Veja quais outras combinações são possíveis de fazer e deixar o seu arroz com o mais sabor.
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.
2º. Opção cremosa
Autor: Receitas de Mãe
Crédito às gemas. Não às claras. Não misture tudo junto. Separe as gemas, bata levemente, só pra quebrar a película, e jogue no arroz quente. Mexa devagar, como se estivesse acariciando. O calor do arroz cozinhará a gema sem fazer ela virar ovo cozido. Vira um creme, quase como manteiga derretida. Já fiz isso com arroz de ontem e queijo parmesão ralado por cima. Ficou tão bom que a Daiane perguntou: “Você comprou isso pronto?” Respondi: “Não. Só usei o que tinha.” Ela não acreditou. Mas comeu tudo.
3º. Na panela
Autor: Receitas Simples da Eli
Colocar ovo inteiro por cima do arroz quase pronto? É como fazer um ovo pochê invisível. O vapor faz o milagre: a gema fica mole, a clara, macia. Não mexa. Deixe o ovo ser o ovo. Só quando estiver servindo, quebre com a colher e misture. Acho que foi numa manhã de chuva, com Titan dormindo nos pés, que descobri isso. Ficou tão simples que quase não acreditei que era o suficiente. E era. Às vezes, menos é mais. E o ovo? Ele sempre salva.
Fritar arroz com ovo é o jeito que eu uso quando não tenho tempo nem paciência. Mas tem um erro que quase todo mundo comete: usa o arroz quente. Errado. O arroz precisa estar frio. Se não, vira uma massa. E não é isso que queremos. Frio, soltinho, misturado com dois ovos, sal e um pouco de cebolinha. Leve à frigideira. Deixe dourar por um lado. Vire. O resultado? Um disco de arroz crocante por fora, macio por dentro. Já fiz isso às 22h, com fome e sem gás. Ficou tão bom que o Titan se levantou, olhou, e voltou a dormir. Significa que ele achou que estava em um lugar bom.
Bolinho de arroz não precisa de farinha. Não precisa de leite. Só precisa de ovo. E de coragem. Aquele arroz que sobrou e ninguém quer comer? Vire bolinho. Misture com um ovo, faça pequenas bolas, e frite em óleo quente. O ovo vira cola. O arroz vira crocância. E se você colocar um pouquinho de queijo dentro antes de fritar? Melhor ainda. Já tentei com requeijão. Ficou derretendo por fora. Não recomendo. Mas se você fizer, me avisa.
Linguiça e cenoura juntas? Parece um acidente. Mas funciona. Corte a cenoura bem fina, quase ralada. Refogue com a linguiça esfarelada, só o suficiente pra soltar a gordura. Depois, jogue o arroz. E por último, os ovos. Não mexa logo. Deixe os ovos se formarem em flocos. É como se a cenoura estivesse escondida. As crianças não veem. Só sentem o doce. Já fiz isso com arroz de ontem, e a Daiane disse: “Isso aqui parece que foi feito por alguém que sabe o que faz.” Não foi. Foi feito por alguém que não tinha outra opção.
Bacon e batata palha não são ingredientes. São texturas. O bacon, refogado até ficar crocante, dá sal e fumaça. A batata palha? Não misture antes. Jogue por cima no final. O contraste entre o quente e o frio, o macio e o estalado… é como se o prato tivesse personalidade. Já fiz isso numa noite de domingo, sem pressa. Ficou tão bom que o Titan se levantou, olhou pra mesa, e voltou a dormir. Isso é sinal. E se você usar bacon defumado? Melhor ainda. Mas cuidado: não exagere. O ovo já é o protagonista.
Presunto e ervilha? Sim. Mas não como salada. Como um abraço. Refogue a cenoura primeiro, depois o presunto, só para soltar o sal. Junte a ervilha, o ovo batido, e por último o arroz. Mexa devagar. O ovo vira um véu. A ervilha, um ponto de doçura. Já tentei com peito de peru. Ficou seco. Presunto é o jeito certo. Talvez tenha sido sorte. Ou talvez o ovo tenha entendido o que eu queria.
Shoyu não é para molhar. É para pincelar. E pimenta dedo de moça? Não picada. Cortada em rodelas finas e refogada com o ovo. O sabor é leve, quase fumado. Já fiz isso com arroz de ontem, e a Daiane disse: “Isso tem cheiro de viagem.” Não fui a lugar nenhum. Só usei o que tinha na despensa. Mas o shoyu… ele muda tudo. A pimenta? Ela só acorda o ovo. E se você colocar um fio de óleo de gergelim? Melhor ainda. Mas não exagere. O ovo ainda é o rei.
Forno não é para gratinar. É para esquecer. Misture o arroz, os ovos, o queijo, e deixe o forno fazer o resto. Mas não use queijo ralado. Use fatias. O queijo derrete por dentro, não por cima. O ovo vira um creme. O arroz, uma massa. Já fiz isso com sobras de presunto e queijo. Ficou como se tivesse sido feito para uma refeição especial. Mas foi feito porque não tinha nada melhor. E às vezes, o melhor vem do que sobrou.
Carne moída não é para esconder o ovo. É para acompanhá-lo. Refogue com alho, cebola, um pouquinho de tomate. Deixe o molho engrossar. Só então, jogue o arroz. E por último, os ovos. Não misture logo. Deixe eles formarem flocos. É como se a carne tivesse feito um tapete. E o ovo, um lençol. Já tentei com carne de porco. Ficou pesado. De frango? Melhor. Mas a moída de boi… ela tem alma. E às vezes, a alma do ovo precisa de um amigo.
Isso aqui é o que eu faço quando o ovo está no ponto de estragar, e o arroz… está no ponto de virar lixo. Misture tudo, leve à frigideira. Deixe dourar por um lado. Vire. Se quiser, coloque queijo por cima. Quando derreter, é hora de servir. É uma omelete que virou arroz. Ou um arroz que virou omelete. Não importa. O que importa é que não sobra nada. Já fiz isso às 20h, com Titan olhando. Ele não pediu. Só ficou. Acho que entendeu.
Tomate não é legume. É um abraço. Mas não o coloque no começo. Não o cozinhe. Jogue por cima no final. O calor do arroz amolece. O sabor fica limpo. A acidez corta a gordura do ovo. Já fiz isso com um tomate que estava quase podre. Ficou melhor que o da vez que comprei fresco. A Daiane disse: “Isso tem gosto de verão.” Não era verão. Era outono. Mas o tomate… ele não liga. Ele só quer ser usado.
Yakimeshi não é só arroz frito. É um ritual. O ovo não é batido. É espalhado como uma pintura. O arroz precisa estar frio. Os legumes, refogados separados. E o molho? Só uma colher de shoyu. Um fio de óleo de gergelim. Nada mais. Já fiz isso numa noite de insônia. Ficou tão bom que eu não comi. Só olhei. E pensei: “Isso aqui não é comida. É arte.” Mas a Daiane comeu. E depois disse: “Você tá escondendo algo.” Não estava. Só estava usando o que tinha. E às vezes, o que temos é mais do que parece.
E aí, qual é a sua primeira escolha? Seja qual for, me conta depois, eu quero saber se você também ficou parado diante do prato, sem falar, só comendo. E se tiver feito alguma variação que não está aqui? Comenta aí. A cozinha não é um manual. É um diálogo. E você, o que acrescentou?
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