisas que ninguém te conta sobre fabada
1. O açafrão não é só cor - ele ajuda a digerir melhor as carnes pesadas 2. O segredo está na gordura - não tente fazer light demais, a manteiga e o bacon são essenciais pra textura cremosa Bonus: essa receita fica ainda melhor no dia seguinte. Sério, parece que os sabores se casam melhor depois de uma noitada na geladeira.
Perguntas que sempre me fazem
Posso fazer sem panela de pressão? Pode, mas vai levar umas 2-3 horas no fogo baixo. Dá pra usar feijão enlatado? Até dá, mas perde muito no sabor e textura. Não recomendo. Posso congelar com a abóbora? Pode, mas ela fica mais aguada. Melhor congelar sem e acrescentar na hora de requentar.
Sabia que...
Na Espanha, a fabada é tão importante que tem até concursos regionais pra melhor receita! E olha que eles levam isso a sério - tem regras específicas sobre os tipos de embutidos que devem ser usados. Nossa versão seria considerada "herege", mas eu aposto que ganharia no quesito criatividade!
Continuando nossa saga feijoeira...
Se tem uma coisa que não pode faltar na minha cozinha é um bom feijão. E olha que eu já fiz de tudo: desde o clássico feijão básico que todo mundo precisa dominar até aquelas variações que surpreendem. Falando nisso, você já experimentou o feijão de corda? É um dos meus favoritos para dias de preguiça criativa.
Mas se quer algo diferente, dá uma olhada no feijão macassar - aquele grão que parece ter saído de um conto árabe. Ou então no feijão manteiga, que derrete na boca feito... bem, manteiga! E pra quem gosta de ousar, tem até salada de feijão branco - refrescante e cheia de personalidade.
Confesso que quando era criança torcia o nariz pra feijão. Hoje? Vira e mexe tô inventando um jeito novo de preparar. E você, qual seu feijão do coração?
Combinações que vão fazer seu feijão branco brilhar!
Depois de preparar aquele feijão branco cremoso, nada melhor do que montar uma refeição completa que harmonize com ele. Aqui vão algumas sugestões que a gente adora - e que sempre funcionam aqui em casa. Dai até já decorou algumas combinações de tanto que repetimos!
Carne de cordeiro (veja a receita): Para ocasiões especiais, esse prato sofisticado ganha um acompanhamento à altura.
Frango assado com limão: Clássico que nunca falha, especialmente quando o feijão branco entra em cena. (Dica extra: asse com alho inteiro pra dar um toque especial)
Pudim de laranja: Uma variação diferente do tradicional que combina surpreendentemente bem. (Dica da Dai: coloque uma raspinha de canela!)
Para acompanhar
Suco de maracujá natural: O clássico brasileiro que nunca decepciona e harmoniza com tudo.
Água aromatizada com limão e hortelã: Refrescante e leve, perfeita para quem quer algo sem açúcar.
Chá gelado de pêssego: Doce sem exagero, esse é um dos nossos favoritos nos dias mais quentes.
E ai, qual combinação você vai testar primeiro? Conta pra gente nos comentários como ficou sua refeição completa - e se descobrir alguma mistura incrível, compartilha com a gente que a gente adora testar novidades aqui em casa!
Se você tá aqui, é porque gosta de comida boa e prática – igual eu! E já que a gente tá nessa vibe, que tal dar uma olhada nessa salada de feijão branco? É daquelas que engana: parece simples, mas quando você prova, vira coringa na mesa. Minha tia fazia uma parecida nos domingos de verão, e eu juro que sumia em 5 minutos. Bora testar?
Descubra twists saborosos para experimentar
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou.Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.
2º. Caldo de feijão
autor: Lu Morena
Esta versão é a que sempre preparo quando quero algo que aqueça o corpo sem pesar no estômago. O segredo não é a quantidade de água, é o tempo. Deixe cozinhar devagar, sem pressa. Se você ferver em fogo alto, o caldo fica turvo. Se deixar em fogo baixo, ele se encorpou sozinho. E se quiser que fique mais encorpado? Não use farinha. Use o próprio feijão amassado na panela. Só um pouquinho. Com a colher de pau. É como se você estivesse massageando o caldo. E se alguém perguntar por que é tão gostoso? Diga que foi só paciência. E que você não mexeu muito.
3º. Com Dobradinha, Calabresa e Bacon
autor: ARTESANATO ELIANE NUNES
Esta receita é a que sempre funciona quando quero que a cozinha cheire como se fosse domingo de família. A dobradinha não é fácil de encontrar, mas se achar, vale. O segredo? Não cozinhe tudo junto. Refogue o bacon primeiro. Depois a calabresa. Só depois, coloque a dobradinha. Ela solta um cheiro forte, mas se você fizer na ordem certa, ele se equilibra. E se você não tiver dobradinha? Use costela. Ainda fica bom. Mas a dobradinha? Ela dá uma profundidade que você não esquece. Já comi essa em uma feira em Belo Horizonte. Não lembro o nome do lugar. Mas lembro do cheiro. E da calma que ela trouxe.
Essa é a que eu testei depois que ouvi falar que o mocotó “dá corpo”. E deu. Mas não como eu esperava. O que ele faz é transformar o caldo em algo que parece que você está bebendo um abraço. O segredo? Deixe ferver por pelo menos duas horas. E não adicione sal no começo. O osso já solta sal. Se você colocar cedo, vira um caldo de mar. Se desejar que fique mais claro? Coe antes de servir. Aí você vê o caldo brilhar. É bonito. E se alguém perguntar se é difícil? Diga que é só tempo. E que o tempo é o único ingrediente que ninguém consegue comprar.
Essa versão é a que eu preparo quando quero surpreender alguém que acha que feijão é só para o dia a dia. O camarão não é só sabor. É contraste. O doce dele, o salgado do feijão, o fumacê do alho. Mas atenção: coloque o camarão no final. Se cozinhar junto, vira borracha. Caso deseje que fique mais cremoso? Não use creme. Use o caldo do feijão. Deixe ele reduzir um pouco. Aí o camarão solta o sabor, e o caldo absorve. É como se o mar e a terra tivessem se encontrado na panela. E se você não tiver camarão fresco? Use congelado. Mas não descongele em água quente. Deixe na geladeira. Aí ele não perde o gosto.
Esta receita nunca falha para mim quando a Daiane quer algo leve, mas que não pareça que a gente está comendo “sopa de dieta”. O segredo? Use legumes que não soltem água. Batata, pimentão, cenoura. Mas não abóbora. Ela vira purê. Caso queira que fique mais colorido? Use molho de tomate. Não é para ficar vermelho. É para dar profundidade. Caso prefira que fique mais grosso? Não use farinha. Use o feijão amassado. Só um pouquinho. Com a colher. É como se você estivesse fazendo um abraço com a comida. E se alguém perguntar se é saudável? Diga que é. Mas que o sabor é o que importa.
Essa não falha, é a minha escolha quando quero que a refeição pareça que a gente se dedicou, mas sem passar a tarde na cozinha. A costelinha é boa porque solta gordura, e a gordura é o que dá sabor. Mas atenção: não cozinhe a costelinha direto no feijão. Primeiro, frite ela. Deixe a gordura sair. Aí coloque no feijão. Se fizer ao contrário, o feijão fica oleoso. Se você quiser que fique mais suave? Coloque uma folha de louro. Só uma. E se alguém perguntar por que é tão gostoso? Diga que foi só a gordura certa. E que você não teve pressa.
É minha favorita quando quero que o feijão pareça que veio de outro mundo. Sem carne, mas com alma. O segredo? O refogado. Não adicione o tomate no começo. Espere a cebola murchar. Depois o alho. Só depois, o tomate. Se quiser que fique mais encorpado? Adicione a abóbora no final. Ela não precisa cozinhar tanto. Só amolecer. E se você não tiver chicória? Use couve. Mas não cozinhe junto. Coloque no final. Aí ela não vira lama. E se alguém perguntar se é vegano? Diga que é. Mas que o sabor é o que importa. E que a gente não precisa de carne pra sentir.
Essa é a que eu costumo fazer quando quero que o almoço tenha um cheiro que lembre infância. Mas não qualquer linguiça. Tem que ser a que tem pimenta. A calabresa, a paio, a portuguesa, cada uma dá um tom. Aí, se você colocar as três? Fica como um coro. Mas atenção: não cozinhe junto. Refogue a calabresa primeiro. Depois a paio. A portuguesa? Coloque no final. Ela é delicada. Se preferir que fique mais suave? Adicione um pouco de açúcar. Só uma pitada. Aí ela equilibra o sal e a pimenta. E se alguém perguntar por que é tão bom? Diga que foi só o cheiro da cozinha. E que a gente não precisa de muito pra ser feliz.
É a minha escolha quando quero que o feijão não fique só no prato. A farofa é o que faz o prato virar uma experiência. O segredo? O bacon. Não é só para dar sabor. É para dar crocância. E a cebola? Ela precisa dourar. Não queimar. Se quiser que o resultado fique mais úmida? Misture um pouquinho de caldo do feijão. Só umas duas colheres. Aí ela não fica seca. Se preferir que a receita fique mais bonita? Passe no forno por cinco minutos. Aí ela fica com um brilho. É como se a farofa tivesse se vestido. E se alguém perguntar se é tradicional? Diga que é. Mas que a gente pode fazer do jeito que quiser.
Essa é a minha receita de quando quero que alguém entenda que feijão não é só para o almoço. O segredo? Não use farinha de trigo. Use farinha de mandioca. Ela absorve menos. E se você quiser que fique mais firme? Coloque um ovo. Só um. E se você não quiser usar ovo? Use farinha de linhaça com água. Deixe repousar cinco minutos. Ela vira um gel. É como se a planta tivesse se transformado em cola. Se desejar que fique mais saboroso? Adicione uma pitada de páprica. Só uma. Aí ela dá cor e um toque de fumaça. E se alguém perguntar se é vegano? Diga que é. Mas que o sabor é o que importa. E que a gente não precisa de carne pra sentir.
É minha favorita quando quero que o feijão vire festa. O bolinho é o que faz o feijão virar aperitivo. O segredo? Não use muita farinha. Se usar, vira massa. Caso deseje que fique mais crocante? Frite em óleo quente. Mas não muito quente. Se for muito quente, a parte de fora queima, e o centro fica cru. Caso queira que fique mais leve? Assar é melhor. Mas aí você perde o crocante. É uma escolha. E se alguém perguntar por que é tão bom? Diga que foi só o cheiro da fritura. E que a gente não precisa de muito pra ser feliz.
Essa é a que eu costumo fazer quando quero me sentir como se estivesse na França, mas sem sair de casa. O cassoulet não é só comida. É paciência. O segredo? Deixe cozinhar por pelo menos três horas. E não mexa. Aí o feijão absorve o sabor da carne. E se você não tiver carne defumada? Use bacon. Só não use muito. Caso prefira que fique mais encorpado? Adicione um pouco de molho de tomate. Só um pouquinho. Aí ele dá cor e profundidade. E se alguém perguntar se é difícil? Diga que é só tempo. E que o tempo é o único ingrediente que ninguém consegue comprar.
Essa versão é a que eu preparo quando quero que o feijão pareça que veio de uma família que sabe cozinhar. O segredo? Dessalgue a carne seca. Por pelo menos 12 horas. Troque a água duas vezes. Se não fizer isso, você vai comer sal. Se você quiser que fique mais suave? Coloque uma folha de louro. Só uma. Se quiser que fique mais encorpado? Deixe cozinhar devagar. Aí a carne seca solta o sabor, e o feijão absorve. E se alguém perguntar por que é tão bom? Diga que foi só o equilíbrio. E que a gente não precisa de muita coisa pra ser feliz.
É a minha escolha quando quero que o feijão vire jantar. E não um prato de almoço. O segredo? O atum. Não use o enlatado em óleo. Use o em água. E escorra bem. Se preferir que fique mais saboroso? Adicione um pouquinho de limão. Só umas gotas. Aí ele acorda o feijão. Se quiser que o resultado fique mais crocante? Adicione pepino. Só um pouquinho. E se alguém perguntar se é saudável? Diga que é. Mas que o sabor é o que importa. E que a gente não precisa de muita coisa pra ser feliz.
É minha favorita quando quero que o feijão pareça leve, mas com alma. O frango não é só proteína. É suavidade. O segredo? Use coxas. Elas são mais suculentas. Se preferir que a receita fique mais saboroso? Refogue a cebola e o alho com um pouquinho de azeite. Só umas duas colheres. Aí o sabor sobe. E se você quiser que fique mais encorpado? Deixe cozinhar devagar. Aí o frango solta o sabor, e o feijão absorve. E se alguém perguntar por que é tão bom? Diga que foi só o equilíbrio. E que a gente não precisa de muita coisa pra ser feliz.
Essa não falha, é a que eu faço quando quero que alguém entenda que feijão não precisa de carne pra ser bom. O segredo? O fumo. Use fumaça líquida. Só uma gota. Aí ele dá o sabor que a carne daria. Se desejar que fique mais encorpado? Use abóbora. Ela vira purê. Caso deseje que fique mais colorido? Use cenoura. Ela dá doçura. E se alguém perguntar se é vegano? Diga que é. Mas que o sabor é o que importa. E que a gente não precisa de muita coisa pra ser feliz.
Essa é a que eu costumo fazer quando quero que o feijão vire um abraço. O baião de dois não é só mistura. É equilíbrio. O segredo? O arroz. Ele precisa estar cozido, mas não mole. Caso queira que fique mais saboroso? Use queijo minas. Só um pouquinho. Aí ele derrete e vira creme. Caso prefira que fique mais encorpado? Adicione um pouquinho de caldo do feijão. Só umas duas colheres. Aí ele não fica seco. E se alguém perguntar por que é tão bom? Diga que foi só o equilíbrio. E que a gente não precisa de muita coisa pra ser feliz.
É a minha escolha quando quero que o feijão vire um abraço. O purê não é só acompanhamento. É conforto. O segredo? Amasse com a colher de pau. Não use liquidificador. Ele vira cola. Se você quiser que fique mais cremoso? Adicione um pouquinho de leite. Só umas duas colheres. Aí ele fica suave. Se quiser que fique mais saboroso? Adicione uma pitada de páprica. Só uma. Aí ele dá cor e um toque de fumaça. E se alguém perguntar por que é tão bom? Diga que foi só o equilíbrio. E que a gente não precisa de muita coisa pra ser feliz.
E aí, qual receita vai ser a sua prioridade? Alguma que você já fez e não está aqui? Me conta nos comentários, às vezes a gente descobre uma nova versão só por causa de um comentário.
O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.
Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.
Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?
Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.
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