Você já comparou a textura da farofa de uma ceia com a da semana comum? Uma parece areia molhada, a outra tem cada floco soltinho e dourado, parecendo pequenos pedacinhos de ouro comestível.
A minha busca por essa farofa perfeita começou num Natal em que tudo deu errado, menos o prato principal. A massa do panetone vazou, o peru secou, mas a farofa, aquela coisinha simples, salvou a noite. Foi aí que decidi estudar o assunto a fundo, aplicando técnicas de confeitaria para entender como a gordura certa e a ordem dos ingredientes criam um crocante que não vira pedra no prato.
O segredo está na nobreza dos ingredientes tratados com respeito. O bacon, bem renderizado, vira a base aromática. A manteiga, adicionada na hora certa, envolve os flocos sem empapar. E as nozes e passas? Elas chegam por último, mantendo a identidade, para dar aquele contraste doce e crocante que faz todo mundo pedir a receita. Vou te mostrar como transformar essa receita de farofa de Natal simples e barata no ponto alto da sua mesa, passo a passo logo abaixo.
Tabela de conteúdo:
Receita de Farofa de Natal Especial simples e fácil: saiba como fazer
Ingredientes
A lista parece longa, mas a maioria são pequenos potinhos de coisas que você já tem, ou acha fácil. É aquela farofa de Natal completa, sabe? Se quiser simplificar, pode tirar o que não é sua praia. Mas o bacon e a manteiga, esses eu recomendo manter, são a alma do negócio.
Informação Nutricional
Porção: 100g (1/8 da receita)
| Nutriente | Por Porção | % VD* |
|---|---|---|
| Calorias | 285 kcal | 14% |
| Carboidratos Totais | 28.5g | 9% |
| Fibra Dietética | 4.2g | 17% |
| Açúcares | 8.3g | 17% |
| Proteínas | 7.8g | 16% |
| Gorduras Totais | 16.2g | 29% |
| Saturadas | 4.8g | 24% |
| Trans | 0.1g | 0% |
| Colesterol | 18mg | 6% |
| Sódio | 420mg | 18% |
| Potássio | 285mg | 6% |
| Ferro | 1.8mg | 10% |
| Cálcio | 45mg | 4% |
*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)
Etiquetas Dietéticas
Alertas & Alérgenos
Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.
Modo de preparo
- Começa com o bacon. Joga os cubinhos na frigideira grande, fria, e liga o fogo em médio. Deixa ele fritar na própria gordura, mexendo de vez em quando, até ficar bem dourado e crocante. Não tira antes da hora, esse sabor tostadinho é fundamental. Quando estiver no ponto, usa uma escumadeira para tirar o bacon e reservar. Deixa a gordura que ficou na frigideira, ela é ouro líquido.
- Na mesma gordura do bacon, joga a cebola e o alho picados. Refoga em fogo médio até ficarem macios e começarem a dourar nas bordas, aquele cheiro que invade a cozinha toda. Cuidado para não queimar o alho, senão fica amargo.
- Acrescenta os pimentões vermelho e amarelo picados. Refoga por mais uns 3 minutinhos, até eles começarem a amolecer. Aí, adiciona a colher de manteiga e mexe até ela derreter e envolver tudo. Essa combinação de gordura do bacon com manteiga é o truque para a farofa não ficar seca.
- Joga o tomate picado (sem sementes, lembra?) e refoga rapidamente, só por um minuto. A ideia é integrar, não cozinhar até virar molho.
- Agora, a farinha de milho. Despeja os 200g de flocos sobre tudo na frigideira. Mexe bem, com uma colher de pau, para envolver todos os flocos na gordura e nos temperos. Vai ficar com uma cor linda e úmida. Tempere com sal e pimenta-do-reino agora, mas vai com calma no sal por causa do bacon que ainda volta.
- É a hora de juntar a festa. Acrescenta o milho e a ervilha escorridos, as azeitonas picadas, as uvas passas e a cenoura ralada. Mistura tudo muito bem, com cuidado, por uns 2 minutos, só para aquecer esses ingredientes e incorporar.
- Desliga o fogo. Isso é importante. Agora, com o fogo já desligado, volta com o bacon crocante que estava reservado. Joga as nozes picadas e o cheiro verde por cima. Mistura delicadamente. O calor residual da frigideira é suficiente para integrar sem cozinhar demais, mantendo o crocante do bacon e das nozes e o frescor do cheiro verde.
Dica de ouro: essa farofa fica ainda melhor se você deixar ela descansar, coberta, por uns 15 minutos depois de pronta. Os sabores se casam, os flocos absorvem a umidade sem ficar moles. Eu sempre faço isso.
Sobre a linguiça paio: se quiser usar, fati ela fininha e frite separadamente antes do bacon, depois reserve e volte no final, junto com o bacon. Fica uma delícia, mas a receita já fica incrível sem ela.
Pronto, tá aí. Parece muito passo, mas na real é só ir adicionando as coisas na ordem certa, uma depois da outra. O segredo mesmo é a paciência no bacon e não ter medo da gordura, ela que vai dar sabor e deixar cada floco soltinho, dourado, exatamente como a introdução promete. É aquele contraste de texturas que faz sucesso, o crocante das nozes com o doce da passinha.
Essa é a farofa que sempre fazemos aqui em casa no Natal, a que fica no centro da mesa e some rápido. E na sua casa, qual é o toque especial da ceia? Você também é time farofa carregada assim, ou prefere uma mais simples? Me conta nos comentários como ficou a sua, ou se adaptou alguma coisinha. Adoro saber dessas histórias!
Quanto tempo dura essa farofa? (e como guardar pra não virar pedra)
Se deixar na geladeira em pote fechado, dura até 5 dias tranquilo. Mas se quiser congelar (sim, dá certo!), divide em porções e usa em até 2 meses. Dica de ouro: na hora de esquentar, joga um fio de azeite ou uma nozinha de manteiga pra dar aquela revivida no sabor. Já aconteceu com a Daiane de esquecer um pote no fundo da geladeira por uma semana... ainda tava comível, mas não tava aquela coisa, sabe?
Tá de dieta? Vem cá que te conto as calorias
Conforme nossa tabela nutricional completa, uma porção de 100g fica em torno de 285 calorias. Mas olha, Natal é uma vez no ano, né? Se quiser reduzir, troca o bacon por peito de peru defumado e corta um pouco da manteiga. Fica menos calórica, mas ainda assim gostosa!
Sem bacon? Sem problema! Trocas inteligentes pra não ficar sem farofa
• Vegetariano? Usa shimeji grelhado com fumaça líquida pra dar um sabor defumado
• Alérgico a nozes? Amêndoas ou castanha de caju salvam
• Odeia uva passa (tem gente que odeia, eu entendo)? Tenta damasco picadinho
• Farinha de milho acabou? Farinha de mandioca grossa funciona, mas fica mais seca
3 truques que ninguém te conta pra farofa perfeita
1. Tosta a farinha de milho no forno por 5 minutinhos antes de usar - dá um crunch incrível!
2. Deixa as passas de molho em rum ou suco de laranja por 15 minutos - trust me, faz diferença
3. Usa a frigideira MUITO quente no começo pra fritar o bacon bem crocante sem ficar borrachudo
Os 5 pecados capitais da farofa (que já cometi todos)
• Colocar tudo de uma vez e virar um mingau (refogue por etapas, sério!)
• Exagerar no sal antes de por os ingredientes (o bacon já salga, vai com calma)
• Deixar o alho queimar (fica amargo e estraga tudo)
• Mexer pouco e queimar no fundo (farofa queimada é tristeza pura)
• Botar as nozes muito cedo (elas amolecem, deixa pro final)
Farofa pra todo mundo: versões para dietas diferentes
Low carb: Troca a farinha de milho por farinha de amêndoas + flocos de coco
Sem glúten: Já é naturalmente sem glúten, só confere os rótulos dos ingredientes
Proteica: Acrescenta cubinhos de queijo coalho grelhado e mais linguiça
Vegana: Tira o bacon, usa óleo de coco no lugar da manteiga e coloca shitake
O que servir com essa farofa? (além do óbvio peru)
• Frango assado simples (combina demais!)
• Arroz com amêndoas pra deixar o prato chique
• Salada de folhas verdes com vinagrete de laranja
• Uma cerveja bem gelada ou vinho branco levinho
• E claro, o clássico: purê de batata com muito manteiga
7 variações malucas (pra quando cansar da tradicional)
1. Farofa doce: tira o salgado, coloca banana passa, canela e noz moscada
2. Farofa tropical: abacaxi fresco picado e coco ralado
3. Farofa apimentada: pimenta dedo-de-moça e uma pitada de gengibre
4. Farofa de frutos do mar: camarão seco e lula em cubinhos
5. Farofa italiana: sun-dried tomatoes e manjericão
6. Farofa de café da manhã: coloca ovo mexido e torresmo
7. Farofa "tudo dentro": whatever que tiver na geladeira (minha preferida)
Como não desperdiçar nada (e até reaproveitar sobras)
• Sobrou farofa? Vira recheio de omelete ou empadinha
• Bacon queimou? Passa no mixer e vira "farofa de bacon" pra salada
• Pimentão murchando na gaveta? Pica e congela pra próxima farofa
• Talos de cheiro verde? Limpa bem e pica fininho - vai tudo pra panela!
Modo chef: como deixar essa farofa digna de Masterchef
• Usa bacon artesanal defumado em madeira de macieira
• Substitui a manteiga comum por manteiga clarificada
• Colora os pimentões separadamente pra ficar visual lindo
• Finaliza com flocos de sal rosa e nozes caramelizadas
• Serve em cascas de laranja assadas como bowls naturais
A parte mais chatinha (e como não errar)
O ponto crítico é quando junta a farinha com os outros ingredientes. Se colocar tudo de uma vez, vira um tijolo. O segredo?
1. Tira metade dos refogados da panela antes de misturar
2. Adiciona a farinha aos poucos, mexendo sem parar
3. Se ficar muito seca, rega com um fio de caldo de legumes
4. Volta o resto dos ingredientes depois que a farinha já estiver incorporada
2 coisas que ninguém fala sobre farofa (mas deveria!)
1. Farofa é melhor no dia seguinte! Os sabores se casam melhor depois de algumas horas na geladeira.
2. Dá pra fazer doce e salgada na mesma panela - primeiro refoga o salgado, tira metade, depois faz o doce com o que sobrou. Juro que funciona!
De onde veio essa mistura maluca?
A farofa como a gente conhece tem pé na culinária portuguesa (os miguelhos), mas ganhou personalidade brasileira com ingredientes locais. A versão natalina surgiu como forma de aproveitar sobras de festa e dar um upgrade no básico farinha com bacon. Curiosidade: no Nordeste, tem farofa que leva até carne de sol!
Perguntas que sempre me fazem (e as respostas)
Posso fazer sem bacon? Pode, mas perde um pouco da graça. Tenta linguiça calabresa então.
Congela bem? Sim, mas as nozes podem ficar moles. Melhor congelar sem elas e acrescentar depois.
Por que minha farofa fica aguada? Provavelmente você colocou ingredientes úmidos (como tomate) sem tirar as sementes antes.
Posso fazer no forno? Até pode, mas não fica tão gostoso quanto na frigideira.
O que ouvir enquanto prepara a farofa?
• "Chefão" do Luan Santana (pra entrar no clima)
• "Sinfonia da Alvorada" do Vinicius de Moraes (clássico)
• Qualquer pagode anos 90 (tem que ter ritmo pra mexer a farofa)
• Ou coloca aquela playlist "Cozinha Nostálgica" no Spotify
Confissões de quem já errou muito
Uma vez eu coloquei pimenta biquinho achando que era pimentão... resultado: farofa nuclear que ninguém aguentou. Outra vez a Daiane resolveu "inovar" com brócolis (não faça isso). E a pior: esquecer a farofa no fogo enquanto atendia o telefone. Virou carvão. Moral da história: farofa pede atenção, não dá pra multitaskear!
Sabia que...
No século 19, a farofa era considerada comida de pobre no Brasil? Hoje tem versão em restaurante estrelado. E mais: em Minas Gerais tem farofa doce com goiabada que é tradição de família. E tem quem jure que farofa com café preto no café da manhã cura ressaca (nunca testei, mas acredito).
- Acompanhamento
Batata Palha Caseira
Completo seu Natal com a farofa mais amada do Brasil
Depois de preparar aquela farofa de Natal que vai deixar todo mundo babando, que tal montar um menu completo? Selecionamos combinações que vão fazer seu jantar brilhar mais que luzinhas de árvore!
Para começar com o pé direito
Camarão empanado que surpreende: Crocante por fora, suculento por dentro - perfeito para abrir o apetite sem pesar.
Terrine (preparo aqui): Elegante e versátil, combina com tudo e impressiona os convidados.
Pão de queijo de tapioca (veja o passo a passo): Quentinho e cheiroso, ninguém resiste a esse clássico mineiro.
Bolinho de bacalhau: Tradição natalina que nunca falha - a Dai sempre pede pra eu fazer extra!
Pratos principais que combinam perfeitamente
Pernil de Natal: A dupla dinâmica com a farofa - suculência que derrete na boca.
Carne de cordeiro (receita aqui): Para um Natal sofisticado, com sabores que harmonizam lindamente.
Peixe assado no forno (veja a receita): Opção mais leve que fica incrível com a crocância da farofa.
Lasanha de frango (passo a passo no link): Pra quem quer fugir do tradicional sem perder o sabor.
Doces para fechar com chave de ouro
Receita de Pavê de bolacha de maizena super simples: Clássico que nunca sai de moda - simplesmente perfeito.
Arroz doce cremoso (link): Confort food que lembra infância e colo de vó.
Cocada simples (passo a passo no link): Doce tradicional brasileiro que combina com qualquer ceia.
Rabanada: Esse eu faço todo ano - crocante por fora, macia por dentro, puro êxtase!
Para acompanhar
Suco de manga: Doce natural que complementa perfeitamente a refeição.
Água com gás e limão: Refrescante e ajuda a digerir todas essas delícias.
Chá gelado de pêssego: Leve e aromático, ótima opção sem álcool.
E aí, qual combinação você vai testar esse ano? Conta pra gente nos comentários como ficou sua ceia - e não esquece de fazer farofa extra, porque sempre acaba antes do prato principal!
E se você quiser ir além da receita que eu te passei, olha só essas outras ideias sensacionais que eu já testei na minha ceia.
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito.
2º. Farofa Econômica: O Poder dos Ingredientes Simples
autor: Tempero Do Dia
Já parou pra pensar que às vezes o melhor sabor vem das coisas mais simples? Essa receita é a prova disso. Quando o orçamento tá curto, a gente tende a achar que a farofa vai ficar sem graça, mas é um engano. O segredo, que o Tempero do Dia mostra bem, está em caprichar no refogado da cebola e do alho até ficarem bem douradinhos e doces. Essa base faz toda a diferença.
Uma dica minha que aprendi na marra: se for usar linguiça, frita ela primeiro, tira da panela, e usa a gordura que ela soltou para refogar os vegetais. A farinha absorve esse sabor todo. Fica com um gosto de que levou horas, mas foi super rápido e barato. É a receita que salva quando a visita chega de surpresa.
3º. Bacon: A Gordura que Vira Ouro na Panela
autor: Amor Pela Comida
Todo mundo sabe que farofa com bacon é bom. Mas fazer ela ficar *realmente* boa tem um truque: renderizar a gordura direito. Não é só fritar até ficar crocante. Você precisa cozinhar em fogo médio-baixo, com paciência, até aquele branquinho do bacon ficar translúcido e a gordura toda sair. Aí você tira o bacon e usa só essa gordura dourada para tostar a farinha.
O bacon crocante você pica e joga por último, pra manter a textura. A reação é sempre a mesma: alguém pega uma colherada, fecha os olhos e fala "nossa, que bacon bom". É infalível. Só cuidado mesmo com o sal, porque o bacon já salga bastante.
4º. A Dupla Explosiva: Bacon com Calabresa
Essa aqui é para quem acha que farofa é um prato principal, não acompanhamento. É pesada? É, um pouco. Mas para a ceia de Natal, onde tudo é permitido, ela brilha como nenhuma outra. O vídeo da Flor de Farinha é ótimo para ver as proporções.
Meu conselho é: pique a calabresa bem miudinha. Assim ela se distribui melhor e cada garfada tem um pouquinho do picante. E sobre as azeitonas, eu sempre coloco as verdes picadas no final, depois de desligar o fogo. Elas aquecem só com o calor residual e não ficam amargas. Faz uma diferença enorme no sabor final, acredita.
5º. O Clássico Polêmico: Bacon com Passas
Eu entendo quem não gosta. Já fiquei com um pé atrás também. Até o dia que aprendi a tratar a uva passa direito. Não é só jogar na panela. Eu deixo de molho em um pouco de rum ou suco de laranja por uns 15 minutos antes. Elas hidratam, ficam mais suculentas e perdem aquele aspecto ressecado.
Aí, na hora de colocar na farofa, você adiciona no final e mexe rápido. O contraste do doce inchado com o salgado e crocante do bacon é outra coisa, sério. Virou tradição na minha casa. Se você nunca tentou desse jeito, talvez seja a hora de dar uma chance. Pode ser a surpresa da ceia.
6º. Castanhas: A Farofa Elegante (e Sem Carne)
Precisa impressionar um convidado vegetariano ou só quer algo diferente? Essa é a sua opção. A castanha de caju tostada e picada grosseiramente dá um crocante nobre e um sabor amanteigado que nenhuma carne consegue imitar. O canal Receitas que amo acerta em cheio na proposta.
O erro comum aqui é colocar a castanha muito cedo. Ela fica mole e perde a graça. Você deve tostar as castanhas separadamente, numa frigideira seca, até ficarem levemente douradas e soltando aquele cheiro maravilhoso. Só depois você mistura à farofa já pronta. Fica com uma textura incrível e um sabor que todo mundo, sem exceção, vai elogiar.
7º. Farofa de Banana: O Toque Doce do Nordeste
Essa é daquelas que divide opiniões, mas quem gosta, ama de paixão. A banana da terra precisa estar no ponto certo: nem verde demais (fica dura), nem madura demais (vira uma pasta). Ela tem que estar firme, com a casca ainda amarela e poucas pintas pretas.
O Adilson sugere manteiga de garrafa, e ele tá mais que certo. Se você não tiver, usa manteiga comum mesmo, mas deixa a banana dourar bem dos dois lados antes de desmanchar. Aquele açúcar natural dela carameliza e cria uns pedacinhos crocantes que são de outro mundo. Combina absurdamente bem com um pernil suculento.
8º. Colorida: Alegria Pura no Prato
Natal também é visual, né? Uma mesa bonita já abre o apetite. Essa farofa é a sua chance de ser artista. Pimentão amarelo e vermelho picadinhos, ervilhas verdes, cenoura ralada grossa, salsinha fresca... Cada coisa vai em um momento para manter a cor e a textura.
Uma dica não óbvia: refogue os pimentões primeiro, sozinhos, até amolecerem um pouco. Depois você tira e coloca de volta no final. Se jogar tudo junto, os vegetais soltam água e podem deixar a farofa úmida. Fica um arco-íris comestível que as crianças adoram.
9º. De Arroz: Para Aproveitar a Sobra com Estilo
Quem nunca ficou com aquele arroz de ontem na geladeira? Em vez de fazer bolinho, que tal uma farofa? A textura fica única, mais macia por dentro mas com aqueles grãos dourados por fora. A Vandinha mostra que é simples.
O importante é usar o arroz já frio, de preferência da noite anterior. Ele está mais seco e não empapa. Na frigideira, você precisa de um pouco mais de gordura e deixar o arroz dourar bem, quase fritar, mexendo com cuidado para não quebrar muito os grãos. Fica uma delícia e resolve o problema do desperdício na hora.
10º. Vegetariana Básica, Mas Imbatível
Sem firula, sem ingredientes caros. Só o bom e velho refogado de legumes feito com carinho. Essa receita me ensinou que o segredo da umidade não está na manteiga no final, mas no tempo de cozimento dos vegetais. Deixa a cebola, a cenoura e o milho suarem bem na panela, no fogo baixo, até ficarem macios e soltarem o doce natural.
Aí sim você joga a farinha. A manteiga no final é o toque de brilho e sabor extra, como o canal indica. É a farofa coringa que serve para tudo, desde a ceia até um almoço de segunda-feira. Confiável e sempre gostosa.
11º. Com Frutas: A Aventura Agridoce
Se você está cansado do mesmo sabor todo ano, essa é a sua aposta. O abacaxi é o meu favorito para isso. Pica cubos pequenos e dá uma selada rápida na frigideira para caramelizar as pontas antes de misturar. Ele solta um ácido que corta a gordura de qualquer carne.
É importante equilibrar: se botar muita fruta doce, pode ficar estranho. A ideia é ser um contraste, não uma sobremesa. Uma farofa assim, com pedacinhos de abacaxi e talvez uma uva passa, acompanhando um lombo, é uma combinação de mestre. Provoca sempre um "uau, que diferente" muito positivo.
12º. Cream Cracker: A Crispiness em Pessoa
Crocância nível máximo. Essa é a definição. O Fernando Couto tem uma pegada bem prática que eu gosto. Usar o farelo de cream cracker no lugar de parte da farinha muda completamente o jogo. Fica mais soltinho, mais arenoso no bom sentido.
Só tem um detalhe crucial: você precisa adicionar o cream cracker já no final, depois que a farofa de farinha de milho já estiver quase pronta, e mexer só mais um minutinho. Se colocar junto, ele absorve toda a gordura e fica encharcado, perdendo a graça. É um truque rápido para uma textura memorável.
13º. Para Rechear o Peru: A Alma do Prato Principal
Essa farofa tem uma missão especial: absorver os sucos do peru por dentro e ficar insana. Por isso, ela não pode estar muito seca quando for rechear. A dica da cachaça de jambu do Vito Israel é fantástica para dar um toque aromático único, mas se não tiver, um gole de vinho branco seco funciona muito bem também.
E sobre os miúdos: não pule essa etapa. Fritar o fígado e o coração do peru, picar e misturar na farofa é o que dá profundidade, um sabor de "cozinhado de verdade". É trabalho extra, mas é o que transforma um bom peru em um peru inesquecível.
14º. De Cuscuz: A Reinvenção Nordestina
Ideia genial para reaproveitar. O cuscuz frio desmancha fácil com um garfo e vira uma farinha granulada perfeita. Como ele já é cozido no vapor e leva sal, você precisa ajustar os temperos na hora. A textura final é menos arenosa que a farinha de milho, fica mais úmida e pegajosa, no bom sentido.
Combina demais com sabores fortes. Eu gosto de fazer com muita cebola roxa, pimentão verde e aquela calabresa bem picadinha. Vira quase uma refeição completa. É a prova de que criatividade na cozinha muitas vezes nasce de uma simples sobra.
15º. De Carne Seca: O Sabor que Pede uma Cerveja
Essa é robusta, potente. Não é uma farofa delicada. A carne seca precisa ser dessalgada e cozida até ficar super macia, quase desfiando sozinha. Se ela ficar com uma textura de borracha, estraga tudo. A Claudia Oliveira sempre tem um bom controle desse ponto.
Eu gosto de desfiar bem a carne e refogar com bastante cebola. Às vezes, no final, coloco um fio de azeite e salsinha picada para dar frescor. É a farofa que segura o tranco de uma feijoada simbólica no Natal, ou que fica espetacular sozinha, com uma cerveja bem gelada, no dia seguinte. Perigo: risco de acabar antes do prato principal.
16º. De Cenoura: O Legume que Vira Estrela
Longe do que a maioria imagina, a cenoura não está ali só para dar cor. Quando você rala fininha e refoga bem, ela quase derrete, liberando uma doçura incrível que adoça a farofa toda de um jeito natural. A Marcela Maia explora bem isso.
Para mim, o melhor é usar um ralador do lado mais fino, quase para fazer chips. A cenoura cozinha rápido e se integra perfeitamente. Essa é uma ótima base para você decidir depois: vai colocar bacon? Ou vai deixar vegana com nozes? Ela aceita qualquer caminho e fica maravilhosa. Versátil e cheia de sabor próprio.
17º. Frutas Secas: A Textura do Natal em Cada Garfada
Damascos, figos, ameixas secas... cada uma traz uma doçura e uma textura diferente. O segredo é picar tudo em pedaços não muito pequenos, para você sentir a mastigação. E, igual às passas, uma hidratada rápida em algo ajuda muito. Chá preto frio fica ótimo.
Essa farofa é menos sobre ser um acompanhamento e mais sobre ser uma experiência. Você pega um pouco com o peru, sente o salgado da carne, o crocante da farinha e doce complexo das frutas. É sofisticada sem precisar de muito esforço. Para uma ceia que quer sair do óbvio.
18º. Com Batata Palha: Crocância Duplicada
Como conseguir aquela farofa que faz *croc* mesmo depois de misturada ao molho? A resposta é a batata palha. A CucaChef manda bem nessa. Mas a execução tem um detalhe: você não pode refogar a batata palha.
Faça sua farofa normal, no seu ponto preferido de umidade. Desligue o fogo. Só então, você mistura a batata palha delicadamente. O calor residual é suficiente para integrar os sabores sem amolecer o crocante. O resultado é uma farofa com duas camadas de textura que as crianças (e os adultos também) vão devorar. É a brincadeira na panela que sempre dá certo.
E aí, viu só quanta variedade? Farofa é um universo. Eu, particularmente, nunca decido qual é a minha favorita, sempre acabo fazendo duas. Conta pra mim: qual dessas parece mais a sua cara? Ou você tem uma combinação secreta na manga? Me fala nos comentários, adoro descobrir novos truques de cozinha nessa época do ano. Bom Natal e uma farofa incrível pra você!






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