Arroz de Pato: Segredo Gourmet para Surpreender

Descubra agora como preparar surpreender a família toda no próximo almoço de domingo.
Arroz de Pato: Segredo Gourmet para Surpreender
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Arroz de pato não é prato de festa. É prato de quem não tem pressa, de quem sabe que o sabor não se apressa. É o tipo de coisa que você faz quando o dia pede mais que comida, pede presença.

Já tentei fazer essa receita com pato congelado, sem caldo, só com água. Ficou bom. Mas não era isso. O verdadeiro segredo está no caldo: o que sobra da panela depois que o pato solta tudo o que tem dentro. A gordura, os ossos, o vinho, o shoyu, tudo vira fundamento. Não é molho. É história em forma de líquido.

Essa receita de arroz de pato não é para qualquer dia. É para quando você quer sentir o peso de um prato bem feito. Para quando o cheiro da cozinha muda o clima da casa. Não precisa de festa. Só precisa de tempo. E de um pouco de coragem para não fugir do fogo baixo.

Se já tentou e achou que o pato era muito forte, talvez só tenha faltado paciência. Tenta de novo. Depois me conta se o caldo te pegou no segundo gole.

Receita de Arroz de Pato simples e prática: Saiba Como Fazer

Rendimento
10 porções
Preparação
1h30 min
Dificuldade
Médio

Ingredientes

0 de 14 marcados

Comprei tudo num mercado aqui perto do Tietê, gastei uns R$65 no total – pato ainda é um dos ingredientes mais caros, mas rende. Se quiser economizar um pouco, reduza a quantidade de chouriço ou use bacon mais simples, só não pule o caldo. O caldo é o segredo.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 300g (1/10 da receita)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 485 kcal 24%
Carboidratos Totais 45.2g 15%
   Fibra Dietética 2.8g 10%
   Açúcares 4.1g 8%
Proteínas 22.5g 45%
Gorduras Totais 21.8g 28%
   Saturadas 7.2g 36%
   Trans 0.1g -
Colesterol 85mg 28%
Sódio 1,150mg 50%
Potássio 420mg 9%
Ferro 3.2mg 18%
Cálcio 45mg 4%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Alto em Proteína: 22.5g por porção
  • Rico em Ferro: 18% do VD
  • Pescetariano: Inclui carnes

Alertas & Alérgenos

  • Alto sódio – Reduza shoyu para hipertensos
  • Contém glúten (shoyu) e soja
  • Alta gordura saturada – Modere o consumo
  • Insight: Pato oferece mais ferro que frango; ideal para repor energia pós-treino

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

  1. Divida o pato em pedaços – pernas, peito, coxas – e separe os ossos da carne. Guarde a gordura que vier junto; ela vai render óleo de cozinha de luxo.
  2. Passe a gordura do pato para uma panela funda e leve ao fogo médio junto com o galho de tomilho. Deixe render por uns 5 minutos, até a gordura derreter e o tomilho perfumar tudo.
  3. Em outra panela, com um fio de azeite, doure bem os pedaços de carne do pato – não amontoe, senão eles suam em vez de dourar. Quando estiverem com crosta dourada, retire e reserve.
  4. Na mesma panela da gordura do pato, junte a cenoura, o salsão, o alho-poró e as folhas de louro. Refogue por 5 minutos em fogo médio, mexendo de vez em quando, até os legumes murchar levemente.
  5. Tempere com sal e pimenta-do-reino moída na hora – não economize na pimenta, ela ajuda a equilibrar a gordura do pato.
  6. Adicione a casca do bacon, os pedaços de carne dourada, o vinho do porto e o shoyu. Mexa bem e complete com água suficiente para cobrir tudo. Deixe levantar fervura.
  7. Assim que ferver, abaixe o fogo, tampe parcialmente e cozinhe por 40 minutos. O objetivo é extrair sabor, não cozinhar até desmanchar.
  8. Retire os pedaços de carne, espere esfriar um pouco e desfie – tire os ossos, descarte a pele se quiser, mas mantenha os pedaços maiores intactos se preferir textura.
  9. Corte o bacon em cubos pequenos e frite em outra panela junto com um pouco do chouriço picado. Quando estiverem crocantes, junte a carne desfiada e frite por mais 2 ou 3 minutos só para tostar levemente. Reserve.
  10. Na panela onde você fritou o pato no começo, coloque um pouco mais da gordura reservada, junte a cebola e o alho, e refogue até dourar bem – esse fundo é o início do arroz.
  11. Adicione o arroz cru e mexa por 1 minuto para tostar os grãos. Depois, despeje o caldo coado do cozimento do pato – use cerca de 1,5 litro, mais ou menos 2,5 vezes o volume do arroz.
  12. Cozinhe em fogo baixo, com a panela tampada, por cerca de 10 minutos, ou até o arroz estar al dente. Não mexa muito, só dê uma olhada de vez em quando.
  13. Quando o arroz estiver quase pronto, junte a carne refogada com bacon e chouriço e o tempero verde. Mexa com cuidado, só para integrar.
  14. Disponha em uma travessa e decore com rodelas de chouriço. Sirva quente, de preferência com um bom vinho tinto e alguém com quem valha a pena dividir.

Dica útil: Se quiser extrair ainda mais sabor, bata os legumes do caldo no liquidificador com um pouco do líquido, coe e use no cozimento do arroz. Fica mais encorpado e com cor dourada mais intensa.

Fiz essa versão pela primeira vez num domingo chuvoso aqui em SP, com a Daiane cortando cebola ao meu lado e o Titan rondando a cozinha na esperança de um pedaço que não vai vir – ele é alérgico a quase tudo, mas o cheiro deixa ele meio bobo mesmo assim. O resultado? Um prato que demora, mas vale cada minuto. Não é só comida: é conversa, é cheiro, é silêncio entre uma garfada e outra.

Se você já tentou fazer arroz de pato e achou muito forte, talvez só tenha faltado cozinhar devagar – o segredo está no caldo, como disse lá no começo. Faça, experimente, e depois me conta nos comentários: o caldo te pegou no segundo gole?

Quanto tempo dura e como guardar esse arroz de pato?

Essa receita rende bastante, né? Na geladeira, dura até 3 dias se guardar num pote hermético. Se quiser congelar (ótima ideia pra dias preguiçosos), divide em porções e usa em até 2 meses. Dica da Daiane: descongela direto na frigideira com um fio de água pra não ressecar. Ah, e nunca - repito, NUNCA - deixa esfriar totalmente na panela antes de guardar, senão vira um tijolo de arroz.

Será que engorda? (spoiler: vale cada caloria)

Por porção, tá ali pelas 485 calorias (confira na tabela nutricional completa). Parece muito, mas olha o tanto de proteína do pato e a gordura boa do bacon! Se tá de dieta, só reduz o bacon e troca o arroz branco por integral. Mas sério, uma vez por mês não vai te matar - eu como e depois vou pra academia chorar, funciona.

Se faltar ingrediente, bora improvisar!

• Sem pato? Frango funciona, mas perde um pouco o charme. Dica: usa coxa e sobrecoxa pra ficar mais suculento
• Chouriço muito caro? Linguiça calabresa defumada salva
• Vegano? Tenta com jackfruit (jaca verde) no lugar do pato e cogumelos no do bacon - já testei e fica surpreendentemente bom
• Vinho do porto pode ser substituído por vinho tinto comum + 1 colher de açúcar mascavo

Os 3 pecados capitais do arroz de pato

1. Fritar a gordura do pato em fogo alto: Vira carvão em segundos. Fogo baixo e paciência!
2. Cozinhar demais as carnes: 40 minutos é sagrado. Passou disso, vira borracha
3. Colocar água demais no arroz: Mede certinho, 2 dedos acima do nível do arroz. Se errar, deixa a tampa aberta pra evaporar o excesso

Truque secreto que aprendi com um português

Antes de desfiar o pato, passa a carne rapidinho na grelha ou frigideira bem quente. Dá aquela crosta maravilhosa que deixa o sabor 10x melhor. E olha que eu descobri isso por acaso quando deixei o pato queimando um pouco (shhh, não conta pra ninguém).

O que servir junto? (dica: vinho é obrigatório)

Bebidas: Vinho tinto encorpado (um Douro fica perfeito) ou cerveja tipo ale belga
Acompanhamentos: Couve refogada com alho pra cortar a gordura, ou uma salada simples de laranja com azeitonas
Molho extra: Pimenta malagueta em azeite pra quem gosta de ardido

A parte mais chata (e como não surtar)

Desfiar o pato pode ser tedioso, eu sei. Dois macetes: 1) usa dois garfos pra agilizar ou 2) bota a carne ainda quente num processador e dá uns pulsos rápidos (mas não vira pasta, hein?). Já tentei desfiar frio uma vez... nunca mais. Virou uma missão impossível.

Arroz de pato pra quem odeia repetição

Versão paella: Adiciona açafrão, camarões e mexilhões no final
Arroz negro: Substitui parte do caldo por tinta de lula
Fit: Troca o bacon por peito de peru defumado e usa arroz de couve-flor
Brunch: Serve com ovo poché por cima - a gema vira molho natural

Como impressionar num jantar chique

Compra chouriço de verdade importado (vale o investimento), decora com folhas de ouro comestível (só um pouquinho!) e serve em panelinha de barro individual. Já fiz isso num aniversário e todo mundo tirou foto - até meu sogro que só elogia a própria comida ficou impressionado.

Não jogue fora! (dicas anti-desperdício)

Os ossos do pato? Ferva com água e faz um caldo incrível pra sopas. A gordura que sobrou? Guarda num pote e usa pra refogar outros pratos (dá um sabor animal maravilhoso). Até as sobras do arroz viram bolinhos fritos no dia seguinte - mistura com ovo e farinha, frita e vira petisco.

De onde veio essa delícia?

O arroz de pato é prato típico português, mais especificamente da região do Ribatejo, onde criavam patos nos arrozais. A versão original leva sangue de pato (sim, sério!), mas a nossa receita é a versão "light" que os imigrantes trouxeram pro Brasil. Curiosidade: em Portugal, muitas vezes servem numa travessa de barro com o arroz bem socado - quase um bolo de arroz.

2 coisas que ninguém te conta sobre arroz de pato

1. O segredo do sabor tá no tomilho - essa erva combina magicamente com pato. Se não tiver, o prato perde 50% do charme.
2. Esse prato fica MELHOR no dia seguinte. Os sabores se casam overnight na geladeira. Sério, já pensei em fazer só pra comer no outro dia.

Perguntas que sempre me fazem

"Posso usar pato congelado?" Pode, mas descongele direito na geladeira antes. Pato mal descongelado fica borrachudo.
"O shoyu pode ser light?" Pode, mas o sabor fica menos intenso. Compensa com mais vinho do porto.
"Por que meu arroz ficou empapado?" Ou foi água demais, ou você mexeu muito durante o cozimento. Arroz gosta de solidão.

As confissões do Rafael

Já queimei a gordura do pato 3 vezes antes de aprender que fogo baixo é lei. Outra vez, usei shoyu barato e o arroz ficou com gosto de... bem, shoyu barato. E a pior: servi pra visita com os pedacinhos de louro ainda no prato (ninguém merece mastigar folha). Mas hoje em dia sai perfeito - prática leva à perfeição, né?

Harmonização além do óbvio

Experimenta comer uma colher de arroz de pato seguida de um gole de cerveja stout (aquela preta). O amargor do malte corta a gordura e realça o sabor defumado. Parece estranho, mas é tipo quando descobri que melancia combina com queijo coalho - estranho no papel, perfeito na boca.

Quando servir esse monumento?

Festa junina gourmet: Serve em potinhos de barro com decoração rústica
Jantar romântico: Faz versão individual com molho reduzido de vinho por cima
Almoço de domingo: Aquele clássico que todo mundo repete
Festa portuguesa: Combina com pasteis de nata e vinho verde

SOS: Salvando o arroz de pato do desastre

Ficou sem graça? Adiciona um cubo de caldo de legumes e deixa reduzir.
Secou demais? Mistura um pouco de caldo de frango quente e tampa por 5 minutos.
Queimou o fundo? Troca de panela rápido e não mexe o arroz queimado. Funciona 70% das vezes.

Versão econômica (sem perder o sabor)

Usa só as coxas e sobrecoxas de pato (são mais baratas que o pato inteiro), troca o chouriço por linguiça portuguesa comum e reduz o vinho do porto pela metade (completa com vinho tinto seco). O sabor ainda fica incrível, juro. Já fiz assim quando tava no aperto e ninguém percebeu a diferença.

Sabia que...

Em Portugal, o verdadeiro teste de um bom arroz de pato é conseguir cortar uma fatia como se fosse bolo (sim, eles são hardcore). E aquele shoyu na receita? Adaptação brasileiríssima - os portugueses usariam só sal mesmo. Ah, e o pato usado originalmente é o pato bravo, que tem menos gordura que os nossos patos comuns.

E aí, bota fé nessa receita?

Se tentar fazer, conta pra gente nos comentários como ficou! Já fez alguma variação diferente? Tem alguma dica secreta que eu não mencionei? Aqui em casa sempre vira discussão se coloca ou não ervilha (Daiane é team ervilha, eu sou team purista). E você, é do time que inova ou que segue a receita tradicional?

Completa a Experiência: Combinações Perfeitas para o seu Arroz de Pato

Depois de preparar aquele arroz de pato que já está com um cheirinho de "quero mais", é hora de montar o prato completo. Aqui vão sugestões que fazem o almoço ou jantar virar um banquete - e olha que a gente testa todas em casa antes de recomendar!

Para Começar com Tudo

Omelete de forno simples e fácil: Leve, fofinha e perfeita para abrir o apetite sem roubar a cena do prato principal.

Sushi de salmão (veja a receita aqui): Um contraste refrescante com o arroz de pato, trazendo aquele toque sofisticado de "restaurante bom".

Creme de abóbora simples e fácil: Cremoso e aconchegante, combina tanto que parece feito sob medida.

Pão de alho caseiro: Aquele clássico que nunca falha, especialmente quando tem a crosta dourada e o manteiga escorrendo... hum!

Os Protagonistas

Frango defumado (veja o preparo detalhado): O sabor marcante casa perfeitamente, criando uma dupla imbatível para dias especiais.

Costela minga (link): Quando a ocasião pede algo mais robusto, essa costela que desmancha na boca é show.

Macarrão linguine (veja como preparar): Para quem prefere uma opção menos tradicional mas igualmente saborosa.

Lombo assado com mel: O doce do mel contrasta lindamente com os sabores do arroz - nossa sugestão ousada da semana!

Doce Final (Ou Porque Não Começar Por Aqui?)

Baba de moça (veja aqui): Clássico atemporal, leve o suficiente depois de uma refeição generosa.

Torta de bolacha simples e rápida: Prática e sempre bem-vinda, especialmente em dias corridos.

Pudim de pão com doce de leite: A Dai adora essa receita da vó, que transforma sobras em luxo (e quase sempre fazemos pão extra só pra isso).

Bebidas para todos os momentos e refeições

Bolo de chocolate com água quente (veja como preparar): Ok, não é bebida, mas o link veio aqui e não resisti - serve com café, pelo menos!

Chá gelado de pêssego caseiro: Refrescante e nem um pouco intrusivo, deixa os sabores principais brilharem.

Suco de maracujá com hortelã: O ácido corta a riqueza do prato principal na medida certa.

Água aromatizada com laranja e canela: Nossa opção "quase sem calorias" para quando exageramos nas porções.

E aí, qual combo vai testar primeiro? Aqui em casa já rodamos todas essas versões (algumas mais de uma vez, confesso) e cada uma tem seu charme. Conta pra gente nos comentários se descobriu alguma combinação matadora - ou se tem aquela receita secreta que fica perfeita com arroz de pato!

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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