Acompanhe abaixo outras sugestões que deixarão seu arroz ainda mais gostoso.
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.
2º. Com queijo
Autor: Jack Dicas e Receitas
Queijo no arroz cremoso parece óbvio, mas quase todo mundo faz errado: coloca no começo, quando ainda tá no fogo alto. O segredo é desligar o fogo, esperar dois segundos, só dois, e depois espalhar o queijo ralado por cima. O calor residual derrete ele suave, sem grudar, sem queimar. Acho que foi Daiane quem me ensinou isso, mas não lembro se foi nessa vez ou na outra. O que importa é que, quando faz assim, o queijo vira um manto, não um pedaço.
Se quiser ir além, experimente um queijo de cabra amadurecido. Não é comum, mas combina de um jeito que deixa todo mundo em silêncio. E sim, dá pra fazer isso com queijo coalho também, só que cortado em cubinhos e leve ao forno por 5 minutos depois. Dá uma crocância que não tem preço.
3º. Usando charque
Autor: Vanessa & Você
Charque não é carne seca. É outra coisa. Mais salgada, mais densa, com um sabor que lembra churrasco de fazenda. O problema? Se você não dessalgar direito, vira um golpe de maré na boca. O truque é deixar de molho por 12 horas, trocando a água pelo menos 3 vezes. Depois, doure só o suficiente pra soltar o óleo, e junte ao arroz quase no final. O sal já tá lá, então cuidado com o tempero. Eu já esqueci uma vez. Ficou tão salgado que Titan não quis comer. E ele come tudo.
Sobra de frango? Ótimo. Mas não jogue só o desfiado no arroz. Primeiro, aqueça uma panelinha com um fio de azeite, um dente de alho e uma pitada de pimenta-do-reino. Refogue o frango por 30 segundos, só isso, pra ele recuperar o sabor. Depois, misture. O resultado? Um arroz que parece feito pra ocasião, não pra aproveitar o que sobrou. E se tiver um pouco de limão espremido por cima no final? Melhor ainda.
Calabresa é um coringa da cozinha brasileira, mas quase todo mundo a põe crua na panela. Errado. Corte em rodelas finas, coloque na panela seca, sem óleo, e deixe ela soltar a gordura sozinha. Só depois que a gordura começar a borbulhar, jogue o arroz. Aí você tem o sabor da calabresa, sem o excesso de óleo. E se sobrar um pouco da gordura? Use pra refogar o alho. Nada de desperdício.
Requeijão é um ingrediente que muita gente usa como se fosse creme de leite. Mas não é. Ele é mais grosso, mais ácido. Por isso, nunca o coloque quente. Espere o arroz esfriar um pouco, depois misture aos poucos. Senão, vira uma pasta. E aí, ninguém quer comer arroz de pão. Se quiser um toque mais sofisticado, acrescente uma pitada de noz-moscada. Parece loucura, mas funciona. Acho que vi isso num vídeo da Paola, mas não lembro se foi nela ou em outra. Talvez tenha sido sorte.
Essa é a versão que eu faço quando quero que o jantar pareça “especial” sem esforço. Mas o segredo não é a carne nem o creme de leite. É o momento de adicionar os legumes. Se você colocar cenoura e vagem no começo, eles viram lama. Se colocar no final, ficam crocantes. Então, refogue a carne, deixe esfriar um pouco, depois junte os legumes já cozidos, ou até crus, cortados bem finos, e mexa só até aquecer. O arroz absorve o sabor, mas mantém a textura. E aí, você sabe que não está comendo “comida de criança”.
Cogumelos não são só para molho. Eles são para serem tratados como carne. Douro eles em manteiga, até secar toda a água, até ficarem escuros e com um cheiro de floresta molhada. Só depois disso, misturo ao arroz. Se você colocar eles ainda úmidos, o arroz vira uma sopa. E não é isso que queremos. Também não uso creme de leite nessa versão. O sabor dos cogumelos é forte o suficiente. Acho que é o único jeito de fazer que não precisa de nada além de sal e um pouco de salsinha. Pode parecer simples, mas é o que mais me pedem em casa.
Bacon é o queijo de porco. E ele não é só para dar sabor, é para dar crocância. Então, nunca o misture no final. Frite ele até ficar bem sequinho, tire da panela, e só depois jogue o arroz. Aí, quando estiver quase pronto, volte o bacon por cima. Assim, você tem o crocante por fora e o sabor por dentro. E se tiver alho-poró? Frite junto com o bacon. Mas só se for bem fino. Se não, vira um pedaço de madeira. Já tentei. Foi feio.
Brócolis é um dos legumes que mais desapontam quando mal preparado. Fica amargo, fica mole, fica triste. O jeito certo é cortar em floretes pequenos, mergulhar em água quente por 1 minuto, depois passar em água gelada. Isso preserva a cor e o crunch. Depois, refogue com um pouco de azeite e alho, só isso. E misture no arroz quase no final. Se você cozinhar junto, ele vira uma pasta verde. E ninguém quer isso. A não ser que você seja daqueles que acha que “verdura” é sinônimo de “sofrimento”. Nesse caso, talvez eu não possa ajudar.
Camarão é delicado. Demais. Se você o deixar no fogo por mais de 3 minutos, vira borracha. E não tem creme de leite que salve. O truque é refogar o camarão separado, só com alho, um fio de óleo, e uma pitada de sal. Depois, reserve. Só depois que o arroz estiver quase pronto, misture. O calor do arroz termina de cozinhar ele. E se desejar um toque de limão? Esprema por cima na hora de servir. Aí, sim. É um prato que vira festa.
Panela de pressão? Sim. Mas não pense que é só juntar tudo e esperar. O arroz cremoso precisa de tempo para liberar o amido. Se você colocar tudo junto e apertar o botão, o arroz vai cozinhar, mas não vai cremosizar. O segredo é fazer a base no fogão: refogue o alho, o cebola, o queijo, o creme de leite, tudo até começar a borbulhar. Só então, transfira para a panela, feche, e deixe por 5 minutos. Depois, abra. Mexa. Pronto. O segredo é o timing. Não é a pressão. É a paciência.
Carne moída é prática. Mas quase sempre vira uma massa sem graça. O jeito de evitar isso? Não deixe ela solta na panela. Quando começar a soltar a gordura, use uma colher de pau pra quebrar os pedaços. Depois, deixe dourar. Só depois disso, jogue o arroz. E se desejar um pouco de especiaria? Uma pitada de cominho. Só uma. Se você colocar mais, vira um curry. E não é isso que estamos buscando. Acho que foi o Titan que me ensinou isso. Ele ficou olhando, depois foi embora. Foi um sinal.
Micro-ondas? Sim. Mas não como todo mundo faz. Não adianta colocar tudo em um pote e apertar 5 minutos. O arroz precisa de calor controlado. O jeito certo: aqueça o creme de leite e o queijo no micro-ondas por 30 segundos. Misture com o arroz já cozido. Cubra com um pano limpo, não com plástico, e deixe por 2 minutos. O vapor faz o milagre. E se precisar de um pouco de sabor? Jogue um pouco de salsa por cima depois. É rápido, é limpo, e não vira um desastre. Funciona. Já fiz no domingo de chuva. Foi o jantar mais tranquilo da semana.
Bacalhau é um ingrediente que exige respeito. Se você não dessalgar direito, vira um salmoura com peixe. E se dessalgar demais, vira um pedaço de pano. O segredo é deixar de molho por 24 horas, trocando a água a cada 6 horas. Depois, cozinhe em água só até desfiar. Não deixe ferver. E misture ao arroz quase no final. O sabor é suave, mas profundo. E se tiver um pouco de azeitona? Melhor ainda. Acho que é a única vez que o arroz vira um prato de domingo, mesmo que seja quarta-feira.
E aí, qual delas você vai provar antes? Seja qual for, me conta depois, eu quero saber se você também ficou em silêncio no meio da refeição, só olhando pro prato, como se tivesse descoberto algo que ninguém mais sabia. E se tiver feito alguma variação que não está aqui? Comenta aí. A cozinha nunca termina. Só melhora quando a gente compartilha.
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